abril 22, 2011

PADRE MARCELO ROSSI ESTÁ CERTO!

“A batina é a identidade sacerdotal. Acho um perigo não usá-la. A batina impõe respeito, é uma proteção – inclusive contra o assédio das mulheres. Você não imagina a quantidade de besteiras que eu ouço.” Padre Marcelo Rossi

Eu estudei em colégio interno, o tradicional Liceu Coração de Jesus, dos Salesianos, na Capital e estudei no Colégio Arquidiocesano La Salle, dos Lassalistas, em Botucatu/SP. Em ambos, ainda era obrigatório o uso da batina. Até para jogar futebol...

Isso me faz lembrar uma estória de uma freira com um soldado militar, sobre se a batina faz o monge ou a freira...

Em rua movimentada, uma freira jovem e bonita, sem o hábito (traje ou vestido, especialmente o distintivo dos eclesiásticos e congregações religiosas, em Dicionário Melhoramentos) é assediada de forma explícita e grosseira por um rapaz. Revoltada, ela vai até um PM que está próximo:
- Seu guarda, eu sou Freira e aquele rapaz faltou com o respeito comigo.
O policial, com muita calma, respondeu:
- Como a senhora sabe que eu sou policial?
A freira, já nervosa:
- Ora, porque o senhor está fardado!
E o policial sentenciou:
- Sem o seu hábito, ninguém pode saber que a senhora é uma freira...


Pequenas estórias à parte, o famoso Padre Marcelo Rossi, em entrevista histórica dada à revista Veja (de 20/04/2011), abriu o seu coração e denunciou o verdadeiro boicote do qual tem sido vítima na Igreja Católica Apostólica Romana. Pura inveja, nós sabemos. Inveja das grossas, cabeludas!



PADRE MARCELO ROSSI - SONDA-ME/veja vídeo


Conheça a biografia do Padre Marcelo Rossi/aqui

Na entrevista, “Confissões de um padre”, nas destacadas páginas amarelas, dedicadas às entrevistas mais importantes da revista, “Padre Marcelo Rossi – líder da Renovação Carismática – se diz boicotado durante a visita do papa Bento XVI e crítica os padres que não usam batina.”

Renovação Carismática/Wikipédia/leia aqui

Na entrevista, ele diz que “no início de 2007, passei por um tremendo baque durante a visita de Bento XVI ao Brasil. Eu tinha um sonho na vida: cantar para o papa na minha terra. Nunca escondi isso de ninguém...” E ele não conseguiu cantar para o Papa. E concluiu magoado: “Mas ser impedido de me aproximar do papa, de pedir sua bênção, me magoou profundamente. Faço tanto pela Igreja e fui jogado de lado.”

Padre Marcelo Rossi: fui vítima de boicote/leia aqui

Quem é o responsável por isso? Não interessa personalizar o acontecido. A Igreja, como um todo, errou. Ponto e basta! Se foi o Cardeal, o Arcebispo, o Coordenador do Evento, não interessa. Erraram. E erraram feio! O que ainda resta de positivo na triste decadência da Igreja Católica, nós encontramos em Padre Marcelo Rossi, no Bispo Dom Fernando Antônio de Figueiredo e nos padres de sua paróquia...



Ainda nessa mesma entrevista, destacou o importante prêmio que recebeu, no ano passado, das mãos do Papa Bento XVI, em Roma, por seu trabalho de evangelização. Esse prêmio condecora os “evangelizadores modernos”: “Esse prêmio foi muito especial. A confirmação de que estou no caminho certo. Interpreto como um cala-boca na Arquidiocese de São Paulo. Jamais esquecerei as palavras do papa ao me entregar o prêmio: “Continue assim”. Sabe quantos padres me ligaram para me cumprimentar pela condecoração? Um. A Confederação Nacional dos Bispos até agora não me procurou. E olhe que havia muito tempo que um padre brasileiro não recebia essa condecoração.”

É sem comentários!!!!

Em outro trecho, Marcelo Rossi aborda a importância do uso da batina pelos padres e, claro, do hábito pelas religiosas. Coisa raríssima de se encontrar. Como se eles fossem um “uomo qualunque” (expressão latina de “homem comum”). E não o são! São religiosos e, na minha modesta opinião, TEM SIM que usar a batina, eles, e, elas, o hábito. A estória do guarda e da freira, que já é muito antiga, retrata bem essa realidade. Acordem Bispos e Cardeais! Acordem pastores vocacionados! O “hábito não faz o monge” MAS mostra para o rebanho que seu Pastor está ali, ASSUMINDO a sua função e a sua vocação!

Ele diz o seguinte: “A batina é a maior identidade sacerdotal. Acho um perigo não usá-la. A batina impõe respeito, é uma proteção – inclusive contra o assédio das mulheres. Você não imagina a quantidade de besteiras que eu ouço.” E diz com ênfase: “Algumas mulheres conseguem até o número do meu celular. Já alertei o Fábio (o padre-cantor Fábio de Melo) para que não deixasse de usar batina. E ele está usando, por acaso? Bem se vê que eu não tenho influência sobre ele.”

Diante de tudo isso, eu me recordo de uma viagem à Europa e da maior emoção que senti: ao visitar o túmulo de São Francisco, em Assis/Itália, e ver a sua túnica, ou seja, a sua batina!


Ciência comprova autenticidade da túnica de São Francisco/aqui

A Túnica de São Francisco
/aqui


São Francisco era mal visto e invejado pela Igreja como um todo. “Um frade maltrapilho envergonha a Igreja!” Mas o Papa Inocêncio III aprovou a congregação de Francisco e lhe deu a missão de pregar a conversão, e aos frades que o acompanharam, permitiu que fizessem os votos clericais para que pudessem pregar a palavra divina.”

Longe de mim comparar o Padre Marcelo Rossi a São Francico de Assis, apenas destaco que àquela época, como agora, a Igreja Católica Romana passava e passa por um período onde a descrença e a grande diminuição da sua interação com seus fiéis é uma realidade. Tema para meditação!!!

5 comentários:

Delmanto disse...

O esvaziamento de fiéis da Igreja Católica não será revertido com liberações como a dispensa do uso da batina. Outro é o caminho. Na verdade, a Igreja Católica , em vários períodos de sua história, encastelou-se de tal forma que aumentou, e muito, a sua distância de seu rebanho. São Francisco de Assis – com certeza! – foi um enviado especial, em sua época, para “sacudir” a cúpula eclesiástica que estava enclausurada em meio a tanto luxo. Distante do povo, fechada na riqueza. Parecia impossível, mais ele conseguiu...
Então, o caminho é despir-se da soberba e chegar ao povo. Ir ao encontro do grande rebanho que, por falta de acesso e receptividade, procuram os pastores evangélicos que lhes escutam as mágoas, os problemas e os sonhos...
A Bíblia tem que ser levada e ensinada aos fiéis. Nada de ficar esperando na Igreja, esperando, esperando...
A Bíblia fala a linguagem dos jovens, a linguagem das crianças, dos adultos e dos velhos. Realmente, ela fala a linguagem do Amor! Aliança de Deus com o homem! Felicidade e prêmio! Infidelidade e castigo. Pois, os homens passam, a história se escreve e o Amor fica. Enfim, uma Bíblia é um Deus eterno que fala à um homem que vive através de milhares de anos, sempre variáveis. Mas é um Deus, sempre o mesmo, com o mesmo Amor, que fala a um homem, sempre o mesmo, que deve dar a resposta, sempre a mesma, de um amor invariável.
E a juventude, por exemplo, no que ela é diferente de Abel e Caim. Mais do que na veste, no alimento, na fala, força ou fraqueza, ignorância ou saber e outras circunstâncias apenas?
Deus falou aos homens uma só vez e sua palavra, sobre o amor, vale para todos os tempos! O que deve e pode mudar, é a língua, o modo, as circunstâncias dos tempos e lugares. A aliança que Deus fez com os homens há tanto tempo, foi estabelecida com o HOMEM todo, desde Abraão até o último homem do mundo. A Bíblia foi escrita tanto para Maria Madalena como para nós e para os nossos tataranetos que nascerão daqui a 150 anos. E nessa luta, para que o amor e a compreensão através da verdade eterna, sejam os fundamentos básicos de nossa vida, tanto o Padre Marcelo Rossi, como cada um de nós, temos que nos transformar em paladinos a difundir a verdade eterna para este imenso país.
Não é a Bíblia – Deus! – que deve falar a nossa linguagem, mas somos nós que devemos falar e compreender a linguagem de Deus. Ele é amor e nós fomos amados até a morte pelo Amor. Respondamos a Deus! A vida é uma resposta, sejamos compreensivos: respondamos com Amor, também.
E para que isso aconteça, a Casa de Deus – a Igreja – e seus homens escolhidos (religiosos e religiosas) tem que estar a postos, identificáveis (com coragem!), prontos para a batalha que irá retomar a liderança cristã pelo exemplo, pela palavra de Deus, pela atitude, pelo amor.

Anônimo disse...

A Igreja Católica está sem rumo. Até os Pastores Evangélicos se vestem, religiosamente, de paletó e gravata (os rabinos, também; os sheicks, os pais de santo, também; só os católicos querem ser “descolados”, qual é???). É o respeito à função que exercem. Agora, os padres católicos querem se vestir como um jovem descolado, repito, qual é??? Mais postura. Ajoelhou, tem que rezar! Quer se padre, quer ser sacerdote, mas não quer ser identificado!!! Espertinho, heim? Mas, com isso, está levando a Igreja Católica para os templos vazios de gente , principalmente de juventude. As famílias mais humildes só procuram os Pastores Evangélicos. E mais, os padres católicos não procuram e nem cuidam de seus paroquianos. Ficam de “pose” na Igreja, vestidos de boy. Isso é muito feio! Voltem às origens enquanto é tempo! Acorda, meu! (jair.castro66@yahoo.com.br)

requeri disse...

também estudei em colégio de freiras, externa e interna no santa marcelina das perdizes/cardoso de almeida/capital, e externa e semi-interna no boni consilii da barra funda, também aqui na capital. depois dessa existência entre aquelas tantas quatro paredes, e depois de viver até aqui dissolvendo os maus exemplos daquelas experiências, uma das conclusões é a seguinte: o ambiente de padres e freiras é preconceituoso e elitista, sim!!!
deixaram-me educadinha mas, se eu tivesse acredidato em tudo, se não fosse quem sou, e se não me espalhasse tanto pela vida, não sei o que seria de mim.

portanto, não estranhemos, são eles contra eles mesmos.

é isso.

Anônimo disse...

A Igreja Católica tem que reagir. Chega de ser uma IGREJA ENVERGONHADA! Chega de seus padres terem vergonha de se assumirem. Quem não tem orgulho da sua farda NÃO é um bom soldado! Padre moderninho é desculpa para os fracos continuarem no bem bom (emprego garantido) sem ter que dar a cara para apanhar. Tem que vestir batina, sim! VESTIR BATINA! Ou é ou não é...Qual é a desculpa? Tempos modernos...Não se usa mais...STOP! TEM QUE USAR BATINA e...GASTAR SAPATO! Chega de ficar na Igreja ignorando o rebanho. Tem que ir em busca de seus fiéis!!! Padre ou Frei ou Frade tem que batalhar e com a bandeira levantada que é a sua FARDA, A SUA BATINA. Ou ninguém está vendo o que está acontecendo: a explosão das Igrejas Evangélicas?!?!? O povão não se sente bem com esses padres que querem se vestir como os não padres, MAS NÃO COMO OS POBRES!!! Não se vê padre mal vestido ou vestido como pobre. Isso não! O pior cego é o que não quer ver! A continuar assim, as Igrejas estarão cada vez mais vazias (não se vê jovens nas igrejas) durante as missas.Os padres se limitam a por a “beca” para a missa e, depois, rapidinho tiram...não me comprometa!
Vamos acompanhar o andor...
Ou dá uma virada, ou bye, bye,bye! (haroldo-leao@hotmail.com)

Anônimo disse...

Amigo Armando, li o seu artigo. Você sabe que tenho meus pontos de vista a respeito da Igreja Católica, mas concordo com o que disse, porque muita coisa positiva que vivenciei nessa Igreja já não existe mais. Uma delas é exatamente a dignidade que um padre impunha às pessoas. Se por dentro ele era sincero, isso é outra coisa. Hoje eles se renderam à MIDIA e a religião virou coisa de palco e platéia. Influência dos pentecostais norte-americanos. Nada a criticar (quem sou eu) sobre o pe. Marcelo, porque deve fazer um grande bem às pessoas que se sintonizam com essa forma de religião. Admiro a coragem dele e o sucesso. Mas a antiga "invidia clericalis" (inveja clerical) sempre existiu. Abraços, boa Páscoa a você também. A propósito, escrevi algo sobre o tema nos 2 jornais, gostaria que comentasse alguma coisa, se você leu.
Sebastião Mendes Tião Mendes(jspmendes@hotmail.com)

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