EDUCAÇÃO ERRADA = ESCOLA FAJUTA!
Complementando os dois posts anteriores, este objetiva mostrar o QUE NÃO DEVE SER FEITO! Não é por menos que o governador Alckmin é considerado o governador mais fraco dos últimos 30 anos! A EDUCAÇÃO ERRADA é referente ao seu período anterior no governo paulista, quando tinha Gabriel Chalita como secretário da educação. Até hoje São Paulo vive um nível medíocre em seu setor educacional.Vejam o histórico e seus personagens:
NÃO DÁ PARA ENGANAR A TODOS O TEMPO TODO...
Chalita no lançamento do livro de José Dirceu
Surgiu para a política e para a mídia como protegido do governador Geraldo Alckmin em seu outro mandato. Era da região do governador e ficaram amiguinhos para sempre. Foi nomeado Secretário Estadual da Educação e “destruiu”, em São Paulo, a concepção moderna da educação em tempo integral... Afoito e com amparo de Geraldo Alckmin – um dos mais fracos e dúbios governadores que São Paulo já teve! – quis fazer as famosas ESCOLAS DE TEMPO INTEGRAL, que fizeram a fama de DARCY RIBEIRO no Rio de Janeiro com os famosos CIEPs: concepção arquitetônica criada por OSCAR NIEMEYER que montou uma fábrica de pré-moldados para que o governo do Estado do Rio implantasse, em tempo recorde, mais de 500 escolas modelo de tempo integral.
Foi uma verdadeira REVOLUÇÃO EDUCACIONAL! Foi um sucesso. Não mantido pelos sucessores, mas exemplo para o Brasil, tanto que a então Prefeita Marta Suplicy implantou os CEUS – inspirada nas escolas do Rio – numa concepção já moderna e que são, hoje, um grande exemplo.
Mas Chalita queria fazer tudo “num passe de mágica!” Ou seja: sem trabalho! Como ele fez com seu patrimônio quando comprou um luxuoso apartamento na rua Rio de Janeiro, em Higienópolis (rua onde FHC tinha o seu), pagando à vista quase 5 milhões!!! Ou como ele fazia “escrevendo livros” num ritmo impressionante: mais de 60 títulos! Hoje, com a denúncia reproduzida abaixo, sabe-se que o “esperto” Chalita tinha 2 professoras que escreviam seus livros e trabalhavam na Secretaria da Educação. Que papelão! E com essa farsa ele conseguiu entrar para a ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS! E agora, caros acadêmicos?!?
E querendo fazer tudo “num passe de mágica”, quando secretário da educação, Gabriel Chalita simplesmente transformou, no papel, escolas normais em escolas de tempo integral!!! Grande farsa. A ESCOLA DE TEMPO INTEGRAL, genial criação de DARCY RIBEIRO que foi inspirado pelo amigo e educador Anysio Teixeira, requer toda uma infra-estrutura adequada, professores preparados, profissionais para suporte (médicos, dentistas, psicólogos, pedagogos, etc.), instalações adequadas para esporte e lazer, salas para estudos e apoio educacional, enfim, um complexo educacional completo.
RESULTADO: já no governo de José Serra, após Alckmin, várias escolas retornaram ao esquema tradicional por pressão dos próprios alunos e das associações de pais. MOTIVO: NÃO dava para funcionar direito. Foi um desastre!
Mas o esperto Chalita conseguiu ser candidato a prefeito de São Paulo. Com isso, conseguiu a “promessa” de um Ministério. E, então, surgiram as denúncias do antigo “amiguinho”, falando dos presentes, do dinheiro que chegava em caixas, além da farsa do escritor” que escrevia livros com as mãos alheias...
Dois textos são importantes para compreender esse “fenômeno” chamado Gabriel Chalita. Um texto é parte de artigo de Reinaldo Azevedo. O outro, um corajoso depoimento do jornalista Augusto Nunes:
Chalita e o "amiguinho" que o denunciou...
11/08/2011
às 16:24
OS MISTÉRIOS DE CHALITA: O HOMEM CUJO PATRIMÔNIO CRESCEU 1.925%, 115% SÓ NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS
“Esso, esso, esso, Gabriel Chalita é um sucesso. Na literatura, ele é tão prolífico que deixa na lanterna gigantes como Machado de Assis e Honoré de Balzac. Machado produziu 38 obras em 69 anos de vida e o novelista francês, 89 em 51 anos. Chalita já deixou os dois para trás: aos 42 anos, publicou 54 títulos, todos com um estilo marcado pelo forte apego às frases feitas e por um fraquinho pelos diminutivos. Como político, sua trajetória não tem sido menos espetaculosa: eleito vereador aos 19 anos por Cachoeira Paulista, no interior de São Paulo, ele se tornou o terceiro deputado mais votado do Brasil no ano passado, logo atrás do palhaço Tiririca.
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Os 741.000 reais em bens que declarava possuir em 2000 transformaram-se em 7 milhões de reais em 2008 e hoje chegam a 15 milhões, uma variação de 1925%. Chalita atribui a prosperidade galopante às palestras que ministra pelo Brasil, aos 10 milhões de livros que “estima” ter vendido e ao “salário impressionante” que recebeu como diretor de escolas e professor de faculdades particulares até o fim da década de 90 (“Uns 20.000 dólares mensais, pelos meus cálculos”). O dúplex onde ele mora em São Paulo está avaliado em 6 milhões de reais. Tem 1.000 metros quadrados, piscina coberta com teto retrátil, oito vagas na garagem e uma academia de ginástica, montada com a orientação de Fabio Sabá, seu ex-personal trainer alçado a secretário adjunto de Educação de São Paulo quando Chalita era titular da pasta.
Há um mês, ele adquiriu um novo apartamento, também no bairro de Higienópolis. A compra do bem lhe custou 4,5 milhões de reais e foi paga à vista. Para fechar o negócio, nem precisou vender seus outros dois imóveis (além do dúplex, tem um apartamento no Rio de Janeiro, cujo preço é 1,5 milhão de reais). Como conseguiu a façanha? “Vendi um apartamento que eu tinha em Santos”, explicou, com a tinta da melancolia no semblante. O flat negociado pelo deputado valia 200.000 reais no ano passado. Como conseguiu multiplicar esse capital por vinte é só mais um dos mistérios de Chalita. Ele é a Capitu da política brasileira”
(Blog de Reinaldo Azevedo)
03/03/2013
às 14:33 \ O País quer Saber
“Oba, o Vanderlei chegou”
PUBLICADO NA EDIÇÃO IMPRESSA DE VEJA
LEONARDO COUTINHO
Até duas semanas atrás, o deputado federal Gabriel Chalita era uma estrela ascendente na política. Em 2010, ganhou prestígio ao defender a então candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, quando ela foi atacada por grupos religiosos por, supostamente, defender o aborto e o casamento entre homossexuais. Dois anos depois, candidatou-se a prefeito de São Paulo pelo PMDB e, com sua imagem de bom moço, discursou em defesa da ética e da amizade com padres-celebridade, como Marcelo Rossi e Fábio de Melo, conseguindo 13% dos votos. Saiu com o passe valorizado a ponto de, agora, ser nome certo na reforma ministerial que a presidente Dilma fará neste mês — além de peça no tabuleiro das eleições de 2014, quando poderia ser candidato ao Senado ou a vice-governador. O depoimento demolidor feito ao Ministério Público por um ex-assessor e ex-amigo do peito fez tudo ruir.
Roberto Grobman, o ex-assessor, contou aos promotores que se aproximou de Chalita em 2004, quando ele era secretário da Educação de São Paulo. Fez isso por determinação do empresário Chaim Zaher, que era dono do Sistema COC de Ensino e teria interesse em conseguir contratos com o governo. Grobman diz que Zaher lhe pagava um salário para que ele atuasse na secretaria. “O Zaher queria ter uma pessoa dele lá dentro para que pudesse vender os seus produtos. Queria ser favorecido, obviamente.” Ficou, assim, estabelecida a bizarra situação em que Grobman, empregado pago por uma empresa privada, dava expediente numa secretaria de governo, com direito a cartão de visita timbrado e o título de “assessor de gabinete”. Nessa condição, ele se tornou íntimo do então secretário, com quem viajou para diversos países (“O Chalita disse que gostou de mim e eu virei seu acompanhante de viagens”). Mas nem essa proximidade com o titular da pasta nem as supostas vantagens que o COC teria ofertado a Chalita ─ entre elas o pagamento de parte da reforma de um dos seus apartamentos, fato que Zaher nega ─ resultaram em algum negócio para o grupo. Diz Grobman: “O Chalita deixava o Zaher sempre no fim da fila. Dizia que tinha acordos mais importantes”.
Grobman permaneceu como assessor informal de Chalita por dois anos. Nesse período, disse ao Ministério Público, assistiu a reuniões em que ele combinava como seriam feitas as cobranças de propina a fornecedores da secretaria, como a Zinwell, uma empresa de origem chinesa contratada para fornecer por 5 milhões de reais 5 000 antenas parabólicas para escolas. A “taxa”, de 25%, era entregue diretamente a Chalita em seu apartamento em Higienópolis. Segundo Grobman, o ex-secretário chamava o dinheiro de “Vanderlei”. “Quando tocava o interfone, ele gritava, eufórico: ‘Oba, chegou o Vanderlei!’. Só mais tarde descobri que Vanderlei não era uma pessoa. Como ele dizia que mandava a sua parte para uma conta bancária em Luxemburgo, fazia graça com o nome do técnico de futebol”, diz. Grobman contou ao MP que, por diversas vezes, viu Chalita distribuir o dinheiro que recebia. “Ele derramava as notas no chão do closet. Arrancava as tiras dos maços e jogava em cima dos assessores, imitando o Silvio Santos: ‘Quem quer dinheiro?!!’.”
O ex-assessor afirmou ainda que empresas fornecedoras da Secretaria da Educação eram compelidas a comprar lotes de livros do deputado ─ uma manobra que o ajudaria a justificar o seu exuberante aumento patrimonial (os 741 000 reais em bens que ele declarava possuir em 2000 transformaram-se em 11,5 milhões em 2011). Aos promotores, Grobman pôs em dúvida não apenas os motivos pelos quais os livros eram vendidos, mas também quem os escrevia. Um dos inquéritos abertos apurará se houve uso de dinheiro público no pagamento de uma equipe de ghost writers que, segundo Grobman, ajudava o ex-secretário a escrever seus livros ─ ele já lançou 64 até agora. Procurado por VEJA, Chalita disse, por meio de nota, ser vítima de uma disputa política e negou que Grobman tenha sido seu assessor ─ embora tivesse e-mail funcional, cartão de visita e tenha aparecido nos prospectos da Unesco como representante da secretaria em evento realizado em 2004, na França (onde ele e Chalita posaram para a foto que ilustra esta reportagem).
Na segunda-feira, o governo federal anunciou ter desistido de nomear o peemedebista para um ministério. A aventada vaga no Senado em 2014 soa agora uma impossibilidade, sem falar nos planos para a candidatura a vice-governador. Na quinta, Chalita se reuniu com um grupo de assessores e admitiu: “Eu estou acabado”. O resultado das investigações do Ministério Público dirá se o país deve ou não lamentar essa constatação.
(Blog do Augusto Nunes)
5 comentários:
Ufa! Que “descoberta” valiosa sobre esse Gabriel Chalita. Enganava a todos e tentava até enganar a Deus! Vivia querendo “levar vantagem” sobre o padre Fábio de Mello e sobre o padre Marcelo Rossi. Ambicioso, não sabia que a MENTIRA tem pernas curtas. Escrevia livros por atacado (com as mãos alheias), comprava apartamentos de alto luxo e gastava fortunas em reformas absurdas. Viajava com o “amiguinho” que viria a denunciá-lo...
Ufa! Será que os IMORTAIS da Academia Paulista de Letras vão dar apoio total ao grande falsificador?!?
(p.gomes@yahoo.com.br)
Meu D’us! Tô passada...
Ele era muito janota, almofadinha para o meu gosto, mas mau caráter...argh!
E tanta gente conviveu e apoiou esse rapazola... Quis até enganar a Deus! Pisou na Jaca! Está certo o título do post!
VERGONHA!
(carla.bueno2011@bol.com.br)
O Gabriel Chalita vinha sendo preparado pelo governador Geraldo Alckmin para sucedê-lo na política. Não estranhe: o que esperar de um político fraco e medíocre como o Geraldo Alckmin?
SORVETE DE CHUCHU!
Caiu como uma luva para o Alckmin...
E o Chalita só errou pela “gula” de querer tudo ao mesmo tempo e depressa, custasse o que custasse!
Aí está o resultado. Um “bufão” que até tentou enganar a Deus! Gostei dessa colocação.
Chalita vai continuar, mas NÃO enganará mais ninguém!
Acho que ele deve acompanhar o Alckmin para Pindamonhangaba, no final de 2014, já que ele é vizinho (Cruzeiro) e, juntos, viverão felizes para sempre...KKKKKKKK
(haroldo.leao@hotmail.com)
É esclarecedor o que fala o Reinaldo Azevedo sobre o Gabriel Chalita:
“Chalita prepara seu 7.838º livro (o 7.837º veio à luz enquanto eu redigia o parágrafo anterior). Mais uma contribuição seminal ao pensamento, sobretudo porque ele revela que escreve sem fazer pesquisa, o que alguns já haviam percebido sem que houvesse a confissão...
Deixo claro que não o considero um escritor de auto-ajuda no sentido tradicional da expressão. Eu realmente não creio que alguém ganhe alguma coisa ao ler um livro seu. Folheei um único num consultório médico, perdido em meio a revistas “Caras” e “Quem”… Era aquele sobre a ética do menino ou algo assim… Tive um ataque de riso logo na segunda página. Os demais pacientes devem ter achado que eu tinha errado de especialista. Chalita é “auto-ajuda”, sim: sabe ajudar-se como poucos!… Ninguém pode condená-lo por isso se há quem o leia. Ele tem de se conformar: não é um gênio; trata-se apenas de um rapaz muito esperto...”
O povo paulista precisa conhecer esse “malandrinho...
(bastosgustavo@yahoo.com.br)
Gente esquisita. Banca o papa-hóstia, mas é um tremendo 171...
A turma da Canção Nova não tem culpa do envolvimento, afinal o Chalita era secretário da educação, protegido do governador, quem ia esperar uma “revelação” dessas?
Acho que esse bostinha tem que ser colocado em seu devido lugar: no lixo!
(pinto.rodolfo28@yahoo.com.br)
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