IMPUNIDADE! IMPUNIDADE! IMPUNIDADE!
“Viva Eliane Calmon. Como se diz no Conselho Nacional de Justiça “la cosa se queda Peluzo” para a corregedora que denunciou o que todo magistrado está careca de saber. Tem bandido por aí usando toga. Ou será que todos usam farda!” (Tutty Vasquez/Estadão/27/09/2011)
(Blog do Noblat/ Charge do Chico Caruso)
“Eu queria deixar para reflexão dos que acompanham este blog, o comentário de um analista político. Ele disse, com propriedade, que corrupção existe no mundo todo e o que diferencia a corrupção brasileira das outras É A IMPUNIDADE! No Japão, além da punição, os envolvidos pedem desculpas públicas pelo seu malfeito, chegando alguns até o suicídio. Nos EUA, perdem o cargo, pedem desculpas e são afastados de seus partidos, além de responderem por seus atos na Justiça... No Brasil, só como exemplo, o deputado federal João Paulo Cunha – réu do Mensalão – é designado pela maioria(PT, PMDB,PR,PP, PDT e PTB) para ocupar a presidência da importante Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados!!!
A IMPUNIDADE é o que tem banalizado de tal forma a CORRUPÇÃO que faz com que a sociedade reaja com mais vagar e ainda com uma certa descrença nos resultados. Daí a importância do apoio da imprensa para esses movimentos. Eles não vão parar. É a ONDA DEMOCRÁTICA que está agindo no mundo e que virá – com certeza! – para transformar a nossa DEMOCRACIA-MEIA-SOLA!
A grande mídia (jornais, revistas e televisão), as redes sociais, os blogs e os sites engajados nessa HIGIENIZAÇÃO CÍVICA, precisam estar mais presentes, convocando as pessoas, destacando os eventos e cobrando da sociedade um caminhar mais célere na busca da FAXINA necessária para a Nação Brasileira!”(post deste Blogg, de 23/09/2011:”Revolução Ética: Alberto Dines e Gabeira)
As duas citações na abertura deste post apenas reforçam a CERTEZA NACIONAL de que o mal que contaminou as estruturas representativas da Nação, tem como principal força motivadora a IMPUNIDADE! Vamos aos fatos:
IMPUNIDADE NO PODER JUDICIÁRIO:
São dois exemplos recentes: a decisão do STJ, em tempo recorde, ao decidir que as provas obtidas pela Polícia Federal contra o filho do presidente do Senado, José Sarney, o empresário Fernando Sarney o foram de forma ilegal. Casos que tais , foram tratados de forma diferente e, esse, ensejou até a Censura ao jornal “Estadão”; o segundo, foi a tentativa do próprio STF de “limitar o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na fiscalização da atividade dos magistrados”. Isso é um “retrocesso”, afirmou o presidente da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil. E concluiu:
STJ desprezou parecer do MP e decisões de outros Tribunais/ leia aqui
Senado convoca Peluso e Calmon para explicar CNJ/ leia aqui
Supremo adia julgamento da ação que tira poderes do Conselho Nacional de Justiça no combate à corrupção/ leia aqui
"Essa ação da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) fará com que haja um retorno às trevas e à escuridão no Judiciário. Será um grave retrocesso, uma vez que o CNJ abriu o Judiciário, deu-lhe transparência, sobretudo com as punições que efetivou. Essa ação tem como objetivo fazer com que o Judiciário volte a ser uma caixa-preta, cenário com o qual a OAB não pode concordar"
Senado convoca Peluso e Calmon para explicar CNJ/ leia aqui
Ministra Eliana Calmon reafirma suas denúncias de que há "bandidos" no Poder Judiciário/ leia aqui
Se castrar o Conselho Nacional de Justiça, o Supremo mostrará hoje que o Judiciário é realmente um podre Poder/ leia aqui
Felizmente, o STF adiou a decisão sobre essa “castração” do CNJ que seria decidida ontem e, ontem mesmo, o atuante Senador Demóstenes Torres (DEM), promotor de carreira, apresentou uma proposta de Emenda Constitucional (PEC) que garante ao Conselho Nacional de Justiça a competência para investigar juízes e aplicar punições quando achar necessário.É claro que ainda precisa ser aprovada, mas já é um importante “gancho” para a mobilização da população através das redes sociais:
IMPUNIDADE NO PODER LEGISLATIVO:
Entre tantas que vem ocorrendo através dos últimos tempos, vamos nos focar nas duas mais recentes: a absolvição da Deputada Jaqueline Roriz, filmada recebendo dinheiro ilegal e a absolvição, ocorrida ontem, do Deputado Waldemar da Costa Neto, que foi o pivô de todos os malfeitos ocorridos no Ministério dos Transportes, ocupado por seu partido (PR), e que ocasionou a queda de vários funcionários, inclusive do Ministro Nascimento. Pois bem, o dep. Waldemar da Costa Neto, acusado de usar o Ministério para a obtenção de propinas, foi absolvido. Lembrando que esse mesmo deputado, durante o mensalão, onde era réu confesso (confessou que recebeu dinheiro ilegal), renunciou ao seu mandato para não ser cassado, voltando depois a se candidatar...
IMPUNIDADE NO PODER EXECUTIVO:
(Blog Conversa Afiada/ Charge do Bessinha)
Foram muitas. Funcionou MEIA-FAXINA. Os envolvidos foram afastados MAS não houve nenhuma punição e nem a DEVOLUÇÃO do que foi desviado. Aguarda – a Nação Toda! – que a presidenta Dilma possa, a cada passo, tomar mais providências para a HIGIENIZAÇÃO POLÍTICA do Governo Federal e POSSA, o quanto antes, ir se livrando dessa HERANÇA MALDITA que lhe deixou o ex-presidente Lula. Que são os “acordos políticos” para a governabilidade que, para a maioria da população, isso tem OUTRO NOME!!!
6 comentários:
Não há país igual ao nosso neste particular. Ou seja, o famoso “esprit de corps” (espírito de corpo), que transforma em “caixa preta” todos os malfeitos e as traquinagens feitas pelos membros de uma mesma CORPORAÇÃO. Assim é no Poder Judiciário, no Poder Legislativo e no Poder Executivo. O depoimento do magistrado José Luiz Oliveira de Almeida é conclusivo:
“Sejamos sinceros, no Poder Judiciário não é diferente. Quando se trata de punir os seus membros, o que prepondera mesmo – cá como lá - é o espírito de corpo, a fraternidade, o coleguismo.
Tenho 22 anos de magistratura e nunca testemunhei, no Maranhão, nenhuma punição a qualquer magistrado, por mais graves que sejam as denúncias e por mais graves que sejam as conclusões de uma sindicância”.
Então é uma luta hercúlea e que precisa ser, constantemente, reforçada para que tenha continuidade e alcance os seus objetivos. A Nação PRECISA que haja um controle na atuação, principalmente, dos Três Poderes da República. Mas essa fiscalização também necessita ser ampliada para as entidades, empresas (públicas e privadas), órgãos representativos, ONGs, sindicatos, associações de classe, enfim, toda e qualquer representatividade da sociedade precisa estar, continuamente, arejada, liberta do corporativismo que esclerosa as suas atividades e impede a renovação necessária e o intercâmbio salutar.
A instituição do Conselho Nacional do Judiciário- CNJ foi uma grande conquista da sociedade brasileira. E a reação da Associação dos Magistrados Brasileiros é a prova provada da existência do corporativismo.
Muito oportuno esse tema. E que haja uma REBELIÃO, no bom sentido, para que esse “controle de qualidade” chegue até os Poderes Legislativo e Executivo.
Delmanto, essa IMPUNIDADE se repete em cascata: são as Corregedorias Estaduais, é o Conselho de Ética das Câmaras Municipais, é a Ouvidoria das Prefeituras, também são as Ouvidorias dos órgãos e empresas, enfim, em todo lugar há esse “espírito de corpo”. É problema cultural. Então, a imprensa de um modo geral, pode desempenhar um papel importantíssimo na implantação de uma cultura positiva e higiência, no sentido de que todo e qualquer desvio de função, malfeito ou conivência, sejam apurados com rigor. Essa postura só viria a dar credibilidade às Instituições públicas e privadas. É coisa de 1º Mundo! (jair.castro66@yahoo.com.br)
O jornal “O Globo”, de 28/09, apresentou uma pesquisa importante sobre a importância do CNJ e de como os leitores vêem o Judiciário. Vejam os números da pesquisa:
“Para 46,32% dos leitores, o CNJ deve ter o poder de investigar juízes para evitar o corporativismo. Outros 51,43% dizem acreditar que o órgão deve continuar com essa atribuição porque o Judiciário também deve cumprir a lei. Entre os que discordam da atuação do conselho na fiscalização da magistratura, 0,54% acham que a atribuição do CNJ desrespeita o poder dos juízes e desembargadores e 1,70% dizem que punir juízes não é competência do órgão.”
É a maioria esmagadora a favor do CNJ! E, nessa reportagem do jornal carioca, vimos a opinião de um leitor:
"Se existem 48 afastamentos, sinal de que o CNJ é necessário. Ou só existem santos no Judiciário? Em todas as profissões existem maus profissionais. Menos no Judiciário? São semideuses? Ou se acham os próprios deuses já? Se querem que apontem os bandidos de toga, podemos citar todos os que já foram afastados, por exemplo", escreveu o leitor Daniel Gustavo de Mello Santos.
Então, eu somo a minha voz a todos os que estão a favor do CNJ e CONTRA A IMPUNIDADE! Falei! (pinto.rodolfo28@yahoo.com.br)
O apresentador da Globo News, André Trigueiro,sobre a IMPUNIDADE, fez uma comparação bem interessante, com referência à enorme falta de sintonia e falta de sensibilidade dos Poderes do Judiciário e do Legislativo em consonância com a voz das ruas, com a opinião do povo. Ele disse: é como se alguém pegasse uma garrafa de champangne e, já sem tela que prende a rolha, começasse a chacoalhar a garrafa. E concluía: uma hora vai explodir e espalhar o líquido por toda a parte. Exato. Perfeito. É isso.
(maria-de-lourdes2004@hotmail.com)
"na colônia e no império, a impunidade atordoava autoridades e impressionava estrangeiros." - luís fco. carvalho filho -
assim como a corrupção, a sensação de impunidade existe ao mesmo tempo que o brasil.
no vocabulario portuguez e latino/pe. raphael bluteau/coimbra/1712-1728, primeiro dicionário da língua portuguesa, a palavra impunidade tinha seu espaço: tolerância, falta de castigo.
portanto, nem corrupção, nem impunidade, sugerem alguma novidade.
se não, como explicar a embromação com a ficha limpa??? como explicar o maluf vivendo a vida??? como explicar criminosos impunes??? só pra não me alongar.
é isso.
O Brasil está perdido se a gente não virar essa mesa. Muita coisa tem de mudar em nosso país. Acho que temos de protestar, gritar, divulgar e até realizar manifestações de rua para que eles percebam a indignação. Vejo, Delmanto que temos de aprender a usar nosso maior instrumento para acabar com a corrupção e, isso vale para todos os órgãos que é o voto. A luta continua, amigo. Abraço.
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