janeiro 09, 2012
A Vida é Combate...
“Não chores, meu filho;
Não chores, que a vida
É luta renhida:
Viver é lutar.
A vida é combate
Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos,
Só pode exaltar.”
(“Canção do Tamoio”, Gonçalves Dias)
É preciso desmistificar a história política do Brasil. Primeiramente, descartar a “culpa” de Jânio pela implantação do Regime Militar. Claro, se Jânio renunciou em 1961 e o Regime Militar foi implantado em 1964, ele não teve nada a ver. Muito pelo contrário, foi o ÚNICO político brasileiro CONFINADO em Corumbá/Mato Grosso. Ou, então, não existe o livre arbítrio do povo e nem dos dirigentes que lhe sucederam...
E, em segundo lugar, é preciso parar de “pintar” o ex-presidente Jango Goulart de coitadinho. Não era, não! Provocou a quebra da hierarquia nas forças armadas, lutava descaradamente para implantar a RELEIÇÃO (que passou a ser a “grande“ obra de FHC), tinha aliança “fechada” com sindicalistas de baixíssimo nível, não eram nem esquerdistas mas somente “pelegos”...
E o mais importante: tinha pleno domínio das Forças Armadas e contava com seu cunhado, Leonel Brizola, governador do Rio Grande do Sul e que liderava a Rede Nacional da Legalidade (composta de rádios e TVs e mídia impressa). Então, NÃO havia chance dos militares tomarem o poder se o presidente Jango resolvesse resistir!
Em post anterior escrevemos que...”a grande imprensa da época, comprometida com a classe dominante (repetida por parte da grande imprensa atual) culpava Jânio pela queda do ex-presidente João Goulart e pela implantação do Regime Militar. Pela madrugada! Jânio renunciou à presidência em 1961. O ex-presidente João Goulart fugiu do país em 1964, não resistindo como queria Leonel Brizola e como aconselhava o quadro militar-político da época. E o Regime Militar foi implantado em 1964! Por que seria Jânio responsável?!?"
Assim, o testemunho do jornalista Carlos Chagas, na “Tribuna da Imprensa”, de 09/01/2012, com o título “As Antirreformas”. No artigo, Carlos Chagas relata o que foi a subida dos Militares ao Poder e a força política de que dispunha Jango Goulart. Vamos ao texto:
“Foi para não ver derramado sangue brasileiro que o presidente João Goulart impediu a Força Aérea de bombardear com napalm as reduzidas tropas do general Mourão Filho na divisa dos estados de Minas e Rio de Janeiro, em 1964. Três dias depois partiu para o exílio no Uruguai, com a mesma determinação. É dúvida se sabia ou não que com aquele gesto encerrava o capítulo das reformas de base em nosso país, já que tinha esperança de retornar em breve. De qualquer forma, de lá para cá, ninguém pensou mais nas reformas de base, fosse nos governos militares, no alvorecer da Nova República, no consulado do sociólogo ou mesmo no período em que fomos geridos por um sindicalista. Nem agora, sob o mandato da gestora-sucessora.
Dos militares, que fizeram o dever de casa imposto pelo empresariado, acabando com a estabilidade no emprego, a progressão chegou a esse ridículo salário-mínimo de 622 reais. Lembra-se que Fernando Henrique beneficiou o capital internacional e nacional, empenhado em cuidar do andar de cima sem olhar para o porão, mais ou menos o que o Lula continuou, mesmo contrabalançando com migalhas as agruras de parte dos miseráveis.”
(As Antirreformas – Carlos Chagas/ Tribuna da Imprensa, 09/01/2012)
RESUMINDO: As dificuldades políticas do Brasil começaram com o ex-presidente João Goulart que “fugiu” e não teve coragem e nem patriotismo para “segurar” a bagunça que, ele mesmo, estava impondo ao país! E deixar claro que desde a época de Jango Goulart até os nossos dias, NADA FOI FEITO a favor das REFORMAS DE BASE (Reformas Política, Tributária, Social, Educacional, Previdenciária, etc.). NADA!!!
Mais uma vez, vamos repetir o texto do jornalista Carlos Chagas:
“Dos militares, que fizeram o dever de casa imposto pelo empresariado, acabando com a estabilidade no emprego, a progressão chegou a esse ridículo salário-mínimo de 622 reais. Lembra-se que Fernando Henrique beneficiou o capital internacional e nacional, empenhado em cuidar do andar de cima sem olhar para o porão, mais ou menos o que o Lula continuou, mesmo contrabalançando com migalhas as agruras de parte dos miseráveis.”
RESUMO FINAL: Tudo está para ser feito. Principalmente durante os dois mandatos de FHC e Lula, o Brasil só viu desfilar as mobilizações “suspeitas” a favor da REELEIÇÃO e, ao depois, a “grande vergonha” do MENSALÃO!!! E, durante os 16 anos, total apoio ao CAPITAL FINANCEIRO ESPECULATIVO e a prioridade aos BANCOS com os MAIORES JUROS DO MUNDO!
Assim, só nos resta, neste início de 2012, reforçar nossa posição a favor de MUDANÇAS E REFORMAS e contra a CORRUPÇÃO que contamina a República Brasileira!
A VIDA É COMBATE!
AVANTE!!!
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3 comentários:
Jango Goulart foi o maior responsável pelo caos que se apossou do país. O Golpe Militar resultou do desgoverno de Jango. Era uma grande bagunça, quebra da autoridade, sindicalistas “fisiológicos”, políticos corruptos e a grande campanha pelas reformas de base, mas concentrando na reeleição do presidente. Era a “chamada ditadura sindicalista”, onde Jango estaria à frente dos sindicatos para popularizar o poder...rsrsrs Muito boa a declaração do conceituado jornalista Carlos Chagas. Jango foi mal governante e um grande covarde, porque na hora de enfrentar os milicos, pôs o “rabo entre as pernas” e fugiu para suas fazendas (grandes latifúndios) no Uruguai. É isso. E durante os governos “esquerdistas” de FHC e Lula, só os Bancos foram privilegiados e tivemos os Maiores Juros do Mundo ( o Brasil virou paraíso fiscal dos especuladores!) (maria-de-lourdes2004@hotmail.com)
O Brasil está crescendo sozinho ou apesar de seus governantes. Com uma potencialidade do agro-negócio conquistando os mescados, principalmente a China, o país vai crescer apesar de tudo. É verdade que a indústria nacioal está desmoronando, abandonada pelo governo que escancarou as portas para os produtos externos, principalmente os asiáticos.
Vamos mobilizar os brasileiros para que possamos dar um "choque de gestão" na educação e elegermos políticos mais comprometidos com um futuro sustentável para o Brasil
(haroldo.lea@hotmail.com)
A reeleição agrada aos políticos malandros. O Itamar Franco declarou que a NÃO reeleição era uma cláusula "pétrea" da República e que o Fernando Henrique havia jurado não mexer nisso. E mexeu. E como! Foi o "rascunho" do Mensalão como todo mundo diz...Quanta malandragem e "gula" pelo Poder...
(p.gomes@yahoo.com.br)
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