setembro 22, 2015

Ah, a Primavera & o Amor, o Amor Primavera...

Ah, a Primavera & o Amor, o Amor Primavera...


E VIVA A PRIMAVERA!

Com
Geraldo Cunha +
Bossa & Primavera...

RANCHO DAS NAMORADAS - OUÇA AQUI

Rancho Das Namoradas
(Vinicius de Moraes/Ary Barroso)

Já vem raiando a madrugada
Acorda, que lindo
Mesmo a tristeza está sorrindo
Entre as flores da manhã se abrindo nas flores do céu
O véu das nuvens que esvoaçam
Que passam pela estrela a morrer
Parecem nos dizer que não existe beleza maior do que o amanhecer
E no entanto maior, bem maior do que o céu
Bem maior do que o mar, maior que toda natureza
É a beleza que tem a mulher namorada
Seu corpo é assim como aurora ardente
Sua alma é uma estrela inocente, seu corpo uma rosa fechada
Em seus seios pudores renascem das dores
De antigos amores que vieram mas não era
Um amor que se espera, o amor primavera
São tantos os encantos que para os comparar
Nem mesmo a beleza que tem as auroras do mar




Era o preferido dos universitários nos anos 60/70...Com muita inspiração e competência acompanhou Maysa por todo o Brasil. Em Sampa, tocava na noite, como a maioria dos cantores e cantoras brasileiros. Compôs em parceria com Pery Ribeiro. Na bossa nova era Mestre. Era, na PRIMAVERA DA VIDA, a bossa romântica...
Jovens, percorríamos os “points” da bossa nova: “BarBossinha”, ”IIIºWhisky” e “Jogral”, nos quais o Geraldo Cunha se apresentava. O “Rancho das Namoradas”, “Duas Contas” e “Este Seu Olhar”, ele já tocava assim que via a turma de universitários (as) chegando...


Geraldo Cunha marcou uma época muito rica da música popular brasileira. O famoso Dicionário Cravo Albin da MPB traz tudo sobre sua carreira e sucessos:


Geraldo Cunha
Geraldo Gaia Brito Cunha
Salvador, BA 
DICIONÁRIO Cravo Albin da MPB – Música Popular Brasileira
Dados Artísticos

Ainda bem novo, começou a tocar frevo e chorinho no Trio Elétrico Atlas, o segundo trio fundado na Bahia, depois dede Dodô e Osmar. 

Sua carreira teve impulso a partir de 1957, no Rio de Janeiro, no cenário da bossa nova. 

Lançou seu primeiro disco em 1960, um 78 rpm com as músicas “O menino desce o morro” (Vera Brasil e Rosa) e “Esperança”, de sua parceria com Laércio Vieira. 

Apresentou o programa “Hora da bossa” (TV Tupi/SP), cantando e recebendo convidados, e atuou no programa “Um violão, duas vozes, você e a noite” (Rádio Tupi/SP), cantando e tocando.

Acompanhou Maysa em shows pelo Brasil, entre 1960 e 1963. Nesta época, apresentou o “Programa Geraldo Cunha” (TV Cultura/SP). 

Gravou, em 1961, um compacto simples contendo a canção “Neblina” (Mauro Albanese e Henrique Lobo). Nesse mesmo ano, lançou o compacto duplo “O menino desce o morro”, contendo sua canção “Esperança” (c/ Laércio Vieira), além de “Mulher passarinho” (Caetano Zama e Roberto Freire), “Neblina” (Mario Albanese e Henrique Lobo) e a faixa-título (Vera Brasil e Rosa).

No ano seguinte, lançou um compacto simples, com “Mulher passarinho” (Caetano Zama e Roberto Freire).

Em 1963, gravou o compacto duplo “A bossa de Geraldo Cunha”, registrando sua canção “Menininha Rua Augusta” (c/ Pery Ribeiro), além de “Rancho dos namorados” (Ary Barroso e Vinicius de Moraes), “Diplomacia” (Batatinha e J.Luna) e “Não me diga adeus” (Paquito, L. Soberano e J.C.Silva).

Participou de vários espetáculos de bossa nova e de shows universitários, como o “Show da balança”, sendo homenageado durante três anos consecutivos com troféus.

Compôs, com Tereza Souza, a trilha sonora da peça “Toda donzela tem um pai que é uma fera”, na qual participou também como violonista e cantor. Sua canção “Olhos de saudade” (c/ Pery Ribeiro e Laércio Vieira) foi incluída na trilha do filme de Mazzaropi “O vendedor de lingüiça”.

Em 1964, lançou um compacto simples, contendo sua composição “Prece do amor infinito” (c/ Milton de Paula), além de “Rancho dos namorados” (Ary Barroso e Vinícius de Moraes).

No ano seguinte, gravou o LP “Quem tem bossa faz assim”, com suas canções “Prece do amor infinito” (c/ Milton de Paula), “Viver... só mesmo com amor” (c/ Laércio Vieira), “Não sou do morro” (c/ Alberto Junior) e “Moça de azul” (c/ Pery Ribeiro), além de “Samba bom” (Vera Brasil), “Samba de quem ficou” (Naya Sampaio), “Vivo sonhando” (Antonio Carlos Jobim), “O morro não tem vez” (Antonio Carlos Jobim e Vinícius de Moraes), “Lamento Nagô” (Laércio Vieira e Hércio Expedito), “A estória é você” (Naya Sampaio e Tuca) e “Rancho dos namorados” (Ary Barroso e Vinícius de Moraes). O disco contou com a participação do Sambalanço Trio.

Lançou, em 1966, um compacto simples contendo “O preço da felicidade” (Alberto Roi) e “Nair”, esta última de sua autoria, e o compacto duplo “Geraldo Cunha”, contendo sua adaptação para “Câmara” (folclore) e “Marcha para um dia de sol” (Chico Buarque), além de suas composições “Sonho de nordestino” e “Bom dia João”, ambas em parceria com Antonio Marmo.

Em 1968, lançou, com Alaíde Costa, um compacto simples contendo “O rancho”, de sua parceria com Renato Teixeira, e “Cabocla” (Maranhão).

Ainda nos anos 1960, participou dos seguintes festivais de música:

1965: I Festival Nacional de Música Popular Brasileira (TV Excelsior/SP), como autor de “Tristeza do pescador” (c/ Tuca), defendida pelo grupo Três Moraes, recebendo Menção Honrosa.

1968: III Festival Internacional da Canção (TV Globo), como compositor e intérprete de “Cantiga marinheira” (c/ Antonio Albino)

1969: Concurso de Músicas Carnavalescas (TV Tupi/Museu da Imagem e do Som), como autor de “Laço de fogo” (c/ Antonio Albino), defendida pelo grupo Três Moraes. Recebeu menção honrosa. 

Foi produtor de discos da gravadora Odeon, em 1970 e 1971.

Em 1974, lançou, com Rosemary Ventura, o compacto simples “Campeão de amores”, contendo a faixa-título, de sua parceria com Antonio Albino e Ozinete Marinho.

Participou, em 1982, do Festival de Música Popular Brasileira (TV Cultura/SP), como autor e intérprete de “Vale de Nazaré” (c/ Antonio Albino). 

De sua discografia constam ainda participações nos LPs “Brasil, flauta, cavaquinho e violão” (1970), “Festival da bossa” (1964), “Jogral 70” (1970), “Samba, terreiro e batucada” (1973), e no CD “Trinta anos de bossa nova” (1992).

Ao longo de sua carreira, foi contemplado com várias premiações.

Suas canções foram gravadas por vários artistas, como Mércia, Leny Andrade, Maricene Costa, Dalva de Oliveira, Moacir Silva, Paulinho Nogueira, Adelaide Chiozzo, Astrud Gilberto, Sylvia Telles, Claudette Soares, Pery Ribeiro, Rosinha de Valença, Tito Madi, Abílio Manoel, Walter Wanderley, Taiguara e Sadao Watanabe, entre outros.

Sua composição mais emblemática, “Bossa na praia” (c/ Pery Ribeiro), recebeu mais de 40 regravações em todo o mundo.

6 comentários:

Anônimo disse...

Linda, linda!!!
Uau! Viajei...Voei...Eu quero...
Estou com saudades do amor...o amor primavera...
(mariceiaoliveira@yahoo.com.br)

Anônimo disse...

“E no entanto maior, bem maior do que o céu
Bem maior do que o mar, maior que toda natureza
É a beleza que tem a mulher namorada...”
Aí, meu d’us! Eu quero!!!
(mariceiaoliveira@yahoo.com.br)

Anônimo disse...

Tocava, cantava e acompanhava LUIZA MAURA, nossa paquera na época no "Bon Soir", Praça Roosevelt de frequência suspeita. Quando saiu fui convidado a substituí-lo. Não aceitei, fazia vestibular e optei pela medicina em Botucatu. As pedras se encontram rs rs HM Jipão

Delmanto disse...

Geraldo Cunha interpretava com romantismo as 3 músicas, mas Dick Farney lançou e consagrou “Este Seu Olhar”, tão bem lembrado por Emílio Santiago http://blogdodelmanto.blogspot.com.br/2013/03/perdido-de-amorpor-voce.html
São cantores que marcaram época e que sempre serão lembrados pela qualidade de suas vozes e pela escolha de repertório inesquecível.
Valeu.

Anônimo disse...

Jo Sant'Iago (Facebook):
A primavera chegando... Salve!!!

Anônimo disse...

Ilza Maria Nicoletti Souza (Facebook):
Ontem foi dia de ouvir Emílio Santiago , começando e terminabdo com Perdido de Amor , e Quarteto em Cy , Rancho das Namoradas
Muito bom !!
Viva a Primavera , tão inspiradora !!

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