abril 08, 2014

O Brasão de Botucatu: Nosso Símbolo Municipal!


O Brasão de Botucatu

Os Símbolos do Município de Botucatu tem sido, nos últimos tempos, objeto de acaloradas discussões, protestos e movimentos organizados. Isso revela que a nossa simbologia cívica está necessitada de uma maior adequação à história botucatuense.
 Foram 3 os Brasões de Botucatu:

O 1º Brasão - o Brasão do Centenário - foi o que mais permaneceu oficialmente.  Surgiu por ocasião das comemorações de nosso 1º Centenário.  A municipalidade atendeu às reivindicações das forças representativas da comunidade e à necessidade de o município elaborar o seu símbolo representativo, designando o escritor botucatuense Hernâni Donato e o professor Gastão Dal Farra para que elaborassem o Brasão de Botucatu.  Como era o nosso primeiro Brasão, contou com  entusiástica  colaboração do Prof. Sebastião  de  Almeida Pinto.  O Brasão elaborado trazia em seu bojo a história de Botucatu, tendo passado pelo crivo exigente do Prof. Sebastião de Almeida Pinto, destacado historiador botucatuense, do Prof. José Pedretti Neto, também destacado estudioso de nossa história e do parecer minucioso de nosso 1º Arcebispo - Dom Henrique Golland Trindade.
Na perspectiva do preciosismo da heráldica, com certeza, em alguns aspectos técnicos do brasão, haveria falha técnica em sua elaboração.  É compreensível.  No entanto, destaque-se o encontro perfeito e completo de nossa história com o simbolismo gráfico do brasão.
O 2º Brasão surgiu no final dos anos 70.  Foi uma grita geral.  Após 26 anos, as autoridades constituídas resolveram mudar o Símbolo Oficial do Município.  A ausência de participação dos botucatuenses e a pressa na mudança foi destacada por pronunciamentos dos Vereadores e claro posicionamento das Entidades representativas, com destaque para a Academia Botucatuense de Letras.  Trabalho do Sr. Lauro Escobar, especialista em heráldica, o nosso 2º Brasão foi elaborado na mesma época que o Brasão da vizinha cidade de Anhembi.  Eram parecidos.  Nosso 2º Brasão estava condenado a ter vida curta...
No ano de 1983, a Prefeitura Municipal de Botucatu patrocinou nova mudança em nosso Símbolo Municipal.
Nosso 3º Brasão surgiu de consulta pública, sob a coordenação da Prefeitura Municipal e colaboração da Academia Botucatuense de Letras.
Embora aberta à participação da comunidade, a elaboração do 3º Brasão de Botucatu não empolgou, eis que não houve motivação suficiente para que os botucatuenses se mobilizassem.
É sabido que não basta ser perito em heráldica para ser capaz de compor um Brasão.  É preciso ir além.  É preciso conhecer o espírito do povo, a sua história, para que o Símbolo Oficial a ser elaborado seja, realmente, o intérprete desses fatores, quer sob o aspecto histórico, quer sob o aspecto de sua plasticidade técnica.  Um perito em português, é sabido, nem sempre faz a melhor poesia...
Optou-se pela mudança , mais uma vez...No entanto, o 3º Brasão  não  empolgou a população , nem durante a sua feitura e, o que é mais grave, nem depois que se transformou, por força de lei, em Símbolo Municipal.  De uma técnica perfeita e de uma plasticidade inatacável, o nosso 3º Brasão  é irritantemente ínsipido e frio e vazio, em termos de mensagem e simbolismo.
O movimento pró-retorno do Brasão do Centenário continua...Isso é significativo.  Por ocasião das discussões à respeito da mudança de nosso Brasão, o historiador botucatuense escreveu vigoroso artigo e deixou o seu alerta: "...Em futuro não remoto, a Academia, o Centro Cultural, a Casa de Cultura, os jornais e as rádios bem que poderiam levar o assunto à tribuna irrecorrível: o plebiscito..."
Breve, Botucatu estará comemorando o seu 159º aniversário.  Quem sabe será uma oportunidade para que haja o tão esperado casamento entre os nossos Símbolos Municipais e a História deste povo que soube construir, no cimo da serra, uma comunidade participativa e orgulhosa de seu passado, vivenciando o seu presente e construindo o seu futuro.

SUGESTÃO: Já demos a nossa sugestão e vamos repetí-la: que se mantenha o atual Brasão e se eleve a nível de BRASÃO DO CENTENÁRIO o nosso Brasão Histórico, elaborado por Hernâni Donato e Gastão Dal Farra. Nos links apresentados na abertura “O Brasão de Botucatu I e II”, apresentamos toda a luta pela manutenção do Brasão do Centenário, com o o artigo do Hernâni Donato, os discursos dos vereadores e artigo dedicado ao nosso símbolo municipal. Vale a leitura

A seguir, daremos os aspectos técnicos de cada Brasão.

O Brasão do Centenário
1º Brasão (de 1952 a 1978)

Criado  pela Lei nº 273, de 28/08/52, o 1º Brasão de Botucatu foi elaborado pelo historiador botucatuense Hernâni Donato e desenhado pelo também botucatuense Prof. Gastão Dal Farra. Prefeito: Emílio Peduti.
"Descrição : Escudo redondo português encimado pela coroa mural da municipalidade, dividido em dois quartéis sendo o primeiro cortado.  No primeiro quartel, na parte de dextra, em sinople, três montanhas heraldicas, cortadas do leste para o oeste geográficos por um caminho em ascensão e ao pé das montanhas uma capela rústica encimada por uma cruz.  No primeiro quartel, na parte de senextra, em blau, da esquerda para a direita um sol e uma estrela sobre dois rios paralelos.  No segundo quartel, um livro, um báculo e um arado manual.  Na coroa, em escudete, um fuso encimado pelo seu significado de atividade matriarcal, o orago da cidade.  Como suportes, à dextra, um ramo de café frutado em goles, à senextra um ramo florido de algodão em cor natural.  No listél, em letras de ouro sobre sinople, a palavra "Botucatu".
Justificativa: O escudo português, redondo, liga a origem da cidade e o povoamento do município à tradição lusitana no Brasil.  No primeiro quartel, à dextra, as montanhas heraldicas mostram a Serra de Botucatu, balisa no caminho dos bandeirantes, principal distintivo geográfico da região e primeiro elemento da mesma que compareceu na História.  O caminho ascendente lembra as estradas coloniais que fizeram da serra um carreadouro de civilização e de povoamento, a ponto de haver um governador da província determinado que a ida ou o retorno do sertão se fizesse atravessando aquelas serras.  A capela ensina que a primeira construção e tentativa de povoamento é devida aos padres da Companhia de Jesus que ali mantiveram uma fazenda de criar, de 1719 até 1760, na qual fazenda nasceram os primeiros botucatuenses cristãos.  A capela mostra ainda que a cidade nasceu para a civilização, tal como o Brasil e São Paulo, sob o signo da Cruz de Cristo.  O campo em sinople relembra as pastagens que constituiram o motivo, a formação das primeiras fazendas e núcleos populacionais.  Na parte da senextra, o campo blau diz da pureza do clima que veio dar o nome à região, sabido que Botucatu significa bons ares.  A estrela, símbolo das virtudes teologais afirma que a cidade e o povo foram sempre firmes em sua Fé erguendo inúmeros templos de várias profissões religiosas; constante na sua caridade, mantendo asilos e casas de abrigo, e da sua permanente Esperança nos dias futuros.  Os rios paralelos que são o Tietê e o Pardo, confirmam o ensinamento de que Botucatu cumpriu desde os seus primeiros dias a missão de conduzir através de seu território a civilização e a conquista.  O Tietê conquistou o sertão do Brasil, nos séculos XVII e XVIII e o Pardo povoou o sertão de São Paulo no século XIX.  No segundo quartel, o livro, o báculo e o arado dizem que a projeção da cidade e do município veio do seu trabalho profícuo e da sua atividade espiritual pois durante meio século Botucatu foi o maior centro educacional do sudoeste paulista e do território de sua diocese é que sairam os territórios de várias outras dioceses paulistas.
     Na coroa, em escudete, o fuso, significando atividade matriarcal, demonstrando que o orago da cidade é Sat´Anna.  Como suportes, à dextra um ramo de café frutado lembrando que o município não só foi grande produtor de café mas também origem de uma importante variedade: o "café amarelo" ou "café de Botucatu".  À senextra, um ramo florido de algodão que foi outro importante produto agrícola da região.  A final, é consignado o nome do município no listél, objetivando bem individualizar o brasão."

 2º Brasão
(de 1978 a 1983)

Criado pela Lei nº 2.130, de 12/03/78, foi elaborado por Lauro Ribeiro Escobar.  Prefeito: Luiz Aparecido da Silveira.
"Descrição : Escudo ibérico, de blau, com um monte de três cabeços de jalde, movente da ponta, carregado de um fuso de goles, um aquilão de argente sainte de nuvens do mesmo, movendo do ângulo sinistro do chefe e bordadura de goles, carregada em chefe de uma cruz flordelizada, acompanhada em orla de sete flores de liz, tudo de jalde.  O escudo é encimado de coroa mural de argente, de oito torres, suas portas abertas de goles e tem como tenentes, à dextra, a figura de um bandeirante e à sinistra, a figura de Minerva, em trajes característicos, ambos de carnação.  Listél de blau, com o topônimo "BOTUCATU" e letras de jalde.
Justificativa :Escudo ibérico, em azul, usado em Portugal à época do descobrimento do Brasil, evoca os primeiros colonizadores de Botucatu; um monte de três cabeças - em amarelo - simboliza a Serra de Botucatu; aquilão prateado, saindo das nuvens, simboliza o topônimo Botucatu: "Ybiti", ventos, ares, e "Katu", bons; fuso em vermelho, evoca Santana, padroeira da cidade; coroa prateada significa emancipação política do Município; bandeirante, à direita, evoca os bandeirantes que tinham seu marco na Serra de Botucatu, em sua caminhada para oeste; Minerva, à esquerda, deusa da Sabedoria representa o centro de cultura, que é Botucatu, pelas famosas escolas; listél com topônimo Botucatu, em amarelo."
 3º Brasão
(desde 1983)

Criado pela Lei nº 2.397, de 10/11/83, foi elaborado a partir do concurso aberto, sob a Coordenação da Prefeitura e Academia Botucatuense de Letras, buscou, em substituição ao 2º Brasão, a elaboração de um brasão tecnicamente bem elaborado.  Prefeito: Antonio Jamil Cury.
"Descrição :Escudo português.  Portas abertas das torres. Campo azul. Fuso de prata. Terra do verde. Perfil da cuesta e ramos de café amarelo.
Justificativa : O escudo português indica a cultura que fundamenta a comunidade pátria e a local, cuja categoria de município é atestada pela coroa mural. As portas das torres, abertas em azul, asseguram a hospitalidade aos que chegam. O campo azul reflete o céu e o clima que inspiraram ao indígena o nome ybytukatu, significando bons ares. O fuso de prata, símbolo do trabalho e de Sant´Anna, a Padroeira, nele reverencia os fundadores da cidade e nela celebra as virtudes da Mãe e Mestra. O verde do terrado acentua a fertilidade da terra e evoca o dilatado território original botucatuense, matriz de muitos outros municípios. A faixeta de prata evidencia o perfil da cuesta, impressiva característica geográfica da região, recordando, ainda, caminhos que mesmo antes do descobrimento do Brasil, cruzando o chão municipal, serviam de intercâmbio de conhecimentos e riquezas, os ramos de cafeeiro, frutificados em amarelo ouro, realçam a variedade chamada "Café Amarelo" ou "Café Botucatu", privilégio das lavouras locais. O topônimo "Botucatu", em prata listél azul, valoriza o respeito dos municípios pelos legados do passado, reafirma o seu zelo pelas singularidades da terra e a perseverança nos valores espirituais e fraternos e garantias de futuro melhor." (AMD)

27 comentários:

Delmanto disse...

O nosso simbolismo cívico!
Continua a discussão sobre a volta do BRASÃO DO CENTENÁRIO. A nossa sugestão, harmoniza as posições e faz justiça à nossa história: o atual seria oficialmente mantido e o BRASÃO DO CENTENÁRIO – nosso Brasão Histórico! – seria elevado como o BRASÃO HISTÓRICO DO CENTENÁRIO!
Nada mais justo. O trabalho que envolveu diretamente os saudosos escritor Hernâni Donato e o professor de desenho Gastão Dal Farra seria resgatado, além de ter contado com a participação positiva do historiador Sebastião de Almeida Pinto, do professor Pedretti Neto e do Arcebispo Dom Henrique Golland Trindade.
No livro “Memórias de Botucatu 2”, de 1993, fizemos uma citação de Paulo Francis que serve para essa questão:
“Para mim, uma cidade sem passado, sem lembrança concreta dos seus antepassados, sem as impressões digitais de sua história, me constrange...”
É isso.
Basta ter VONTADE POLÍTICA e COMPROMETIMENTO COM A HISTÓRIA DE BOTUCATU!!!

Anônimo disse...

Os artigos de Hernâni Donato e de Claudio de Almeida Martins precisam ser lidos e conhecidos da população botucatuense. São de uma clareza e de um sinceridade impressionantes. E a posição, dividida, 8 x6, de nossa Câmara Municipal deixou à mostra o constrangimento dos vereadores que “tiveram” que votar a favor da mudança do brasão pela irresistível pressão do prefeito Municipal da época. São coisas que acontecem, principalmente na política. Não é por menos que temos visto tantas barbaridades pelo país inteiro, com políticos se submetendo e se humilhando perante os poderosos temporários do Poder.
Vamos por ordem na casa. Botucatu, no seu 159º Aniversário merece uma atitude política de nossa Câmara Municipal e do Prefeito Municipal, ou não?!?
(haroldo.leao@hotmail.com)

Anônimo disse...

Jairinho Andrade (Facebook);
O 1o ,ainda é o mais Bonito........

Anônimo disse...

Grace Maria Mattos (Facebook/Venezuela):
O PRIMEIRO É O MAIS BONITO , EU TAMBÉM ACHO .....

Anônimo disse...

Neuza Moises Rezende Leite (Facebook):
Sou favoravel ao primeiro tambem!! Mais bonito!! By the way...gosto muito de suas postagen Armando ...

Anônimo disse...

Olavo Henriques (Facebook):
Concordo com o Jairinho Andrade

Anônimo disse...

Maria Vitoria Simoes (Facebook):
Sou mais o primeiro...

Anônimo disse...


Eni Martin (Facebook):compartilhou sua foto.

Márcia, conte a sua mãe que Armando Moraes Delmanto expôs em sua página, neste facebook, os brasões de Botucatu. E me surpreendi porque todos os que comentaram até agora, preferem o primeiro brasão: do Gastão e Hernani. Dê um grande beijo nela por mim. Se quiser ler os comentários entre Armando Moraes Delmanto. Ele tem postado coisas interessantíssimas sobre Botucatu. Está contando, devagarinho e com ilustrações, a nossa história. Desde lá no comecinho...

Anônimo disse...


Marlene Caminhoto (Facebook):compartilhou sua foto.

Gostei... bela discussão... bjs

Anônimo disse...

Eni Martin (Facebook):
Armando, tomei a liberdade de "curtir" todos os comentários, porque imaginei a alegria de tia Jesumina ao saber, que além de você expor todos os brasões da cidade, as pessoas que comentaram até agora gostam e explicam, como Marlene Caminhoto Nassa o porque preferem o primeiro. Um abraço e vou compartilhar com Maria Maria Márcia Carsava, que está neste facebook. Eu concordo com Marlene, não é questão se ser o mais bonito ou mesmo o mais moderno, mas é o querer mudar a história.

Anônimo disse...

Marlene Caminhoto (facebook):
Perfeito, querida Eni Martin! História só se muda quando houver distorções ou erros! bjs

Anônimo disse...

Celso Luiz Bueno (Facebook):
O primeiro brasão sem sombra de dúvida é o mais bonito. Mas no caso de brasões não é uma questão de beleza, mas sim, o significado que ele tem em relação ao município.

Anônimo disse...

Marlene Caminhoto (Facebook): mencionou você em um comentário.
Marlene escreveu: "Mais uma vez parabéns, Armando Moraes Delmanto... Assunto um tanto polêmico... Mas acho um horror quando se altera alguma coisa que já é histórico e o substitui sem critérios... Quando a substituição se der por motivos também históricos, como correções de dados ou informação, acho válido, mas alterar por alterar para atender caprichos ou vaidade é uma lástima! Gosto não se discute e sim se é ou se foi necessário mudar... Com qualquer símbolo, qualquer fato... Belos como desenhos gráficos todos são bons e representam algo de nossa cidade, não entro na discussão se acho este ou aquele mais bonito, sim a MUDANÇA e os por quês dela... Abração!"

Anônimo disse...

Sonia Maria Cabral Simoes (Facebook):
Também acho,,o primeiro é o mais bonito!!

Anônimo disse...

Thales Mattos Filho (Facebook):
Concordo, o primeiro é o mais bonito e nos reporta ao grupo escolar, pois estava impresso na capa de nossos cadernos ( Brochuras ); saudades !

Anônimo disse...

Maria Eneida Marcondes Aiello (Facebook):
Com certeza ,para mim o primeiro tem mais a ver com nossa cidade....principalmente aquele desenho da Serra e do caminho,está sempre na minha lembrança!!

Anônimo disse...

Virna Maciel Lunardi (Facebook):
O primeiro brasão è o mais certo e o mais bonito, mas cabeça de politico...........e B de nene è a mesma coisa. Espero que algum dia alguém acorde.........

Anônimo disse...

Neyse Rodrigues Vaz (Facebook);
o primeiro brasão é o mais bonito

Anônimo disse...

Nilsa Pauletti (Facebook):
Concorde com os demais.

Anônimo disse...

Silvia Avelar Campos Cruz (facebook):
os 3 são lindos!!! mais o do centenário é o oficial!

Anônimo disse...

Roberto Corban (Facebook):
o 3º, com certeza. Une o clássico e o moderno

Anônimo disse...

Vanice Camargo Garcia Luchiari (Facebook):
Armando, não tenho como você a vontade de narrar , descrever recordando fatos de um passado que para nós sempre estará presente em nossas vidas.Somos filhos de homens que souberam lutar, amar e honrar esta terra tão querida nosso torrão natal.Agradecer as homenagens que com palavras foram lidas e relidas por minha família escritas por você , só nos trouxe muita saudade.Imagine nossos pais se estivessem completando agora cem anos.

Sempre atenta e com lágrimas de saudade ,agradeço tão merecida Homenagem. Obrigada Armando continue sempre na luta. Obrigada, Vanice

Anônimo disse...

Querido amigo Armando.
O 1º Brasão de Botucatu que foi o Brasão do Centenário é hoje a Fênix que se levanta das cinzas do passado, movida pelo ardor de suas palavras.
Passar para você a grande emoção de quem assistiu e acompanhou os passos dessa trajetória histórica, é o que estou fazendo.
Jesumina

Delmanto disse...

A professora e escritora Jesumina Domene Dal Farra é viúva do professor Gastão Dal Farra, um dos autores do Brasão do Centenário, juntamente com o escritor Hernâni Donato.
É uma honra para o Blog do Delmanto receber um depoimento do nível do apresentado pela Dona Jesumina.
Botucatu, pelas opiniões feitas nos comentários ( que é, sim, uma amostragem válida), já elevou o Brasão do Centenário como o nosso BRASÃO HISTÓRIO OFICIAL.
E "VOX POPULI, VOX DEI!"

Anônimo disse...

Eni Martin (Facebook):
Oi, Armando, tudo bem? Maria Márcia, filha de tia Jesumina me escreveu contando que a mãe havia ficado sensibilizada com o post dos brasões e que até ditara algumas palavras que Márcia tentou colocar em seu blog. Mas disse que não saiu e me pediu explicações. Expliquei como se faz aqui. Vamos ver se ela consegue. Mas, em todo caso você fica sabendo que deixou a tia muito contente mesmo. um abraço

Maria Lúcia Dal Farra disse...

Caro Armandinho: dirijo-me a você, amigo dos muito antigamentes, atencioso e ousado batalhador das causas do nosso município, estimado escritor e já agora responsável por este blog onde o vejo persistir como o botucatuense-mor que sempre conheci em você.
Sendo filha do Gastão e admiradora fervorosa de seus companheiros – e aqui refiro-me precisamente a essa trinca histórica: o Hernâni Donato, o Dr. Sebastião de Almeida Pinto e o Dom Henrique Golland Trindade - é natural que torça pelo nosso primeiro Brasão, aquele do Centenário. Jesumina, a minha Mãe, para quem a memória é o que nos constrói erguendo o espelho onde nos podemos reconhecer, tem lutado heroicamente em suas crônicas pelos monumentos da nossa História Botucatuense, muito embora debalde e em vão: pelo Bosque, pelo busto do Angelino retirado dali, pelo Paratodos, pela antiga Estação de Ferro Sorocabana, pelo Pontilhão, pelo Brasão do Centenário, etc, etc. Sua dignidade e elegância são, no entanto, incisivas, e tais motivos se converteram em causas verdadeiramente obsediantes para ela, das quais nunca abdicará – haja visto a mensagem que lhe enviou agora.
Da minha parte e das minhas irmãs, também participamos dessa sua dedicada preocupação. Embora distantes da nossa amada terra natal, nem por isso nos descuidamos dela. De maneira que tenho cogitado que se, pelo menos desde 1978, o Brasão do Centenário tem passado por vários maltratos políticos, muito se deve à identificação inevitável entre ele e o município vitorioso que ele representa, fundador, aliás, de uma tradição inolvidável. O Brasão tornou-se, ao longo das vicissitudes dos tempos, o espelho, a emblemática de uma pujança dificilmente ultrapassada, de maneira que, ao detratá-lo, supõe-se desmerecer nele o contexto histórico-político que o originou.
Por essa razão quero desagravá-lo e a todos que estiveram envolvidos na sua existência oficial de 26 anos, o que o inseriu definitivamente na nossa cultura - malgrado tudo o que se possa assacar a seu desfavor. O Brasão do Centenário é indiscutivelmente um dado cultural botucatuense, marca precisa da nossa idiossincrasia e, como tal, patrimônio histórico do nosso município.
Sem tangenciar, nem de longe, a legítima competência da equipe de peso responsável por ele, e sem menosprezar os argumentos contrários, admitamos, para especular, que uma de suas imperfeições resida (como nos querem fazer crer) na semelhança entre ele e outros brasões. E daí que eu pergunte logo de chofre, levantando uma pequena evidência: que semelhança não haverá entre vários e diversos brasões, uma vez que todos os brasões são produzidos, em princípio, pelos mesmíssimos preceitos da Heráldica?
Levando também em conta a segunda pecha a ele impingida que, no entanto, paradoxal e ingenuamente, anula a anterior, consideremo-la ainda assim. Se há de fato no nosso Brasão imprecisões ou incorreções ou falhas heráldicas - por que razão isso o desabonaria? Por que o suposto “erro” não pode ser antes uma de suas maiores virtudes? Afinal, se o cânone existe, não é para ser ultrapassado? Aliás, de que outra maneira as civilizações avançariam?!
Se olharmos ainda por outro ponto-de-vista, o tal “equívoco” pode, sim, consistir, com justeza, no esforço de conferir ao Brasão (dentro do duro espartilho do preceituário) a unicidade da terra que ele representa. Desse modo, haveremos de convir, o tal “desvio” de que o acusam se justifica largamente pela necessidade de seus autores atualizarem convenientemente a normativa heráldica à especificidade de um lugar de que nos ufanamos justo por ser inigualável: a nossa amada Botucatu.
De maneira que só me resta perguntar: a quem pode incomodar, então, que nós, botucatuenses, sejamos assim tão extraordinários?!
Grande abraço muito amigo da Maria Lúcia Dal Farra.
Lajes Velha, 14 de abril de 201 4.

Joésia e o Forró da Rabeca disse...

Joésia Ramos - Homeopata e compositora, de Aracaju/Se - que tem Botucatu no coração!
O 1º Brasão, é sem dúvida alguma, o mais belo, inspirado, ensolarado, cheio de vida e de alma, e o que representa melhor, esta terra tão cheia de música e poesia! Quem poderia querer negar isto ao seu povo?
O Brasão do Centenário é lindooooooooo!!!

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