fevereiro 07, 2013

Yoani Sánchez:
em breve...Cuba Libre!!!

Yoani: Cuba entrará no século XXI! Será Cuba Libre!!!

“...queremos mais. Eu sinto agora uma efervescência, de "que já basta". Vivo numa ilha diversa e maravilhosa que tem direito ao futuro também. Uma ilha que não é nem vermelha nem verde-oliva. É de muitas outras cores.” 
                                                                         Yoani Sánchez
A blogueira cubana, Yoani Sánchez, de 37 anos, autora da resistência democrática cubana na internet, autora do blog Generación Y, será a grande estrela do Fórum da Liberdade que acontecerá em Porto Alegre/RS, nos dias 8 e 9 de abril. Em sua 26ª Edição, o Fórum será realizado no Centro de Eventos da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
Já postamos 2 artigos de apoio (linkados no final) a essa brava cubana que se tornou o símbolo da resistência cubana à Ditadura dos Irmãos Castro que já dura 50 anos!
O seu blog já ultrapassou várias vezes 4 milhões de acessos. Teria que ser uma mulher a mostrar a farsa em que se transformou a Revolução Cubana: trocaram uma Ditadura de Direita por outra Ditadura de “Esquerda”...
O artigo abaixo, nos traz um quadro dessa grande conquista da Democracia que será construída em Cuba: a liberdade de ir e vir de seus cidadãos! Aproxima-se o fim da Ditadura dos Irmãos Castro...
Se estivesse vivo, com certeza, CHE GUEVARA estaria em Sierra Maestra fazendo uma Revolução contra os Irmãos Castro!!!
07/02/2013 - 06h00

Cuba está pronta para o futuro, diz blogueira Yoani Sánchez à Folha

Flávia Marreiro/Folha online/ enviada especial a Havana
Com os cabelos até a cintura, envolvida num xale necessário para a manhã cinza e de muito vento em Havana, Yoani Sánchez chegou ao consulado do Brasil na cidade.
O visto brasileiro, que deve sair em até sete dias, é o único que a separa do país que ela escolheu como primeira parada internacional e onde pretende desembarcar em 18 de fevereiro.
Após 20 tentativas frustradas de deixar a ilha, a blogueira finalmente conseguirá viajar, graças à reforma migratória em vigor desde 14 de janeiro.
A mudança eliminou a "autorização de saída", mas deixou aberta a possibilidade de veto político. O regime comunista, porém, resolveu não aplicá-lo contra Sánchez dessa vez.
"Só vou gritar aaaahhh! quando tiver no avião. Mas a essa altura me impedir teria um custo político alto demais", comemora a blogueira à Folha, que a acompanhou durante quase duas horas para completar os trâmites do visto para o Brasil.
No país, seu primeiro compromisso é participar, na Bahia, do lançamento do documentário "Conexão Cuba > Honduras", de Dado Galvão. "Se há alguém que lutou até quando eu não tinha mais esperança foi ele", agradece.
Além do Brasil, ela está pedindo simultaneamente visto ao EUA, a União Europeia e deseja ainda fazê-lo nas representações de Argentina e Peru.
A agenda é extensa. A ideia é passar pela Bahia, por São Paulo, ir ao Peru e a Praga, voltar ao México para a reunião da SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa). A última parada da primeira turnê deve ser Miami, onde mora sua irmã.
"Ela tem de sair daqui com todos os vistos. Vai que ela sai volta e não deixam ela sair de novo por ter se comportado mal?", pondera o marido de Sánchez, jornalista Reinaldo Escobar.
Estamos num "centro de negócios" de um hotel a estatal, onde uma atendente que ajuda Sánchez com um formulário online está excitada: "Tu eres letal, hem?" Gargalha a mulher, relembrando um vídeo, distribuído pela blogueira como um viral de pendrive em pendrive, em que Sánchez pergunta à funcionária de migração que lhe negava mais uma vez a autorização de saída: "Que você dirá para o seus netos?"
Agora nos deslocamos no carro soviético da família, enquanto a blogueira ignora chamadas e preenche mais um papel: "Devo ser a campeã mundial em preenchimento de fichas de visto".
A URSS voltaria à tona. Em um momento, a filóloga tomou seu novo passaporte azul, o do último reduto comunista do Ocidente, e disse: "'Versos sobre o Passaporte Soviético'... Esse era um poema de Maiakóviski que líamos no colégio, do orgulho de ser soviético". Riu.
Leia a seguir trechos da entrevista
Folha - Com o passaporte na mão, qual o seu sentimento?
Yoani Sánchez -
 É uma sensação agridoce. Não deveria ser notícia que uma pessoa tem um passaporte e que pode embarcar em um avião. Me entristece a anomalia que é meu país, o regularmente irregular que é Cuba. Me entristece muito que há pessoas que não o terão, como os dois prisioneiros de consciência a quem negaram o passaporte.
Por que te deixaram sair agora?
A pressão, dentro e fora, era insustentável, e minha tenacidade legal também. Apesar que alguns até diziam que eu estava fazendo papel ridículo insistindo em meu direito de sair. Transformei meu caso em emblemático da limitação de movimento dos cubanos. A visibilidade ajudou. Também o fato que eu não tenho antecedentes penais, não estou em nenhum dos incisivos da nova legalidade: não sou atleta de alto rendimento, não sou imprescindível na minha área. O único que restava é o que inciso que diz que é possível negar o passaporte quando for de "interesse público".
Mas, neste caso, eles teriam que explicar muito bem porque não era de interesse público que eu viajasse...
 
Crê que sua viagem pode ser uma propaganda para o governo de que as reformas são verdadeiras e avançam?
É uma propaganda perigosa, se essa é a ideia, porque eu vou me comportar com uma pessoa livre, dizer tudo o que penso. Vou tratar de ser uma embaixadora do desejo de liberdade de cubanos no mundo. Se o pensamento foi "deixe-a sair para ver se se cala", foi uma má jogada política.
 
Por que o Brasil? E o que espera encontrar?
Não quero fazer estereótipos antes de chegar. Quero ir com a cabeça aberta. Vou à Bahia porque se alguém fez mais do que o possível --fez o impossível-- para eu sair do país foi Dado Galvão. Desde que ele filmou uma entrevista comigo em Havana para seu documentário, ele tem sido incansável. Inclusive, mesmo nos momentos em que me faltava esperança, ele a tinha.
Alguém se propôs com essa força a defender meu direito de viajar. Sei que vai ser uma viagem cheia de emoções, gostaria de conhecer o Brasil profundo. Quero ir às ruas também. Quero viver o Brasil com suas luzes e sombras.”
 

4 comentários:

Anônimo disse...

Ana Maria Nogueira Pinto Quintanilha (Facebook): Será que ela vem mesmo?

Delmanto: é o que todos esperamos, Ana Maria. Mas a certeza...só quando ela desembarcar no Brasil...rsrsrs

Delmanto disse...

É muito válida a dúvida expressa pela Ana Maria em seu comentário. Afinal, há anos que a Yoani Sánchez vem lutando para obter a autorização das autoridades cubanas para participar de eventos internacionais. E sempre lhe foi negado esse direito...
O ex-presidente Lula e a presidenta Dilma, em visita a Cuba, se negaram a lhe dar apoio nessa sua reivindicação. O patrulhamento da “esquerda primata” que ainda idolatra Fidel Castro não permitiu. Pena que não façam o mesmo patrulhamento no item CORRUPÇÃO...
Enfim, vamos acompanhar e torcer para que tudo corra bem para essa guerreira cubana e que seja o Brasil o primeiro país a recebê-la oficialmente.
Avante!
Abaixo a Ditadura Cubana!

Anônimo disse...

Salve, Yoani guerreira!
Orgulho das mulheres. Corajosa. Idealista. Vencedora!
Sim, a conquista do visto de saída de Cuba é uma vitória a ser festivamente comemorada.
O futuro dessa cubana está ligado ao futuro da ilha traída...
Viva Yoani Sánchez!
(carla.bueno2011@bol.com.br)

Anônimo disse...

Essa guerreira é a grande heroína da resistência democrática no século XXI. Muitos barbados e calçudos devem estar “envergonhados” por ser uma mulher a tomar a frente na luta pela liberdade do povo cubano e da defesa dos direitos humanos fundamentais. Desde fevereiro, quando a “onda democrática” que está varrendo da Ásia e da África as Ditaduras Sangrentas, que a blogueira Yoani vem mandando os seus corajosos recados. Ela disse na ocasião: !...O Egito veio sacudir-nos em nossa mansidão e o arrojo de outros nos defrontou com nossa apatia...Pois embora o Cairo fique muito longe, há demasiadas analogias entre os cubanos e aqueles rostos que vimos reunidos na marcha de um milhão. Eles gritavam contra Mubarak, mas do lado de cá da tela muitos sentimos que eles nos intimavam, que nos faziam sentir vergonha de nossa inércia.”
Quanta coragem! A onda democrática chegará a Cuba e, para nós brasileiros, que vivemos nesta “falsa” calmaria, a onda democrática há de chegar, através da CONSTITUINTE, e realizar as reformas indispensáveis para o nosso país! (danilo-gomes40@live.com)

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