julho 10, 2013

Botucatu e a Epopéia de 32

BOTUCATU E A EPOPÉIA DE 32!!!
(do livro "Gente de Dantes", de Luiz Baptistão, 2004. Da esquerda para a direita, o 3º é o Jayme e o 4º é o Sebastião, os irmãos Almeida Pinto. Clicar na imagem para ampliá-la)
Os festejos de 9 de Julho – feriado estadual – correram de forma bem modesta, como sempre, neste ano de 2013. É sempre bom repetir que a Secretaria Estadual da Educação precisa colocar na grade curricular o histórico da Revolução Constitucionalista de 1932 e toda a importância cívica que teve para a construção da Democracia no Brasil.

É preciso que lembremos da Revolução Constitucionalista de 1932 para que possamos homenagear os heróis daquela epopéia paulista por uma CONSTITUIÇÃO!

Perdeu-se a guerra, mas o Brasil ganhou a sua CONSTITUIÇÃO, fruto da Assembléia Constituinte de 1934. A REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA atingiu seu objetivo de dar uma Constituição ao Brasil. Hoje, outros são os tempos. Temos a Constituição Democrática de 1988,embora ainda estejam por ser regulamentados importantes tópicas da Carta Magna.Sem lutas entre irmãos, mas com a mobilização da sociedade, conseguimos uma CONSTITUIÇÃO DEMOCRÁTICA.

Com certeza, as conquistas da Constituição de 1988 começaram em 1932 e, agora, PRECISAM ser aprimoradas. E a SOCIEDADE ORGANIZADA está mobilizada para as MUDANÇAS necessárias para que o país viva a plenitude de um ESTADO DE DIREITO! Abaixo, o artigo “Botucatu e a Epopéia de 32”, que escrevemos para a revista cultural PEABIRU, nº 16 – Ano II – Julho/Agosto de 1999:

BOTUCATU E A EPOPÉIA DE 32

“A nossa cidade participou com destaque do maior movimento cívico vivido pelo nosso povo: A Revolução Constitucionalista de 1932.
Apesar de o movimento revolucionário de 1930 ter recebido amplo apoio das forças paulistas, com expressivo apoio também em Botucatu, os seus objetivos foram fraudados pelo caudilhismo que foi representado pela liderança de Getúlio Vargas. Uma vez instalado no Poder, o caudilho Vargas passou a governar fora do Estado de Direito, violando as mais elementares regras do Estado de Direito. São Paulo, como sempre, assumiu a liderança de exigir o retorno do País ao pleno Estado de Direito. De início, com o apoio de vários Estados da Federação. No entanto, o poder de cooptação do Poder Central conseguiu isolar o nosso Estado. Sozinhos, os Paulistas levantaram a Bandeira da Constituição.
A Revolução Constitucionalista objetivava, tão somente, a volta do Brasil ao pleno Estado de Direito. Nada de separatismo como apregoavam os asseclas do Ditador...
A mobilização foi unânime! As diferenças político-partidárias ficaram para traz. São Paulo soube compreender o momento cívico que estava vivendo e soube levantar - bem alto! - , a Bandeira Paulista!
Nesse contexto é que queremos situar a participação de Botucatu. A mobilização foi geral, mas, entre os jovens, o entusiasmo atingiu o ponto máximo. Mobilizados por brilhantes oradores , a nossa juventude atendeu prontamente ao chamado, indo em defesa da CONSTITUIÇÃO!
Sobre a participação dos botucatuenses na Revolução Constitucionalista de 32, nós tivemos inúmeros depoimentos de ex-integrantes do MMDC e, inclusive, um livro escrito pelo Dr. Sebastião de Almeida Pinto, participante da Revolução: “Botucatuenses no Setor Sul”.

No entanto, para melhor desenhar o cenário que abrigou essa explosão da juventude botucatuense em apoio ao ideário da Revolução, nada como trazer a palavra abalizada de um dos baluartes desse movimento e que ocupava à época o importante cargo de Juiz de Direito da Comarca de Botucatu, o Dr. Joaquim Cândido de Azevedo Marques, que posteriormente encerrou a sua brilhante carreira jurídica como Desembargador. Em memorável artigo, sob o título de “Honra ao Mérito”, publicado no jornal “Correio de Botucatu”, de 22/07/1932, o ilustre magistrado destaca o perfil dos principais líderes na mobilização da juventude, com credibilidade, civismo e competência:

“O exemplo, que vou citar, é digno de registro e louvor públicos.
Assim que irrompeu no Estado o movimento cívico a que assistimos, Botucatu, como se lembram, fremiu de entusiasmo, numa congregação de todas as suas forças,para os preparativos da luta, a que não podiamos deixar de concorrer.
À frente da propaganda patriótica que urgia empreender; puzeram-se logo dois expoentes da nossa intelectualidade.
Uniram-se, captaram outros elementos de influência; organizaram e logo entraram a executar um programa de ação, vasto, multiforme e trabalhoso. O resultado está na memória de todos: alistamento, comícios, predicas cívicas e toda sorte de atividades em prol da causa sagrada.
Nos comícios, notadamente, foi preponderante o papel desses moços, pelo prestígio e fecúndia do seu verbo. Oradores completos, no fundo e na forma, as suas orações calavam, seduziam, arrastavam e estimulavam a palavra de outros. Nesse terreno, o que se viu foi uma verdadeira batalha de eloquência, soberba de frutificação.
Um dia, soube que os dois arautos iam partir, incorporados aos reservistas da terra. Sobressaltei-me ante a visão da lacuna sensível que íamos sofrer. Temi um esmorecimento no nosso trabalho de predicação cívica, necessário ainda para manter viva a chama patriótica em todas as camadas populares.
E porque assim pensei, resolvi intervir, procurando primeiro as autoridades militares, a ver o que era possível no sentido de retardar um pouco a partida dos dois moços. E fui feliz nesse primeiro passo. De inteiro acordo os chefes militares, subordinaram o caso unicamente à vontade dos dois interessados.
Fui, então, a eles, a cada um de per si, reservadamente. Expus-lhes a minha opinião, com os argumentos superiores que me animavam. Mostrei-lhes quanto a sua colaboração aqui, no trabalho que iniciaram e deviam prosseguir, pela palavra e pela pena, era indispensável, e muito mais eficiente e real, incomparavelmente que o tributo das armas, a que se propunham. Não se tratava de furtá-los, por sentimentalismo de amigo ou admirador, aos azares da guerra. Meu escopo era mais nobre, justo, superior, pois visava não perdermos aqui dois elementos à mantença do fogo sagrado. Nem só de soldados se precisa nos momentos como este, maximé quando há pletóra de guerreiros.
O concurso intelectual, o trabalho da pena e, sobretudo, a força da palavra, são inestimáveis. Isso, o que estamos vendo na Capital, onde a flor da intelectualidade paulistana está a postos, dia e noite, na imprensa, na tribuna, nos comícios, nos microfones, em suma, no trabalho de exortação cívica, sem a qual pouco conseguiria a materialidade da guerra.
Enfim, fui eloquente como pude para atingir o meu desideratum.
Ouviram-me, entre sensibilizados e modestos. Afinal, quando lhes coube opinar, não hesitaram, e a resposta, de um como de outro, foi uma só:
- “Dr., impossível acatar o seu apelo. Sentimos, não apenas pensamos, sentimos necessidade de partir, isto, em nós, é superior às razões que o Dr. nos apresenta, a despeito da superioridade bondosa em que são calcadas. Preferimos seguir. Talvez a nossa utilidade nas fileiras seja mesmo menor do que aqui. Mas, já demos um pouco da nossa inteligência à causa que esposamos. Queremos, agora, dar largas ao coração...
E assim foi que partiram esses dois moços que se chamam SYLVIO GALVÃO e AMARAL WAGNER.
Se já eram grandes no meu conceito, agigantaram-se agora.
A eles - este singelo tributo de incontida admiração!”

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Esse artigo é o que podemos chamar de verdadeira interpretação histórica do movimento revolucionário, eis que é um testemunho de um dos líderes cívicos do movimento em nossa cidade, Juiz de Direito e Cidadão Prestante!
Dessa forma, os nomes do Dr. Sylvio Galvão e do Prof. Amaral Wagner ficam em indiscutível destaque no histórico dessa epopéia cívica que marcou profundamente a cidade de Botucatu. À época, a vida intelectual de nossa cidade fluía da já famosa Escola Normal, de onde tanto Sylvio Galvão como Amaral Wagner tinham o seu campo de trabalho. Da Normal a cidade de Botucatu recebia os efluxos positivos do nacionalismo sadio, calcado na Lei. Da Normal a cidade recebia a palavra confiável, a convocação esperada e a mobilização patriótica! Era a intelligentzia botucatuense a marcar a sua presença, a dizer sim à convocação cívica em defesa da Pátria e do Estado de Direito!

Também como interpretação histórica podemos incluir todo o trabalho do saudoso Dr. Sebastião de Almeida Pinto, ele mesmo um revolucionário a atestar a presença e o destaque desses dois botucatuense. Nas comemorações do 25º Aniversário da Revolução Constitucionalista de 1932, o Dr. Sebastião escreveu para o “Jornal de Botucatu”, o artigo “Botucatuenses no Setor Sul”:
(jornal "FOLHA DE BOTUCATU" - 15 de julho de 1988)
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“1932. Mês de Maio. São Paulo era um vulcão. Prestes a explodir. Os paulistas cheios, cansados da exploração pelos agentes ditatoriais, estavam por aqui...
O povo paulista estava preparado, psicologicamente, para uma revolução. Nas ruas diziam, em tom de troça:
“- O baiano Artur Neiva, afirmara certa vez, que São Paulo era a locomotiva que arrastava vinte vagões. Mas em 1932, o pobre São Paulo nada mais era que um vagão restaurante...” Bastava uma centelha para incendiar a massa saturada de prepotência e desmandos, ansiosa pela volta ao regime democrático.
E veio o 23 de Maio. O povo, pisoteado e espingardeado na praça pública, clamava vingança. Os rapazes imolados à sanha dos agentes da ditadura, deram origem ao M.M.D.C., núcleo inicial do movimento que deveria explodir logo mais. Estava escrito. E Ibrahim Nobre, o tribuno da Revolução, assim o proclamava. Chegou o dia 9 de Julho. A Capital, era um incêndio inestinguível. Em Botucatu, o ambiente era tranquilo. Uma calma impressionante, À noite, no “Clube 24 de Maio”, um retumbante baile, congregava a sociedade local. Era o Baile da Maioridade, onde só dançavam os maiores de 21 anos, os velhos galos de S. Roque, num acinte aos frangótes que imperavam os salões botucatuenses, obrigados a ficar de espera até depois da meia-noite...
Na madrugada do dia 10, começaram a circular os rumores de levante na Capital. Os velhos rádios, rouquentos e cheios de estática, difundiam as primeiras notícias do grande movimento que iria empolgar S. Paulo todo: A Revolução Constitucionalista.
Um entusiasmo louco dominou o Estado. Na Capital e no interior. Tudo foi relegado para um segundo plano. Só se falava, só se pensava, só se agia revolucionariamente. A velha fibra bandeirante, em toda sua plenitude, operou milagres. A gente de Piratininga demonstrou que o paulista não era apenas homem do trabalho. Bom somente para plantar café e ganhar dinheiro. Nas horas duras, a gente do altiplano também sabia lutar. E como lutaram, os laboriosos e pacíficos descendentes do Anhanguera!
Na pacata Botucatu, com o correr dos dias, criou-se mentalidade guerreira. Com a previsão de que a luta iria se prolongar por longos meses, os homens válidos, reservistas ou não, entraram a se organizar militarmente. Para a defesa do brio paulista e da integridade de São Paulo, esqueceram-se ressentimentos. Olvidaram-se paixões políticas. E uma frente única se formou. Na residência do Dr. Silvio Galvão estabeleceu-se um pequeno quartel general, para apresentação de voluntários e recebimento de auxílios para o movimento que constituiria uma verdadeira epopéia nacional Dezenas de moços, diariamente se apresentavam, ou melhor, iam diretamente para São Paulo e Quitaúna, de onde partiam os batalhões que no Norte , no Sul, na Mantigueira e outros setores, lutavam arduamente para o restabelecimento da legalidade. Estava morrendo gente a valer, mas isso não impedia que os voluntários acorressem em massa. Até o elemento feminino colaborava eficientemente, em múltiplas atividades. Mulheres mais decididas envergavam a farda e empunharam o fuzil, indo para o campo de luta. São Paulo ensanguentado e coberto de luto, era um gigante que impunha respeito e admiração.
Integrado na Revolução, também me apresentei como voluntário. Com meus irmãos, meus parentes, meus companheiros de trabalho, com meus amigos e muitos desconhecidos, todos irmanados no ideal de paulistanismo e brasilidade, abandonamos interesses, família, comodidades e atiramo-nos à luta. Do quartelzinho na casa do Silvio Galvão, eu me lembro, partiram José do Amaral Wagner, Luiz Pinho de Carvalho, Jayme de Almeida Pinto, Américo de Souza e Silva, Brasílio Damato, Oscarlino Martins, Jorge Barbosa de Barros, Orlando Pinheiro Machado, Lucídio Paes de Almeida, Germinal Serrador, Maneco Paes de Almeida, Sinésio de Oliveira, Julião Pires de Campos Filho, Antonio Piccinin, Antonio Augusto Pedro ( Guarantã), Silvio Galvão, Olavo Ponciano, Edward Paes de Camargo, Salvador Assumção, e inúmeros outros, cujos nomes infelizmente me escapam. Numerosos botucatuenses, aliás, já estavam engajados no movimento e lutavam bravamente, incorporados a batalhões do Exército, da Polícia e de voluntários. O Exército Constitucionalista integrado por centenas de milhares de homens, vibrantes de patriotismo e entusiasmo, não tinha armas e nem munições suficientes. Mas, tinha patriotismo, civismo e ideal para dar e sobrar.”

São Paulo não ganhou a guerra desproporcional mas saiu vitoriosa: o Ditador Getúlio Vargas teve, essa é a verdade, ele teve que convocar as tão desejadas Eleições Constituintes! Haviam conseguido “brecar” São Paulo pelas armas, mas o povo brasileiro já havia sido “contaminado” pelo patriotismo e pelo desejo de ver o Estado de Direito reimplantado no País! Os ideais constitucionalistas da Revolução de 32 fincaram raízes profundas no sentimento patriótico do povo brasileiro. O Ditador Vargas não teve outra opção se não a convocação da Assembléia Nacional Constituinte. A nível nacional e nos Estados, foram eleitos os Deputados com a missão maior de elaborar a Constituição Brasileira e as Constituições Estaduais.
Nesse contexto, Botucatu também saiu vitoriosa: elegeu como Deputado Federal Constituinte, o Dr. Antonio Carlos de Abreu Sodré, que já havia exercido a vereança na cidade e era o Promotor Público da Comarca de Botucatu; e elegeu como Deputado Estadual Constituinte, o jovem advogado botucatuense Dr. Dante Delmanto, colega de escritório de advocacia do grande líder civil do movimento revolucionário Dr. Adriano Marrey Júnior.
A Revista Peabiru procurou resgatar a atuação de destaque que tiveram esses dois ilustres educadores botucatuenses - Sylvio Galvão e Amaral Wagner ! - na preparação e mobilização dos botucatuenses para a Revolução Constitucionalista de 1932. E nesse resgate, procuramos trazer o cenário real onde toda essa mobilização ocorreu. Com testemunhos de absoluta imparcialidade, a mostrar como a nossa cidade soube integrar-se nessa campanha cívica.

Dr. Sylvio Galvão, Prof. Amaral Wagner, saudades...(AMD).

7 comentários:

Delmanto disse...

O cenário era patriótico: a juventude botucatuense entusiasmada e pronta para defender São Paulo da Ditadura de Getúlio Vargas que havia traído os ideais da Revolução de 1930. A participação de Botucatu na Revolução Constitucionalista de 1932 foi maciça e brilhante. Até um Batalhão do Bispo foi formado. E na mobilização dos jovens, as palavras patrióticas dos jovens professores Sylvio Galvão e Amaral Wagner foram decisivas. Nessa mobilização, conseguiram deixar a sociedade organizada para que tivesse uma participação cidadã na Revolução Constitucionalista. E o registro dessa epopéia cívica está no livro do Dr. Sebastião de Almeida Pinto, que também foi revolucionário juntamente com seu irmão Jayme de Almeida Pinto que, anos depois, viria a ser deputado estadual e Secretário da Agricultura do Estado no início dos anos 50.
É exemplo para os dias de hoje!!!!
A SOCIEDADE ORGANIZADA consegue participar dos grandes momentos da cidadania. A SOCIEDADE ORGANIZADA conseguiu ter uma participação marcante na Revolução de 32, da mesma forma na CONSTITUINTE que nos deu a CONSTITUIÇÃO CIDADÃ DE 1988!
Agora, a SOCIEDADE ORGANIZADA haverá de CONSEGUIR mobilizar-se para as MUDANÇAS que o Brasil espera. NADA virá do atual CONGRESSO NACIONAL e nem do PODER EXECUTIVO...
Somente a SOCIEDADE ORGANIZADA FARÁ AS MUDANÇAS NECESSÁRIAS

Anônimo disse...

Ana Maria Nogueira Pinto Quintanilha (Facebook): Concordo com você! Sempre tive tanto orgulho da participação de meu pai nesta revolução, que é um grande exemplo de luta pelos ideais! Um abraço!

Anônimo disse...

É importante esse artigo porque mostra EFETIVAMENTE um exemplo de MOBILIZAÇÃO POPULAR, calcada na juventude! E é isso que está acontecendo no Brasil. A Mobilização da População é baseada na atuação da juventude. É a certeza de que a SOCIEDADE ORGANIZADA pode realizar as mudanças necessárias ao país. Botucatu fica como um ótimo exemplo para que possamos entender toda essa mobilização das massas que está ocorrendo na busca de mudanças. Mudanças, Já!
(haroldo.leao@hotmail.com)

Anônimo disse...

• Carmem Lúcia da Silva (Facebook): Um povo sem história é um povo sem memória, já foi dito...

Anônimo disse...

• Marco David Na minha época o M.M.D.C era ensinado nas escolas, bem como, os hinos da Republica, Bandeira e Nacional. Também o amor a Pátria, e o respeito as bandeiras Paulista e Nacional... Como isso fez diferença em minha vida cívica...

Anônimo disse...

Eunice Lima (Facebook): Infelizmente essa nova geração não sabe nada sobre essa Revolução. Descaso total.

Anônimo disse...

Ana Maria Winckler Audi (Facebook):
meu pai tinha só 16 anos e lutou.

Armando Moraes Delmanto: Bom exemplo! Essa foi o maior movimento cívico de São Paulo. Foi a Sociedade Organizada lutando por seus direitos!
Valeu, Ana Maria.
Grande abraço.

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