dezembro 27, 2012

A República dos Equívocos
e o Poder Legislativo!

Poder Legislativo: o Leviatã Burocrático Nacional !!!
 Há tempos vimos alertando para a total ineficiência do Poder Legislativo. O caricato “esprit de corps” dos Deputados Federais e dos Senadores é típico de um poder sem maiores compromissos com a população e com a Nação Brasileira. Absolveram o deputado federal Waldemar da Costa Neto contra toda a lógica e contra a opinião maciça da população: o mesmo que, réu do “colarinho branco”, foi condenado pelo STF. E recentemente, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT), que teve uma gestão conturbada e fisiológica insistiu em “dar trombada” não com o STF, MAS com o bom senso e com as normas constitucionais.
É preciso um “STOP”!
É preciso uma retomada de posição da sociedade organizada, pois só ela poderá mudar a nossa “Democracia Meia Sola”, fazer uma REFORMA POLÍTICA e consolidar a frágil construção de nossa DEMOCRACIA.
A palavra de Alberto Dines, no artigo abaixo, publicado por Ricardo Noblat, é um ALERTA/URGENTE para que a “intelligentzia brasileira” parta para a convocação de uma ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE para possibilitar que o Brasil possa ser inserido entre as principais nações, com ordem interna, politicamente estruturado e sob o ESTADO DE DIREITO e os PRINCÍPIOS REPUBLICANOS!
POLÍTICA

Três mil vetos e uma grande omissão, por Alberto Dines

Alberto Dines, Observatório da Imprensa
Quando há duas semanas descobriu-se que havia mais de três mil vetos presidenciais na fila para serem examinados pelo Congresso – alguns datados de 1994! – flagrou-se a natureza e dimensões do leviatã burocrático nacional.
A surpresa foi geral, mas a reação do responsável por este formidável atentado ao Estado de Direito foi kafkiana.
Para permitir a urgência na apreciação do veto de Dilma Rousseff à distribuição dos royalties do petróleo, o chefe de Legislativo, o inventivo e sempiterno José Sarney, determinou que os vetos fossem examinados simultaneamente: mandou imprimir um catatau de quase 500 páginas para ser distribuído a cada um dos deputados e senadores onde seriam anotados os respectivos votos, item por item, e depois depositados em “urnas” de madeira, verdadeiras caçambas que os funcionários carregariam nos ombros.
A farsa merecia ser incluída numa novela em quadrinhos sobre a República dos Equívocos. Não deu tempo: os chargistas estão assoberbados, nossos melhores satiristas já se foram, outros estão de licença médica e o recesso natalino não pode ser atrasado. Fica para a próxima.
Escancarou-se simultaneamente a incapacidade da nossa mídia em exercer a sua função fiscalizadora.
Aquele que foi chamado de Quarto Poder e hoje se comporta como se fosse o undécimo, não conseguiu enxergar a gigantesca ilegalidade que está sendo praticada consecutivamente há 18 anos. Nem se esforçou.
Três mil vetos presidenciais pendurados, sem solução, constituem uma aberração institucional que não pode ser varrida para debaixo do tapete.
Se nossos repórteres políticos já não cobrem o Congresso, por que continuam ser credenciados para esta missão?
É óbvio que há em Brasília profissionais conscientes, ansiosos para exercer a vigilância sobre um poder que no passado foi o principal aliado da imprensa na denúncia de abusos. Os porteiros das redações é que desistiram do jornalismo de formiguinha, teimoso, tinhoso, anônimo e eficaz.
Os editores querem aparecer, brilhar, produzir manchetes espetaculosas, de preferência sopradas ou vazadas pelas autoridades ou arapongas.
Não têm tempo nem ânimo para estimular as novas gerações de repórteres a meter a mão na papelada, devassar os “atos secretos” e driblar os arrogantes assessores de imprensa a serviço do mau jornalismo.
Não se cobrem as sessões, não se cobra assiduidade dos representantes do povo, não se examinam os relatórios produzidos pela descomunal burocracia a serviço das duas casas do Parlamento.
Os três mil vetos em suspenso são os ícones de um Legislativo inepto e viciado. São também um atestado de uma imprensa desnorteada, desfibrada, alheia ao seu compromisso de servir a sociedade e a democracia.

4 comentários:

Anônimo disse...

O Poder Legislativo deve representar a Nação e não se transformar em um “antro” de posturas dignas dos “300 Picaretas!” citados por Lula quando ainda vestia o terno de democrata...
A CPI do Cachoeira foi um acinte à população brasileira que a tudo assistiu estupefata!
A defesa que o “baixinho” Marco Maia fez dos deputados federais condenados por corrupção é a maior vergonha cívica do país!
Mais de 3000 vetos para serem apreciados, alguns com mais de 10 anos de espera!
Este não é, seguramente, um país sério!!!
Ou se realiza a Reforma Política adequando o país à modernidade dos parlamentos das nações do 1º mundo ou ficaremos na rabeira da história mundial...
O Senador José Sarney é bem o retrato do nosso Poder Legislativo! Não tendo chance de se eleger por seu estado, o Maranhão, mudou seu domicílio eleitoral para o recém criado estado do Amapá. Conseguiu se eleger Senador. Uma farsa, digna de seu histórico político!
E, recentemente, respondeu pela presidência da república após 22 anos do término de seu lamentável mandato (sem o voto popular). Foi a época das mentiras: Plano Cruzado, volta da inflação galopante, falta de comando que acabou propiciando o surgimento de Fernando Collor de Melo, tá bom assim?!?
Queremos um Poder Legislativo que HONRE a Nação Brasileira!!!
(haroldo.leao@hotmail.com)

Anônimo disse...

A presidente Dilma precisa se livrar desses “picaretas” que envergonham o país. Sarney, Jader Barbalho, Renan Calheiros (que vai voltar para a presidência do Senado e isso é a certeza de que nada vai mudar com esse pessoal), Waldemar da Costa Neto e muitos petistas que se enquadram nos “300 picaretas” do Lula...
A mulher brasileira sabe e sente que a presidente Dilma não tem nada a ver com essa corja de oportunistas.
(carla.bueno2011@bol.com.br)

Anônimo disse...

O papel da grande imprensa é totalmente criminoso. Gosta de ser considerada o Quarto Poder, mas não age como se fosse. É omissa. Não cumpre o seu papel de “lanterna” da sociedade, iluminando o caminho e focalizando, com clareza, os grandes inimigos da Democracia.
E os jornalistas que gozam de destaque e que possuem coluna nos grandes jornais?!?
É fácil “pegar leve”...
Êta Brasilzão!!!
(p.gomes@yahoo.com.br)

Anônimo disse...

É fácil culpar “aselite”, mas afinal quem são as elites?
O pessoal dos sindicatos, dos clubes de serviço (lions e rotary), os maçons, os jornalistas, os advogados, os médicos, os juízes, os promotores, os delegados, todos são ELITE!!!
Está na hora de tirar o “bumbum” da cadeira e sair para protestar. Que povo mais “manso” é esse?!?
(jair.castro66@yahoo.com.br)

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