Os Japoneses em Botucatu
A HISTÓRIA DOS JAPONESES EM BOTUCATU teve dois grandes registros históricos. Em 1988, a edição especial da FOLHA DE BOTUCATU e, em 2008, na REVISTA PEABIRU, em edição especial, que homenageou os 100 Anos da Imigração Japonesa para o Brasil..
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A PEABIRU não poderia deixar de registrar – com merecido destaque! – a presença e atuação da colônia japonesa em Botucatu. E o faz comemorando o CENTENÁRIO DA IMIGRAÇÃO JAPONESA PARA O BRASIL – 1908/2008.
Dessa forma, completa, com o mesmo pioneirismo, as matérias “OS AMERICANOS”, referente a imigração dos norte-americanos para o Brasil e Botucatu, após a Guerra de Secessão. Assim, também, com “OS BELGAS”, sobre a imigração para a Fazenda Monte Alegre/Botucatu, dos belgas colonizadores do Congo Belga, após a independência daquela ex-colônia belga ; e o registro histórico sobre a vinda para Botucatu dos IMIGRANTES ITALIANOS, tudo registrado nas revistas PEABIRU e no livro “MEMÓRIAS DE BOTUCATU”.
BOTUCATU É O PRINCIPAL NÚCLEO CIENTÍFICO-CULTURAL JAPONÊS DO BRASIL
A Peabiru nos traz uma leitura diferente e ousada da presença dos japoneses em Botucatu. Nas comemorações do Centenário da Imigração Japonesa para o Brasil – 1908/2008, a revista mostra, com base em dados apresentados em artigos e em depoimentos, que os descendentes do sol poente em nossa cidade, desde os anos 60, vem construindo importante núcleo científico-cultural da colônia japonesa exatamente em Botucatu. Esse importante e pioneiro trabalho está completo nos links abaixo:
Os Japoneses em Botucatu/Registro Histórico/ Parte I
Os Japoneses em Botucatu/Registro Histórico/ Parte II
Os Japoneses em Botucatu/Registro Histórico/ Parte I
Os Japoneses em Botucatu/Registro Histórico/ Parte II
Em sua EDIÇÃO ESPECIAL, a revista botucatuense de cultura – Peabiru nos traz uma leitura diferente e ousada da presença dos japoneses em Botucatu. Nas comemorações do Centenário da Imigração Japonesa para o Brasil – 1908/2008, a revista mostra, com base em dados apresentados em artigos e em depoimentos, que os descendentes do sol poente em nossa cidade, desde os anos 60, vem construindo importante núcleo científico-cultural da colônia japonesa exatamente em Botucatu.
Segundo pudemos apurar, como diretor da revista, é com base nas faculdades estaduais da UNESP que ocorreu a maior parte do intercâmbio científico-cultural entre o Brasil e o Japão. Assim, na área médica, a atuação do Prof. Dr. Milton Massato Hida, da Faculdade de Medicina de Botucatu/UNESP, tem sido fundamental para que os nossos docentes estagiem no Japão e para vinda de professores e técnicos japoneses para cursos e complementações curricularesem Botucatu. Da mesma forma, na área agronômica, a atuação do Prof. Dr. Julio Nakagawa tem sido eficaz no intercâmbio científico e com relação aos investimentos japoneses no Brasil.
Segundo pudemos apurar, como diretor da revista, é com base nas faculdades estaduais da UNESP que ocorreu a maior parte do intercâmbio científico-cultural entre o Brasil e o Japão. Assim, na área médica, a atuação do Prof. Dr. Milton Massato Hida, da Faculdade de Medicina de Botucatu/UNESP, tem sido fundamental para que os nossos docentes estagiem no Japão e para vinda de professores e técnicos japoneses para cursos e complementações curriculares
No artigo “OS JAPONESES EM BOTUCATU”, temos a história contemporânea da imigração japonesa, desde os primeiros imigrantes, passando pela fundação da Colônia Agrícola Santa Marina que teve a participação do político botucatuense, Jayme de Almeida Pinto, à época exercendo o mandato de deputado estadual e ocupando o cargo de Secretário dos Negócios da Agricultura no Governo de Jânio Quadros. A Colônia Santa Marina marcou a produção de frutas no Brasil, tendo criado uma qualidade de pêssego, o sawabe, que ganhou a preferência nacional dominando mais de 50% da produção do país.
Vindo de início para o setor agrícola, os descendentes, aos poucos e com muita dedicação, foram assumindo outros setores da vida produtiva municipal. Com a implantação da FCMBB e o com a fundação da Associação Botucatuense de Cultura Japonesa, nos 70 anos a colônia japonesa tem procurado ajudar seus membros em termos de suporte técnico e convivência comunitária. No final dos anos 60, o judoca de nossa cidade, Matheus Sugizaki, conseguiu o primeiro título mundial de judô para o Brasil ao vencer o Campeonato Mundial Universitário, realizado em Lisboa/Portugal.
Matheus Sugizaki
Hoje, nacionalmente reconhecida como principal núcleo científico-cultural japonês no Brasil, a colônia estabelecida em Botucatu é motivo de orgulho para toda a cidade. Com muitas fotos raras e artigos e depoimentos substanciosos, o trabalho constante dos links, retrata com fidelidade a presença dos nipo-brasileiros em nossa cidade.
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3 comentários:
Era de suma importância a divulgação, via internet, da verdadeira “saga empreendedora” que foi a Imigração Japonesa para o Brasil e, de modo especial, o que essa imigração representou para Botucatu.
Da agricultura, onde atuou e formou a Colônia Santa Marina, com absoluto sucesso, até a constituição de um núcleo técnico-científico nas Faculdades da UNESP, constituindo, hoje, o mais importante Núcleo Científico-Cultural Japonês do Brasil.
É Registro Histórico!
Vale a leitura.
Botucatu tem orgulho da Imigração Japonesa!
Importante – verdadeiro trabalho literário! – o EDITORIAL da FOLHA DE BOTUCATU/1988. De autoria da saudosa escritora e cronista Elda Moscogliato, merece ser divulgado e registrado como o ponto alto do jornalismo botucatuense:
Estão se completando neste mês, os oitenta anos em que o navio KASATO-MARU, palmilhando uma rota de 13.500 milhas marítimas, após ligeira estadia em Marselha, aqui aportou desembarcando cerca de 799 pessoas integrantes de 165 fa¬mílias - as primeiras - que abri¬riam para o futuro a imigração japonesa para o Brasil.
Eram nossos irmãos antípodas e, como tais, muito diferente de nós. Haveriam de ter sentido na alma as angustias da adaptação. Vinham de velha e milenar civilização já sedimen¬tada, para conviver num país colonial de frágeis raízes autóctones, que mal se iniciava na autodeterminação. Traziam língua difícil e cos¬tumes e religião diferente, o que os impedia a fácil comunicação.
No entanto, erguia-lhes o moral dolorido, um único objetivo: o trabalho.
Do Japão distante, traziam a carência de espaço apertado entre trilhas sinuosas e montanhas inacessíveis onde cada metro quadrado era disputado com felonia por uma assus¬tadora super-população. Aqui, divisava-se-Ihes a imensidão dos campos: a uberdade do solo, os mananciais revitalizantes, a beleza sem par das planuras a lhes abrir os braços num fraterno convite de boas vindas.
Aqui estava o entusiástico aceno para a liberdade de produzir.
E foram chegando e foram ficando. E se radicaram e se adaptaram à nova Pátria. Aqui lhe nasceram os filhos, os netos e os bisnetos. A terra lhes foi propícia. Donos de uma incrível capacidade de trabalho, partiram da terra para a manipulação, desta para as fábricas e das fábricas para a Tecnologia avançada.
Seus descendentes galgaram as escolas e as Universidades. Da escala social para os postos de Administração Pública, dando sempre de si, a demonstração sobeja de sua apurada inteligência.
A lenta aculturação foi-se firmando. Hoje, irmanados quer econômica, social, política e nacionalmente, somos todos irmãos.
Glória, pois, àquelas primeiras famílias imigrantes que souberam trazer à nossa Pátria o contingente inapreciável da cultura japonesa, dando-nos pelo seu sacrifício, pelo seu trabalho insano, a contribuição esplêndida da sua disciplina, do seu labor, do seu absoluto senso do dever, da sua indiscutível civilidade.
Neste ensejo, queremos tributar, através deste Editorial, nossa sincera homenagem a todos os descendentes que souberam como dignos representantes do Japão, engrandecer o Brasil através de profícuo trabalho em terras botucatuenses.
São muito poucos os registros sobre a chegada dos primeiros imigrantes japoneses em nosso município. O escritor botucatuense Hernâni Donato, em seu "Achegas para a História de Botucatu", edição de 1985, pág. 154/155, relata que "...nos anos 30, de seis a oito famílias de horticultores arrendaram várzea tida por inútil, atrás do depósito de locomotivas da Sorocabana. E assombraram os compradores da feira domingueira da Praça Coronel Moura, com a qualidade dos seus produtos..." Também foi nessa praça (Largo do Paratodos) que a cidade conheceu uma família de japoneses, ali estabelecidos, atuando como pasteleiros, além de outra, na rua Amando, com tinturaria.
Como a maioria dos imigrantes, os japoneses se dedicaram à agricultura em um primeiro momento e, ao depois, passaram para o comércio e serviços chegando, bem depois, às universidades e à área cultural.
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