julho 11, 2013

“Estamos vivendo
tempos revolucionários!!!
As pessoas querem
mudar o mundo!”

John C. Calhoun - 7º Vice-Presidente dos EUA

“O intervalo entre a decadência do antigo e a formação e o estabelecimento do novo constitui um período de transição, que deve sempre ser necessariamente de incerteza, confusão, erro e fanatismo selvagem e feroz”
John C. Calhoun/7º Vice-presidente dos EUA.

Essa “ONDA DE MUDANÇA” que está acontecendo nos países árabes e na Europa e, agora, no Brasil, traz de forma emblemática o desejo de “mudar o mundo”: suas estruturas superadas, sua economia superada, suas leis defasadas, seus partidos políticos ultrapassados, a corrupção crescente, sua moral discutível e seus valores estagnados... É o “antigo” a impedir que o “novo” se estabeleça. As mudanças ocorridas com a chamada REVOLUÇÃO DA INFORMAÇÃO, com as redes sociais mobilizadas, realmente transformou o Planeta Terra na ALDEIA GLOBAL na qual estamos vivendo.

Em artigo no “Estadão”, de 07/07/2013, o sociólogo e ex-presidente Fernando Henrique Cardoso observou bem que “a novidade, em comparação com o que ocorreu no passado brasileiro (nisso nosso movimento se assemelha aos europeus e norte-africanos), é que a mobilização se deu pela internet, pelos twitters e pelos celulares, sem intermediação de partidos ou organizações e, consequentemente, sem líderes ostensivos, sem manifestos, panfletos, tribunas ou tribunos. Correlatamente, os alvos dos protestos são difusos e não põem em causa de imediato o poder constituído nem visam questões macroeconômicas, o que não quer dizer que esses aspectos não permeiem a irritação popular.”

Então, as pessoas realmente sentem que podem mudar o mundo. Mas é muito difuso o movimento popular. Na frase que abre este post, o 7º vice-presidente dos Estados Unidos, John C. Calhoun, praticamente retrata o que vem ocorrendo, HOJE, em nosso Planeta, pela pesquisa da “Frase da Semana” da nossa colaboradora Regina Claudia Brandão dos Santos:

“O intervalo entre a decadência do antigo e a formação e o estabelecimento do novo constitui um período de transição, que deve sempre ser necessariamente de incerteza, confusão, erro e fanatismo selvagem e feroz”

Daí a importância do estudo do sociólogo Paolo Gerbaudo sobre as manifestações que estão assustando o mundo todo e a importância de um rumo, através de uma organização a ser estruturada em substituição à atual realidade política (partidos políticos) e à repulsa explícita aos políticos. É preciso conseguir ultrapassar esse INTERVALO entre a decadência do antigo e a formação e o estabelecimento do novo!!! Vejam o que diz esse sociólogo italiano Paolo Gerbaudo que saiu no Blog do Cesar Maia:

"AS PESSOAS SENTEM QUE PODEM MUDAR O MUNDO"!

(Paolo Gerbaudo, sociólogo e jornalista, estuda novas manifestações - trechos da entrevista à 08)
Folha de SP, 08)

“1. A ascensão das redes sociais permite que a sociedade se organize de forma mais difusa, especialmente as classes médias emergentes e a juventude das cidades. Isso desorientou os políticos e os velhos partidos, que estavam acostumados a buscar consensos através dos meios de comunicação de massa.

2. Os partidos têm pouco a fazer diante das novas formas de comunicação mediadas pelas redes sociais. A não ser que mudem completamente as suas práticas, baseadas no velho sistema de quadros e caciques locais, e se abram para novas formas de participação popular. Há um problema fundamental na democracia representativa como ela existe hoje. Ou os partidos encontram um caminho para reconquistar legitimidade, ou vão ser superados por novos partidos sintonizados com as demandas da sociedade pós-industrial de hoje.

3. A crítica à partidocracia é legítima. Por outro lado, às vezes parece haver nos movimentos uma crença quase religiosa de que é preciso eliminar todas as mediações. Eles parecem ter a ilusão de que a solução é eliminar os partidos, os sindicatos. A política é uma obra coletiva, não um agregado de indivíduos. São blocos diferentes que interagem. Para isso, você precisa dos partidos. Eles sempre existiram e sempre vão existir.

4. Mas, assim como aconteceu lá, é de se apostar que o outono brasileiro' vai ressurgir em novas ondas e novas formas. Estamos vivendo tempos revolucionários, em que as pessoas voltaram a sentir que podem mudar o mundo. Veja o que está acontecendo agora no Egito.”
(Blog do Cesar Maia – 08/07/2013)

3 comentários:

Delmanto disse...

Em artigo escrito hoje na Folha (11/07), Clóvis Rossi deixa clara a REJEIÇÃO da população brasileira à atual classe política, aos partidos políticos e aos políticos em geral. Então, como podem essa gente fazer as reformas que o Brasil precisa?!? É pura insanidade! Eles estão brincando com o povo brasileiro! Veja o que escreveu o jornalista Clóvis Rossi:
“Quando era criança, ouvia seguidamente uma frase de minha avó, filha de italianos, quando as coisas não andavam bem:
"Piove, governo ladro", resmungava a afável dona Josefa.
Eu achava graça no fato de minha avó culpar o governo (leia-se, os políticos) supostamente ladrão até pela chuva.
Não acho mais, agora que verifico que oito de cada dez brasileiros têm a mesma opinião de dona Josefa sobre os políticos em geral. É o que mostra o Barômetro 2013 da Transparência Internacional.
Para 81% dos brasileiros consultados, os partidos políticos são corruptos. A nota para os partidos é de 4,3, quando 5 é o sinal de que são "extremamente corruptos". Os parlamentos, compostos necessariamente por políticos, não se saem melhor, como é óbvio: são corruptos para 72% e ficam com nota 4,1.
É nas mãos dessa gente que acabou ficando a reforma política depois que a presidente Dilma Rousseff desistiu, a jato, de um processo constituinte exclusivo. Se o grito das ruas, ainda que implicitamente, era por "novas formas de atuação dos poderes do Estado, em todos os níveis federativos", como disse a presidente, então as ruas perderam.”

Anônimo disse...

• Grace Maria Mattos (Facebook): jajajajajajaajajaaj Tá complicado !!!!!

Anônimo disse...

Anthemo Roberto Feliciano (Facebook): Os dias de hoje me lembram 1968 quando o mundo todo foi sacudido pelo movimento jovem.

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