O menino maluquinho & O velhinho maluquinho !!!
Claro que não! Genial, sim. Ainda neste ano, Ziraldo saiu em defesa da obra do consagrado Monteiro Lobato que os “pseudo-educadores” e os “pseudo-pedagogos” queriam “carimbar” como RACISTA!!!
Ziraldo tem uma folha de prestação de serviços à cultura nacional acima de qualquer suspeita. Combateu o bom combate quando necessário nas páginas históricas do “O PASQUIM”. Atuou de forma positiva e criativa em funções públicas. Enfim, foi um cidadão prestante que orgulha a Nação Brasileira.
No dia 24 de outubro, comemorou seus 80 anos! Um “velhinho maluquinho” no bom sentido. No sentido de que ainda está produzindo e com muita qualidade! Abaixo, temos a sua biografia:
Biografia
Ziraldo Alves Pinto nasceu no dia 24 de outubro de 1932 em Caratinga, Minas Gerais. É o mais velho de uma família de sete irmãos. Seu nome vem da combinação do nomes de sua mãe, Zizinha com o de seu pai Geraldo: surgiu o Ziraldo, um nome único. Muda-se para o Rio de Janeiro aos 16 anos. Começou sua carreira nos anos 50 em jornais e revistas de expressão, como jornal do Brasil,O Cruzeiro, Folha de Minas, e outros.
Além de pintor é cartazista, jornalista, teatrólogo, chargista, caricaturista, escritor e colecionador de piadas. Sua vasta obra faz parte do nosso cotidiano. O cartaz de um filme, um logotipo, uma camiseta, um programa de televisão, uma capa de revista, uma simples caixinha de fósforo, tudo ganha um charme especial. Um bom brasileiro diz logo de cara: só pode ser coisa do Ziraldo !
Seus trabalhos já foram traduzidos para diversos idiomas como françês, espanhol, alemão, inglês, italiano e basco. Os trabalhos de Ziraldo representam o talento e o humor brasileiros no mundo. Estão até expostos em museu! Ilustrou o primeiro livro brasileiro com versão integral online, em uma iniciativa pioneira
Ziraldo tem paixão pelo desenho desde a mais tenra idade. Desenhava em todos os lugares - na calçada, nas paredes, na sala de aula. Outra de suas paixões desde a sua infância é a leitura. Lia tudo que caia nas mãos
Sua carreira começou na revista "Era uma vez..." com colaboração mensais. Em 1954 começa a trabalhar no jornal Folha de Minas com uma página de humor, e por coincidência foi esse mesmo jornal que publicou o seu primeiro desenho quando tinha apenas 6 anos de idade!
Fez cartazes para inúmeros filmes do cinema brasileiro como Os Fuzis, Os Cafajestes, Selva Trágica, e outros
Grandes acontecimentos marcaram a vida do artista no ano de 1969. Ganhou o Oscar Internacional de Humor no 32º Salão Internacional de Caricaturas de Bruxelas e o prêmio Merghantealler, prêmio máximo da imprensa livre da América Latina, patrocinado pela Associação Internacional de Imprensa, recebida em Caracas, Venezuela. Foi convidado a desenhar o cartaz anual da UNICEF, honraria concedida pela primeira vez a um artista Latino. Foi nesse ano que publicou seu primeiro livro infantil, FLICTS., Ziraldo aprecia o Carnaval. Foi dos primeiros a desfilar com a Banda de Ipanema, ao lado de Albino Pinheiro, Leila Diniz e a turma do Pasquim. O seu primeiro livro foi enredo de Escola de Samba em Juiz de Fora, também desfilou no alto de um carro com um enorme Menino Maluquinho, do qual desceu com o auxílio de um guindaste!
Ziraldo tem diversas passagens pela TV. Participou como jurado de inúmeros programas, festivais e até concursos de Miss Brasil nos idos dos anos 60. É também apresentador e entrevistador. Quando entrevistado tem sempre ponto de vista interessante a defender, e uma de suas frases mais conhecidas é "Ler é mais importante do que estudar".
Fonte: httpp://www.ziraldo.com/livros/home.htm
3 comentários:
Ana Maria Nogueira Pinto Quintanilha (Facebook):
Tem gente que não tem o que fazer e fica dizendo abobrinhas? Que seria de nós sem Monteiro Lobato? Graças a Deus existe um Ziraldo, cujo menino maluquinho só briga pelo que realmente vale a pena!
É um depoimento pessoal. E tem ligação com o livro “O Menino Maluquinho”, do Ziraldo.
Há mais de 20 anos sou vizinho da família do Felipe Massa. Mais novo que os meus filhos, mas contemporâneos.
O “Felipinho”, como era chamado, ganhou uma mini-moto, importada, com seus 8 ou 9 anos e corria o tempo todo pelo condomínio (Vale do Sol), naquela época as casas ainda não tinham cerca e nem muros. No aniversário dele eu dei o livro “O Menino Maluquinho”, com a clara intenção de mostrar o seu arrojo, a sua coragem e a sua habilidade.
Pouco tempo depois, meu filho Armando, foi com a família do Felipinho para uma corrida de kart em Florianópolis, da qual ele iria participar. E a mãe do Felipe fez uma gravação com os meninos, perguntando o que eles queriam ser no futuro. O meu filho disse que queria ser médico ginecologista ( o que acabou se realizando). E o Felipinho disse que queria ser piloto de corrida... Na mosca!
Está tudo gravado.
É piloto de Fórmula 1, não é “maluquinho”, muito pelo contrário, é um piloto seguro, experiente e competente. Aliás, condições básicas para ter contrato com a Ferrari!
É registro histórico.
Delmanto, li que o cartunista Ziraldo e a ABL – Academia Brasileira de Letras apoiaram a obra de Monteiro Lobato, sem ressalvas. E Ziraldo deixou claro :”Li todo o Lobato, nunca percebi nenhuma idéia racista.” Aliás, foi uma grande tentativa de denegrir uma obra clássica da literatura infantil brasileira.
Bravo, Ziraldo!
(carla.bueno2011@bol.com.br)
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