dezembro 12, 2014

PROPINA BOA! ESSA, EU QUERO!!!

PROPINA BOA!
ESSA, EU QUERO!!!



O Brasil PRECISA se adaptar à realidade mundial sobre a CORRUPÇÃO e a NECESSIDADE de combatê-la de forma positiva, consistente e vitoriosa!
SIM, é possível vencer esse malfeito que é fruto da fraqueza humana e que recua, diminui e quase some dormitando enquanto a SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA não lhe dá espaço no contexto social.

CORRUPÇÃO AQUI:

1ª REPÚBLICA:
No livro “Brejeúva: o livro da política”, o jornalista e escritor Arruda Camargo retrata como era a política na 1ª República e como se praticavam “atos não recomendáveis...”:
“Não havia, então, o populismo chulo de hoje, essa política aviltante das Vilas Marias, horizontal, achegadiça, cevada na demagogia, plena de mentiras, sem compromissos, desonrada. Política que desacredita as instituições, desmoraliza os candidatos e não forma estadistas; política que desmembra e corrompe os partidos, que subleva os sindicatos, que descaminha o eleitorado, que suborna a imprensa e outros órgãos de informação. Política que faz de cada político um vencido, um desencantado, quando não os enriquece a todos...”
Então o Partido “...não execrava os candidatos, não expunha os vereadores, deputados e senadores à exploração. Colocava-se o Partido, entre o eleito e o eleitor, e assumia todas as responsabilidades de atender a clientela, mantendo num alto plano, quase místico, os homens que escolhia para dirigir o Município, o Estado, a Nação”.

Vejam essa rigidez na escolha dos políticos: “O Partido, como máquina eleitoral, podia cabalar eleições, praticar atos não recomendáveis, vedar o caminho das urnas para as oposições. Os políticos, entretanto, no desempenho dos cargos, MANTINHAM A MAIS COMPLETA LISURA. O Coronelato, usando de meios condenáveis, SELECIONAVA VALORES. Aqueles homens respeitáveis, patriarcais, que promoviam, tal como hoje, a compra e o suborno do voto, que não cuidavam da educação e da saúde do povo, tinham o seu próprio Código de Ética. NÃO FURTAVAM, NÃO ENRIQUECIAM NOS CARGOS. E quando algum, dentre eles, fraudava, traindo a confiança partidária,  era ALIJADO do poder, EXILADO no ostracismo...”

RESUMINDO: Os presidentes do Brasil, na 1ª República, foram homens probos, assim como os Governadores (Presidentes das Províncias/Estados)... Esse é um enfoque ao qual não tem sido dado o devido valor analítico e sociológico. O saudoso Arruda Camargo nos deu, nesse livro, uma verdadeira aula de política.

A CORRUPÇÃO CHEGA

Com a REVOLUÇÃO DE 1930 e, ao depois, com a DITADURA DO ESTADO NOVO (Getúlio Vargas), até 1945, com o breve intervalo democrático de 1933/37, a CORRUPÇÃO começou a dar seus primeiros passos em termos da utilização da estrutura estatal e da UTILIZAÇÃO dos políticos como forma de atuação sistemática. Sem querer “inventar a roda”, a CORRUPÇÃO passou a ter “vida própria” na tomada do poder pelo autoritarismo... E prosseguiu após a redemocratização, mesmo porque, manteve-se INTACTA toda a estrutura montada no período ditatorial, inclusive proporcionando a volta de Getúlio Vargas ao poder.

PERÍODO DA DITADURA MILITAR – 1964/1985

Com os Militares que assumiram o Poder com o objetivo de erradicar a “Má Política e os Maus Políticos”, conseguiu-se uma mudança na postura dos que passaram a exercer cargos políticos, a começar pelos presidentes militares e os governadores nomeados: sempre que se detectava a CORRUPÇÃO, havia a cassação dos envolvidos. Nenhum dos Presidentes Militares ENRIQUECEU no cargo. Isso parece ser indiscutível. E, especificamente, quanto à PETROBRÁS, que foi dirigida por anos pelo General Ernesto Geisel (que seria o 4º Presidente Militar), NUNCA teve, à época,  um caso de CORRUPÇÃO detectado.
Na estrutura estatal é plausível que se afirme que deve ter havido casos pontuais de corrupção e que alguns Ministros tenham feito fortuna à sombra da rigidez militar...

CORRUPÇÃO NA
NOVA REPÚBLICA

Tanto na época que antecedeu ao Regime Militar, a Política Brasileira passou a se espelhar nas “democracias” européias, principalmente, na democracia italiana que tinha no Partido Democrático Cristão e no Partido da Social Democracia a sua base política. E a CORRUPÇÃO encontrou “abrigo” na elasticidade do entendimento de então de que seria necessária a “LENIÊNCIA” para se governar...

É O QUE VEMOS, NO BRASIL, DE 1985 PARA CÁ...

Aliás, o “pivot” do escândalo da PETROBRÁS, Paulo Roberto Costa, declarou que :

"Mas desde os governo Collor, Itamar, Fernando Henrique, Lula, Dilma, todos os diretores, se não tivessem apoio político, não chegavam a diretor. Infelizmente, aceitei uma indicação política para assumir a diretoria de Abastecimento. Estou extramente arrependido de fazer isso. Se pudesse, não teria feito isso. Quisera eu poder não ter feito isso. Isso tudo, para tornar minha alma mais pura, confortável, para mim e para minha família, fiz o acordo de delação. Passei seis meses na carceragem. O que acontece na Petrobras acontece no Brasil inteiro, nas rodovias, ferrovias, portos, aeroportes. hidrelétricas - disse Paulo Roberto."


Da mesma forma, a posição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso quando das demissões de Ministros no Governo de Dilma Rousseff, quando declarou,
querendo dar conselho de como agir à presidenta Dilma e mostrando o que pensa da arte de governar, que:

“Explico-me: a presidenta é herdeira de um Sistema, como dizíamos no período do autoritarismo militar. Este funciona solidificando interesses do grande capital, das estatais, dos fundos de pensão, dos sindicatos e de um conjunto desordenado de atores políticos que passaram a se legitimar como se expressassem um presidencialismo de coalizão no qual se troca governabilidade por favores, cargos e tudo mais que se junta a isso.”(grifo nosso).

E, para consolidar essa visão da LENIÊNCIA” necessária, as declarações de FHC ao experiente jornalista Ricardo Kotscho, em entrevista no final do seu mandato:

“Na presidência, FHC agiu como todos os outros presidentes. O arguto jornalista Ricardo Kotscho, na TV, lembrou que no final da segunda gestão de FHC, lhe fez uma pergunta direta, mais ou menos, nestes termos: “Presidente, o senhor já está indo para o final do mandato, porque não dispensa essa turma de fisiológicos (PMDB), afinal o senhor não depende mais deles?” E FHC teria respondido:“Você quer me derrubar? Não se governa sem essa gente!”

Citamos o ex-presidente FHC, extamente, para mostrarmos que até o “melhor” que poderíamos ter em nossa política estava contaminado pela visão “caolha” sobre a política e seu exercício. Claro que não iríamos buscar exemplos no período dominado pelo PT...

PROPINA BOA



ESSA PROPINA É BOA!

ESSA PROPINA, EU QUERO!!!

É a  PROPINA que a língua portuguesa, falada na Pátria Mãe, usa, ou seja, ISENTA DO SENTIDO PEJORATIVO, IGUALANDO-A À CORRUPÇÃO. A divulgação feita pela UNIVERSIDADE DE COIMBRA nos mostra isso.

Vejam o que diz o DICIONÁRIO MELHORAMENTOS:
“Soma de dinheiro ou presente que se dá a um empregado por serviço prestado no exercício de suas funções; gorjeta, gratificação; Quantia que se paga ao Estado para se poderem fazer certos atos; Quantia paga em certas escolas por abertura ou encerramento de matrícula, etc (é o caso da publicação da Universidade de Coimbra); Jóia ou quantia que em algumas associações paga o novo sócio, no ato de ser admitido, além das cotas mensais.”

RESUMO DA ÓPERA: 
A CORRUPÇÃO  é natural em uma sociedade organizada e republicana. NÃO. E nem se venha com a conversa auto-incriminatória de que isso acontece em todo lugar, em empresas da iniciativa primada, sendo “generalizada” em todo o Brasil...

O cigarro era assim...



Quem não se lembra do COWBOY DA MARLBORO?!?
A minha geração foi fortemente influenciada pela necessidade de ser um fumante. Era positivo, vencedor, bonito, conquistava as mulheres, etc. MAS TUDO MUDOU...
Hoje, o que era “recomendável”, quase uma “imposição” da mídia, passou a ser CAFONA e publicamente CONDENÁVEL!
Então, basta a SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA  partir para o COMBATE SÉRIO E SISTEMÁTICO contra essa falha grave do caráter humano que a CORRUPÇÃO irá diminuir e ficar em casos pontuais dos pequenos “pulhas” incuráveis...rsrsrs
É isso.


4 comentários:

Anônimo disse...


Jo Sant'Iago (Facebook) compartilhou a foto de Armando Moraes Delmanto.
Confesso estar desanimada...mas

Delmanto disse...

A “democracia” italiana nos anos 50 passou a ser exemplo, “môdelo”
de leniência na arte de governar. Os partidos políticos (PDC, PSD, PSI e PCI)
passaram a “conviver” na boa leniência, sendo que até o Partido Comuinista
Italiano ficou “independente” de Moscou. Todos conviviam bem...até com a
Máfia...
Um exemplo temos no governo do socialista Bettino Graxi que
soube “conviver” muito bem com os setores mais reacionários da direita
italiana. Isso nós temos visto AQUI no Brasil... Pois bem, durante o seu
governo socialista, Bettino Graxi tinha “seu” homem de confiança na mídia, a
quem prestigiou sempre, possibilitando a que pudesse crescer e se tornar
poderoso: BERLUSCONI !!!
Os países subdesenvolvidos do 3º mundo passaram a seguir o “môdelo”
de “democracia leniente” e acabaram no que estamos vendo... A ambição e a
vaidade dos políticos e intelectuais “tupiniquins” levaram o Brasil a esta
situação crítica...

Anônimo disse...

Boa, Delmanto. Essa pegou na “jugular”...
São poucos os que tem coragem de fazer uma abordagem tão profunda, inclusive “cobrando” posições, atos e palavras de “ídolos sagrados” como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A política brasileira “contaminada pela corrupção” encontra nas palavras do ex-presidente general Ernesto Geisel a definição clara e definitiva que fez do político que mais simbolizou e simboliza essa triste realidade brasileira: SARNEY. “O homem, como disse certa vez o general Geisel, é um “salafrário”.
Acusação forte. Nunca houve defesa do homem do Maranhão...
Essa é a política que precisa mudar e esses são os políticos que precisam “sumir” do cenário político nacional.
(haroldo.leao@hotmail.com)

Delmanto disse...

Pô, Delmanto, por que tanta cobrança de FHC?!?
E eu respondo: PORQUE FHC FOI O FAROL, O NORTE DE MINHA GERAÇÃO! NA SOCIOLOGIA SOCIAL, principalmente!
Nem eu nem ninguém esperava um desempenho “superior” de presidentes como Sarney, Collor, Itamar, Lula e Dilma... Mas de FHC era diferente!
Em sua gestão NADA poderá justificar a total falta de espírito republicano na NÃO implantação das reformas necessárias, mas e principalmente, na NÃO implantação da MÃE de todas as reformas: a REFORMA POLÍTICA!
E explico: intelectual conceituado e sociólogo que orientou positivamente gerações de brasileiros, FERNANDO HENRIQUE quedou-se “ao sistema” ao aceitar as regras de “convivência política” como preço maior para o exercício do poder... E, realmente, ele conseguiu ficar por 8 anos na presidência da república. Até “conseguiu” obter do Congresso a possibilidade da reeleição... A que custo ?!? Talvez já fosse o “rascunho” do que viria a ser o vergonhoso “mensalão”...
Efetivamente, o país jamais poderá compreender esse seu procedimento altamento nocivo para o ESTADO DE DIREITO e para o povo brasileiro. O procedimento dos “olhos fechados” para a nossa triste realidade política... Em nome de uma “cômoda” e discutível GOVERNABILIDADE, o povo brasileiro tem visto, repetidamente, seus governantes abdicarem dos ideais democráticos da boa, reta e honesta gestão da coisa pública...
O que se esperar dos políticos representativos da ELITE DA ESQUERDA, considerada moderna e sintonizada com os países mais evoluídos? E o presidente Fernando Henrique representava tudo isso: professor da USP cassado pelos militares, sociólogo internacionalmente reconhecido, exilado político no Chile e na França (com incursões docentes na Sorbonne), político oposicionista na redemocratização do país, viria a GANHAR – esse é o termo exato! – a Presidência da República graças à implantação do PLANO REAL pelo presidente Itamar Franco. E dissemos GANHAR exatamente porque Fernando Henrique era e é um político totalmente oposto ao político popular e carismático. Quem ganhou, efetivamente, foi o PLANO REAL. Na eleição e na reeleição!
Por isso, afirmamos que a NAÇÃO BRASILEIRA jamais poderá compreender esse seu procedimento de NÃO realizar ou pelo menos batalhar pelas tão esperadas reformas, especialmente, a POLÍTICA! FHC deveria ter ter colocado como principal objetivo de sua gestão a implantação de reformas no país, com a tão almejada MODERNIDADE...
Dirão alguns que a realidade política “engole” os que tentarem realizar... Pode ser... Mas o Brasil espera que seu presidente paute seu desempenho executivo como um ESTADISTA e não como mais um que espertamente conseguiu empurrar, empurrar, empurrar...as soluções dos problemas!
Mas de Fernando Henrique Cardoso todos esperávamos o melhor. Pois o “milagre” de termos um Presidente da República com a formação e a dimensão democrática dele dificilmente se repetirá. E, realmente, o “milagre” da eleição é devido ao PLANO REAL. Quando teremos o impacto de uma ação presidencial como essa que o presidente Itamar Franco proporcionou ao Brasil?!?

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