“Temos a impressão de que está em marcha uma clara "revolução dentro da corrupção", um deslavado processo com o fito explícito de nos acostumar ao horror, como um fato inevitável. Parece que querem nos convencer de que nosso destino histórico é a maçaroca informe de um grande maranhão eterno”. - Arnaldo Jabor -
Hoje será julgada no STF – SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL a ação que procura limitar o poder de controlar os “malfeitos”, inerentes às funções do CNJ – CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, só o permitindo APÓS as respectivas CORREGEDORIAS DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA DOS ESTADOS examinarem os casos.
NÃO TENHO BOLA DE CRISTAL, MAS ME PERMITO UM PALPITE CÍVICO:
“O STF NÃO RESTRINGIRÁ OS PODERES FUNCIONAIS DO CNJ!!!”
E sabem por quê?!?
PORQUE SE NÃO O FIZEREM, A SOCIEDADE ORGANIZADA O FARÁ !!!
Clique na imagem abaixo para visualizá-la maior, e leia aqui sobre “indignação cívica”, um assunto que tratamos no post IMPUNIDADE! IMPUNIDADE! IMPUNIDADE!!!
O jornalista da “Tribuna da Imprensa”, Carlos Newton, sempre com precisão cirúrgica, abordou esse assunto (30/01): Vamos ler:
Como dizia o genial Barão de Itararé, “de onde não se espera é que não sai nada mesmo”. Assim, no fim de semana, presidentes e representantes de todos os Tribunais de Justiça do país divulgaram carta de apoio às decisões liminares do Supremo Tribunal Federal que limitaram o poder de investigação do Conselho Nacional de Justiça. Não se esperava outra coisa.
Por coincidência, é claro, integrantes desses tribunais estão entre os alvos das investigações do Conselho. A carta foi divulgada após um encontro com a presença de 19 presidentes de TJs, em Teresina. O documento afirma “irrestrita confiança no Supremo Tribunal Federal”. E também se opõe aos poderes do CNJ de autorizar quebras de sigilo fiscal e bancário.
“O STF é o guardião final. A gente percebe que o Supremo está sendo pressionado. E, de certa maneira, é preciso dar apoio”, afirmou o desembargador Marcus Faver, que preside o Colégio Permanente de Presidentes de Tribunais de Justiça do Brasil e já comandou o TJ do Rio de Janeiro.”
É a mais deslavada “cara de pau” dos togados em suas próprias defesas.
É o C O R P O R A T I V I S M O com sua força total!!!
E esse CORPORATIVISMO é liderado pela AMB – Associação dos Magistrados do Brasil, liderada pelo já conhecido presidente, Nelson Calandra que tem feito o possível e o impossível para “RESGUARDAR” a classe togada de qualquer investigação do CNJ!
A SOCIEDADE ORGANIZADA” – com certeza ! – NÃO permitirá que esse “MANTO PROTETOR” consiga levar de vencida a realidade dos fatos, a indignação da OAB e da Sociedade Civil e a revolta que vai se acumulando na população brasileira!
Um exemplo apenas: “...um servidor do TRT do Rio movimentou R$ 282,9 milhões. O Coaf confirmou que essa foi uma das 205 pessoas que tiveram movimentações suspeitas e investigada. Esta investigação ligada ao servidor provocou até prisões...” E o CNJ é acusado de agir com o intuito de desmoralizar a Magistratura Brasileira!!!!
8 comentários:
Delmanto, tendo que ver a dona Dilma fazendo papelão em Cuba, seguindo as ordens do”assessor jurássico trapalhão” Marco Aurélio Garcia e ficando a prestigiar uma DITADURA FAMILIAR DE MAIS DE 50 ANOS!!! Uma Ditadura que já levou milhares de cubanos ao “PAREDON” e que deixou aquela ilha do Caribe parada no tempo e cada vez mais pobre e desestruturada. E ainda temos que ver um STF composto por “juízes” nomeados pelo Poder Executivo e dispostos a “proteger” os malfeitos dos togados do Brasil. PQP!!! Só falando assim. Tchau!!!
(haroldo.leao@hotmail.com)
É quase isso. Ou seja, pela Lei o CNJ - Conselho Nacional de Justiça NÃO poderá investigar possíveis “malfeitos” antes que as respectivas Corregedorias Estaduais da Justiça o façam. Em outras palavras: NUNCA eles poderão investigar porque tudo estará parado, enroscado...
(carla.bueno2011@bol.com.br)
O que eles querem, Delmanto, é dar um cala boca, um boa noite cinderela, um passa moleque, entupir o trombone na/da dona eliana calmon. É a famosa I M P U N I D A D E !!!
A “sociedade organizada” consertará isso, caso o STF cometa essa TREMENDA PICARETAGEM jurídica!
(p.gomes@yahoo.com.br
Não há país igual ao nosso neste particular. Ou seja, o famoso “esprit de corps” (espírito de corpo), que transforma em “caixa preta” todos os malfeitos e as traquinagens feitas pelos membros de uma mesma CORPORAÇÃO. Assim é no Poder Judiciário, no Poder Legislativo e no Poder Executivo. O depoimento do magistrado José Luiz Oliveira de Almeida é conclusivo:
“Sejamos sinceros, no Poder Judiciário não é diferente. Quando se trata de punir os seus membros, o que prepondera mesmo – cá como lá - é o espírito de corpo, a fraternidade, o coleguismo.
Tenho 22 anos de magistratura e nunca testemunhei, no Maranhão, nenhuma punição a qualquer magistrado, por mais graves que sejam as denúncias e por mais graves que sejam as conclusões de uma sindicância”.
Então é uma luta hercúlea e que precisa ser, constantemente, reforçada para que tenha continuidade e alcance os seus objetivos. A Nação PRECISA que haja um controle na atuação, principalmente, dos Três Poderes da República. Mas essa fiscalização também necessita ser ampliada para as entidades, empresas (públicas e privadas), órgãos representativos, ONGs, sindicatos, associações de classe, enfim, toda e qualquer representatividade da sociedade precisa estar, continuamente, arejada, liberta do corporativismo que esclerosa as suas atividades e impede a renovação necessária e o intercâmbio salutar.
A instituição do Conselho Nacional do Judiciário- CNJ foi uma grande conquista da sociedade brasileira. E a reação da Associação dos Magistrados Brasileiros é a prova provada da existência do corporativismo.
Muito oportuno esse tema. E que haja uma REBELIÃO, no bom sentido, para que esse “controle de qualidade” chegue até os Poderes Legislativo e Executivo.
O jornal “O Globo”, de 28/09, apresentou uma pesquisa importante sobre a importância do CNJ e de como os leitores vêem o Judiciário. Vejam os números da pesquisa:
“Para 46,32% dos leitores, o CNJ deve ter o poder de investigar juízes para evitar o corporativismo. Outros 51,43% dizem acreditar que o órgão deve continuar com essa atribuição porque o Judiciário também deve cumprir a lei. Entre os que discordam da atuação do conselho na fiscalização da magistratura, 0,54% acham que a atribuição do CNJ desrespeita o poder dos juízes e desembargadores e 1,70% dizem que punir juízes não é competência do órgão.”
É a maioria esmagadora a favor do CNJ! E, nessa reportagem do jornal carioca, vimos a opinião de um leitor:
"Se existem 48 afastamentos, sinal de que o CNJ é necessário. Ou só existem santos no Judiciário? Em todas as profissões existem maus profissionais. Menos no Judiciário? São semideuses? Ou se acham os próprios deuses já? Se querem que apontem os bandidos de toga, podemos citar todos os que já foram afastados, por exemplo", escreveu o leitor Daniel Gustavo de Mello Santos.
Então, eu somo a minha voz a todos os que estão a favor do CNJ e CONTRA A IMPUNIDADE! Falei! (pinto.rodolfo28@yahoo.com.br)
Delmanto, essa IMPUNIDADE se repete em cascata: são as Corregedorias Estaduais, é o Conselho de Ética das Câmaras Municipais, é a Ouvidoria das Prefeituras, também são as Ouvidorias dos órgãos e empresas, enfim, em todo lugar há esse “espírito de corpo”. É problema cultural. Então, a imprensa de um modo geral, pode desempenhar um papel importantíssimo na implantação de uma cultura positiva e higiência, no sentido de que todo e qualquer desvio de função, malfeito ou conivência, sejam apurados com rigor. Essa postura só viria a dar credibilidade às Instituições públicas e privadas. É coisa de 1º Mundo! (jair.castro66@yahoo.com.br)
Caro Delmanto, é preciso nessa hora em que o STF decide as atribuições do CNJ, saber da qualificação de um de seus membros:
O Ministro Ricardo Lewandoski, formou-se advogado na Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo, advogou de 1974 a 1990, sendo que a partir de 1979, ocupou cargos de confiança da política municipal, como e Secretário de Governo e Secretário de Assuntos Jurídicos. Fez mestrado e doutorado na Faculdade de Direito da USP, como membro da equipe do Professor Dalmo de Abreu Dallari a quem sucedeu. Em 1990, foi indicado, pelo quinto constitucional, para compor o Tribunal de Alçada Criminal do Estado de São Paulo, cargo que ocupou até 1997, quando foi indicado para o Tribunal de Justiça de São Paulo. Em 2006, foi indicado pelo presidente Lula para o Supremo Tribunal Federal. Quer dizer, foi para o Tribunal de Alçada Criminal de SP indicado pelo quinto contitucional (é legal, mas não deixa de ser uma indicação), depois foi para TJ/SP e, por fim, para o STF. Passou a ser juiz, a ser magistrado, e a ser ministro SEM PRESTAR CONCURSO PÚBLICO.
RESUMINDO: é Ministro do Superior Tribunal Federal SEM prestar um Concurso Público!!!!
É isso! Ta bom ou quer mais?!? Prof. Luís. (luisroberto-souza@yahoo.com.br)
Boa essa do Prof. Luís. Aliás, em abril (18) era postado um texto sobre esse ministro. Isso é o que se chama popularmente de DESEMBARGADOR E MINISTRO Q.I. !!!!
Essa é muito boa. É um pouco o retrato do Brasil! E fica o recado para os amantes das letras jurídicas: não BASTA estudar e aperfeiçoar seus conhecimentos jurídicos , É PRECISO QI, QI, QI.....(bastosgustavo@yahoo.com.br)
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