RENÚNCIA E QUEDA!!!
Fernando Affonso Collor de Mello (Rio de Janeiro, 12 de agosto de 1949) é um político, jornalista, economista, empresário e escritor brasileiro, tendo sido prefeito de Maceió de 1979 a 1982, governador de Alagoas de 1987 a 1989, deputado federal de 1982 a 1986, 32º presidente do Brasil, de 1990 a 1992, e senador por Alagoas de 2007 até a atualidade. Foi o presidente mais jovem da história do Brasil, ao assumir o cargo, na época com 40 anos de idade, e também o primeiro presidente eleito por voto direto do povo, após o Regime Militar (1964/1985). Antes destas eleições, a última vez que o povo brasileiro elegeu um presidente pelo voto direto, foi em 1961, com a eleição na época do candidato Jânio Quadros, como presidente eleito.(Wikipedia). Inocentado pelo Supremo Tribunal Federal da acusação de corrupção passiva, em 1994, Collor teve de aguardar, porém, o prazo previsto para readquirir o direito a concorrer a um cargo público.
Essa introdução histórica nos mostra como foi meteórica a ascensão de Collor na política brasileira. E como teve sorte. Contando com o apoio da poderosa Rede Globo, conseguiu derrotar seu adversário, Luís Ignácio da Silva (Lula), obtendo 35 milhões de votos contra 31 milhões de votos.
A foto de Jânio Quadros, que renúnciou à presidência e a capa da Veja mostrando Collor na mesma pose de Jânio revela a grande coincidência entre os dois: ambos governaram sem maioria no Congresso Nacional. Caso tivessem uma bancada majoritária a história teria sido diferente. Destacando que Jânio renúnciou para tentar voltar nos braços do povo e, Collor, caiu por impeachment que completa, ano dia 29 de setembro, 20 anos!
Em 29 de setembro de 1992, a Câmara dos Deputados aprovou a perda do cargo do ex-presidente, marco do processo que levou à renúncia e perda dos direitos políticos de Collor por oito anos. Um dos principais fatos políticos na história do Brasil.
Após 2 anos de sua eleição, Collor viu ruir todo o seu governo, com os caras pintadas (última mobilização da juventude brasileira) exigindo o seu impeachment...
Mesmo tendo tomado medidas para a modernização do país, como a abertura aos produtos estrangeiros, forçando a indústria nacional a modernizar-se, rompendo a fase de produção “das carroças nacionais”, como ele definia o atraso da então indústria automobilística do Brasil. O outro lado, o lado “obscuro” manobrado pelo famoso PC Farias veio à tona pela denúncia fantástica do próprio irmão do presidente, Pedro Collor. Foi o seu final trágico !
Teve seus direitos políticos suspensos por 8 anos, apesar de sua renúncia antes da decisão do Congresso. Saiu pomposo, batendo o pé, ao lado de Rosana Collor... A história já estava escrita e seu destino traçado: o obscurantismo... Até de mulher trocou. Elegeu-se Senador, pelo PTB e, hoje, é um fiel aliado do ex-presidente Luís Ignácio Lula da Silva a quem derrotara em 1990. É registro histórico!
4 comentários:
Ontem, no julgamento do Mensalão, a ministra Carmem Lúcia fez um excelente comentário político: destacou que, no Brasil, ou o Presidente da República tem maioria no Congresso Nacional ou fica impossível governar. E, mais, disse que nada justificaria uma corrupção como o Mensalão para se obter a governança, mas que era PRECISO que a Nação Brasileira procurasse aperfeiçoar o seu sistema democrático e VIABILIZAR o funcionamento da República sem ter que acontecer casos como o MENSALÃO!
E no post de hoje, a abertura é uma capa da revista VEJA que fala, em sua manchete, da “quadrilha que roubava a República”...
Uai, “quadrilha” em 1992?!?
É...só não vê quem não quer...É URGENTE a REFORMA POLÍTICA. Acabando com os partidos de aluguel, implantando o voto distrital, firmando a fidelidade partidária, PROIBINDO A REELEIÇÃO, limitando o “individualismo” na prática política e mais outros aspectos indispensáveis ao aprimoramento na busca da estabilidade política sólida.
E o MENSALÃO, temos dito e repetido, NÃO é o início desse processo de corrupção que está corroendo as tripas do país. NÃO!
Tivemos o processo da compra de votos para a REELEIÇÃO de FHC, sendo que Fernando Henrique havia se comprometido com Itamar Franco (que foi quem o elegeu com o Plano Real), de que faria as reformas necessárias e NÃO implantaria a REELEIÇÃO!!! Não cumpriu nem uma nem outra: não implantou as reformas necessárias e, muito pelo contrário, lutou e conseguiu a sua própria reeleição durante o seu mandato. Crime de LESA PÁTRIA!
E, depois, veio o MENSALINHO de Minas Gerais , com o tucano Eduardo Azeredo (governador que teve envolvimento com Marcos Valério e com o “valerioduto”)
Então...
É hora da “sociedade organizada” lutar pela reforma política no Brasil. É preciso consolidar e aperfeiçoar a Democracia. É preciso garantirmos o ESTADO DE DIREITO!!!
Delmanto, no seu livro “História da Vitória Política Paulista: 1934”, você cita um exemplo de como a classe política brasileira foi conivente com a “desastrada” política econômica do governo Collor, que “surupiou” a poupança dos brasileiros... No jornal “O Estado de S. Paulo”, de 10/11/1990, o saudoso jornalista Paulo Francis escrevia: “Educação só pode ser de elite e uma elite é até necessária como breque ao asneirol de políticos. Dificilmente, num país onde houvesse mais instrução, teríamos tido aquela cena grotesca de Zélia apresentando ao Senado seu plano para a dívida com apoio dos senadores, reunião que Fernando Henrique Cardoso foi o “arquiteto”, Fernando que tem conhecimentos acima da média dos colegas, ele e José Serra, mas fascinados pelo poder, ambiciosos, fazem o jogo falso, do antiintelectualismo e populismo. Eu teria vergonha de me olhar no espelho se compactuasse com essa patuscada...”
É isso.
Vivendo e aprendendo.
Que custo alto para o Brasil!
(pinto.rodolfo28@yahoo.com.br)
Sempre o mesmo problema no Brasil: a falta de partidos políticos sólidos e de uma legislação eleitoral que propicie a que os partidos políticos sejam fortes e sólidos. Nada de “balcões de negócio”, com os partidos servindo a grupos religiosos e, muito pior, servindo a verdadeiras “quadrilhas” a se aproveitarem dessa fraqueza do regime democrático.
Fernando Collor à época criou um partido político, o PRN (Partido da Reconstrução Nacional, nome bonito e pomposo...mas totalmente vazio...), sem qualquer base política consciente e formada. Sempre o populismo a enganar os menos esclarecidos e, até, conquistar a ambição dos mais esclarecidos mas com uma formação deficiente em termos de democracia e um “desvio” considerável de ambição e “gula” pelo Poder...
(haroldo.leao@hotmail.com)
Era a “República de Alagoas” e até o rompimento, o Renan Calheiros era o braço direito de Collor. O PC Farias era o tesoureiro da campanha presidencial e como os empresários estavam com medo que o Lula, até então era o “sapo barbudo”, chegasse à presidência, despejaram milhões e milhões nas mãos do PC Farias. Eleito, Collor passou a ter “compromissos” com esses empresários e PC Farias passou a atuar como “um advogado” dos empresários junto ao novo Governo. Era a corrupção se instituindo na “República de Alagoas”... Deu no que deu...
E como no Brasil o aprendizado político é demorado e sofrível, vieram os pacotes da Reeleição, Mensalinho e Mensalão... Fora os que não chegaram ao conhecimento do público....
Quando os brasileiros vão aprender?????
(bastosgustavo@yahoo.com.br)
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