novembro 24, 2011

Governo Federal: 100 Anos de Atraso!


Já fizemos a divulgação de uma carta aberta aos brasileiros, na qual tinha uma relação de propostas indispensáveis para a realização de mudanças políticas positivas no país. Era o voto distrital e o voto facultativo; a redução, pela metade, dos deputados federais, estaduais e vereadores; a extinção do suplente de Senador; a redução de 37 Ministérios para somente 12 Ministérios; a implantação da fidelidade partidária absoluta; a redução dos 20.000 funcionários do Congresso Nacional, para 1/3 de total, etc.


Mas não abordamos e dificilmente se aborda a transformação do Governo Federal em um paquiderme pesado, confuso e incapaz de movimentos e atitudes positivas, enfim, numa estrutura pesada, sem intercomunicação entre seus órgãos, com controle falho e numa estrutura centenária. E o ex-prefeito do Rio de Janeiro e economista, Cesar Maia, bom administrador, com visão global dos problemas, preparou uma matéria que precisa ser conhecida de todos. É da discussão de propostas assim que conseguiremos mudar e modernizar o Brasil. Vamos ao texto:

“GOVERNO FEDERAL: UMA ESTRUTURA DE GESTÃO DE 100 ANOS ATRÁS!

1. O strike de ministros no governo Dilma deu nitidez a uma estrutura de gestão de 100 anos atrás. O que se vê é uma estrutura vertical -com a presidente no vértice- e piramidal -com os ministros no tronco da pirâmide superior. A presidente, com sua equipe atual, verticalmente sobre cada ministério e estes verticalmente sobre sua própria estrutura.

2. Não há nenhuma matricialidade -e me refiro a um sistema de 50 anos atrás- onde os gestores lideravam suas funções, independente de onde elas estivessem. Com isso, se tinha cruzamentos e interações diagonais. Por exemplo, o diretor de recursos humanos atuava em todas as diretorias; a diretoria técnica atuava na diretoria de produção; a diretoria financeira sobre todas; etc. A operação cruzada era acompanhada de informação simultânea ao diretor da área afetada e esse interagia se desejasse. O presidente coordenava as funções e com sua diretoria, decidia sobre elas. E deixava que os naturais conflitos horizontais produzissem a necessidade de novas decisões. Mas, permanecia, em boa medida, o desenho piramidal.

3. Hoje, num mundo aberto, com informações que fluem com enorme agilidade, onde a concorrência entre as empresas de vanguarda se dá pela inovação, o que prioriza a tecnologia e a velocidade em sair do laboratório e entrar em mercado, a estrutura organizacional não pode ser mais piramidal. Deve ser uma estrutura como um disco voador, superfície de muitos furos, para a interação externa e com redes se cruzando internamente, em todas as direções -horizontais, verticais, diagonais, impulsionando os controles e a tomada de decisões em todos os níveis, em todos os momentos.

4. Quando a oposição e a imprensa destacam que apenas uma pequena porcentagem de um programa -o PAC, por exemplo- foi executado, que a presidente se surpreende com informações, fatos e denúncias, que certos programas autorizados em solenidades palacianas, etc., meses depois mal saíram do papel, o problema não está na burocracia, nem na legislação: está na própria estrutura de gestão do governo.

5. É fato que no setor público existe uma rigidez normativa muito maior. Sendo assim, se pode pensar numa organização na forma de pipeta de laboratório, garantindo a normatividade em sua garganta, o mais fina possível.

6. Governar -ou gerir- é tomar decisões. Os demais são técnicas. Num mundo com tênues fronteiras informacionais, com ciclos tecnológicos imprevisíveis, com a informação em tempo real, continuar com uma estrutura centenária é a certeza do fracasso. Pelo menos do fracasso relativo como crescer pouco, vis a vis outros países em mesma situação. Tomar decisões após ler jornais e revistas e ver na TV, é simplesmente reagir a uma decisão, de fato, pré-tomada.

7. Numa onda mundial de crescimento, o avião pode até ser empurrado pelo vento de popa. Mas numa conjuntura de crise, permanecer gerindo numa armadura piramidal, é a certeza do fracasso, e de consequências sociais e econômicas, muito mais graves do que necessário. É o que está ocorrendo no Brasil, neste momento.”
(ex-Blog do Cesar Maia - 23/11/2011)



PARTICIPE!


5 comentários:

Anônimo disse...

É impossível gerir uma estrutura com praticamente 40 Ministérios. É a certeza de uma má gestão! A presidente Dilma, como gerentona, deve saber bem da dificuldade em administrar uma máquina tão picotada e com redutos partidários intocáveis. Ela deveria dar um “choque de gestão administrativa” e realizar um corte no número de Ministérios. Teria um sucesso maior do que o da Faxina!
Vamos, Dona Dilma, manda bala!
Marque a sua administração pela eficiência e objetividade. Limpe a área!
(luisroberto-souza@yahoo.com.br)

Anônimo disse...

Ah, ah,ah...Como se ela pudesse fazer essas mudanças positivas. A presidente Dilma está amarradíssima! E para tudo tem que pedir bênção ao Lula/Camaleão...O perigo é ela criar mais um ministério!!!! (maria-de-lourdes2004@hotmail.com)

Anônimo disse...

Também tenho acompanhado os artigos do ex-Blog do Cesar Maia. Ele é uma pessoa sintonizada com o que ocorre no mundo todo em termos de política e gestão. Mesmo sendo do DEM, sempre o vejo como um brizolista do bem, ou seja, a favor de mudanças que elevem a Nação Brasileira e dêem um futuro melhor ao povo brasileiro. Como Prefeitão do Rio ele fez uma administração que marcou época. O carioca sabe disso e o tem em alta conta. E ele teve uma idéia genial: sair candidato a Vereador do Rio, conseguindo uma votação recorde e, assim, fazendo uma bancada forte do DEM na Câmara Municipal. É a retomada da caminhada para a volta à prefeitura ou para um pulo direto ao Governo do Estado. Depois da administração “moleque” desse falastrão do Sérgio Cabral, o Rio de Janeiro precisa de um planejamento exemplar e de um executivo seguro como o Cesar Maia. (haroldo-leao@hotmail.com)

Anônimo disse...

Olá, Delmanto.
Ródrio comentou a notícia Governo Federal: 100 Anos de Atraso!.

Comentário:
É, amigo - o que mais tem nesse "MEIO" é a tal da "MARACUTAIA". São cheios de armações para o próprio benefício. Abraço

Responda e leia mais no endereço http://www.dihitt.com.br/meu_conteudo#n=governo-federal-100-anos-de-atraso&c=1441935

Anônimo disse...

É agir rápido ou ficar “pajeando” Ministro corrupto. Pô! Com esse Negromonte do Ministério das Cidades já é o 7º ou 8º?!? A presidente Dilma vai acabar ficando famosa como a presidente que teve o ministério mais corrupto da história! Pelo menos foi o que restou de todos os escândalos e da cobertura da mídia. Ou dá um “choque de gestão”, reduzindo violentamente o número de Ministérios ou vai ficar muito mal para ela. Imaginem que tem Ministério da Pesca, então porque não criar o ministério da caça à capivara? Ou criar o ministério de defesa da arara azul? Ou do mico leão dourado? Isso “cheira” a picaretagem política... Vão acabar mudando a fama da “Faxina” para o “Chiqueiro” Federal!!! (danilo-gomes40@live.com)

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