março 27, 2014

Angelino de Oliveira: Eu Nasci Naquela Serra...

Angelino de Oliveira: 
Eu Nasci Naquela Serra...

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Botucatu precisa homenagear ANGELINO DE OLIVEIRA. Autor da famosa música “TRISTEZA DO JECA”, toada considerada uma das maiores expressões da música sertaneja, gravada pelos mais destacados cantores de nossa música raiz. Além é claro, da música “SAUDADES DE BOTUCATU”, elevada a música oficial do município.

Temos Escola e rua com o nome de Angelino de Oliveira, temos até a SEMANA ANGELINO OLIVEIRA, oficializada pela Prefeitura Municipal, MAS é preciso que se renove, SEMPRE, os eventos àquele que mais divulgou Botucatu através de sua arte musical.

Na matéria abaixo, trazemos um olhar novo sobre ANGELINO DE OLIVEIRA, inclusive com o relato do violonista e escritor, PAULO FREIRE, autor do livro Eu nasci naquela Serra...”

Um aristocrata da música popular


Aleixo Delmanto

"- Sabiá que canta triste
Lá na mata do sertão,
   Ele canta pra esquecer
  a mágoa do seu coração"

Cerrou-se o canto sertanejo do conhecido e "aristocrata" cantor da nossa gente e de nossa terra.
Apresenta o Brasil dois típicos, genuínos e inigualáveis "músico-poetas" populares: Catulo, no Norte eAngelino, no Sul.  O nosso, o sabemos, com rudimentares conhecimentos de técnica musical, autodidata, incapaz de compor sobre uma folha o que lhe ardia, gravado profundamente, no âmago do coração e da alma.
Quantas composições de extraordinário valor artístico, de "cór e de cabeça", depositadas no cofre aberto de uma memória incomum e, porisso, às dezenas, inéditas e desconhecidas pelo público em geral!
Típicas, "só dele", genuínas, próprias, originalíssimas.  Como as de Chopim, no campo oposto, o clássico, jamais superadas ou imitadas.
Comprova-se que, mesmo na música popular e folclórica, há diferença de estilo, de inspiração, de arte, de insuflação divina.
Raríssimos, outrossim, são os que, como Angelino de Oliveira e Catulo da Paixão Cearense, nasceram com a bossa de poeta e de músico, ao mesmo tempo e graças a Deus...
Música popular que poderemos dividir em duas categorias principais: a caipira e a sertaneja.
A primeira, mais simples, modesta na melodia e no conteúdo poético; a segunda, mais nobre, elegante, enlevada, aristocrata.
O contraste é evidente e num exemplo elucidativo, embora indireto, tem-se a impressão, caipira, de um modesto cantor de microfone, interpretando uma trova comum, repleta de monótono estribilho.
Na segunda, a sertaneja, de uma "Casa Pequenina" ou da "Tristeza do Jeca", através das vozes melodiosas, de uma Bidu Sayão ou de uma Inezita Barroso.
Poeta, pois, e músico popular e "aristocrata", Angelino soube interpretar fielmente e com suma arte e inspiração musical, a vida do nosso humilde homem do campo, de suas dores, de suas queixas, amores, ciúmes e tristezas.

Angelino de Oliveira


Pintor eficaz e feliz do rancho de sapé ao pé da serra, dos luares sulinos e prateados, rebrilhando sobre a colina verdejante e o riacho tranqüilo e cristalino.
Cantor mavioso das encruzilhadas da mata, ponto de encontro furtivo dos pares amorosos.  Daquela conhecida "Encruzilhada", mergulhada no silêncio noturno da mata tropical e despertada, ao alvorecer, pelo canto ciumento do malvado bem-te-vi, pássaro cúmplice e maldoso:


"-Hoje eu passo a encru-
[zilhada
Me lembrando só de ti,
E o malvado passarinho
      Ainda grita: - Bem-te-vi!"

 Boêmio incorrígivel e impenitente, coerente, consigo próprio, continuava a declamar, idoso, com o mesmo entusiasmo juvenil, os versos de A  Storni, a poetisa argentina:

"...enche de vinho este
[cristal sonoro
 nós beberemos esse 
[ licor de ouro 
ao celebrar a noite e a 
[ sua doçura..."

E naqueles instantes, como por um milagre, o repentista exímio improvisava, em se transfigurando.  As notas e melodias, como manancial inesgotável, se transformavam em música enlevada, em valsas primorosas de evocação chopiniana.
Dedilhava, então, sobre as cordas amareladas do velho instrumento com atavio, elegância e a experiência de um artista do teclado, mormente quando acompanhado ao violão pelo já falecido e outro ilustre autodidata, o saudoso Zé Maria Peres, seu velho companheiro de mocidade e de arte.
Que rendilhado sonoro! Que noitadas de inspiração artística!  Quantas belas composições, olvidadas pelo próprio Autor, eram então relembradas pelo fiel Zé Maria, que as conhecia de cór, música e letra!
Respirava-se novamente um fresco perfume de juventude cabocla,  o fresco aroma do cravo rubro, enfeitando cabelos ou roupagens; a fragrância renovada do primeiro sol; o verde perfume do musgo dos troncos, da resina brilhante, das gotas de orvalho resplandescentes na alegria festiva da primeira manhã...
E a fisionomia do Zé Maria a comover-se, a emocionar-se! E lágrimas furtivas, escorregadias, a se deslizarem brilhando através dos sulcos das rugas, aglomerando-se e tombando, enfim, sobre o violão ressequido...
Como gotas de chuva, tamborilando sobre o teclado verde das folhas da bananeira silente...
Alcançava-se o áuge, o diapasão do astro poético, dos acordes musicais, quando o "duo"endiabrado parecia querer cantar, em alemão, os versos de Mombert:

"Hier ist die Gipfel, suche Keine andern...".
                "Aqui está o cimo, não procure alhures..."

Porque após da costumeira visita ao rancho do Jeca ao pé do monte, subindo pela encosta íngreme, já no cume da serra, descortinavam os cantores o panorama magnífico da Princesa da Serra, meta do trovador, com seu casario amplo e luminoso e suas torres, no triunfo das luzes rubras do ocaso.
Era também o triunfo do aedo!
Reminiscência da juventude nas notas musicais das peraltices do garoto, do reencontro saudoso com os amigos do peito, na centenária cidade do poeta e velho amigo Trajano...
Mudara-se Há tempos para São Paulo, o botucudo violonista, mas, amiúde, aqui aportava para abraçar os amigos, relembrar as velhas canções e tornar conhecida a sua última composição...
Alquebrado, arquejando, retornou pela última vez.  Foram os seus últimos dias!

"Hoje eu choro a des-
                                  [ventura
             Que o destino veio dá,
             Separando os coração
        Como as viola da canção
              E as estrelas do luá".

  


Não abraçou, como de costume, o seu instrumento! Dedilhou, no ar livre, uma harpa invisível, ou o dedo em riste, como se empunhasse uma batuta de orquestra.  Ou declamado, inaudível, uma frase do teuto Lutero:- "A música é o melhor refrigério de um desconsolado.  Por sua causa o coração se acalma, se revigora, se renova".
Mas a música cessara e o coração, amargurado, não sobreviveu àquela que foi a fiel companheira espiritual de toda a sua vida.
Não conseguiu, sequer, assobiar, entre os lábios trêmulos, a saudosa música de outrora:


         - "Lá na mata do sertão
                quando o sol vai des-
                                   [cambá,
           a saudade vai chorando
                do peito do sabiá..."

De nossos corações "sai chorando" também a tua imensa  saudade, ó seresterio poeta!
E as vozes, botucatuenses e orfeônicas do nosso grande "Coral", levarão sempre, por toda a parte, em suas triunfais peregrinações, o espírito de tua arte inconfundível.
Para Vitor Hugo,  sumo escritor e poeta, "...la musique est la vapeur de l´art.
   Elle est à la poésie ce que la rêverie est à la pensée, ce que le fluide est au liquide, ce que l´ocean desnuées est à l´ocean des ondes.  Elle est l´indefini de cet  infini".
Para Angelino de Oliveira, autodidata e boêmio, a música foi tudo.  Três novos Reis Magos o previram em sonho.
Nasceu ela, por insuflação divina, sem sêmem, no fundo do seu coração.
("Folha de Botucatu", 02/05/1964).


Registro Histórico

Para que se tenha o cenário real da amizade que ligava Angelino de Oliveira a Gastão Dal Farra, Aleixo Delmanto, Trajano Pupo e outros, por oportuno, vamos transcrever trecho do livro de Paulo de Oliveira Freire, "Eu Nasci Naquela Serra", Editora Paulicéia, 145 págs., 1996,  na qual o autor retrata as vidas de Angelino de Oliveira, Raul Torres e Serrinha:
"...Os encontros na casa de Gastão Dal Farra, desenhista e professor secundário, eram cada vez mais freqüentes.  Gastão também tocava violão, sanfona italiana e cantava.  Angelino gostava muito de ir lá, pois o ambiente era perfeito: o silêncio, a noite inteira tocando, cantando e declamando, os melhores amigos ao lado, e as filhas de Gastão que Angelino adorava.

Assim que entrava na casa do Gastão, as meninas traziam para Angelino o violão do pai, que era muito bom, e elas sabiam do gosto com que ele o recebia de suas mãos. O violão de Gastão traz até hoje as marcas das unhas de Angelino que, com seu modo arrebatado de tocar, raspava as unhas da mão direita na madeira do violão.
O Aleixo, que era médico, vinha se preocupando cada vez mais com a saúde de Angelino.  Com seu sangue italiano, não tinha muita paciência com os excessos do amigo, era muito sincero e se enervava freqüentemente, pois Angelino não comia e nem dormia direito.
Para se ter uma idéia do temperamento do médico, um dia Aleixo fora chamado para atender um paciente e Gastão resolveu ir com ele até a clínica. Chegando lá, o Dr. Aleixo cumprimenta o enfermo, pede para que tire a camisa, pega seu estetoscópio e começa a examiná-lo.  Ouve primeiro as costas, não gosta do que percebe e diz "tsc tsc tsc", balançando a cabeça negativamente.  Em seguida encosta o estetoscópio no peito do paciente.  Continua balançando a cabeça e soltando o "tsc tsc tsc".  O paciente foi ficando roxo, pois se o médico estava fazendo isso, imagina como ia a sua saúde...
Depois, quando Gastão fica sozinho com Aleixo, lhe diz:
- Desculpe me intrometer na sua ética, Aleixo, mas você não pode fazer isso com o paciente.  Assim você mata ele antes do final da consulta!
Mas Aleixo não conseguia esconder nada de ninguém.  O que tinha para dizer era ali, na hora.  E foi por isso que aconteceu uma briga memorável com Angelino.
Ele percebeu que se Angelino continuasse com a vida que estava levando não ia durar muito tempo mais.  Resolveu proibi-lo de beber, mas Angelino se negou a obedecê-lo, dizendo que deste prazer ele não ia se privar.  Começaram uma de suas discussões intermináveis, até que Gastão e Jurandir tiveram uma idéia: já que não podia beber e Angelino não ia parar, que fixassem um limite.
Pegaram uma garrafa de guaraná, fizeram uma marca e combinaram que até ali Angelino podia beber.  Mas passar da marca era terminantemente proibido.  O compositor achou razoável e o Dr. Aleixo cedeu aos argumentos de todos.  Assim, punham a cachacinha até a marca na garrafa, e Angelino, carregando o seu guaraná, ia administrando até o final da noite.
Poucos dias depois, Angelino sente-se angustiado e, remoendo seus problemas, senta-se no Colosso.  Acaba o que tinha na garrafinha e pede outra dose.  Quando estava pedindo a segunda dose extra, bem neste instante, chega Aleixo.  Angelino não esconde o que está fazendo e o médico fica furioso.  Faz um discurso ali mesmo no Colosso, diz que não quer mais encontrar Angelino, que ele está se matando, que isso é um absurdo, etc.  Angelino fica chocado e vê o Aleixo sumir do bar.
Tenta explicar a briga para quem está perto, mas se emociona e vai embora.  Os amigos acabam sabendo do acontecido e correm para procurar os dois.  Não encontram Angelino em lugar algum, até que Gastão vai até a estação de trem e vê o compositor pronto para embarcar para São Paulo.
- Angelino, pelo amor de Deus, não faça isso, o Aleixo só falou aquilo para o seu bem...
E deu o que fazer para que Angelino resolvesse ficar em Botucatu.  Gastão leva Angelino para sua casa, e outros saem a procura do Aleixo.  Começam o trabalho de convencer os dois que deviam um pedir desculpas ao outro.  Para completar a cena, vão buscar Zé Maria também.
A reconciliação durou a noite inteira.  E foi a maior choradeira.  Tocaram, cantaram, criaram.  Nessa noite, Trajano escreveu um poema para Maria Lúcia, filha do Gastão, que Angelino musicou.

Quando a saudade for morar contigo
para povoar a tua solidão
oh, Maria Lúcia,
compreenderás então
porque razão
há um gemido ritmando cada arpejo
e uma lágrima caindo em cada verso
no soluçar desta canção.
Maria Lúcia era menina, assistia os encontros em sua casa, encantada com o que estava presenciando e com a homenagem que lhe faziam.  Muitas vezes ela também era convocada para cantar junto a eles.
Nestes últimos anos de vida, dividindo seu tempo entre breves idas a São Paulo, a mesa do bar e a casa dos amigos, Angelino viveria uma nova fase como criador.Passou a fazer poucas letras, deixava que os outros as fizessem.  Agora ele era pura música e buscava no violão o meio de expressar seus sentimentos.
Gostava cada vez mais de tocar com sua alma gêmea Zé Maria.  Quantas músicas eram feitas ali, na hora.  Se Angelino descobria alguma nova melodia, Zé Maria já ia atrás e complementava com seu violão..."




("Almanaque Cultural de Botucatu", PEABIRU, 2000, págs. 79 a 82/ Ilustrações de Vinicio Aloise)


21 comentários:

Delmanto disse...

Quando eu exerci a vereança em Botucatu (1977/82), pude participar da votação unânime da Câmara Municipal que aprovou a implantação da SEMANA ANGELINO DE OLIVEIRA, um projeto do vereador Walter Paschoalick Catherino. O objetivo era cultuar o grande músico que viveu e era um apaixonado por Botucatu. Ao fazer a divulgação de suas músicas através de eventos musicais , além de palestras abrangendo o histórico da cidade e o papel que a geração de Angelino de Oliveira teve no enriquecimento de nossa cultura através de suas músicas. “SAUDADES DE BOTUCATU” é, hoje, a música oficial de nossa cidade. “TRISTEZA DO JECA” é considerada a mais importante de nossa música raiz.
A Prefeitura Municipal de Botucatu deverá dar continuidade a essa tradição positiva, especialmente quando estamos próximos de mais um aniversário de Botucatu.
Vamos prestigiar Angelino de Oliveira!
Afinal, nascemos naquela serra...

Anônimo disse...


Marlene Caminhoto (Facebook):
Armando Moraes Delmanto, querido confrade, estou preparando a história dele em forma de romance e pretendo fazer um filme, estou lhe contando em primeira mão! Preciso colaboração de todas as informações possíveis sobre ele para serem incluídas nesse trabalho. Bruno Cesar Miranda Barreira estará junto nesse projeto, cuidando da parte musical! Parabéns, você é um botucatuense que ama verdadeiramente nossa terra e um dos mais aguerridos na preservação de nossa memória e orgulho nosso como cidadão de bem! beijão

Delmanto disse...

Ótima notícia. Com certeza será um trabalho de altíssimo nível e muito importante para Botucatu.
Com a participação do maestro Bruno Cesar Miranda Barreira, a “alma musical” de seu projeto estará garantida.
Valeu, Marlene. Conte comigo!
Grande abraço.

Anônimo disse...

Carmem Lúcia da Silva (Facebook):
Marlene Caminhoto, o cantor sertanejo Ramiro Vióla, é um colecionador de documentos históricos de todos os artistas da música raiz.

Anônimo disse...

Marlene Caminhoto (Facebook):
Ele é de Botucatu; Carmem Lúcia da Silva?

Anônimo disse...

Marlene Caminhoto (Fcebbok):
Vou procurar e falar com ele e o professor Celso Vieira também tem pesquisas dele

Delmanto disse...

Ele é nascido em Itaporanga, Marlene, mas veio menino para Botucatu e se considerava um “botucudo”! O link para o “Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira” está no texto do post, foi o mais completo e resumido sobre o Angelino. A Rosa Nepomuceno tem um livro sobre a música raiz brasileira bem completo, também.

Anônimo disse...

Bruno Cesar Miranda Barreira (Facebook):
Neste ano de comemoração da vida e obra do nosso maior compositor seria direito juntar forcas dos artistas desta terra para resgatar a memoria de quem humildemente alcançou o coração de todo mundo. "Da Boca do Sertão cantou o Sabiá".

Anônimo disse...

Rene Alves de Almeida (Facebook): e essa musica é cantada em todos os programas sertanejos e festas . Mais recentemente , um trio de garotos cantando Tristeza do Jeca ficou em terceiro lugar num festival gaucho , onde eles são tradicionais nas musicas dos pampas .....

Anônimo disse...

Rene Alves de Almeida (Facebook): alguém precisa falar com o Padre Alessandro da TV APARECIDA que TRISTEZA DO JECA é do Angelino de Oliveira e que DEPOIS QUE A ROSA MUDOU é de Antenor Serrra , o nosso Serrinha e não , daquele nome que tem colocado no rodapé da tela ....... e que Botucatu é berço de compositores e de violeiros .......

Anônimo disse...

Ilza Maria Nicoletti Souza (Facebook):
Parabéns , Armando !!! Emocionante!!! Logo cedo dei sua reportagem para minha mãe ler . Quantas histórias lindas ela contou depois disso . Angelino de Oliveira companheiro de copo e de pesca do meu avô , Dr Aleixo o anjo da guarda dos Chiaradias , perseguia meu avô pelas ruas tentando impedi-lo de beber e fumar . Um dia meu avô o viu vindo em sua direção . Atrapalhado, enfiou rapidamente a piteira acesa no bolso do paletó .

Anônimo disse...

Nilza Stipp (Facebook);
Que beleza ver isso. Gostei imensamente. Me fez lembrar da minha Botucatu,da minha juventude.Valeu Armando! Abs.

Anônimo disse...

Rene Alves de Almeida (Facebook);
Vamos tentar pelo retorno da SEMANA DE ANGELINO DE OLIVEIRA com musicas

Anônimo disse...

Rene Alves de Almeida (Facebook): musicas que identificam a origem raiz da cidade ......

Anônimo disse...

Sonia Maria Cabral Simões (Facebook):
Eu participei (,quando professora da escola que perpetua o seu nome) de muitas semanas comemorativas do seu aniversário e ainda ajudei a escrever as suas músicas , que na época, não tinham sido colocadas em pentagrama.Tenho muita saudade dessa época,!

Anônimo disse...

Ana Maria Winckler Audi (Facebook):
quanta saudade; Eu ficava no bar do tio Vicente na av, D, Lucio com eles (Angelino, Zé Maria, que tocava violão para o Angelino, Gastão Dal Farra, Lacorte, tio Vicente e outros cantando. Eu tinha 7 anos e minha mãe às vezes ia me buscar de madrugada, furiosa. Era bom demais.

Anônimo disse...

Antonina Mendonça (Facebook):
Meu pai era amigo pessoal de Angelino de Oliveira. Concordo plenamente com Ana Maria, pois o bar do Sr. Vicente era o ponto de encontro deles.

Anônimo disse...

Antonina Mendonça (Facebook):
Precisamos resgatar as verdadeiras raízes da nossa cidade.

Anônimo disse...

Eunice Lima (Facebook):
Conheci-o cantando no Brasserie, na rua Amando de Barros. Grande compositor.

Anônimo disse...

Rene Alves de Almeida (Facebook): meu pai que era do século 18, 1897 , falava dele , de Cornélio Pires , porque ambos eram de Tietê e ainda pequeno lembro vagamente de cururu na igreja de Lourdes , Tonico e Tinoco no campinho em frente minha casa na Costa Leite e tenho debatido na volta da semana ANGELINO DE OLIVEIRA com musicas raiz , viola e violão , mas os tempos de hoje mudaram em muito , mas precisamos conserva a nossa história .....

Anônimo disse...

José Italo Bacchi Filho (Facebook): Infelizmente nossa cidade não tem memória, prova disso se faz pelos políticos locais, que se forem indagados sobre nossa história, talvez não saibam nem quem foram tais heróis!! Lamentável, pois povo sem história é povo sem cultura e cidade sem desenvolvimento!!! Parabéns Dr. Armando, vc é o único resgatista de nossos antepassados.

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