julho 30, 2011

Novo Caminho do Peabiru: Estrada Interoceânica ligará os Oceanos Atlântico e Pacífico


Pela importância que tem, vamos apresentar o NOVO CAMINHO DO PEABIRU: A Estrada Interoceânica que ligará o Oceano Atlântico ao Oceano Pacífico! Ligando São Vicente/Santos a Kusko, no Peru!

Todos conhecem a história do PEABIRU – o lendário caminho pré-cabralino, com 8 palmos de largura ligando o Oceano Atlântico ao Oceano Pacífico, ou seja, indo desde São Vicente até Kusko, no Peru. Caminho aberto, segundo a lenda, miraculosamente por Sumé ou Pay Tomé ou São Tomé... Esse caminho teria sido usado durante o período colonial brasileiro, retratado na série especial “A Muralha”, da rede globo.



Em uma das edições da revista de cultura Peabiru, encontramos tudo sobre esse palpitante assunto. Inclusive com o artigo de Hernâni Donato que é o maior estudioso e conhecedor de toda a história referente ao Peabiru. Além dos trabalhos e das pesquisas de Frei Fidélis sobre esse palpitante assunto, trazendo a interpretação dada para o povoamento das Américas (Atlântida). O “Gigante Deitado” e toda a lenda mística sobre as “Três Pedras”, pois estas, segundo Frei Fidélis, comprovariam o povoamento das Américas pelos Cantores Negros, que adoravam e ofereciam sacrifícios a Satã, adorando-o nas formas de falos (órgão reprodutor do sexo masculino) esculpidos em rocha, como é o caso da pedra do meio – Templo Negro Fálico - nas “Três Pedras”! Misticismo... Lendas... Histórias Milenares...



O Templo Negro Fálico no Caminho do Peabiru/ Registro Histórico/ leia aqui

E agora temos, em pleno século XXI, o assunto da ligação entre o Oceano Atlântico e o Oceano Pacífico voltando à discussão dos brasileiros. Agora, de forma clara e objetiva e com toda a tecnologia que a humanidade conseguiu, teremos um novo PEABIRU a ligar os oceanos e a rasgar todo um continente!

Esse plano já tem mais de 20 anos de estudos e discussões, sendo certo que brevemente teremos essa importante ligação entre os oceanos Atlântico e Pacífico.

Em encontro realizado em Campo Grande (Mato Grosso do Sul), os governos do Brasil, Bolívia e Chile assinaram o acordo que viabiliza a criação da rodovia interoceânica, ou seja, o NOVO PEABIRU ! Desse encontro, estiveram presentes os representantes dos ministérios dos Transportes, Agricultura e Itamarati.

Em entrevista à imprensa, o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Márcio Portocarrero, informou que a área federal fará um investimento de R$ 340 milhões exclusivamente para a construção de pontes e viadutos, construção de acessos à nova rodovia e para a recuperação e manutenção da infra-estrutura viária, principalmente, nas proximidades da fronteira com a Bolívia.

Já definido que no estado de São Paulo, a rodovia interoceânica passará pelos municípios de Santos, Botucatu, Bauru, Lins e Andradina. E no estado de Mato Grosso do Sul, passará pelos municípios de Três Lagoas, Campo Grande, Aquidauana e Corumbá.

De acordo com as declarações do Engº Márcio Portocarrero, as verbas para as obras no território brasileiro já estão previstas no Orçamento da União e algumas delas já começaram, efetivamente, a serem aplicadas como a de uma ponte no rio Paraná, com o custo previsto de R$ 34 milhões. O trecho mais caro será o que liga o estado paulista a Corumbá e está avaliado em R$ 274 milhões.

Para a pavimentação da rodovia na Bolívia, haverá financiamento do BID, cuja licitação já está sendo realizada. Por outro lado, no Chile, a situação já é bem melhor, com as estradas necessárias prontas, chegando até os portos de Arica e Iquique.

Rodovia Interoceânica: Ligando os portos de Santos e Iquique, no Chile, até 2009. Serão 3,5 mil quilômetros !


Em entrevista ao jornal BOM DIA, o presidente do Sindicato Rural de Bauru, Maurício Lima Verde declarou que essa é “uma ótima iniciativa”. Lembrou na oportunidade que “a produção agrícola brasileira todos os anos bate recordes, mas não há a mesma estrutura para transportes e armazenagem.” Destacou que “devemos chegar daqui alguns anos a 200 milhões de toneladas, mas hoje não há como transportar tudo, tanto para fora como até internamente.”

Haverá ligação Ferroviária também

Ainda com as declarações de Márcio Portocarrero, ficou claro que a ALL ( América Latina Logística) tinha um plano de ligar o porto de Santos com o Chile através da ferrovia. A própria ALL esclareceu que chegará com seus trens tão somente até a Argentina, em Mendonza, dali mandará as cargas por rodovia até o Chile. Será, todavia, um avanço da malha ferroviária do Brasil caso se concretize esse plano.

Destacando as vantagens dessa rodovia interoceânica, o representante do Ministério da Agricultura explicou que “foram feitos acordos alfandegários com a Bolívia e Chile e as unidades aduaneiras nas fronteiras vão ser melhor aparelhadas para um fluxo maior”, tendo em vista que o fluxo de caminhões será bem maior, necessitando de uma maior facilidade na passagem de um país para outro.

5 comentários:

Anônimo disse...

Delmanto, como professor de história tenho procurado orientador meus alunos pós-graduandos na versão histórica e pouco divulgada do povoamento das Américas e que aqui é que existiu e floresceu uma grande e evoluída civilização: a Atlântida! Esse assunto sempre me motivou desde quando ainda era universitário da FMU, cujo diretor geral era exatamente o prof Agostinho Minicucci. Ele havia escrito o livro “Os Bruxos do Morro Maldito e os Filhos de Sumé”. No livro, há um trecho que muito me impressionou:
“...Há 2.500 anos antes de Cristo, Sumé passou por São Paulo...por um caminho chamado Peabiru, que vai do Paraná ao Peru...É um caminho misterioso, utilizado pelos indígenas. Esse caminho do qual ainda há vestígios, tinha aproximadamente oito palmos de largura, em toda a sua extensão. Entrava mata adentro.
- Frei, achei esse nome Peabiru sonoro e sugestivo. O que significa?
- Peabiru, minha filha, é formado das raízes PE-A-BYR-U, da língua suméria, a língua de Sumé e dos Atlantas, é o caminho das serpentes douradas no templo das pedras.
- Esse “templo das pedras”, poderia ser a Serra de Botucatu, insistiu um dos participantes do curso.
- Sim, já que o caminho que ia do litoral ao Peru, passava por Botucatu e por Bofete?”
É tema para muito mais pesquisa na busca da ATLÂNTIDA que teria sido tragada pelo mar e estaria no entorno da América do Sul. Nesse livro, Minicucci fala da força magnética que foi detectada nas Três Pedras. E essa região foi primeiramente colonizada e dominada pelos padres jesuítas até serem expulsos do Brasil pelo Marques de Pombal. Tudo isso faz parte de nossa história. Documentos oficiais da época do Império fazem referência claro a esse caminho que ia de Santos até Cusko no Peru, fazendo, inclusive, as regras para a utilização do mesmo. Vou continuar e aprofundar meus estudos sobre o Peabiru. Abs. (luisroberto-souza@yahoo.com.br)

Delmanto disse...

Positivo o seu comentário, prof. Luís Roberto. E para complementá-lo, vou reproduzir um texto do historiador Hernani Donato que é considerado o maior estudioso do Peabiru:
“...Chegado aos campos da “fazenda de Botucatu” que foi dos padres da companhia” (a reconstituição em palavras é de Taunay) defrontava a serra, “referência preferencial de todos os caminhos do sul paulista. Chegado de Sorocaba, lançava um sub-ramal na direção da cuesta. Aluísio de Almeida, que nasceu e foi menino no Guareí, antes de ser aluno no Seminário de Botucatu, escreveu ter conhecido o caminho que soube utilizado com freqüência pelo Padre Stanislaw de Campos, visitador anual das fazendas jesuíticas da região, exatamente as de Guareí e de Botucatu. Era” muito fundo” e chegava ao pé da serra. Este “pé da serra” embicava no bairro do Alambari, galgava a morraria para vir surgir nas alturas da Capela de Santo Antonio. E estava na cidade. Até a chegada da Via Rondon já mais de um quarto do nosso século decorrido, esse era o caminho para viajantes e tropas e as primeiras levas de imigrantes europeus e americanos entrarem em Botucatu.”
E a Rede Globo quando fez a mini-série “A Muralha”, mostrou muito bem como era a chegada ao “pé da serra” onde se deparava com a hoje famosa Cuesta de Botucatu, com sua Escarpa a proteger o avanço para o interior: verdadeira MURALHA NATURAL a separar o litoral do interior.
Continue, professor, com suas pesquisas que esse é o caminho. Abraço. Delmanto.

Anônimo disse...

Sr. Delmanto. A tão sonhada ligação entre os dois Oceanos (Atlântico e Pacífico) remonta ao período colonial. As Bandeiras que rasgaram este país, usaram muito o caminho do peabiru. Dizem que esse caminho foi aberto desde Kusko, no Peru, até atingir a então famosa Capitania de São Vicente. Hoje, com toda a tecnologia disponível é uma realização viável. Agora, nos primórdios...O Brasil será beneficiado duplamente, quer pela fomentação que essa rodovia interoceânica dará ao turismo sul-americano como pelo lado comercial, com a facilidade que teremos na exportação de nossos produtos pelo Atlântico ou pelo Pacífico, conforme o destino dos mesmos. O Brasil vai assumindo rapidamente o seu destino de Nação líder da América Latina. Que tudo isso traga benefícios para a população brasileira. É o eu penso e quero. (mariceiaoliveira@yahoo.com.br)

Anônimo disse...

Ops! O negócio não era fácil, não! Cantores negros adoradores de Satã...Os templos em forma de falos gigantes, ou seja, um tremendo “cacetão”! Essa história precisa ser mais detalhada. Todo mundo acha que a pornografia está dominando a nossa juventude, o que dizer da época pré-histórica com esse pessoal adorando falos gigantes???? Sempre dizem que o homem é um animal racional, mas cada vez mais eu acredito que ele é muito mais animal que racional...Certo está a Bíblia: “atire a primeira pedra quem estiver livre de pecado...” (carla.bueno2011@bol.com.br)

Elida disse...

Rodovia Interoceânica frustra previsão de integrar Brasil ao Pacífico
Essa estrada foi planejada para integrar o Brasil aos vizinhos andinos e dar acesso aos portos peruanos no Pacífico. A construção começou no governo Lula e a maior parte foi feita por empreiteiras brasileiras.

O Bom Dia Brasil vai exibir, esta semana, um relato diário dessa viagem desde o Acre, pela BR-317, cruzando o Peru até o Oceano Pacífico. A rodovia tem, ao todo, 2,6 mil quilômetros, a maior parte feita por um consórcio liderado pela Odebrecht.

O lançamento da Interoceânica veio com a promessa de integração comercial com um acesso ao Oceano Pacífico para os produtos brasileiros que vão para a Ásia -- principalmente a soja. A ideia era reduzir os custos e o tempo de viagem em cinco dias.

Só que nada disso aconteceu. A obra começou em 2005 e ficou pronta cinco anos depois. Mas o último levantamento sobre o movimento na rodovia no trecho brasileiro mostra que a média de circulação era de sete veículos comerciais por hora. Quer dizer, uma média ridiculamente baixa. Segundo as autoridades peruanas, não tem produto brasileiro transitando a caminho dos portos no Peru.

Os repórteres Chico Regueira e Alberto Fernandez fizeram esse caminho. Começaram por Rio Branco, passaram por Assis Brasil, cruzaram a fronteira e foram até Iñapari, no Peru. Eles constataram que a região do Acre manteve o isolamento e não consegue tirar proveito da proximidade com o país vizinho.


Fonte:http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2017/04/rodovia-interoceanica-frustra-previsao-de-integrar-brasil-ao-pacifico.html Edição do dia 24/04/2017

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