agosto 13, 2011

SOS – TV Cultura – Atenção - Socorro !!!


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“Todos os presidentes da TV Cultura nos últimos 16 anos foram indicados pelo governador do Estado. É curiosa essa confissão do Andréa sobre o fracasso de uma emissora que, antes desse desastre continuado, era um dos orgulhos de São Paulo. Antes da gestão Jorginho-Mendonça-Markun, era a emissora de maior respeitabilidade em todas as pesquisas realizadas em São Paulo.”

“Jorge Cunha Lima, que disse que o perigo das mudanças anunciadas por Sayad era colocar a emissora pública não no século XXI, como prevê Sayad, mas "de volta ao século XIX"


A TV CULTURA, da FUNDAÇÃO PADRE ANCHIETA pertence ao PATRIMÔNIO CULTURAL PAULISTA. Como pertenciam ao PATRIMÔNIO PAULISTA o BANESPA, a FEPESA, a CPFL, a ELETROPAULO! E as administrações do PSDB seguidamente praticaram uma gestão pela PRIVATIZAÇÃO DAS EMPRESAS ESTATAIS PAULISTAS que foram constituídas e consolidadas em uma luta CENTENÁRIA do povo de São Paulo. Foram privatizadas SEM A GARANTIA da continuidade de seus serviços e de seus patrimônios. Quer dizer: foram PRIVATIZADAS SEM CONTROLE DE QUALIDADE! Para o futuro, o Estado de São Paulo restou mais pobre em seu patrimônio e na qualidade dos serviços que deveria prestar à população.

O secretário estadual da cultura, Andrea Matarazzo, é o “retrato fiel” dos tucanos paulistas: foi secretário de energia do Mário Covas; ocupou a Secretária de Comunicação do FHC e foi Embaixador na Itália; foi subprefeito da capital com José Serra e, agora, é secretário da cultura de Geraldo Alckmin. Então, as suas posturas e as suas declarações são consideradas posturas da cúpula tucana. É o PSDB falando. Portanto, ATENÇÃO, a TV Cultura corre sérios riscos futuros!

Andrea Matarazzo abre o jogo sobre a TV Cultura/ leia aqui

TV CULTURA É FICÇÃO ?!?/ leia aqui

O caso da TV Cultura é diferente. Para evitar exatamente isso: o uso da TV Cultura para fazer política partidária e para manipulá-la, a sua constituição jurídica foi feita com muita competência: é uma Empresa Pública com regime de gestão de Direito Privado. Quer dizer, os governantes temporários NÃO PODEM ocupá-la politicamente! Para melhor entendimento e compreensão histórica, vamos dar todo o histórico da criação e idealização da TV Cultura – projeto jurídico que a livrou de administradores ocasionais que pudessem por em risco o seu futuro – como forma de reforçar a resistência dos que a defendem e de mostrar – aos ocupantes temporários do Poder! – que não conseguirão destruir mais uma empresa estatal positiva:

REVOLUÇÃO NA TELEVISÃO: TV CULTURA!

A fundação de uma emissora de televisão voltada à cultura e à educação representou, na segunda metade da década de 1960, uma verdadeira Revolução Cultural! Em pleno Regime Militar, o governo de São Paulo tomava a iniciativa pioneira, de levar a cultura e a educação pela televisão. Inédita no Brasil, mas já fartamente usada nos países do chamado primeiro mundo.

Em 1965, a TV Cultura dos Diários Associados, sofre um incêndio onde era o seu estudio. Pouco se salvou deste incêndio onde foi perdida, também, a primeira câmera de TV do Brasil, da Rede Tupi. Esse o principal motivo que levou Assis Chateaubriand a vender a emissora para o governo paulista, sendo que o Grupo dos Diários Associados já enfrentava a crise financeira que o inviabilizaria para o futuro.

TV CULTURA/Histórico Institucional/leia aqui

O governador Roberto Costa de Abreu Sodré, em setembro de 1967, cria a Fundação Padre Anchieta (Centro Paulista de Rádio e TV Educativa). Esta Fundação foi composta por diversos profissionais, faculdades (USP, Unicamp, PUC, Mackenzie, entre outras), sociedades privadas e públicas (ABI, UBE, etc.) e com 70 centavos de cada paulista. A Fundação Padre Anchieta adquire então dos Diários Associados a TV Cultura Canal 2 e as Rádios Cultura AM e FM.

A TV Cultura seria, então, a segunda emissora de TV educativa do Brasil (a primeira é a TV Universitária (TVU), da Universidade Federal de Pernambuco). Na verdade, a TV Cultura tinha uma abrangencia muito maior já alcançando, de início, todo o Estado de São Paulo O verde sempre foi a cor oficial da instituição.



Em 1968, o canal foi entregue à Fundação Padre Anchieta, que inaugurou a emissora em 15 de junho de 1969, tendo como seu primeiro presidente, José Bonifácio Coutinho Nogueira, com a apresentação dos discursos do governador, Roberto Costa de Abreu Sodré e do presidente da Fundação Padre Anchieta, José Bonifácio Coutinho Nogueira. Em seguida, foi exibido um vídeo mostrando o surgimento da emissora, os planos para o futuro e uma descrição dos programas que passariam a ser apresentados a partir do dia seguinte. Além disso, exibiram uma fita com o Papa Paulo VI, dando benção à TV Cultura.

É importante destacar a criatividade governamental (cujo principal articulador foi o Dr Nelson Marcondes do Amaral, Secretário do Governador e, posteriormente, Presidente do Tribunal de Contas do Estado) ao criar a Fundação Padre Anchieta como uma entidade de direito privado, para que tivesse seu destino desvinculado das vontades políticas dos sucessivos governos estaduais (seu Conselho de Administração era composto por Conselheiros Vitalícios representando órgãos da sociedade civil (FIESP, UBE, SENAC, APL, Associação Comercial ,etc) e desvinculados do Governo do Estado).

E isso funcionou. Já no governo seguinte, de Laudo Natel, buscou-se “alterar o relacionamento que o Estado mantinha com a emissora. Ao esbarrar nos estatutos que garantiam a independência da Fundação, passou a reduzir as verbas (o mesmo que estão fazendo agora! Os erros se repetem!!!) destinadas à manutenção da TV Cultura. Isso levou à saída de José Bonifácio Coutinho Nogueira da presidência. Toda a Diretoria, em solidariedade, pediu demissão”. O novo presidente, Rafael Noschese, ex-presidente da FIESP, manteve a emissora dentro das perspectivas culturais iniciais. Graças à sua natureza jurídica, a Fundação Padre Anchieta/TV CULTURA manteve, até os nossos dias, a sua independência administrativa.

5 comentários:

Anônimo disse...

Do “movimento Salve o Rádio e a TV Cultura”, pescamos está preciosidade: “O problema é que a política cultural e de comunicação do PSDB é pautada pelos mesmos princípios macroeconômicos que determinam outras políticas públicas, ou seja, é ideologicamente determinada pela redução do tamanho do Estado. Assim, o poder público deve abandonar completamente o setor produtivo (inclusive o de conteúdo cultural), deixando-o para a iniciativa privada. No campo audiovisual a proposta passa a ser, então, a de comprar a produção de terceiros.
O economista João Sayad foi colocado como presidente da Fundação Padre Anchieta, exatamente para completar essa “reforma”. O novo projeto implica em diminuir o tamanho da emissora, reduzir custo e implantar a nova filosofia que abandona a ideia de ter produção própria e transforma a emissora em uma mera repetidora de conteúdo comprado no mercado nacional e internacional. Caso isso aconteça, a TV Cultura irá se transformar em uma simples “antena pública”. Sayad parece ser a pessoa adequada para fazer esse trabalho, quando secretário de Cultura do Estado contratou várias Organizações Sociais (OS) para administrar instituições públicas sob alegação de “flexibilizar” e “agilizar” a gestão. Para muitos críticos, isso não passa de uma forma disfarçada de privatização”
Dessa forma, mais uma vez, o PSDB vem para desmontar o Estado. Não chega o descarte pífio da FEPASA, do Banespa, da CPFL e outros? O Covas já morreu, mas o PSDB continua querendo acabar com o Estado de São Paulo! (jair.castro66@yahoo.com.br)

Anônimo disse...

Graças à sua independência administrativa, ou seja, não está a TV CULTURA diretamente subordinada ao Governo do Estado, é que pode sobreviver nos “anos de ferro” da repressão, no Governo de Paulo Egydio Martins. Nessa época, em que houve a perseguição e morte do Herzog (então Diretor de Jornalismo da TV Cultura), o então presidente da Fundação Anchieta e Secretário da Cultura, José Mindlin, reagiu bravamente e teve o apoio do governador Paulo Egydio Martins, que gozava de bom trânsito em Brasília e a TV CULTURA manteve a sua independência. Agora, novamente estão querendo privatizá-la (PSDB) como já fizeram com outras tradicionais e competentes empresas estatais paulistas. Vamos defender a TV CULTURA!
(luisroberto-souza@yahoo.com.br)

requeri disse...

bem, o que entendi me basta, e se tem uma tv que assisto com prazer e sem preocupação, é a tv cultura.
os clássicos, os filmes brasileiros, o pasquale, etc, são parte de uma progração que não me agride.
simples assim.
é isso.

Anônimo disse...

Você está certa, requeri. A TV Cultura sempre foi muito bem avaliada pela população paulista. Várias de suas programações foram retransmitidas por outras TVs Educativas ou pela TV Brasil. Acho, inclusive, que o secretário Andrea Matarazzo pode rever a sua posição. Ele tem um interessante projeto que é a "interiorização" da cultura, a começar pela instalação de "braços" da Pinacoteca do Estado em cidades de cada região do interior do Estado. Esse projeto é revolucionário e leva – realmente – a cultura para que seja apreciada pela população que está distante da capital. Ora, a TV Cultura poderia também realizar efetivamente a transferência cultural para o interior do estado paulista. Utilizando as sedes regionais da emissora e fazendo com que a cultura e o folclore riquíssimo do interior seja mostrado e valorizado por todo o estado. Poderia, também, juntamente com a Secretária Estadual da Juventude, realizar as Maratonas Esportivas e as Olimpíadas Culturais da rede de ensino estadual, através da estrutura da nossa TV Cultura. Vamos em frente, Secretário! Vamos mobilizar São Paulo.

Anônimo disse...

Gostei do tema deste post, Delmanto e, também, de sua opinião em comentários. Uma das formas de São Paulo conseguir conquistar a presidência da república é apresentando uma forma nova e revolucionária de governar. E não é que poderia começar essa mudança pela educação! Reformulando a carreira e a faixa salarial dos professores do estado, apostando tudo no período integral das escolas de ensino básico. E utilizar a TV CULTURA como o grande instrumento de mobilização da sua população escolar, realizando essas Maratonas Esportivas e essas Olimpíadas Culturais, interagindo os bairros da capital com as 12 ou 13 regiões administrativas do estado. Pode estar começando dessa idéia a Revolução Cultural que o Brasil tanto espera de seus homens públicos. Esse, sim, seria o grande desafio a mudar esse estado de coisas que tanto entristece o país, humilhando os brasileiros com tantos exemplos negativos e tantos mal feitos.
(pinto.rodolfo28@yahoo.com.br)

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