abril 18, 2011

O CRIME/O BULLYING/OS POLÍTICOS

“Descobrirão quem eu sou da maneira mais radical.”Wellington de Oliveira, o atirador de Realengo, em “Frases”/”O Estadão”, 17/04/11)



O Blog do Delmanto, já o dissemos, pretende ser o Fórum Cultural e Político para todo cidadão prestante que esteja disposto a cerrar fileira na construção da democracia brasileira! Mesmo que vezenquando se traga ao debate político temas difíceis e que incomodem aos pacíficos de sempre. O importante é que haja uma abertura para o debate sério de temas de interesse da comunidade e de importância para vida política nacional, destacando o cidadão, despertando valores...

Voltado à renovação política e à construção da cidadania , este Blog terá a missão de provocar o debate, convocando a intelligentzia brasileira (emprestemos a expressão russa para definir parte da nossa comunidade intelectual) para a discussão de temas de interesse do país, sempre valorizando o cidadão, despertando valores e delineando novos rumos para a solução dos problemas que estão dormentes há muito tempo...

Um assunto vem polarizando o debate político no Brasil: o proposto Plebiscito do Desarmamento. Após a Tragédia do Realengo que abalou a Nação, de forma oportunista e precipitada, o Senador José Sarney, presidente do Senado Federal propôs a realização dessa consulta popular (que já foi feita em 2005, com resultado contrário à proibição de armas). Então, de um lado, temos a figura de Sarney. Quase que de imediato, surge o apoio do presidente do STE, Lewandowski e, finalmente, algumas considerações sobre o assassino e as causas da Tragédia do Realengo.

SARNEY/ O SENADO/ A FAMÍLIA
Comecemos com a figura folclórica do presidente do senado, José Sarney. É impressionante a capacidade desse político de viver bem em todos os regimes (militar e democrático), abrigando a família e dominando um Estado, o Maranhão. Atualmente, é senador por uma manobra marota: com a então recente criação do Estado do Amapá, Sarney que não teria condições à época de se eleger pelo Maranhão, mudou seu domicílio eleitoral e saiu candidato a senador pelo Amapá (!!!). Como todo coronel político, colocou a filha e o filho na política. Sendo que o outro, de nome Fernando, cuida dos negócios da família. A filha, com longa lista de acusações, é senadora; e o filho, recentemente acusado de fazer jogada para prorrogar o mandato dos dirigentes do PV, inviabiliza esse partido ocupando a liderança na Câmara dos Deputados...



Observatório da Imprensa/A verdade, sem maquiagem/leia aqui

Filho de Sarney com dinheiro na Suíça/leia aqui

Governo Tenta trazer dinheiro do filho do Sarney/leia aqui

A lista de Roseana por Eliakim Araujo/leia aqui

LEWANDOWSKI/ É DEPUTADO FEDERAL?/É SENADOR???
O atual presidente do TSE, Ricardo Levandowski, declarou publicamente ser favorável e que o STE – Superior Tribunal Eleitoral está em condições de realizar o Plebiscito do Desarmamento. Por quê fez ele essa declaração? É usual, um membro do Poder Judiciário opinar dessa forma a respeito de matéria política que foi apenas proposta no Senado, sem consultar a sociedade civil? A OAB, por exemplo, posicionou-se contrariamente à realização do Plebiscito. Esse é apenas um exemplo. O presidente atual do STE não foi um pouco apressado demais? É normal? Para um tema que nem foi apreciado pelo Congresso Nacional?

O Ministro Ricardo Lewandoski, formou-se advogado na Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo, advogou de 1974 a 1990, sendo que a partir de 1979, ocupou cargos de confiança da política municipal, como e Secretário de Governo e Secretário de Assuntos Jurídicos. Fez mestrado e doutorado na Faculdade de Direito da USP, como membro da equipe do Professor Dalmo de Abreu Dallari a quem sucedeu. Em 1990, foi indicado, pelo quinto constitucional, para compor o Tribunal de Alçada Criminal do Estado de São Paulo, cargo que ocupou até 1997, quando foi indicado para o Tribunal de Justiça de São Paulo. Em 2006, foi indicado pelo presidente Lula para o Supremo Tribunal Federal. Quer dizer, foi para o Tribunal de Alçada Criminal de SP indicado pelo quinto contitucional (é legal, mas não deixa de ser uma indicação), depois foi para TJ/SP e, por fim, para o STF. Passou a ser juiz, a ser magistrado, e a ser ministro SEM PRESTAR CONCURSO PÚBLICO. E toma, precipitadamente, uma posição clara sobre um tema que ainda nem foi aprovado pelo Congreso Nacional. É estranho. Muito estranho...

O ASSASSINO SOFREU BULLYING?/ AS ARMAS ERAM LEGAIS?
Em 08/04/11, postamos o artigo “Tragédia,Tragédia no Rio”. Onde fizemos uma análise do ocorrido e chegamos à conclusão de que o Brasil não está protegendo como deveria a entrada de armas e de drogas no território nacional. Afinal, as armas do assassino eram armas ilegais, ou seja, não estavam legalmente registrada ou com o seu uso dentro da lei. E afirmavamos, então: Mas o IMPORTANTE é que a PORTA DO BRASIL está ESCANCARADA para as drogas e para as armas! ESCANCARADA!!!!

O assassino foi vítima de bullying. Bullying não é fantasia. Existe. E é grave. Nas entrevistas nos telejornais, definiram o assassino como vítima de bullying. Disseram que em 3 anos só ouviram a sua voz poucas vezes, que não tinha amigos, que era pobre e tímido...Todos sabemos que existe a “crueldade heróica” entre os jovens, quando os que gostam de aparecer o fazem em cima dos tímidos, dos gordinhos, dos “mariquinhas”, dos pobres...ou não é verdade?!? E disseram mais, reproduzido pela Fátima Bernades do Jornal Nacional, que um amigo o encontrara a poucos dias, de madrugada, sentado defronte à escola com olhar fixo e paradão...E na carta que deixou fez menção à sua “virgindade” e , um fato comprovado, ele escolhia as meninas para matar, por quê???

E mais, Eduardo Dantas, colega do assassino, em entrevista ao jornal “O Estadão”, de 17/04/11, em matéria de Pedro Dantas, declarou que “nada justifica o que ele fez, mas acho que a família e o colégio erraram. Ele falava sozinho, não descia no recreio, nunca reagia a agressões. Mas não houve diagnóstico, apesar de a escola contar com turma de alunos especiais.” E destacava: “sempre fui gordinho e era alvo de piadas, mas reagia. Ele apenas ria e não falava nada.” E concluia: “Meninas encarnavam muito nele. Passavam a mão e o chamavam de veadinho. Garotos amarravam o cadarço dele e um dia o jogaram na lixeira.”

Após esclarecer a gravidade do bullying, o festejado cronista João Ubaldo Ribeiro, em sua coluna domingueira (Estadão, 17/04/11), coloca a sua opinião sobre o caso: “...Agora, coitado mesmo, uma ova. Coitados de tantos jovens trucidados bárbara e sadicamente, coitadas das mães que jamais se recuperarão do golpe recebido, coitado dos pais cujo sofrimento jamais cessará, coitados dos sobreviventes que jamais deixarão de carregar essa lembrança de terror, coitados de todos nós, lançados no horror de tanta aflição, participantes, mesmo muito distantes, da tragédia.” E define bem o caso: “Só que gente ruim existe. Às vezes, é até uma questão geográfica, mas certos traços da chamada natureza humana são universais. É antipático e politicamente incorretíssimo dizer isto, mas tem gente que nasce ruim sob um ou mais aspectos e tem gente que nasce muito ruim. Por que a grande maioria dos que sofrem do mesmo distúrbio, não mata?...” e sentencia:”O assassino cruel é na verdade uma vítima? Quem é o praticante dos atos, Satanás?”

TRISTE E GRAVE CONCLUSÃO:

Houve, sim, o bullying. Ele sofreu muita crueldade em sua vida escolar. Mas tantos outros também passaram e passam por isso e não são e nem serão assassinos. O Estado tem, sim, que cuidar para que o bullying não continue nas escolas brasileiras. Agora, o que é urgente e indispensável é aumentar o policiamento e mobilizar as Forças Armadas para que elas assumam o Brasil, ou seja, dominem e resguardem as nossas fronteiras e o nosso litoral.

Plebiscito é ENGANAÇÃO. É PROTELAR SOLUÇÕES. É REPETIR O QUE JÁ FOI FEITO. PAREM COM ISSO!!! VERGONHA CÍVICA SENHORES!!!

VAMOS MAIS UMA VEZ REPETIR: É PRECISO TRANCAR AS PORTAS DO BRASIL PARA O INGRESSO DE DROGAS E ARMAS. E É PRECISO REGULAMENTAR COM SERIEDADE A VENDA E O PORTE DE ARMAS NO BRASIL!
Não há outro caminho! Basta VONTADE POLÍTICA!!!


OBS.: ler, em Textos Anteriores, os artigos “Tragédia,Tragédia no Rio”, de08/04/11; “Juiz Certo X Povo Errado”, de 24/03/11; e “Sarney = Príncipe Salina”, de 11/02/11.

3 comentários:

regina claudia brandão disse...

algumas crianças/adolescentes são cruéis e, em bando ... sai de baixo.
a dificuldade para tratar de crianças que apresentam sinais de transtorno de conduta, os bullies, é um tabu.
a sociedade acredita na inocência das crianças. isso vem de longe. até alguns séculos atrás, 3 ou 4, a criança era um adulto em miniatura. muitas delas, eram criadas fora da família.
no século XVIII, a família se encasulou, o lar virou santuário, e a criança o centro de tudo. a infância passava a existir. a criança convivia com os seus, e recebia afeto.
o tabu reside aí: criança não pode ser má, não pode ter transtorno de conduta.

dito isto, vamos ao que interessa: uma arma faz com que alguns cidadão sintam-se melhor, mais seguros??? problema deles. recebam a arma devidamente legalizada, cuidem muito bem dela, mantenham-na segura e livre da possibilidade de ser roubada e, na hora do aperto financeiro, não a vendam. por fim, façam bom uso de seus brinquedinhos.
o que não pode é o comércio ilegal desse equipamento bélico favorecer a uma boa parcela dos habitantes desse país.

é isso.

Anônimo disse...

A realização de um Plebiscito quando não mobiliza a sociedade civil antecipadamente, sempre fica uma consulta falha e cara demais para os cofres públicos. Como pode um Senador da República, na ausência da presidente do Brasil, em viagem ao exterior, tomar essa iniciativa, SEM consultar a classe política, a OAB – Ordem dos Advogados do Brasil, as entidades representativas do povo brasileiro, e propor a realização de um Plebiscito como se fosse a solução de todos os problemas. Não é. E só camufla uma realidade grave: não há, no Brasil, controle governamental sobre a entrada ilegal de armas e nem sobre o uso e porte das mesmas, que já está regulamentado. E esse senhor, com um passado altamente comprometedor, com uma atuação política totalmente incoerente e subserviente, vem propor uma “molecagem” dessas. E, mais estranho ainda, é esse senhor ministro do STF dar palpite em seara alheia. Olho aberto! Tem caroço nesse angu!!! (p.gomes27@yahoo.com.br)

Anônimo disse...

Não dá para errar. Quem compra legalmente uma arma está sob controle das autoridades. Se ele é roubado e perde a arma, tem que fazer B,O. E se o governo realmente fiscalizar, dá para fazer o controle das armas legalizadas. Fazer controle com TOLERÂNCIA ZERO! E partir para o combate ao tráfico de armas que é aberto, tanto pelas fronteiras com os países vizinhos como pelo nosso imenso litoral. O que tem que ser feito é por as Forças Armadas para trabalhar. Não existe mais guerras tradicionais para as quais elas, as Forças Armadas, foram moldadas. A guerra, agora, é no dia a dia, é contra o tráfico de drogas, de armas e de seres humanos. A marinha tem que ter as super lanchas e patrulhar toda a Costa Brasileira e os rios da Amazônia. A Aeronáutica tem que fazer vôos de reconhecimento e ter seus caças para o ataque. O Exército montar suas bases nas fronteiras e uma grande base na Amazônia. Esse negócio de militar no quartel já era!!! Ficar esperando o quê? Forças Armadas a serviço do povo e acabando com os bandidos. Viva o Verde e Amarelo! (carlosantoniomascarenhas@yahoo.com.br)

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