julho 14, 2011

Antônio Delmanto: Médico Cidadão !

Médico Cidadão – Registro Histórico

No ano de 2005 comemoramos o seu Centenário. Uma edição especial da revista cultural Peabiru trouxe toda a sua trajetória: como médico, como político, como esportista e como benemérito.



Médico Cidadão/ Registro Histórico/ Parte 1/ leia aqui

Médico Cidadão/ Registro Histórico/ Parte 2/ leia aqui

Médico Cidadão/ Registro Histórico/ Parte 3/ leia aqui

Essa tem sido a postura da revista Peabiru, sempre divulgando fatos relevantes para a cultura e a história de Botucatu, do Estado de São Paulo e do Brasil. Procurando ser um FORUM CULTURAL onde o debate democrático das idéias é sempre positivo.

O homenageado é meu pai, com muita honra. Nascido em Botucatu/SP, Antônio Delmanto passou toda a sua vida entusiasmado com a profissão. Era um vocacionado. Por 60 anos exerceu a medicina como um sacerdócio. Gostava da profissão. Tendo cursado também Farmácia, tinha pleno conhecimento das fórmulas dos remédios e as receitava com precisão. No exercício da Medicina, realizou cerca de 80 mil cirurgias, entre pequenas, médias e grandes. Após seu Curso de Medicina, especializou-se com o Dr. Benedito Montenegro, considerado o melhor cirurgião da época (1936/37), sendo professor e, depois, diretor da Faculdade de Medicina da USP.



Essa a nossa contribuição, em termos do histórico de Antônio Delmanto, com muitas fotos e ilustrações. Mostrando que ele exerceu a medicina como um sacerdócio e viu, sempre, a política como uma tarefa, exatamente isso: uma tarefa cívica a ser cumprida...

Buscamos, nas palavras do sempre mestre Prof. Agostinho Minicucci, o perfil do homenageado:

“Antônio Delmanto fez da medicina um sacerdócio, da política um ementário de idéias e ideais. Como pessoa foi um modelo e um exemplo às gerações que vem vindo.

Na Idade Média de Botucatu, se assim poder ser dito, foi um cavaleiro heróico e um menestrel, semeador edílico de um estro comunitário e idealístico.

Antes de viver para si, viveu e tem vivido para a sua Pátria. Ela se chama Botucatu.”

4 comentários:

Anônimo disse...

Gostei, Delmanto. Eu no seu lugar faria o mesmo. Cada pai tem uma caminhada na vida, mas todos, com pouquíssimas exceções, deixam seus filhos com lembranças boas do dia a dia. Alguns, como o seu pai, tiveram uma trajetória pública que os enalteceram. É muito bom vivenciar e divulgar tudo isso. Saiba que ele ficaria muito feliz com esse registro tão valorizado. Tudo de bom a você e a seus familiares. Abs. (maria-de-lourdes2004@hotmail.com)

Delmanto disse...

É um depoimento pessoal, mas mostra bem a ligação afetuosa que eu tinha com meu pai. Foi em 1994, quando eu fui candidato a Deputado Federal pelo PDT de São Paulo, tendo conseguido a legenda graças à interferência do jornalista amigo, Roberto D’Avila, em tão Secretário do Meio Ambiente do Rio, na gestão do Brizola. No absurdo da estrutura política brasileira, os partidos tinham e tem donos e, os não apadrinhados, só participam quando ocorre uma oportunidade dessas...Pois bem, fui até meu pai, político forjado no Partido Democrático, que sem transformou depois no Partido Constitucionalista e acabou por formar a base da União Democrática Nacional, para pedir, como sempre, seus conselhos.
Fui direto na minha dúvida: “Olha, pai, eu fui convidado para sair candidato pelo PDT a deputado federal. Mas, está difícil. Eles (do PSDB) estão com a prefeitura municipal (Botucatu), deputado estadual, governador do estado e presidente da república...Está duro! Não sei se vale a pena...”
Eu tinha, na época, os meus 47/48 anos. E levei um “pito”! Ele, com seus 89 anos: “Olha aqui, se eu tivesse 10 anos menos, eu sairia candidato, Você tem que levantar a bandeira, rapaz! Senão, como é que vai ter mudança?”
Então, eu me senti deste tamanhinho...
Sai candidato. Foi uma vitória inesperada: 12 mil votos, só em Botucatu. Fui eleito 3º suplente. Não gastei um tostão...Quer dizer, fui candidato numa época em que não acreditava e a eleição foi uma surpresa: 3º suplente... Meu pai me deu aquela lição de cidadania, aquele inesquecível “pito” e...morreu. Morreu em agosto e não chegou a ver o resultado da eleição...
Então eu repito:
Vale a pena participar!
É isso o que tenho procurado fazer durante toda a minha vida. Confesso que sem o desempenho contínuo que a cobrança paterna me teria feito...Mas tenho procurado fazê-lo. Este blog faz parte desse esforço.
E este post é uma homenagem a ele.
Saudades!

requeri disse...

blogg, fundamentalmente é pra isso, emprestar escritos, como num diário, das alegrias, das aflições caseiras e pessoais.
o seu extrapola. aqui, neste texto, um habitante do seu coração doado ao mundo.

é isso.

João Bosco Guimaraes Mafra disse...

Delmanto,

Cavaleiro heróico e um menestrel, semeador edílico de um estro comunitário e idealístico.

Antes de viver para si, viveu e tem vivido para a sua Pátria. Ela se chama Botucatu.”

Estes cidadãos não encontramos mais, exemplos como o do Sr. seu pai, deveriam ser seguidos e infelizmente nossa juventude não desperta para uma história como esta.
Parabéns por ser seu pai, parabéns por ter sido um homem, público, emérito e honrado.

João Bosco

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