dezembro 12, 2013

E agora, Serra?!?

E agora, Serra?!?
Este blog já criticou Serra por ser centralizador e “fominha”, impedindo o surgimento e/ou crescimento de novas lideranças...
Agora, o “papo” é diferente. Lamentavelmente, diferente.
Serra e Portela nos destaques(click para aumentar a imagem) 

Vamos aguardar a evolução do caso. Tudo precisa ser esclarecido. A revista “ISTO É”, mostra uma realidade difícil de ser aceita pelos paulistas, mas que está estampada com todas as letras e provas...
Vamos à matéria:

“E agora, Serra?

O ex-governador José Serra nega irregularidades, mas novos documentos obtidos por ISTOÉ mostram que a máfia dos trens, incentivada por agentes públicos, superfaturou contratos em quase R$ 1 bilhão durante sua gestão
Pedro Marcondes de Moura, Sérgio Pardellas e Alan Rodrigues

A primeira reação da maioria dos políticos que se tornam alvo de denúncias de corrupção é negar enfaticamente sua ligação com os malfeitos. A partir do surgimento de novas evidências, em geral as justificativas vão sendo readaptadas. Quase todos agem assim. O ex-governador de São Paulo, José Serra, cumpriu o primeiro passo da má liturgia política, mas não o segundo. Mesmo com o escândalo do Metrô de São Paulo chegando cada vez mais próximo dele, Serra mantém as alegações iniciais. O ex-governador tucano diz que durante sua gestão não tomou conhecimento de qualquer cartel montado por empresas de transportes sobre trilhos. Muito menos que teria incentivado o conluio, pois sempre atuava, segundo ele, a favor do menor preço. Mas Serra não poderá mais entoar por muito tempo esse discurso, sob o risco de ser desmoralizado pelas investigações do Ministério Público. Novos documentos obtidos por ISTOÉ mostram que a máfia que superfaturou contratos com o Metrô de São Paulo e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) não só agiu durante o governo Serra como foi incentivada por agentes públicos a montar um cartel.
Conforme a documentação em poder do MP, as irregularidades ocorreram entre 2008 e2011. No período em que a maior parte dos contratos irregulares foi assinada, Serra era governador (entre 2007 e 2010). Os superfaturamentos estão relacionados a um controverso projeto de modernização de 98 trens das Linhas 1-Azul e 3-Vermelha do Metrô. A reforma dos veículos, com cerca de quatro décadas de operação e considerados “sucata” pelas autoridades que investigam o caso, custam ao erário paulista R$ 2,87 bilhões em valores não corrigidos, um prejuízo de quase R$ 1 bilhão. Para se ter uma ideia, os valores se assemelham aos desembolsados pelo Metrô de Nova York na aquisição de trens novos. E quem vendeu os trens ao Metrô nova-iorquino foi justamente uma das companhias responsáveis pela modernização em São Paulo.
Além do flagrante superfaturamento, o promotor Marcelo Milani, do Patrimônio Público, já confirma a prática de cartel. O conluio, segundo ele, foi incentivado por agentes públicos em pelo menos um dos dez contratos relacionados à modernização. Trata-se do contrato do sistema de sinalização, o CBTC. Em depoimento ao MP, o engenheiro Nelson Branco Marchetti, ex-diretor técnico da divisão de transportes da Siemens, relatou que representantes da multinacional alemã e da concorrente Alstom foram chamados para uma reunião por dirigentes do Metrô e da Secretaria de Transportes Metropolitanos. Na época, o órgão era comandado por José Luiz Portella, conhecido como Portelinha, braço direito de Serra. Durante o encontro, as companhias foram incentivadas a montar cartel para vencer a disputa pelo contrato do sistema de sinalização dos trens das linhas 1, 2 e 3 do Metrô. Os executivos das empresas ainda sugeriram que o governo licitasse a sinalização linha por linha, o que triplicaria a concorrência. Mas o governo foi enfático ao dizer que gostaria que um consórcio formado por duas empresas vencesse os três certames. A Alstom acabou vencendo sozinha o contrato para o fornecimento do CBTC para as três linhas do Metrô. Em outro depoimento prestado à Polícia Federal, Marchetti já havia relatado que as pressões do governo paulista eram constantes. “No edital havia a exigência de um capital social integralizado que a CAF (empresa espanhola) não possuía. Mesmo assim, o então governador do Estado (José Serra) e seus secretários fizeram de tudo para defender a CAF”, declarou ele sobre o contrato para fornecimento de vagões pela CPTM em que o ex-governador e Portella teriam sugerido que Siemens e CAF se aliassem para vencer a licitação. A prática narrada acima acrescenta novos elementos ao escândalo na área de transporte, que Serra, apesar das constantes negativas, não tem mais como refutar.”

 (revista “Isto É”, 06/12/2013)

2 comentários:

Delmanto disse...

O Serra e o Portelinha...quem diria...
O conhecido “Portelinha” já circulava pelas “abas” do Poder desde o Governo Montoro.
Sempre considerado “prestativo” não era visto como um assessor brilhante. Mas era bonzinho. O pessoal gostava do Portelinha...
Mas chegar a braço “direito” do Serra já é demais... Talvez pela “personalidade” de José Serra que tem SEMPRE ao seu lado pessoas “dóceis” ...
Viajaram junto para a Europa. Lá, tiveram encontros com dirigentes de uma das empresas ACUSADAS, segundo reportagem da revista.
Tudo é muito estranho!
A imagem do PSDB paulista começou a mudar expressamente, quando Aloisio Nunes e Quércia passaram a ter posições de destaque: o primeiro como candidato ao Senado (PSDB) e o segundo – APESAR DE INIMIGO HISTÓRICO E CAUSADOR DO SURGIMENTO DO PSDB COM PARTE DO ANTIGO PMDB! – como candidato ao Senado (PMDB), sendo que era conhecida a frágil condição física do ex-governador, que acabou falecendo e, com sua morte, viabilizou-se a eleição de Aloisio que já fora vice da Fleury além de Secretario do Governo do PMDB. Definitivamente, o PSDB não era o mesmo da época de Montoro...
Agora, essa sujeirada toda... O PSDB acabou com as nossas ferrovias, implantou o PEDÁGIO e passou a comprar e a “reformar” trens... O Covas foi o primeiro a comprar trens usados da Espanha. Estranho...
Vamos aguardar.
Está parecendo a briga do “roto falando do rasgado...”
Muita gente gritando aquela frase famosa:
“PARE O BONDE QUE EU QUERO DESCER!!!”

Anônimo disse...

O Serra sempre preferiu os medíocres para assessorá-lo. E tem “dedo podre” para escolher seus “aliados”: Kassb, Afif, Índio da Costa, Aloísio Nunes e por aí vai...
O bom político e que “FAZ” a sua gestão bem feita e cuida bem de sua imagem sempre respeitando a população, procura escolher sempre os MELHORES para ajuda-lo!
Só os políticos “pequenos” é que se cercam de “anões...
É f... (p.gomes@yahoo.com.br)

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