Os 300 PICARETAS (Luís Inácio)
“Luís Inácio (300 picaretas)
Paralamas Do Sucesso
Paralamas no Programa Livre/1995
A canção, simplesmente, siga cantando junto
Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou
São trezentos picaretas com anel de doutor
Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou
Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou
São trezentos picaretas com anel de doutor
Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou
Eles ficaram ofendidos com a afirmação
Que reflete na verdade o sentimento da nação
É lobby, é conchavo, é propina e jeton
Variações do mesmo tema sem sair do tom
Brasília é uma ilha, eu falo porque eu sei
Uma cidade que fabrica sua própria lei
Aonde se vive mais ou menos como na Disneylândia
Se essa palhaçada fosse na Cinelândia
Ia juntar muita gente pra pegar na saída
Pra fazer justiça uma vez na vida
Eu me vali deste discurso panfletário
Mas a minha burrice faz aniversário
Ao permitir que num país como o Brasil
Ainda se obrigue a votar por qualquer trocado
Por um par de sapatos, um saco de farinha
A nossa imensa massa de iletrados...”
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Ficou famosa, em 1993, a frase que foi pronunciada pelo então Deputado Federal LULA:
“...há no Congresso uma minoria que se preocupa e trabalha pelo país, mas há uma maioria de uns trezentos deputados picaretas que defendem apenas seus próprios interesses...”
Até música virou, em 1995, com letra de Herbert Viana, com a denominação de “Luís Inácio” (300 Picaretas), eternizada pelos Paralamas do Sucesso (assim mesmo, com o nome errado do Lula).
E o Brasil teve dois ex-presidentes que explicitamente se recusaram a entrar no jogo, na barganha do Congresso: Jânio Quadros e Fernando Collor de Mello. Alguém pode dizer, mas o Jânio é isto ou aquilo; ou o Collor fez isto e aquilo...
Ora, todos sabemos que ambos caíram por não terem uma “sintonia” com o Poder Legislativo... Ou melhor, NÃO fizeram da relação política com o Congresso Nacional uma moeda de “troca”.
Depois da maior e mais grave Guerra Civil Brasileira (Revolução Constitucionalista de 1932), são passados 78 anos da história política da Nação Brasileira, vividos sem a realização das reformas necessárias. E nesse tempo, temos o longo período da Ditadura de Getúlio Vargas (15anos) e o período do Regime Militar (20anos). Na pós-democratização, o país contou com 5 Presidentes da República, sem contar com a atual presidenta, que tomou posse em janeiro de 2011. Ora, é inconcebível que nenhum deles tenha colocado como condição “sine qua non”, a necessidade da reforma política como medida inicial das reformas necessárias.
O isto ou aquilo do Jânio e o fez isto e aquilo do Collor, FOI FEITO EM ABUNDÂNCIA pelos presidentes que lhes sucederam, com mais intensidade e com esfuziante e pleno amor com o Congresso.
Ah, precisamos mudar tudo isso...E o caminho é a sociedade se organizar...
Não era e não é mais possível gerir um país com as dimensões do Brasil, sem uma estrutura política que realmente viesse a viabilizá-lo de uma forma moderna e eficiente. Nesse período, após 1985, nas gestões dos presidentes José Sarney, Fernando Collor de Melo e Itamar Franco, pode-se alegar que o impacto da democratização e o alvoroço da vivência democrática levou os nossos políticos à letargia que tomou conta da vida política brasileira. É o ônus a ser pago após tão longo período de exceção...Mas, na gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso, nada poderá justificar a total falta de espírito republicano na não implantação das reformas necessárias, mas e principalmente, na não implantação da mãe de todas as reformas: a reforma política!
Explico: intelectual conceituado e sociólogo que orientou positivamente gerações de brasileiros, Fernando Henrique quedou-se ao “sistema” ao aceitar as regras de “convivência política” como preço maior para o exercício do poder...E, realmente, ele conseguiu ficar 8 anos na Presidência da República. Até “conseguiu” obter do Congresso a reeleição...A que custo?!? Talvez já fosse o “rascunho” do que viria a ser o vergonhoso “mensalão”...
Depois, todos sabem. É tudo muito recente. O “mensalão” e muitas outras denúncias que se perderam no tempo... E Lula saiu do governo com aprovação excelente. Isso lembra Hitler e Mussolini que eram idolatrados pelos respectivos povos e tiveram o fim que tiveram: execrados, desprezados e humilhados...
Hoje, o novo Congresso Nacional tomou posse. O lendário deputado federal João Cunha não conseguiu se eleger, mas o Tiririca e o Maluf, sim. É possível mudar? Sim, é possível e nós vamos mudar!!! Sempre sem esquecer que José Sarney (o mesmo que acompanhou Lula até São Bernardo), está tomando posse, pela quarta vez, como Presidente do Senado!!!,
Basta a intelligentzia brasileira, ou seja, OAB. CNBB, Associação dos Magistrados, Associação do Ministério Público e demais entidades representativas da sociedade se organizarem para MUDAR o país, construir a Democracia e estabelecer o pleno Estado de Direito!
4 comentários:
Pegou fundo... Essa é a nossa realidade política. Os trezentos deputados picaretas viraram amigos de infância do “Lulinha Paz e Amor”. Preferia o “Sapo Barbudo”, como falava o Brizola, mas que bradava por mudanças e por um Brasil melhor!
(danilo-gomes40@live.com)
Eu esperava que quando o PT chegasse ao poder, tudo ia mudar. Mas aquele Duda Mendonça que tinha trabalhado pro Maluf, mudou a cabeça do Lula e fez o “Lulinha Paz e Amor”... Tá bom assim ou quer mais...
(haroldo-leao@hotmail.com)
Ninguém esquece o voto que elegeu Tancredo Neves presidente do Brasil: o voto do Deputado João Cunha! Valente, moderno, sintonizado com os novos tempos...É uma pena termos que ver o Tiririca e o Maluf na Câmara dos Deputados... O Brasil precisa reagir! Vergonha na cara, meu!
(luisroberto-souza@yahoo.com.br)
o brasil é uma cama aconchegante pra maioria daqueles que se aventuram na política. aventuram, sim!!! caem de paraquedas ... jargão antiguinho, mas eficiente ... então, caem de paraquedas, no lugarzinho certo pra tornar suas vidinhas mediocres, cheias de benefícios. um puta salário, um punhado de ganhos por baixo do pano.
quem tá fora se oferece como puta pra entrar, e quem tá dentro entrega a mãe pra não sair. por isso a reforma política ainda vai se fazer de morta, por muito tempo. tudo muito simples e sem qq esforço.
é isso.
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