junho 24, 2013

Luz no Fim do Túnel
ou Desperdício Cívico?!?

LUZ NO FIM DO TÚNEL OU DESPERDÍCIO CÍVICO?!?

E Agora?!? Da vaia na Dilma ao "tipping point”!
Não há um empenho pela solução global. Então começa o movimento contra a PEC 37; movimento pela redução do nº de deputados federais; movimento por autonomia da Polícia Federal; movimento pela redução da responsabilidade criminal para 16 anos, etc.

RESUMINDO: nada vai mudar desse jeito...não daria tempo e a enxurrada de demandas necessitaria de “anos luz” para solução. E é isso o que os deputados, a presidenta, os senadores, os governadores, os prefeitos querem: TEMPO!

Mas o BRASIL ESTÁ DOENTE!!!
Então, a solução é a REFORMA POLÍTICA que através de uma Constituinte, pode MUDAR TUDO!!!
Veja quem está propondo uma Constituinte: uma minoria...

OS MANIFESTANTES JÁ DEIXARAM CLARO QUE NÃO QUEREM ESSAS AUTORIDADES! Agora a presidenta se reunindo com governadores e prefeitos SÃO ELES COM ELES!!!

Muito bonito continuar, de forma individualizada, os pedidos de mudança...Com o tempo, ninguém mais vai querer ouvir falar em mudança. Sabe por quê? Nenhuma das reivindicações será atendida, ou apenas as mais fáceis como reduzir o preço das passagens ...A PEC 37, empurra-se com a barriga...

Eles só querem que o tempo passe. Querem que o povo se acomode, querem continuar nessa DEMOCRACIA-MEIA-SOLA! Este blog tem sempre reproduzido os comentários do ex-prefeito do Rio de Janeiro (por 3 vezes), Cesar Maia. Político sério, administrador competente, Cesar Maia iniciou sua carreira no serviço público como Secretario do Planejamento do Rio, foi exilado e tem uma formação técnica. Vamos à sua análise das Manifestações e de suas perspectivas:

“TENDÊNCIAS QUE ESTIMULARAM REDES SOCIAIS E MANIFESTAÇÕES E QUE APONTAM PARA 2014!

1. As eleições de 2012 mostraram números recordes de não voto (abstenção + brancos + nulos), algo em torno de 35% pelo Brasil todo, num crescimento de uns 10 pontos sobre os últimos anos. Era certamente um sinal. No Rio, apenas 14% dos jovens entre 16 e 18 anos com direito a voto se inscreveram para votar. Era outro sinal.

2. O governo federal –desde Lula- entendeu como ‘paz social’ cooptar os movimentos sociais (sindicatos, associações, UNE, ONGs e até intelectuais) com generosos –digamos- subsídios. O governo federal resolveu comprar partidos e políticos ideologicamente antípodas e transformar o Congresso num departamento do executivo ao qual chamou de base aliada. Apoiou e contratou um partido novo (PSD) para minimizar a oposição. Mensalões se espalharam. Externalidade de riqueza de políticos (guardanapos...), idem. Os respiradouros institucionais de opinião pública foram obstruídos. Era outro sinal.

3. A onda de desqualificação do setor público e exaltação do setor privado como cogestor dos governos, com consultores substituindo governantes, privatizações, terceirizações, construíram um ambiente autoritário em nome da técnica e da modernidade, reprimindo as manifestações das corporações de servidores. Era outro sinal.

4. A ideia que o povo era o problema e que os governos deveriam reprimir hábitos e substituir a prevenção pela repressão –apelidando de choques de tudo-, da urina à exponenciação dos “pardais” de trânsito, foi criando uma sensação de sufoco. Era outro sinal.

5. O uso e abuso da publicidade pelos governos com gastos bilionários foram gerando a certeza que se tratava tudo de uma fraude, tentando iludir as pessoas. O que se mostrava não correspondia à realidade. Era outro sinal.

6. A blindagem dos governos que a imprensa –especialmente no Rio- fazia, destacando números e fatos positivos e omitindo tantos outros, sem equilíbrio entre os apologistas e os críticos, apontou na mesma direção de dicotomia entre a opinião publicada e a opinião pública. Isso foi se esgotando. Era outro sinal. Neste momento (vide marketing de grande semeadura), a cobertura das manifestações passa a expandir as redes sociais e a mobilização por elas e nas ruas (paradoxalmente?). É um forte sinal de continuidade.

7. Sem canalização institucional, tudo isso foi sendo canalizado para as redes sociais. A vaia em Dilma na abertura da Copa das Confederações foi o primeiro ato. O aumento no preço das passagens de ônibus foi o “tipping point”. No Rio, a coincidência com a proibição de vans na zona sul no mesmo momento do aumento, foi uma imprudência. Era outro sinal que a reação não seria uma procissão.

8. Jovens são a maioria nas redes sociais. Mas eles têm pais, professores, parentes, amigos, colegas e chefes de trabalho... Jovens são a grande maioria nas ruas, não porque sejam a grande maioria dos Indignados, mas pela característica, até natural, de energia e ousadia. Quem traduzir como movimento jovem apenas, vai se iludir.

9. As agências que pesquisam as redes e que acompanharam dia a dia, desde o dia 17, a dinâmica nas redes, mostraram que, do foco passagens de ônibus, os protestos se alargaram tematicamente. Nas redes, a proporção de notas, cartazes e vídeos é de 200 mostrando os excessos policiais, para 1 mostrando excessos das manifestações. Na imprensa a proporção é muito diferente.

10. A leitura dos dados econômicos por especialistas e pela imprensa não percebe o mundo fora dos mercados. Por exemplo: O IBGE apresenta taxa de desOcupação e não de desEmprego. O subemprego e o emprego precário nas tabelas do IBGE somados aos 5,8% de taxa de desocupação, somam 26% de -aí sim- Desemprego.

11. As manifestações têm três tendências, ao analisar o que ocorreu em outros países: a) tendem a ser descentralizadas em curto prazo, ampliando casos de violência; b) tendem a ser totalmente pacíficas, se somando com cartazes e palavras de ordem à Jornada da Juventude Católica; c) tendem a ser retomadas com a mesma ou maior intensidade em 2014, perto da Copa do Mundo e provavelmente culminando com um forte movimento pelo não voto -voto nulo, branco e abstenção.

12. Os protestos e manifestações só massificam quando têm foco concreto no cotidiano, nos alvos e nos temas e alta probabilidade de resultar. Ficam fáceis de contaminar as redes sociais e por elas serem multiplicadas. Não voto- será fácil mobilizar nas redes e nas ruas. Nesse sentido, uma reforma eleitoral densa e em curto prazo poderia evitar que os 35% virassem 50% ou mais em 2014.
(Blog do Cesar Maia – 24/06/2013)

4 comentários:

Delmanto disse...

É SEMPRE BOM REPETIR: o Brasil está doente! Em outras palavras, o país está contaminado por essa corja de políticos oportunistas que só querem superfaturar as obras públicas; fazer o MENSALÃO; anular o Poder Legislativo e controlar o Poder Judiciário; o país tem os juros mais caros do mundo, é o Capitalismo Cão a dominar as transações; o MERCOSUL virou bagunça; a nossa política externa é equivocada; Alckmin e Haddad já mostraram o que se pode esperar dos 2 partidos políticos (PSDB e PT); o Senado Federal tem um presidente, Renam Calheiros, que tomou posse APESAR de um manifesto CONTRA a sua posse com 1 milhão e novecentas mil assinaturas!!!
QUEREMOS UMA CONSTITUINTE JÁ!
COM CANDIDATOS PELOS PARTIDOS E AVULSOS!
A SOBERANIA DA NAÇÃO COLOCANDO A CASA EM ORDEM!
ATENÇÃO, POVO BRASILEIRO, VAMOS CONSTRUIR A DEMOCRACIA BRASILEIRA!
CONSTITUINTE, JÁ!!!

Anônimo disse...

• Joana Sant'Iago (Facebook): compartilhou sua foto.
é isso.

Anônimo disse...

Mirian Emilio de Oliveira (Facebook): compartilhou sua foto.
É isso!

Anônimo disse...

Christian Oliveira (Facebook): A Dilma sabe a besteira que disse, mas a população em geral não sabe nada de direito constitucional, estrategicamente ela só quis tirar o dela da reta

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