fevereiro 10, 2011

AMAZÔNIA : PERIGO !!!

“... os brasileiros precisam recordar o ensinamento do Padre Antônio Vieira aos Tamoios, alertando-os contra o apoio que vinham concedendo aos invasores franceses: “Eles não querem o nosso bem, mas os nossos bens!” Almirante Roberto Gama e Silva .

Primeiramente vamos destacar que a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2011, o Ano Internacional de Florestas. "Florestas para as pessoas" será o tema a ser divulgado durante todo o ano.

A ONU destaca o papel fundamental das pessoas na conservação e exploração sustentável das florestas, que garantem moradia para os seres humanos, hábitat para a diversidade biológica e estabilidade para o clima mundial, além de serem fonte de alimentos, medicamentos e água potável

Existem muitas opiniões sobre a Amazônia. Algumas são fruto de muito trabalho e pesquisa. Outras, com certeza, são cuidadosamente preparadas para enganar e iludir os brasileiros, inclusive, travestidas de opiniões ecológicas e politicamente corretas. Exatamente por isso, há que se buscar as informações em fontes acima de qualquer suspeita.



E é o que fizemos: fomos pesquisar no vasto material produzido por um amazonense conhecido, respeitado e credenciado para essa tarefa, o Almirante Roberto Gama e Silva.É dele a afirmação, que já destacamos em nosso último artigo, sobre a realidade da floresta amazônica”:
“ floresta tropical úmida, a Hiléia, que recobria originalmente 3,5 milhões de quilômetros quadrados da região, ainda hoje ocupa 3,3 milhões de quilômetros quadrados, o que representa apenas 200 mil quilômetros quadrados de desmatamento (5,7% da floresta primitiva).”

Então, essa imensidão que é a floresta amazônica está praticamente intacta e tem características interessantes. Primeiramente, é importante destacar para maior entendimento a diferença entre o bioma da floresta amazônica e o bioma da mata atlântica. A Mata Atlântica originalmente tinha uma área de 1.315.460 Km2 , que correspondia a 15% do território brasileiro, indo pelo litoral do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte. Hoje, tem área aproximada de 102.012 Km2, ou seja, apenas 7,91% da área original! E uma de suas características mais importante é que a mata atlântica apesar de hoje estar reduzida a poucos fragmentos, na sua maioria descontínuos, sobrevive com a rica biodiversidade de seu ecossistema. Seu clima é tropical e sub-tropical.

A ZONA DE CONVERGÊNCIA INTERTROPICAL


ORIGEM DAS CHUVAS


Já o bioma da floresta amazônica precisa de sua extensão contínua, ou seja, a floresta amazônica não sobreviveria se fosse desmatada de forma a deixá-la em pequenos pedaços descontínuos. Apesar de sua imponência e grandiosidade, a floresta amazônica tem um ecossistema frágil, ou seja, a floresta vive do seu próprio material orgânico, com chuvas constantes e num ambiente úmido. Qualquer desmatamento pode causar danos fatais ao seu equilíbrio ecológico. São solos arenosos e de pouca profundidade e, se desmatados, provocam a desertificação.

Por outro lado, os ecologistas chamam a Amazônia de arquipélago pelo volume de águas que a cortam e se comunicam, seria – o Grande Arquipélago Amazônico! A Bacia Hidrográfica Amazônica é a maior do mundo!!! Com cerca de 1.100 afluentes e uma área de 6 milhões de Km2.

O programa de reforma agrária do Governo Federal já assentou mais de 1 milhão de famílias na floresta. E pela falta de orientação e acompanhamento pelos órgãos responsáveis, surgiram verdadeiras favelas rurais. É preciso acabar com os assentamentos na Amazônia e procurar viabilizar o que já existe, com técnicas de manejo da floresta, buscando a sustentação econômica das terras que foram desmatadas (20%).

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E é importante destacar, exatamente para se mostrar o quanto a Floresta Amazônica precisa ser estudada mais profundamente, que exame das imagens-radar revela a existência de mais de 200 crateras ou chaminés vulcânicas na região da floresta, sendo que apenas 3 (três) foram pesquisadas até o momento, revelando inacreditável riqueza mineral nas mesmas!
Deixamos registrada a frase do Almirante Roberto Gama e Silva: “Que surpresas nos estarão reservadas nas outras duas centenas de chaminés!”

GOVERNO FEDERAL: PERIGO EMINENTE!
Aqui, mais uma vez, é preciso repetir que a Amazônia não apresenta características continentais, mas a de um gigantesco arquipélago, tantos são os rios que a dividem em ilhas.

E o que o Governo Federal está buscando fazer é, exatamente, levar o perigo de uma devastação sem precedentes, na medida que pretende agredir o bioma amazônico com uma estrada de custo enorme, sem levar em consideração a realidade da floresta: um verdadeiro arquipélago!

Mais uma vez, vamos buscar o estudo e a pesquisa de um amazonense “expert” no assunto: o Almirante Roberto da Gama e Silva:“...o transporte aquaviário é o mais barato dentre os sistemas modais de movimentação de pesos, além de consumir menos energia para movimentação de cargas.

A comparação normal de custos obedece à série: 1 para as aquavias, 4 para as ferrovias e 10 para as rodovias.

Tudo o que foi descrito tem como objetivo adiar, “sine die”, uma sangria desnecessária do dinheiro dos contribuintes, em momento de crise, para asfaltar a rodovia BR-319, que promoveria a ligação terrestre entre Porto Velho e Manaus.

A dita rodovia tem um traçado paralelo ao curso do rio Madeira, aquavia francamente navegável entre os seus dois pontos terminais...”

E, conclui, com clareza:
“...Já para deixar Porto Velho surge o primeiro obstáculo: a travessia de balsa do próprio Madeira, para alcançar a sua margem esquerda.

Os planejadores governamentais intentam suprimir esse obstáculo lançando uma ponte com 966,33 metros de comprimento e 13,40 metros de largura, com um custo estimado em R$181.800.000,00, segundo dados do DNIT divulgados em 1º de setembro de 2008.

Daí, até a margem direita do rio Amazonas são 885 quilômetros de estrada.
Depois da travessia do Madeira faz-se necessário transpor nada menos do que 30 igarapés, capazes de serem ultrapassados por pontilhões. No caminho até margem direita do Rio Amazonas, entretanto, há três rios, o Castanho, o Igapó-Açú e o Tupanã, que exigem travessias por balsas. Os três obstáculos, porém, poderão ser eliminados com o lançamento das três pontes citadas, que custariam R$117.612.500,00, segundo avaliação do Comitê Gestor do PAC (2008)

Depois disso, os veículos precisarão ainda embarcar em balsas, para duas outras pernadas longas: o rio Amazonas, até a ilha do Careiro, e ainda o trecho entre a ilha do Careiro até a margem esquerda do rio Negro, onde se localiza a capital do Amazonas.”

É uma palavra abalizada de quem estudou seriamente o problema. E, sempre é bom repetir: “...a dita rodovia tem um traçado paralelo ao curso do rio Madeira, aquavia francamente navegável entre os seus dois pontos terminais...”

A conclusão, portanto, é que o Governo Federal deva priorizar o sistema modal aquaviário! Por ser o mais econômico e por ser o modo de transporte que irá ser utilizado sem a agressão ao bioma amazônico.

Um maciço investimento em “empresas de transporte fluvial dotadas de empurradores e balsa para transporte de granéis, balsas com propulsão própria para transporte de carretas carregadas e, também, balsas com autopropulsão e camarotes para transporte de automóveis de passeio e respectivos passageiros”(obra citada).

Esse problema é importante e é concreto o perigo. Cabe a nós – sociedade civil! – a mobilização para impedir esse projeto do Governo Federal, incluído no PAC.

Atenção! O perigo é eminente!!!

2 comentários:

Anônimo disse...

Positiva a iniciativa da ONU em declarar 2011 como o Ano Internacional das Florestas. Esse artigo caiu como luva no problema da Amazônia. Todo brasileiro deveria tomar para si o encargo de divulgar o perigo que ameaça a maior floresta do mundo. O PT será responsabilizado se sair a autorização para a construção dessa estrada. Quem vai ganhar serão as empreiteiras e os que querem invadir e lotear a Amazônia. Isso vai manchar a administração da presidenta Dilma, vai mesmo!
(bastosgustavo32@yahoo.com.br)

Anônimo disse...

Puxa vida. Nunca pensei que tivesse vulcão extinto no Brasil. Mais de 200 craterras vulcânicas, não é brincadeira. Sempre soube que as terras no entorno das craterras são riquisímas. Essas revistas de grande tiragem bem que podiam fazer uma boa reportagem sobre isso. Nós temos muita riqueza e nem sabemos...
(maria-de-lourdes2004@hotmail.com)

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