fevereiro 08, 2012

É o Fim do Livro ?!?

Essa é uma preocupação que não tem fundamento. O livro NUNCA irá acabar com sua atual concepção: texto impresso, arquivado em bibliotecas e vendido em livrarias. Sabemos que o alemão, Johannes Gutenberg é considerado o pai da impressão gráfica. E, de fato, Gutenberg, em 1442, fez a impressão, em uma prensa original, de 11 linhas em um pedaço de papel! Depois, é claro, chegou, em 1450, a imprimir a famosa Bíblia. É Registro Histórico!

 Essa preocupação já foi motivo de muita celeuma no século retrasado, lá por volta de 1850... E quem fazia a previsão de que o jornal impresso – grande novidade da comunicação naquele século! – viria a acabar com o livro foi, nada mais nada menos, o grande escritor e presidente da Academia Brasileira de Letras, MACHADO DE ASSIS!

Com a internet democratizando a comunicação e transformando esse nosso Planeta Terra realmente em uma Aldeia Global, volta a ser discutido o FIM DO LIVRO: será que a internet e a tecnologia, com os livros digitais, os tablets, enfim, com toda essa oferta online dos clássicos da literatura, marcará o FIM DOS LIVROS IMPRESSOS ?!?

Claro que não!
Da mesma forma, não afetará os jornais.... Claro que terá que haver uma interação maior entre o jornal tradicional e a internet, com o jornal estando online como forma de conquistar novos assinantes, via internet, e consolidando o seu formato tradicional. No ex-blog de Cesar Maia, de 08/01, interessante matéria sobre o assunto:
“O LIVRO, O JORNAL, MACHADO DE ASSIS E... A INTERNET!
(Paulo Roberto Pires - Ilustríssima - Folha de SP, 05) 1. O advento do jornal, para o jovem Machado de Assis, levaria à extinção do livro. "O Jornal e o Livro" (1859) lembra os atuais arautos do fim do livro impresso e da mídia "tradicional". "O jornal apareceu, trazendo em si o gérmen de uma revolução", prossegue Machado. "Essa revolução não é só literária, é também social, é econômica, porque é um movimento da humanidade abalando todas as suas eminências, a reação do espírito humano sobre as fórmulas existentes do mundo literário, do mundo econômico e do mundo social."

2. "O jornal, abalando o mundo, fazendo uma revolução na ordem social, tem ainda a vantagem de dar uma posição ao homem de letras; porque ele diz ao talento: 'Trabalha! Vive pela idéia e cumpres a lei da criação!'. Seria melhor a existência parasita dos tempos passados, em que a consciência sangrava quando o talento comprava uma refeição por um soneto?" "Se procuro demonstrar a possibilidade do aniquilamento do livro diante do jornal, é porque o jornal é uma expressão, é um sintoma de democracia".
3. (Ex-Blog) Como diz o articulista no início: da mesma forma é uma bobagem imaginar que o livro digital ou mesmo a internet, vá tornar o livro impresso obsoleto”.

É REGISTRO HISTÓRICO.

4 comentários:

Anônimo disse...

Acho que a internet é, de fato, a democratização da comunicação. Tudo vai ficando com uma abrangência muito maior, imprevisível! E isso é muito bom. Derruba uma barreira que era a imprensa comprometida, com posturas políticas. Tinha e tem jornal que é praticamente porta-voz de partidos de direita ou de esquerda. Não procuram informar e, sim, direcionar seus leitores para objetivos nem sempre claros. Assim, acho que tudo deve melhorar e os poderosos que fiquem mais cautelosos porque o poder da comunicação não é mais exclusivo dos poderosos. Os livros vão continuar, o que deve acabar é essa industria dos livreiros que usam e abusam dos livros escolares. Logo, logo o Brasil estará no nível da Coréia e da China, e em sala de aula, só tablets e nada de livros...Prof. Luís. (luisroberto-souza@yahoo.com.br)

Anônimo disse...

Amigo Delmanto,
Agradecemos e cumprimentamos pelo excelente artigo.
Abraços,
Francisco Marins /
Andréia Lara Carvalho

Delmanto disse...

É gratificante e animador receber os cumprimentos daquele que já presidiu a Câmara Brasileira do Livro e é Presidente Emérito da Academia Paulista de Letras, o escritor Francisco Marins e da Secretária da Associação Oncológica Santo Agostinho, Andréia Lara Carvalho. Valeu! Grande abraço e a certeza que o livro terá um futuro cada vez mais enriquecedor da cultura nacional! Delmanto.

Anônimo disse...

Eu não abro mão de meus livros preferidos, quero-os na cabeceira da cama...Gosto de reler trechos, de lembrar de diálogos, gosto de viajar nos meus romances...Sou uma leitora inveterada e feliz! (ludmila.cunha@yahoo.com.br)

Postar um comentário