fevereiro 04, 2016

É CARNAVAL! Com quem ficará COLOMBINA ?!?

Eu sou aquele pierrô...


Ah, o Carnaval de outros tempos...Não era esseCarnaval Espetáculo, Carnaval Mega Evento... É bom também, atrai turistas e encanta a Nação com os desfiles monumentais do Rio de Janeiro e, agora, deSão Paulo. Tem o Carnaval da Bahia e o tradicional Carnaval de Pernambuco/Olinda. Mas o Carnaval de Cada Um, ou seja, o Nosso Carnaval dos Bailes, das Fantasias , das Marchinhas, dos Amores Roubados e dos Amores Surgidos...está voltando...

E é nesse Carnaval onde a interação entre foliões acontecia e era bonita encontra, na composição de Zé Kéti, “Máscara Negra”, cantada pela Dalva de Oliveira, o seu retrato mais fiel. Sim, nessa música dedicada ao Reinado de Momo, temos o trio famoso do amor, do encontro e do desencontro: Pierrô, Colombina e Alerquim! O mesmo tema tratado com criativo humor por Noel Rosa emPierrô...
Máscara Negra de Zé Kéti, cantada por Dalva de Oliveira/anosdourados/veja vídeo aqui

E é nesse Carnaval vivido por todos que compareciam aos bailes carnavalescos, com suas marchinhas inesquecíveis e suas músicas consagradas, que se desenrolava o romance de tantas Colombinas maravilhosas, ora indo para os braços de um Pierrô sonhador, ora caindo pelo envolvimento alegre e esperto de um Alerquim. O final era sempre imprevisível, assim como os grandes amores...


Com quem ficará a Colombina? Com o ingênuo e sentimental Pierrô ou com Alerquim – seu rival no amor de Colombina! – sempre vestido com fantasia feita de retalhos triangulares coloridos, representando o palhaço, o cômico, o farsante?!?

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Os 3 são personagens da Comédia Italiana, uma companhia de atores que se instalou na França entre os séculos XVI e XVIII para difundir a Commedia dell'Arte, forma teatral original com tipos regionais e textos improvisados. Colombina era uma criada de quarto esperta, sedutora e volúvel, amante do Arlequim, às vezes vestia-se como arlequineta, em trajes de cores variadas, sempre tendo uma queda irresistível por Pierrô (Pierrot)...

“Tanto riso, oh quanta alegria
Mais de mil palhaços no salão...”

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E o salão de baile era o cenário do desenrolar desses imprevisíveis amores... O cronista Rubem Braga registrou com maestria essa mágica dos encontros e dos desencontros, em uma de suas crônicas inesquecíveis, ele escreve:
“E no meio dessa confusão alguém partiu sem se despedir; foi triste. Se houvesse uma despedida talvez fosse mais triste, talvez tenha sido melhor assim, uma separação como às vezes acontece em um baile de carnaval – uma pessoa se perde da outra, procura-a por um instante e depois adere a qualquer cordão. É melhor para os amantes pensar que a última vez que se encontraram se amaram muito – e depois apenas aconteceu que não se encontraram mais. Eles não se despediram, a vida é que os despediu, cada um para seu lado – sem glória nem humilhação...”

Pierrô e Colombina? Ou Colombina e Alerquim?
Ou a Colombina “entrou num botequim, bebeu, bebeu, saiu assim, assim. Dizendo: Pierrô cacete, vai tomar sorvete com o Arlequim...” E ficou com um animado folião fantasiado de Zorro até o final do baile...feliz!

2 comentários:

Anônimo disse...

he he he... Já encontrei muitos pierrôs e muitos alerquins...Dependendo do estado de espírito se elege um ou outro. E quase sempre tem um mascarado que vem e acaba com a história, arrebata o seu coração e empresta o trecho da música: “...vou beijar-te agora, não me leve a mal, hoje é carnaval...
(maria-de-lourdes2004@hotmail.com)

Anônimo disse...

Lindo, lindo, Armando. Quem não teve a sua própria historinha num baile de carnaval...Mas era muito bommm! Saudades! Agora, a música “Máscara Negra” cantada pela Dalva de Oliveira é um monumento nacional. Abraços,
(maria-de-lourdes2004@hotmail.com)

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