julho 17, 2016

LIVRO HISTÓRICO VIRTUAL DA ACADEMIA BOTUCATUENSE DE LETRAS!

LIVRO HISTÓRICO VIRTUAL DA ACADEMIA BOTUCATUENSE DE LETRAS!

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REGISTRO HISTÓRICO: 44 ANOS DA ABL!



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É uma conquista rara e valiosa. Poucas entidades dedicadas à cultura conseguem manter-se por tanto tempo em atividade. E valiosa porque tem realizado encontros culturais de grande importância coroando, assim, com brilhantismo e qualidade a sua caminhada peabiruana pela Cultura. É uma vitória!
Ao saudar todos os seus Membros (Efetivos, Honorários e Correspondentes), ativos e falecidos, o fazemos nas pessoas saudosas do Dr. Antonio Gabriel Marão – Presidente Perpétuo! – e da Profa. Elda Moscogliato – Secretaria e “alma mater” da ABL ! 


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Através da revista Peabiru fizemos ampla pesquisa sobre aABL e contamos com a colaboração valiosa de inúmeros literatos, todos Membros Efetivos da Academia, com seus artigos ricos em detalhes, formando, assim, o perfil intelectual da Academia Botucatuense de Letras.

Com o histórico da ABL já publicado e que pode ser acessado nos links abaixo (divididos em seis partes), temos o maior acervo sobre a Academia. Verdadeiro“LIVRO HISTÓRICO VIRTUAL”, de fácil acesso, possibilitando a que seja conhecida essa vitoriosa iniciativa da “intelligentzia botucatuense”, no resguardo de sua história e de sua cultura.


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E que sirva de exemplo e incentivo para que as comunidades interioranas deste imenso país, passem a cultuar seus valores literários, artísticos e o rico folclore regional.

Temos a certeza que uma entidade cultural – fruto da ação organizada da comunidade! - como a ACADEMIA BOTUCATUENSE DE LETRAS – ABL, traz na comemoração de seus 40 anos a garantia de que a sua “caminhada peabiruana” continuará dando a Botucatu uma nova era de dedicação à literatura, às artes em geral e ao seu rico folclore que valoriza o Curupira, o Gigante Deitado, o misticismo das Três Pedras e registra os “criatórios” pioneiros de Saci na região da Cuesta.


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Sucesso! 

Vitória “Ad multos annos”!

Olavo Pinheiro Godoy – Membro Efetivo da ABL !!!

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FOTO HISTÓRICA - Instalação da ABL - Academia Botucatuense de Letras - 1973. Da esquerda para a direita: Sebastião da Rocha Lima (ABL), Acadêmico Cesar Salgado (APL), Acadêmico Hernâni Donato (APL) e Olavo Godoy (ABL).

Na comemoração de seu 44º Aniversário de fundação, a ACADEMIA BOTUCATUENSE DE LETRAS vem realizando palestras, divulgação pela imprensa, enfim, mostrando a importância de uma ACADEMIA DE LETRAS para a comunidade botucatuense. 

Sob a presidência do acadêmico NEWTON COLENCI e secretariada pelo acadêmico OLAVO PINHEIRO GODOY estará realizando no dia 9 de Julho, na CAPELA DO SEMINÁRIO, o Culto de Ação de Graças, seguido de palestra. Destaque-se - por oportuno - que o acadêmico Olavo Pinheiro Godoy é MEMBRO EFETIVO FUNDADOR da ABL! Uma raridade. Sendo que entre os MEMBROS HONORÁRIOS  também temos o acadêmico Bahige Fadel entre os FUNDADORES DA ABL!

Olavo Pinheiro Godoy nasceu em Piraju, filho do ferroviário, Firmino Pinheiro Godoy e de Vincentina Gomes Godoy. Logo após seu nascimento, a família fixou residência em Botucatu, cidade onde reside. Aqui cresceu, estudou, constituiu família, portanto, considera-se botucatuense de corpo e alma. Cronista, colaborou no“Correio de Botucatu"“A Gazeta de Botucatu”, “Peabiru- revista botucatuense de cultura” e com outros veículos de comunicação.

 Em 1970, ganhou o prêmio de ficção no concurso“Governador do Estado” e, desde então, venceu vários outros concursos. Participou de diversas antologias no Estado de São Paulo e no Brasil. Está ligado ao Centro Cultural de Botucatu desde 1969, tendo lançado livro comemorativo dos 70 Anos do CENTRO CULTURAL DE BOTUCATU, em 2012


Centro Cultural de Botucatu – 70 Anos!/ leia aqui


Olavo Pinheiro Godoy sempre esteve ligado e participando da ABL – ACADEMIA BOTUCATUENSE DE LETRAS, desde a sua instalação festiva em 1973. Autor de vários livros, tem contribuído e apoiado os jovens talentos, através da APEB – Associação dos Poetas e Escritores de Botucatu, na qual coordenou as primeiras coletâneas e que hoje representa sólida presença na cultura botucatuense.


Sessão Magna da Academia Paulista de Letras e da Academia Botucatuense de Letras - 2001. Da esquerda p/ direita: acadêmica Carmem Silvia Martin Guimarães (ABL), acadêmica Lygia Fagundes Telles (APL), Olavo Godoy (ABL) e Leda Galvão de Avellar Pires (ABL).

Tendo tido o privilégio de escrever o prefácio de dois de seus livros, o “DICIONÁRIO DOS ESCRITORES BOTUCATUENSES” e, como presidente em exercício da ABL, o prefácio do livro “POETAS BOTUCATUENSES”, mostrando em ambos os textos, o perfil do escritor competente que tem prestado inúmeras colaborações para a consolidação da cultura e da história de Botucatu e de nossa região.



No lançamento do “Dicionário”, fiz este prefácio:

“A já conhecida e repetida máxima de Pitigrilli de que ninguém lê prefácio veio-me à lembrança quando o autor me solicitou que escrevesse algumas palavras para o seu trabalho...
Não é trabalho fácil... É tarefa penosa, meticulosa, difícil.
Não é nada fácil falar de assunto tão complexo quanto o de nossa história literária se não se tem crença em seu valor e em sua importância para toda uma comunidade que continuamente está construindo a sua identidade.
Não é este trabalho mero arrolamento numérico de nomes sistematicamente ordenados - não! -, ao inverso, é verdadeira construção da cidadania municipal a trazer personagens que contribuíram - cada um a sua maneira! -para a definição do perfil de nossa comunidade serrana.
Esta obra há de marcar sulco profundo em nosso meio cultural e ocupará lugar de destaque em nossa história literária.
Sabedor de seu projeto, desde o início, sempre procurei encorajá-lo, e o fiz entusiasticamente. Estava o Olavo Godoy no rumo certo e haveria de eliminar uma lacuna existente entre nós que dificultava a pesquisa voltada às nossas origens.
Só quem pesquisa e percorre os mais difíceis caminhos para a busca indispensável de dados, notícias e registros históricos, sabe o quanto é valioso um glossário meticulosamente elaborado.
'DICIONÁRIO DOS ESCRITORES BOTUCATUENSES', traz a chancela de quem é Mestre no assunto. Completamente integrado ao Centro Cultural de Botucatu, o autor tem percorrido a estrada da cultura sem pular etapas: colaborador dos saudosos Sebastião da Rocha Lima e Arnaldo Moreira Reis, e exercendo por muitos anos a presidência do Centro Cultural, oOlavo Pinheiro Godoy conhece as dificuldades e as necessidades ligadas à cultura. Tem participado de todos movimentos culturais de nossa cidade, tem amparado os jovens escritores através do Centro Cultural e tem colaborado, de forma efetiva, com todos os que tem buscado dados e feito pesquisas. A Revista Peabiru é a prova provada da importância do autor que não tem medido esforços para que a nossa caminhada peabiruana chegue a bom termo.
A verdade é que o conteúdo desta obra corresponde à expectativa que o título lhe traz... É um trabalho elogiável, sem sombra de dúvida.”

No livro sobre os Poetas Botucatuenses, vou reproduzir a capa do livro e a página do prefácio:





A presença sempre positiva do escritor Olavo Pinheiro Godoy representa o reconhecimento da ABL por aquele que a tem servido com seus trabalhos culturais e a sua dedicação sempre presente.

SUCESSO, OLAVO!




O que quer dizer?

Isso é latim?!?

É latim, sim! Quer dizer “NÃO MORREREI DE TODO – COMPLETAMENTE”...

Uma ACADEMIA DE LETRAS é sempre o resultado de várias somatórias de esforços de intelectuais que se dedicam às letras e à literatura e ao estímulo às artes e às ciências.
Assim, a ACADEMIA BOTUCATUENSE DE LETRAS TEM A SUA HISTÓRIA...


Botucatu é conhecida por ser um centro irradiador de cultura, tradicional por suas escolas e pela atividade cultural de seus filhos. A presença de Grêmios Literários, estudantis ou não, a presença destacada da Sociedade Literária de Botucatu, nos anos 30, estão a atestar que desde essa época a nossa cidade era campo propício ao surgimento de uma ACADEMIA. E foi o que ocorreu em 1936. Foi a primeira tentativa, de um total de três, de criação de uma ACADEMIA DE LETRAS em Botucatu.

1ª tentativa ocorreu a 7 de agosto de 1936, mas não completou anos.

2ª tentativa ocorreria 22 anos depois, em 1958. Já contando com o apoio do Centro Cultural de Botucatu, fundado a 6 de agosto de 1942. Também não durou muito. Finalmente, a 3ª tentativa, em 9 de Julho de 1972

Vitoriosa e definitiva!

Mas da 2ª tentativa, ficou o lema da ABL: NON OMNIS MORRIAR!

Na 2ª tentativa de se implantar uma ACADEMIA DE LETRAS entre nós não teve vida longa mas serviu para reforçar a idéia e deixar uma importante semente: o lema "NON OMNIS MORIAR". A Diretoria havia formado uma Comissão para estudar e decidir sobre o lema a ser adotado. Era composta por 4 membros: Prof. Raymundo Cintra, Prof. Paulo Vieira, Prof. Ignacio Vieira Novelli e Mons. José Melhado Campos.


Dom Melhado

Artigo publicado na "GAZETA DE BOTUCATU", de 02/09/58, de autoria do Mons. José Melhado de Campos, serve comodocumento histórico quanto à origem do lema que foi sugestão do Prof. Raymundo Marcolino da Luz Cintra, emérito latinista.




UM LEMA PARA A ACADEMIA BOTUCATUENSE DE LETRAS
'Non omnis moriar'
"Está ainda em organização a Academia Botucatuense de Letras. A Diretoria Provisória, sob a digna presidência de Trajano Pupo Jr., com a colaboração dos demais membros, está estudando a redação definitiva dos Estatutos e do Regimento Interno. 

Trajano Pupo tomando posse na ABL em 1972

Outros assuntos basilares e de natureza jurídica estão sendo examinados e discutidos democraticamente. Tudo vai bem, e nos dá a esperança de que, brevemente, nossa promissora Academia estará funcionando perfeitamente, congregando e estimulando, como convém, os cultores e admiradores das letras pátrias.
Entre outras coisas, procura-se dar um lema para a Academia. Esta escolha foi confiada a uma comissão de quatro membros - Cintra, Novelli, Paulo Vieira e o autor destas linhas - . Ficou decidido que deve ser um texto latino de duas ou três palavras apenas, mas que encerre um programa, um ideal. Aventou-se também que tenha uma cor local ou regional. Não é coisa fácil, entretanto.
O Prof. Cintra, o conhecido "Racy" da "Folha", bom latinista, apresentou uma relação de mais duma dezena de motes latinos, todos aproveitáveis. Como é natural, os gostos variam. Uns se simpatizavam mais por este, outros por aquele anexim. Também eu tenho o meu gosto. Da lista do "Racy", meu voto é para o "non omnis moriar" (não morrerei de todo-totalmente). Aqui vão algumas considerações para justificar minha preferência.
O presente texto é extraído da Ode XXX do Livro III do imortal poeta latino Horácio, que a dedica a Melpômene. Para sua melhor compreensão, convém examinar o texto junto ao contexto. O poeta, pouco modesto, faz o elogio de sua própria obra literária. Diz ter construído "um monumento mais duradouro que o bronze, mais alto que as pirâmides, que nem os aguaceiros devoradores, nem o feroz Aquilão, nem a força dos séculos, nem a voragem dos tempos conseguirá derrubar por terra". E vem, então, a afirmativa: "non omnis moriar" - não morrerei totalmente -, e acrescenta: "grande parte de mim escapará à morte, e meu nome irá crescendo entre coros de aplausos das gerações vindouras..." Os versos continuam no mesmo ritmo, mas já temos o suficiente para entender o pensamento horaciano.
O poeta pretende sobreviver a si mesmo nos versos que compôs. E sua profecia cumpriu-se literalmente. Morto oito anos antes do advento de Jesus Cristo, Horácio está ainda bem vivo entre nós, graças à sua obra monumental. Perenes como o bronze, elevadas como as pirâmides, indomáveis diante da fúria dos ventos e da ferrugem dos séculos, aí estão, para nosso deleite literário, hoje, como há vinte séculos, as Odes, os Epodos, as Sátiras, as Epístolas e a Arte Poética do grande e imortal Quintus Horacius Flaccus.
Mas, poderão perguntar meus pares, que tem isso que ver com a nossa Academia? Tem que ver o seguinte: Costuma-se dar aos acadêmicos o epíteto de "imortais". Não consegui desvendar a razão deste pomposo título. Entretanto penso que talvez se pudesse encontrar a causa deste apelativo na "imortalidade" de que fala Horácio em sua Ode. Os grandes acadêmicos escreveram obras imperecíveis que projetaram seus nomes pelos séculos futuros, até nossos dias. Mais expressivos que os nomes dos conquistadores são os de Sócrates, Platão, Virgílio, Milton, Goete, Dante, Camões, Rui Barbosa, porque

"Renome e glória, bem o ganha a escapar;
Mas conservá-lo só o pode a pena."
(Garret, no poema "Camões")

É verdade que os acadêmicos de Botucatu não podemos pretender tais louros imarcescíveis. Vai nisto, porém apenas uma longínqua analogia. Já que aceitamos o nome de Academia para o nosso modesto cenáculo das letras não nos podemos furtar à alcunha de Imortais dada aos acadêmicos. E, se o "nom omnis moriar" se tornar insuportável à nossa modéstia, lembramo-nos de que a divisa não nos pertence individualmente, mas sim à Academia como êmula mirim das velhas e grandes Academias.

Ainda há uma outra justa e honrosa ressalva.
Embora Horácio tenha sido um poeta pagão, abriu margem, em seus versos, a uma interpretação profundamente cristã e teológica. Dizendo que não morrerá totalmente, está afirmando a imortalidade da alma. Todo cristão tem direito a dizer, em verdade, o seu"non omnis moriar". Todo homem morre, mas não morre o homem todo. O que tem de maior e melhor, a alma, escapará à morte.

Aqui ficam, pois, estas considerações como sugestão apresentada aos "imortais" e, particularmente, aos três que, comigo, deverão decidir da escolha da epígrafe da Academia Botucatuense de Letras.


                                        Monsenhor Melhado".


ANTONIO GABRIEL

MARÃO: 

MAGISTRADO E 

FUNDADOR DA ABL!

(1911 - 1995)

(ilustração de Hugo Pires que retratou também todos os Patronos da ABL)
Na cátedra de magistrado ou na presidência da Academia Botucatuense de Letras, na direção das Ligas Esportivas ou nas aulas de Matemática das várias escolas; na coluna do jornal ou na oratória tranquila, no Lions entre lionistas ou no lançamento da pedra fundamental do prédio da Sociedade Libanesalocal, ele foi o homem sereno e convincente, foi o juiz humano e o professor compreensivo, foi o orador agradável e caudaloso que se sentia bem entre os amigos – e os tinha muitos e copiosamente – e que agradava e atraia seus admiradores.


Orador brilhante nas solenidades da ABL

Dr. Antonio Gabriel Marão era de Taquaritinga, onde possuia raízes fundas dos ancestrais. Lá cresceu, fez os primeiros estudos e lá se casou, a seu tempo, com a profa. Lídia Menon Marão. Frequentou a Faculdade do Largo de São Francisco, em São Paulo, onde doutorou-se em Direito. Mediante concurso público promoveu-se a Juiz de Direito, em cuja profissão honrosamente se aposentou.

Fez de Botucatu sua segunda terra natal. Na política foi vereador por treze anos consecutivos. Por indicação do então vereador Dr. Antônio Delmanto recebeu, por unanimidade de seus pares, o título de Cidadão Botucatuense. Presidiu o MDB (manda brasa), partido de oposição ao regime militar.

Marão tinha uma legião de amigos e admiradores em todas as camadas sociais. Foi um benemérito. Só quem lhe frequentava a mansão belíssima, conheceu-lhe os dons de espírito e sua intensa prodigalidade. Profundamente humano, o Marão tinha um proceder cavalheiresco, lhano, atencioso.

No Lions Clube de Botucatu, fez-se Governador de Distrito por quatro vezes, unanimemente reeleito, ferindo as severas regras do Lions Clube Internacional.

Ainda no mundo lionístico, foi sócio-chave, detentor de um sem número de honrosas medalhas e diplomas honoríficos. Foi sócio fundador do Lions Clube de São Manuel., Conchas, e Avaré, por isso possuia os chamados prêmios de extensão.

Conselheiro da Associação Paulista dos Municípios.

Foi Presidente da Comissão Central de Esportes.

Foi ainda Presidente de Entidades Literárias e Recreativas de Taquaritinga, Itápolis, Pereira Barreto e Botucatu.

Teve participação ativa na Revolução Constitucionalista de 1932, o mais soberbo movimento de civismo da terra bandeirante, engradecendo as páginas históricas do Brasil.

Era possuidor da Medalha Vital Brasil, do MMDC e da Assembléia Legislativa.

Foi Comendador pela Ordem de Santo Amaro e Grande Oficial pela Ordem Bandeirante.

Foi Membro Efetivo da Academia Piracicabana de Letras e Presidente Vitalício, cinco vezes reeleito, da Academia Botucatuense de Letras. Graças à sua indiscutível atividade, ao seu grande entusiasmo e empenho em vê-la firmar-se sobre suas bases, a gloriosa ABL, caminha já para seu 44º ano de existência, assegurando aos seus membros absoluta estabilidade, constituindo-se para o Marão “filha dileta” que lhe propiciou momentos agradabilíssimos de estudos, prazeroso lazer e o mais fraterno e cordial convívio entre amigos.


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Em sua homenagem, o Poder Público Municipaldenominou o Espaço Cultural com seu nome: ESPAÇO CULTURAL “DR. ANTONIO GABRIEL MARÃO”, na Avenida Dom Lúcio.(AMD).
(“Folha de Botucatu”, 15/07/1988, com atualização).

A ABL e o Dr. Marão



O Dr, Marão foi sucedido na ABL – Academia Botucatuense de Letras, pelo professor José Celso Soares Vieira. Em artigo escrito especialmente para a revista cultural PEABIRU, o professor Celso nos deu a exata dimensão do Dr. Marão, nas comemorações de seus 30 Anos de existência (edição especial de julho de 2002):
“A Academia Botucatuense de Letras, entidade cultural fundada em 9 de julho de 1972, completa neste ano, seus trinta anos de existência. Não foi uma caminhada fácil, pois na trilha da cultural sempre há obstáculos colocados e superpostos uns sobre os outros a fim de conter a conscientização do povo brasileiro para uma nova visão de mundo, capaz de libertá-lo desta vida de fome e miséria, violência e insegurança, desemprego e desassossego, muita cobrança e pouca assistência.


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Naquela distante data, o Dr. Antonio Gabriel Marão, Juiz de Direito da Comarca, leão, político compromissado com a democracia oposicionista ao regime militar, esportista de escol, mas sobretudo, intelectual arrojado, liderando médicos, professores, advogados, artistas, funcionários públicos, ferroviários, reuniu-se com esses homens de letras de Botucatu e, juntos, resolveram fundar a ABL. Dr. Marão foi seu primeiro presidente, durante uns dezessete anos. A posse da primeira Diretoria e dos membros da ABL se deu na noite de 17 de março de 1973...”

Esse foi o exemplar CIDADÃO BOTUCATUENSE!

DR. ANTONIO GABRIEL MARÃO!

É REGISTRO HISTÓRICO.


“intelligentzia botucatuense”!


Nas homenagens prestadas pela ACADEMIA BOTUCATUENSE DE LETRAS, em seus 44 anos de existência à intelectualidade botucatuense, – 09 de Julho de 1972/2016 – participamos e queremos destacar três dessas justas manifestações de nossa ACADEMIA.

HERNÂNI DONATO


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Quando da histórica reunião conjunta da ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS – APL  e da ACADEMIA BOTUCATUENSE DE LETRAS – ABL, idealizada pelo presidente emérito da APL, acadêmico Francisco Marins e presidida pelo acadêmico José Celso Soares Vieira, presidente da ABL,  realizada no TEATRO MUNICIPAL “CAMILLO FERNANDES DINUCCI”, no dia 29 de março de 2001, foram homenageados dois ilustres botucatuenses: prof. José Pedretti Neto ( in memoriam – área da educação) e o escritor Hernâni Donato (historiografia).

A emoção deu o tom à cerimônia  de entrega do troféu “A Flor Roxa de Taquara Póca” aos homenageados na segunda parte da Sessão Magna das APL e ABL. A premiação é uma realização do “Convivium – Espaço Cultural Francisco Marins”.

Na ocasião, a viúva de Pedretti Neto, profa. Laurentina Peres Pedretti recebeu o troféu das mãos do Dr. Adolpho Dinucci Venditto e o escritor Hernâni Donato recebeu seu troféu das minhas mãos. Grande honra. Na ocasião, pude fazer o meu discurso em homenagem a esse saudoso e importante escritor botucatuense. O dramaturgo botucatuense, Alcides Nogueira, também discursou em seu nome e no de Leilah Assumpção. Ambos foram premiados com o troféu há 2 anos.

(Diário da Serra, sábado/domingo, 31 de março/1º de abril de 2001 – A Gazeta de Botucatu, 06/04/2001))

MILTON MARIANNO



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Em mais uma realização da ACADEMIA BOTUCATUENSE DE LETRAS – ABL  e do CONVIVIUM – ESPAÇO CULTURAL FRANCISCO MARINS, em 21 de maio de 2004, no TEATRO MUNICIPAL “CAMILLO FERNANDES DINUCCI”, foi entregue o prêmio “Flor Roxa de Taquara Póca”, a dois ilustres botucatuense: o economista Milton Marianno e o empresário e ex-prefeito de Botucatu, Emílio Peduti (in memoriam). A sessão foi presidida pelo Dr. Fernando Marins, representando o Convivium e tendo como apresentador oficial o acadêmico da ABL, Bahige Fadel.
Na ocasião, como presidente da ABL, fiz a entrega do troféu ao ilustre botucatuense, ex-Diretor do Banco Sudameris, Milton Marianno e o prefeito municipal, Mário Ielo, fez a entrega do troféu à Sra. Lourdes Peduti Soares Batista, filha do homenageado e representante da família.
(Diário da Serra, 25/05/2004 – A Gazeta de Botucatu, 28/05/2004)

GLORINHA DINUCCI


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E, na terceira homenagem, a profa. Maria da Glória Guimarães Venditto – a Glórinha Dinucci, pioneira do colunismo social em Botucatu.  Na ocasião, a professora, jornalista e colunista tomou posse na ABL – ACADEMIA BOTUCATUENSE DE LETRAS, em 04 de junho de 2004, em concorrida cerimônia realizada no Colégio Santa Marcelina. A apresentação da nova integrante da ABL foi feita pelo acadêmico Bahige Fadel. Em sua tese acadêmica, destacou o patrono de sua Cadeira nº 21, o poeta VICENTE DE CARVALHO, que tinha orgulho em ser poeta que gostava de escrever sobre o mar. A nova acadêmica destacou também a importância de seus antecessores na ABL: TRAJANO PUPO JÚNIOR e ÁLVARO JOSÉ DE SOUZA.

O medalhão da ABL foi entregue por mim, como presidente da ABL, sendo que o Diploma  de Membro Efetivo foi entregue pelo Secretário da ABL, acadêmico Marcos Luciano Corsatto. Na sessão, receberam o “Diploma de Honra ao Mérito”, a professora e socióloga Jair Conti e o economista Fúlvio Chiaradia.
(Diário da Serra, 11/06/2004 – A Gazeta de Botucatu, 11/06/2004)


Academia Botucatuense de Letras:
 Produção Literária!



ACADEMIA BOTUCATUENSE DE LETRAS – ABL é efetivamente um empreendimento cultural vitorioso em Botucatu. Desde a sua fundação, sob o comando firme e visionário de seu primeiro presidente, hoje Presidente Perpétuo – o saudoso ANTONIO GABRIEL MARÃO! – a ABL soube interagir com a nossa sociedade civil e, de modo especial, com as autoridades constituídas.

Academia Botucatuense de Letras Comemora 40 Anos: Registro Histórico/ leia aqui


Assim, manteve uma atuação proativa com a cidade: seu“Jornal Literário”, a participação nos eventos culturais e educacionais da Prefeitura Municipal e de entidades privadas e a publicação de seus 3 livros, registrando o desempenho cultural de seus acadêmicos. Com Sessões Lítero-Musicais, a ABL manteve a constância mesmo não dispondo de uma sede própria. Contando com a colaboração do Poder Público, como agora e de uma outra vez, ou contando com o abrigo que lhe foi dado pelo“Convivium- Espaço Cultural Francisco Marins”, a ABL tem realizado periódicas reuniões, contando com a gentileza, num primeiro momento, da casa de ELDA MOSCOGLIATO e, ao depois, da casa de MARIA HELENA BLASI TREVISANI. Foi uma caminhada cultural vitoriosa e que tem elevado o nome de Botucatu.


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ABL já o dissemos, tem em seu histórico dois importantes eventos culturais a marcar a sua excelência na cultura botucatuense: o PRIMEIRO, em sua efetiva instalação, em 1973, com 3 Patronos vivos (Alceu Maynard Araújo, Francisco Marins e Hernâni Donato) e, antecedendo a Academia Brasileira de Letras, com 2 mulheres acadêmicas em sua instalação (Elda Moscogliato e Dinorah Silva Alvarez); em SEGUNDO e importante evento, a SESSÃO MAGNA, realizada em 2001, entre as Academias Paulista de Letras e Botucatuense de Letras, com a presença maciça dos Acadêmicos Paulistas em sua PRIMEIRA REUNIÃO formal fora da capital paulista. 

Atualmente, a ABL continua em sua “caminhada peabiruana”, sempre divulgando a cultura em Botucatu. Sob a presidência do Acadêmico Newton Colenci, tem orgulho de seus trabalhos literários.

O PRIMEIRO LIVRO:


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primeira produção literária da ABL, ocorreu no ano de 1992, com o lançamento da “COLETÂNEA LITERÁRIA DA ACADEMIA BOTUCATUENSE DE LETRAS”. Nessa edição pioneira, a capa e os retratos dos acadêmicos foram feitos pelo acadêmico Eugênio Monteferrante Netto; a diagramação coube ao acadêmico José Antonio Sartori; e na coordenação de produção, as acadêmicas Elda Moscogliato e Leda Galvão de Avellar Pires.

Diretoria:
Presidente: Antonio Gabriel Marão
1º Vice: Luiz Peres/José Celso Soares Vieira
2] Vice: Olívio Stersa
1º Secretário: Edson Lopes
2º Secretário: Elda Moscogliato
1] Tesoureiro: José Antonio Sartori
2º Tesoureiro: Eugênio Monteferrante Netto
Bibliotecária: Leda Galvão de Avellar Pires.



Com o patrocínio da Divisão de Cultura da Prefeitura Municipal (gestão de Joel Spadaro), tinha as seguintes produções literárias e seus respectivos autores:
“Impressões do Hawaii”, de Luiz Peres; “O Auto-Retrato”, de Armando Moraes Delmanto; “Os Espíritos e os Sonhos”, de Laurival Antonio de Luca; “A Explosão – Ave, Brasília,Uma Família Paulista” de Leda Galvão de Avellar Pires; “Nello Pedretti”, de Aleixo Delmanto; “A Boneca”, de Maria Amélia Blasi de Toledo Pisa; “Mensagem – Pátria – Nada...Existe o Nada? Falando sobre Guilherme de Almeida”, de Antonio Gabriel Marão; “O Velho Ipê – A Vida das Línguas – Monômios – As Grandezas do Brasil”, de Arnaldo Moreira Reis; “Na Marcha da Vida – Sinfonia da Vida – A Florada – Convite ao Poeta – Rio São Francisco – Receita para Fazer Versos – Deixai o Poeta Cantar”, de Dinorah Silva e Alvarez; “Florilégio Musical – Humberto de Campos (Biografia) – Canto de Natal”, Aécio de Souza Salvador; “Discurso – Crônica”, de Elda Moscogliato; “Cidade Universitária”, de Osmar Delmanto; “Ainda bem... – A Mosca – Invasão – Minha Casa”, de Edson Geraldo Luiz Lopes; “Martins Fontes (Biografia)”, de Eugênio Monteferrante Netto; “Recepção à Acadêmica Dinorah Silva e Alvarez (discurso)”, de José Antonio Sartori; “Othoniel Motta (Traços Biográficos)”, de Francisco Guedelha; “A Vida e a Obra de Paulo Eiró, de Olívio Stersa; “Rubião Meira, Meu Avô”, de Domingos Alves Meira; “Raio de Sol – Despedida – Cabelos Brancos – Névoa – Princesa da Serra (Poesias)”, de Trajano Pupo Júnior; “A Palavra”, de Dom Vicente Marchetti Zioni; “José Pedretti Neto (reminiscências)”, de Maria José Del Papa Zacharias. 

O SEGUNDO LIVRO:



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O lançamento do segundo livro da ABL ocorreu em 1998, em comemoração ao seu JUBILEU DE PRATA (1973 – 1998). 
ABL tinha a seguinte Diretoria:
Presidente Perpétuo: Antônio Gabriel Marão
Presidente : José Celso Soares Vieira
1º Vice Presidente: Olívio Stersa
2º Vice Presidente: Maria José Del papa Zacharias
1º Secretário: Edson Geraldo L. Lopes
2º Secretário: Elda Moscogliato
1º Tesoureiro: José Antônio Sartori
2º Tesoureiro: Eugênio MonteferranteNetto
Responsável pelo acervo: Leda Galvão de Avellar Pires

As ilustrações ficaram a cargo de Benedito Vinício Aloise;
Capa : José Antônio Sartori
Foto/Capa: Marcelino Dias
Revisão: José Celso S. Vieira/Neidi Ricchini Vieira.


Com o patrocínio da Divisão de Cultura da Prefeitura Municipal (gestão de Pedro Losi Neto), tinha as seguintes produções literárias e seus respectivos autores:
“São Francisco de Sales e a Boa Imprensa”, de Luiz Perez; “Memórias”, de Sebastião de Almeida Pinto; “Até as pedras se encontram”, de Raymundo Marcolino da Luz Cintra; “As “patricinhas” de Botucatu...Nos idos de 42...”, de Leda Galvão de Avellar Pires; “Castro Alves”, de Aleixo Delmanto; “Ritmo: não vivemos sem ele”, de Maria Amélia Blasi de Toledo Piza; “Nos domínios da música”, de Antônio Gabriel Marão; “Filatelia”, de Antônio Gabriel Marão; “As grandezas do Brasil”, de Arnaldo Moreira Reis; “Na Marcha da Vida”, de Dinorah Silva e Alvarez; “O Médico e o Intelectual”, de Antonio Pires de Campos; “Mortém”, de Elda Moscogliato; “Saudação a Botucatu”, de Osmar Delmanto; “Verbo pôr”, de Bahige Fadel; “O livro”, de Sebastião da Rocha Lima; “D. Henrique, o arquiteto”, de Eugênio Monteferrante Netto; “Festa em Louvor ao Divino Espírito Santo”, de José Antônio Sartori; “Centenário de Cornélio Pires”, de Francisco Guedelha; “Retalhos do cotidiano: meu amigo Jabu”, de Olívio Stersa; “A mão direita”, de Ignácio de Loyola Vieira Novelli; “O Varredor de flores”, Ignácio de Loyola Vieira Novelli; “O século XX, o Brasil e a AIDS”, de Domingos Alves Meira; “Despedida/Raio de Sol”, de Trajano Pupo Júnior; Nossas remotas origens eclesitáticas”, Dom Aquino Correa; “Natal na primavera”, de Maria José Del Papa Zacharias; Relembranças”, Maria Helena Blasi Trevisani; “Discurso de posse na ABL, de Armando Moraes Delmanto; “Meus últimos pedidos, de Laurival Antônio de Luca; “A indiferença do rio”, de José Celso Soares Vieira; “Poemas”, Carmem Sílvia Martin Guimarães; “Biografia de Humberto Campos”, Aécio de Souza Salvador; “Aniversário com outra atração”, de Franz Habermann; “O Papagaio”, Edson G. L. Lopes; “Naturalia hominis”, Evanil Pires de Campos; “Espaço vivido: o regaste da identidade da pessoa, Álvaro José de Souza; “Comemoração leva a reviver e sonhar”, de Joel Spadaro; “A Cultura e o Clero”, de Dom Antônio Maria Mucciolo; “A Glória de Viver/The whirling top”, de Beatrice Mandan de Barriera; “Lição de Música”, de Maria Lúcia Dal Farra; “A gratidão do Tico-Tico”, Dom Henrique Golland Trindade; “Alcolea”, de Dom José Melhado Campos; “Biquinha” do meu coração”, de Hugo Pires; “Coluna Nobre”, de Genaro Lobo; “Oãram”, Milton Marianno; “Um jornal a serviço da cultura”, de Adolpho Dinucci Venditto; “Exaltação à Princesa Isabel”, de Antônio Oscar Guimarães; “Vim buscar para a vida”, de Vanice Camargo Alves; “Essas mulheres maravilhosas e suas cabeças (bem) pensantes, de Hernâni Donato; “O Missionário”, de Francisco Marins; “Mestre”, de José Pedretti Neto; e “Homenagem aos 25 anos da ABL – Retrospectiva histórica”, de José Antônio Sartori.

O TERCEIRO LIVRO:


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O lançamento do terceiro livro da ABL ocorreu em 2013, em comemoração ao 40º Aniversário da ACADEMIA BOTUCATUENSE DE LETRES (1972 – 2012). 
ABL tinha a seguinte Diretoria:
Presidente Perpétuo: Antônio Gabriel Marão
Presidente Emérito : José Celso Soares Vieira
Presidente: Antônio Evaldo Klar
1º Vice Presidente: Carmem Sílvia Martin Guimarães
2º Vice Presidente: Maria Helena Blase Trevisani
1º Secretária: Carmem Lúcia Ebúrneo da Silva
2º Secretária: Maria da Glória Guimarães Dinucci Venditto
1º Tesoureiro: José Sebastião Pires Mendes
2º Tesoureira: Márcia Furrier Guedelha Blasi
1º Bibliotecária: Maria Amélia Blasi de Toledo Piza
2º Bibliotecária: Leda Galvão de Avellar Pires

organização deste terceiro volume da ABL ficou a cargo da Acadêmica Carmem Lúcia Ebúrneo da Silva, com o apoio da Prefeitura Municipal (gestão João Cury Neto).
Revisão: José Celso Soares Vieira
Carmem Sílvia Martin Guimarães
Carmem Lúcia Ebúrneo da Silva
Antônio Evaldo Klar
Capa: Cláudia Bassetto/Paula Ângelo

Com o título “40 Anos- Coletânea – Contribuindo para a educação de Botucatu”, tinha as seguintes produções literárias e seus respectivos autores:
“Quadragésimo aniversário da Academia Botucatuense de Letras”, Antônio Evaldo Klar; “Florilégio Musical”, Aécio de Souza Salvador; “Nello Pedretti”, de Aleixo Delmanto; “A Cuesta de Botucatu”, de Álvaro José de Souza; “A Educação aqui e acolá”, Antônio Evaldo Klar; “Maria Sofia de Jesus”, de Antonio Gabriel Marão; “Quarenta Anos da Academia Botucatuense de Letras”, de Antônio Evaldo Klar; “Dom Henrique, meu padrinho e amigo”, Antônio Oscar Guimarães; “O Médico e o Intelectual”, de Antonio Pires de Campos; “52 Anos” (de “A Gazeta”), de Antonio Tílio Junior; “O Menino do Retrato”, de Arlete Bravo Nogueira; “Academia Botucatuense de Letras (40 Anos de Glórias)”, de Armando Jesus Barbieri; “Viva Alessino!”, de Armando Moraes Delmanto; As Grandezas do Brasil”, de Arnaldo Moreira Reis; “Lenda de Botucatu”, de Bahige Fadel; “Benedicto Vinício Aloise”, de Carmem Sílvia Martin Guimarães; “São Francisco de Sales e a Boa Imprensa”, de Carlos Antônio de Rosa; “O Prazer de Coordenar o Embrião-Livro”, de Carmem Lúcia Ebúrneo da Silva; “Academia Botucatuense de Letras – Um Sonho de Mamãe”, de Carmem Sílvia Martin Guimarães; “Artista e a Inocência de uma Criança”, de Celina Simionato Chamma; “O Olhar da Cidade”, de Cláudia Basseto Jesuíno; “Dinorah Silva Alvarez”, colaboração de Carmem Sílvia Martin Guimarães; “Serviço de Ambulatórios Especializados e Hospital Dia “Domingos Alves Meira”: Uma Iniciativa que Valeu a Pena”, Domingos Alves Meira; “Academia Botucatuense de Letras”, de Domingos Scarpelini; “Pássaros”, de Edson Geraldo Luis Lopes; “Faber Lignarius”, de Elda Moscogliato; “Dom Henrique, o Arquiteto”, de Eugênio Monteferrante Netto; “O Lobo da Estepe e o Espelho”, de Evanil Pires de Campos; “A Estrela de Belém”, de Francisco Guedelha; “Discípulos nas Academias Botucatuenses”, de Francisco Habermann; “Botucatu: Morada da Inteligência”, de Francisco Marins; “Era só o que Faltava, de Hernâni Donato; “Noite sem Estrelas”, de Hugo de Avellar Pires; “A Mão Direita”, de Ignácio Loyola Vieira Novelli; “João Carlos Figueiroa”; “Os Cinquenta Anos da Faculdade de Medicina de Botucatu”, de Joel Spadaro; “E tudo começou com uma vaca”, de José Angelo Potiens; “Feiras de Ciências em Botucatu, de José Antônio Sartori; “O Amigo Saci”, de José Celso Soares Vieira; “O Fim de Chicuta”, de José Pedretti Neto; “Os Senhores do Ultratempo”, de José Sebastião Pires Mendes; “Meus Últimos Pedidos”, Laurival Antônio de Luca; “Pise firme, que este chão é nosso”, Leda Galvão de Avellar Pires; “São Francisco de Sales e a Boa Imprensa”, Luiz Peres; “Aniversário”, de Márcia Furrier Guedelha Blasi; “Non Omnis Moriar”, de Marcos Luciano Corsatto; “A Famosa História da Branca da Gama”, de Maria Amélia Blasi de Toledo Piza; “Eu e a Academia”, de Maria Anna Moscogliato; “Amizade”, de Maria da Glória Guimarães Dinucci Venditto; “Para o Aniversário de Botucatu”, de Maria Helena Blasi Trevisani; “Maria José Del Papa Zacharias”; “As Guardiãs”, de Maria Lúcia Dal Farra; “Oãram”, de Milton Marianno; “Professor Mozart Morais”; “Academia Botucatuense de Letras – Quarenta Anos de Existência”, de Newton Colenci; “Dr. Jaquaribe e os Primórdios de nossa Literatura Histórica”, de Olavo Pinheiro Godoy; “Cumpadre é pra isso mermo”, de Olívio Stersa; “Ética, Moral, Imoral e Amoral”, de Omar Abujamra Júnior; “O Ensino do Latim”, Osmar Delmanto; “Adeus a dois Amigos”, de Oswaldo Minicucci; “Até as Pedras se Encontram”, de Raymundo Marcolino da Luz Cintra; “Rosa Aparecida Innocenti Dinhane”; “Flores para Botucatu”, de Rosa Nepomuceno; “...No Centenário de Botucatu”, de Rubens Rodrigues Torres; “O Simbolismo no Poema Duas Almas de Alceu Wamosy”, de Ruth Marianno; “Cultivemos Nossos Jardins”, de Sebastião da Rocha Lima; “Retalho da História Botucatuense”, de Sebastião de Almeida Pinto; “Cabelos Brancos”, de Trajano Pupo Junior; “Sola Scriptura”, de Valdir Gonzales Paixão Junior; “Venice de Andrade Camargo Alves”; “Nossas Remotas Origens Eclesiásticas”, de Vicente Marchetti Zioni.

É REGISTRO HISTÓRICO!

A ABL e OS PURPURADOS!

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A revista PEABIRU representa o maior acervo cultural sobre Botucatu e sua história. E a revista de nº 11, desetembro/outubro de 1998, traz um artigo da saudosa cronista de Botucatu, a acadêmica Elda Moscogliato, no qual ela mostra a importância dos prelados da Igreja Católica – os Arcebispos Metropolitanos! –como membros da ABL – Academia Botucatuense de Letras.


Foram três Arcebispos de Botucatu citados por Elda: Dom Henrique Golland Trindade, Dom Vicente Marchetti Zioni e Dom Antonio Maria Mucciolo, além de outros representantes da Igreja Católica. E, hoje, complementamos o seu trabalho com a inclusão do atual Arcebispo Metropolitano de Botucatu, Dom Maurício Grotto de Camargo.

Como parte das comemorações 40º Aniversário da ABL, foi realizada, no último dia 17 de maio, no Salão Anchieta(antigo Seminário), Sessão Solene da ABL, sob apresidência do Acadêmico Antonio Evaldo Klar. Com a belíssima apresentação do Coral Municipal, tomaram posse como Membros Honorários da ABL, odramaturgo Robert Coelho e o Arcebispo de Botucatu, Dom Maurício Grotto de Camargo e, comoMembro Correspondente, a artista plástica Marlene Caminhoto Nassa.

Dom Maurício é o primeiro arcebispo que teve a sua assunção à Arquidiocese de Botucatu vindo de uma sua Diocese: primeiro a grande Diocese/Arquidiocese de Botucatu (a Mãe), a maior do Estado; depois,desmembrada, a já instalada Diocese de Assis (a Filha) e, finalmente, desmembrada também, a Diocese de Presidente Prudente (a Neta), onde Dom Maurício era Bispo. É o quarto Arcebispo de Botucatu aenobrecer a ABL! Vamos ao artigo de Elda Moscogliato:

Os Purpurados da ABL
Elda Moscogliato

É de sua própria essência contar uma Academia Culturalcom a presença de purpurados entre seus membros, fato altamente honroso para a agremiação que nele se escudase enriquece e se elitiza. Entendido aqui otermo purpurado além de significar alta dignidade eclesiástica sintetiza também uma rica hierarquia queascende de padres notáveismonsenhores, bispos, arcebispos, cardeais, que se distinguiram na vida clerical através da inteligência, do talento, do estudo aprimorado das ciências, das artes, da vastidão da cultura humanística, da sabedoria, do ensino, da educação dando plena expansão ao primado da evangelização dos povos.

longa história da Igreja vem do fundo dos séculosmarcando essencialmente o medievalismo, pelos seus vultos admiráveis de pensadores, sábios e apóstolos, na formação das nações.
Daí que no decorrer dos tempos as sociedades culturaispuderam contar em seus quadros com a presença respeitável, austera, conselheira e amiga dos padres da Igreja.
Neste breve preâmbulo cuida a crônica - numa evocação sempre entusiasta e jubilosa - da nossa Academia Botucatuense de Letras que, semelhantemente às suas congêneres do País conta em seus quadros com a presença altamente significativa, desde seus inícios, de purpuradosnuma seqüência notável de nomes ilustres que marcaramas culminâncias intelectuais de nossa histórica cidade.


Citemos, para corroborar a assertiva, o brilho de algunspurpurados nas nossas academias pátrias: na Paulista de Letras: Pé. Hélio Viotti - o mais credenciado biógrafo de Anchieta; o histórico Monsenhor Francisco de Paula RodriguesDom Benedito de SouzaMonsenhor Castro NeryMonsenhor Manfredo Leite. Na Brasileira de Letras, o vulto inconfundível de Dom Aquino Corrêa entre tantos prosadores, oradores e literatos.
Logo na sua instalação, contou nossa ABL com dois Arcebispos: D.Frei Henrique Golland Trindade resignatário e Dom Vicente Marchetti Zioni, como Honorários. O saudoso D. José Melhado Campos, então Bispo Emérito de Sorocaba, foi nosso Membro Correspondente, sempre presente em nossas Sessões Solenes, numa das quais foi homenageado pelos seus cinqüenta anos de vida sacerdotal, saudado na ocasião pelo Prof. Milton Marianno, conhecido pelos seus dotes oratórios. Usando de um pensamento de André Frossard, escritor francês que traçou em livro, o perfil de João Paulo IIMilton destacou a célebre frase: "As palavras antes de serem ditas, devem ser rezadas", tema do discurso.
título honorífico a que fez jús D. Zioni - por todos os méritos digno da honraria, não agradou ao Arcebispo - homem de uma atividade admirável, voltada aos estudos profundos e constantes, pesquisador arguto, analista sério e justo, bibliófilo mergulhado devotadamente em seus arquivos impecáveis, sempre atencioso e prestativo aos que lhe demandam as luzes da memória privilegiada. Não se acomodou ao título, preferindo ser Efetivo, trabalhando pela Academia.


Dr. Marão teve conhecimento do fato e exultou. Grande honraria poder contar com o Arcebispo dentre seus Membros Efetivos. Imediatamente anunciou uma assembléia geral e nela propôs a eleição. Houve um consenso geral.
Ao arcebispo foi-lhe concedida a proposta de umaCadeira, a de n" 22, cujo Patrono por ele seria escolhido, o que se deu com a designação de D. Aquino Corrêa, prosador, orador e poeta, Arcebispo de Cuiabá.
D.Zioni leu a sua tese em Sessão Solene, na data de 31 de março de 1979.
Desde então é nosso companheiro assíduo, quer emreuniões ordinárias, quer em Sessões Solenes, nos momentos de euforia ou de preocupações assegurando-nos com sua presença, o ambiente reconfortante de bênçãos e de paz tão necessária a cada circunstância.

Outro exemplo que tanto enobrece a Academia é o de D. Antônio Maria Mucciolo que, ao ser eleito comoMembro Honorário optou também, entusiasticamente, pela posição de Efetivo, manifestando-se conviver e integrar-se ao nosso ambiente para o qual se mostra voluntariamente participante.
Ocupará, com a posse a se realizar nesta sexta-feira (25/09/98), em sessão solene festiva, a Cad. N° 7, cujoPatrono é Guilherme de Almeida.
Arcebispo de Botucatu desde 1989, D. Antônio Maria Mucciolo registra em seu brilhante curriculum-vitae títulos enobrecedores de intensa vida apostólica o que o faz um perfeito Arcebispo-Itinerante a percorrer zelosamente a imensa Arquidiocese levando com sua presença, seu exemplo e seus cuidados a sacra proteção de sua palavra, seu estímulo, sua orientação segura.
Da sua personalidade extraordinária fala muito alto aparticipação ativa na criação e instalação da Rede Vida de Televisão - o Canal da Família, que em seus três anos de existência conquistou uma notoriedade mundial, atraindo a si cerca de oitenta milhões de telespectadores.
Destacando a personalidade de nossos dois Arcebispos e o que ambos representam no convívio acadêmico que tanto deles se engrandece, esta coluna presta-lhes respeitosa homenagem na comemoração solene dos vinte e cinco anos de existência da ABL.

(revista PEABIRU nº 11 – setembro/outubro/1998 –Ano I)

Academia Botucatuense de Letras: um escriba panfletário na ACADEMIA...



No distante ano de 1983, tive a grande honra de ingressar, por indicação do saudoso Acadêmico Dr. Sebastião de Almeida Pinto, na ACADEMIA BOTUCATUENSE DE LETRAS – ABL.


“Llmos. Srs. Presidente e demais membros efetivos da Academia Botucatuense de Letras.

Prezados confrades,


É com a maior satisfação, que tenho a honra de propor aos ilustres membros desse Sodalício, para preenchimento de vagas existentes na quadro de membros efetivos da Academia de Letras de Botucatu, o nome do doutor Armando Moraes Delmanto, advogado residente nesta cidade.
O Dr. Armando Moraes Delmanto, bacharel em Direito, escritor com várias obras publicadas, jornalista em franca atividade na imprensa paulistana e local, beletrista apreciado, sentir-se-á muito honrado em pertencer à nossa Academia, onde pretende preencher a vaga do saudoso Prof. Dr. Ignácio Loyola V. Novelli, ocupando a cadeira que tem por patrono o inolvidável Paulo Setubal.
Antecipando os meus agradecimentos pela acolhida favorável a esta indicação, apresento
                                                         Cordiais saudações,
                               SEBASTIÃO DE ALMEIDA PINTO
Botucatu – 5 de Agosto de 1978”.

E na Sessão Solene, presidida pelo fundador da ABL e seu presidente, Acadêmico Dr. Antonio Gabriel Marão, tendo sempre a presença competente da secretária e Acadêmica Elda Moscogliato, apresentei a minha tese, com o traje oficial da ABL à época e dando destaque para o medalhão acadêmico. Foi uma grande realização, com certeza!

Já havia publicado os livros “A JUVENTUDE: PARTICIPAÇÃO OU OMISSÃO”, em 1970 e “CRÔNICAS DA MINHA CIDADE”, em 1976. 




Mas a minha atuação principal havia sido nas lides jornalísticas. Ao fundar o moderno e participativo jornal “VANGUARDA DE BOTUCATU” (http://blogdodelmanto.blogspot.com.br/2016/06/jornalismo-de-vanguarda-em-botucatu_24.html),
procurava fazer um jornalismo moderno e atuante, participativo no exercício da cidadania. Pois é negativo para as cidades do interior o jornalismo travestido de independente a traçar os acontecimentos ao bel prazer dos poderosos do momento...




O jornalismo ou a história, nas comunidades interioranas, sempre sofreu com a imprensa “chapa branca”, ou seja, a imprensa que “escreve” a história como a veem os donos temporários do poder... Isso faz parte da história mundial: os regimes totalitários SEMPRE quiseram “escrever” a história oficial, a história “chapa branca”... Desde Stalin, Hitler, Fidel Castro e Getúlio Vargas, só para citar alguns notórios ditadores que usaram e abusaram dos “escribas de aluguel”... Mas foi tudo em vão. O tempo sempre recompõe a história e traz a verdade dos fatos ao conhecimento de todos.

Aqui em Botucatu, nos jornais em que militamos, conseguimos trazer à tona a verdade sobre o 2º Bispado de Botucatu e a atuação de Dom Duarte Costa ao ser excomungado e ter fundado, ao depois, a Igreja Católica Brasileira. A importância do Conde de Serra Negra, a magnitude do Aquífero Guarani (Aquífero Botucatu), o pioneirismo da Casa de Saúde “Sul Paulista”, as Imigrações Americanas, Belgas e Japonesa para Botucatu, etc. E, mais recentemente, a luta através do Blog do Delmanto contra a tentativa de levar o nosso curso de medicina para Bauru, com a atuação omissa de autoridades locais e a atuação perniciosa de alguns docentes da própria UNESP (http://blogdodelmanto.blogspot.com.br/2013/06/gambiarra-na-faculdade-de-medicina-de.html). Isso, acreditamos, foi jornalismo positivo e independente.

Por isso, busquei na minha atuação jornalística o título da minha tese acadêmica:

“A bondosa indicação do Dr. Sebastião ou de como um escriba panfletário chegou à Academia”.
Já em nossa posse na ABL, destacávamos em nosso discurso que: 

"Título: A bondosa indicação do Dr. Sebastião ou de como um escriba panfletário chegou à Academia.
"Se me cortam um verso, escrevo outro;
Se me prendem vivo, escapo morto;
E, de repente, eis eu aí de novo,
Exigindo a paz e exigindo o troco".


As coisas em nossas vidas nunca acontecem por acaso. Fui indicado para a Academia Botucatuense de Letras pelo saudoso médico e professor Dr. Sebastião de Almeida Pinto. Indicado, fui aceito pela gentileza de seus membros para ocupar a cadeira que tem por Patrono o notável escritor Paulo Setúbal.

Mas a vida quis, o que muito me honra e sensibiliza, que houvesse um remanejamento, não muito normal em casos que tais, vindo eu a ocupar a cadeira que tem como Patrono o ilustre historiador e folclorista Alceu Maynard Araújo e, como antecessor, exatamente, aquele que me convidou e indicou para fazer parte deste seleto sodalício: o Dr. Sebastião de Almeida Pinto.



É uma dupla honra: suceder a tão ilustre botucatuense e ter como Patrono esse excelente folclorista.

O Dr. Sebastião foi professor de Alceu na sempre tradicional Escola Normal de Botucatu.
E o Dr. Alceu foi meu professor na Escola de Sociologia & Política de São Paulo.

Aqui, abro um parêntese.



A festa com que Alceu recebeu um “botucudo”, a atenção que me foi dispensada e os ensinamentos que desse Mestre aprendi, marcaram-me para sempre.

Fecho o parêntese.

Alceu e Tião sempre dedicados à história e à pesquisa. Ambos tendo por Botucatu um carinho e uma predileção marcantes. Nosso passado e nossas peculiaridades. Os desbravadores. Os nossos sonhos. As nossas decepções. As vitórias e derrotas da cidade e dos botucatuenses tiveram a atenção e o relato desses cultores da nossa história e do nosso folclore.
A eles, sucedo. Às suas qualidades, não tenho a pretensão.

"Se me cortam um verso, escrevo outro;
Se me prendem vivo, escapo morto;
E, de repente, eis eu aí de novo, 
Exigindo a paz e exigindo o troco".


Novamente repito:

A bondosa indicação do Dr. Sebastião ou de como um escriba panfletário chegou à Academia.

Do Dr. Alceu, em discurso histórico, o Dr. Sebastião de Almeida Pinto traçou o perfil. Foi esportista, professor, diretor, sociólogo, escritor, Patrono da cadeira nº 02, da Academia Botucatuense de Letras e Membro da Academia Paulista de Letras, juntamente com Hernâni Donato e Francisco Marins.



Nascido em Piracicaba, Alceu, desde pequeno, foi criado em Botucatu, cidade que considerava como sua. Aqui fez suas amizades e estudos, culminando com sua diplomação pela Escola Normal de Botucatu. Formado Professor, Alceu foi lecionar em Pirambóia. Atento observador foi registrando os usos e costumes, as tradições, as crendices, as esperanças e os antepassados dessa gente boa do interior.

Transferindo-se para São Paulo, Alceu, que sempre foi conhecido como o "peito de ferro", por seu porte atlético, ingressou na Escola Superior de Educação Física da USP. Formado, lecionou em inúmeras escolas municipais. Na busca do saber, licenciou-se em Sociologia. Lecionou na Escola de Sociologia e Política, agregada à USP, onde tive o privilégio de ser seu aluno. Não satisfeito em sua busca do saber, bacharelou-se em Direito pela tradicional Faculdade de Direito do Largo de São Francisco - USP. Nesse tempo todo dedicava-se ao folclore: pesquisando, escrevendo artigos para jornais e revistas. Enfim, Alceu dedicou-se inteiramente à cultura, escrevendo, lecionando e dirigindo faculdades. Foi Vice-Diretor das Faculdades Metropolitanas Unidas -FMU, quando era Diretor da mesma, outro grande botucatuense, Mestre de todos nós, o Professor Agostinho Minicucci,

Participou da elaboração da Enciclopédia da Cultura e Folclore Nacional, autor de "Medicina Rústica" e"Pentateuco Nordestino", Alceu teve vida produtiva e granjeou o respeito e a admiração de seus pares.
Não tendo nascido em Botucatu, orgulhava-se de ser considerado autêntico “botucudo”.

Sendo o primeiro botucatuense a entrar para a Academia Paulista de Letras, logo foi seguido por Francisco Marins e Hernâni Donato.
O Prof. Alceu Maynard Araújo, Patrono da cadeira n° 02 de nossa Academia. enriqueceu a cultura botucatuense e tornou-se modelo exemplar para a nossa juventude.

Na verdade, Alceu Maynard Araújo representou, com dignidade e brilho, a cultura nacional. Entre os inúmeros cargos de destaque que ocupou, ressalte-se o de Grande Secretário de Cultura do Grande Oriente de São Paulo.

Na segunda metade dos anos setenta, eu residia na Rua Velho Cardoso, quase esquina com a Cardoso de Almeida. Aos domingos pela manhã, participava do papo matinal defronte à casa do professor Prado e um dos participantes era o saudoso Dr. Sebastião de Almeida Pinto. Belos papos. Neles, só aprendi. A história de Botucatu “corria solta” na informalidade da conversa.

Um dia, o Dr. Sebastião pediu que eu fosse à sua casa. Naquela época já andava doente. O assunto se resumia a um pedido: que eu aceitasse a minha indicação para a Academia Botucatuense de Letras. A humildade daquele Mestre me comoveu e eu lhe disse que não me considerava credenciado a ser seu par na Academia, embora honrado pelo convite. O Dr. Sebastião contra argumentou com sua bondade costumeira. Resultado: aqui estou por indicação desse ilustre botucatuense.

Gostaria de abordar várias facetas desse exemplar cidadão botucatuense.

De início, no entanto, quero destacar uma característica rara do Dr. Sebastião de Almeida Pinto e, aqui, permitam-me a falta de modéstia, dele e de meu pai, Antônio Delmanto. Ambos farmacêuticos. Ambos médicos-missionários, médicos sacerdotes. Não fizeram fortuna. Não enriqueceram com a profissão, dignificaram a profissão médica. Ambos fizeram de suas profissões um meio para minorar os males e proteger os pequeninos da sorte. Meu pai, por 15 anos, foi Diretor Clínico da Misericórdia que naquele tempo ainda era chamada de Santa Casa, e o Dr. Sebastião por muitos anos chefiou a Clínica Médica da Misericórdia. Em “Estórias da Santa Casa”, sob o título de “De Costa Leite ao Dr. Antoninho”, o Dr. Sebastião relata:

“Em São Paulo foi Adjunto da Santa Casa (terceira cirurgia de mulheres). Fez o curso de aperfeiçoamento de clínica cirúrgica da Faculdade de Medicina de S. Paulo. Frequentou cursos de cirurgia, ginecologia e obstetrícia da Associação Paulista de Medicina, convivendo com mestres notáveis. Quando aqui chegou estava apto para praticar com brilho a ciência e a arte de Hipócrates. Entrou logo para a Misericórdia, onde foi cirurgião, chefe de clínica e Diretor Clínico, mostrando dinamismo, competência, dedicação e espírito humanitário. Foi pelas suas mãos que reingressei no Corpo Clínico da velha Santa Casa de onde me despedira alguns anos antes por motivo...(mas isto já é outra estória).”

Com referência à sua experiência na Misericórdia, o Dr. Sebastião retrata bem, em artigo de 1968, o que era a pratica da medicina naquele tempo e como era difícil praticá-la e quanta dedicação e espírito humanitário eram precisos para exerce-la:

“Nesses trinta e dois anos de clínica, nas minhas observações diuturnas na velha Santa Casa, tenho visto coisas extraordinárias. Doentes de enfermaria, indigentes, foram curados espetacularmente de moléstias gravíssimas. Intervenções cirúrgicas, de prognóstico sombrio, terminaram magnificamente. Recuperações impressionantes fazem lembrar a PROVIDÊNCIA. Lembram a figura de JESUS, o protetor dos humildes e pequeninos, a passear pelas enfermarias”.

Assim era o Dr. Sebastião de Almeida Pinto: médico-missionário. Não enriqueceu na profissão mas deixou seu nome gravado em ouro na história de Botucatu. Humilde, alegre e dedicado. Animava todas as rodas e a todos tinha uma palavra amiga. Assim era o velho Mestre Tião.

Descendente do Capitão José Paes de Almeida, chefe político de Botucatu, que juntamente com o general Ataliba Leonel, de Piraju e Antonio Evangelista (Tonico Lista) de Santa Cruz do Rio Pardo faziam o tripé do poderoso PRP na região. E é de lembrar que àquela época esta região era uma das principais senão a principal do Estado.

Seu pai, Sebastião Pinto Conceição era o administrador da Fazenda Aratu, de propriedade da Condessa de Serra Negra, de onde o menino Tião e o mano Jayme vinham à pé para a escola.

Depois, seu pai veio a ser o Tabelião do 1º Tabelionato. Era músico (flautista), tendo ensinado piano à menina Eunice. Com ele Tião pegou gosto pela música. Tião tocava flauta e saxofone, tendo deixado sua marca na época, quer em serenatas quer animando bailes no então importante “Lampião Vermelho”.

Como esportista, Tião deixou a sua participação como capitão do “Arranca-Toco” que sempre combatia o “Flamengo” onde hoje está situada a Associação Atlética Botucatuense.

Tião não era menino quieto e nem, ao depois, rapaz acomodado. Era briguento e aprontador de “surpresas”. Maneco Paes de Almeida, mais jovem do que ele  mas seu tio, contou-me as suas peripécias. Do “Arranca-Toco” ao “Lampião Vermelho”, Tião marcou sua presença em Botucatu como um jovem bem relacionado, de muito bom humor, grande contador de piadas e “causos”.

Após a sua formatura na Escola Normal, Tião estudou farmácia em Pindamonhangaba onde era conhecido por “Mato Grosso” por retratar o tipo caboclo e brincalhão.

Formado, comprou a farmácia São José (localizada na antiga rua Riachuelo, hoje rua Amando) de seu tio Alfredo Pinto. Não foi bem. Não cobrava dos humildes e não cobrava bem dos que podiam pagar.

“Pai Cidade”, como era conhecido o Capitão Zé Paes, chefe do PRP, conseguiu a nomeação do Tião como Secretário da Escola Normal. Posteriormente, Tião veio a ser Vice-Diretor e Diretor, além de lecionar várias matérias, quer como titular da cadeira quer como substituto.

Formou-se médico pela Faculdade Fluminense de Medicina, tendo exercido a medicina como verdadeiro sacerdote, destaque que demos linhas atrás.

Falamos do esportista, do músico, do farmacêutico, do professor e do médico. Mas existem outras facetas na vida de Sebastião Pinto. O jornalista e o escritor.

A figura hoje lendária do Capitão Zé Paes, o “pai cidade”, marcou a infância e juventude do menino Tião que era o preferido de seus netos.

Novamente o “Pai Cidade” entra na vida de Tião. O conhecido botucatuense, líder político de então, Nenê Cardoso, tinha um material gráfico parado. Tião e Maneco Paes queriam montar um jornal. O “pai cidade” falou com o Nenê Cardoso e este, atendendo ao pedido do Capitão Zé Paes (que era sempre irrecusável), entregou a Tião o maquinário.

Naquela época, Tião, Maneco e Romeu Levy, entre outros, lançaram o jornal “O Momento”. Com Tião na direção ele chegou a bi-semanário. Ao depois, passou a tri-semanário. Naquela época Botucatu era uma cidade líder na região.
Nas oficinas de “O Momento”, foi impresso o primeiro livro de Tião“Impressões de Viagem”, que retratava as suas observações em viagem feita ao interior do Estado e a cidades de outros Estados. Posteriormente, em 1957, amigos mandaram imprimir “Botucatuenses no Setor Sul”, em comemoração  ao 25º aniversário da Revolução Constitucionalista. Tião participou como Tenente-Médico do Batalhão Universitário “Fernão Salles”, que operava no setor sul. Nesse trabalho, Tião escreve:

“Integrado na Revolução, também me apresentei como voluntário. Com meus irmãos, meus parentes, meus companheiros de trabalho, com meus amigos e muitos desconhecidos, todos irmanados no ideal de paulistanismo e brasilidade, abandonamos interesses, família, comodidade, atiramo-nos à luta.  Do quartelzinho na casa do Silvio Galvão, eu me lembro, partiram José do Amaral Wagner, Luiz Pinho de Carvalho, Jayme de Almeida Pinto, Américo de Souza e Silva, Brasílio Damato, Oscarlino Martins, Jorge Barbosa de Barros, Orlando Pinheiro Machado, Lucídio Paes de Almeida, Germinal Serrador, Maneco Paes, Sinésio de Oliveira, Julião Pires de Campos Filho, Antonio Piccinin, Antonio Augusto Pedro (Guarantã), Silvio Galvão, Olavo Ponciano, Edward Paes de Camargo, Salvador Assunção e inúmeros outros, cujos nomes infelizmente me escapam.

Exército Constitucionalista integrado por centenas de milhares de homens, vibrantes de entusiasmo e patriotismo, não tinha armas e nem munições suficientes. Mas, tinha patriotismo, civismo e ideal, para dar e sobrar”.

Publicou, ainda, “A Tuberculose nos meios escolares”; “Escolas especializadas para crianças hospitalizadas” e “No Velho Botucatu”.

Deixa para publicação três livros: “No Cinquentenário da Escola Normal”; “Estórias da Santa Casa” e “Tempo de Dante, Gente de Hoje”.

Na política, Tião também marcou a sua presença. Tendo o saudoso Dr. Jayme de Almeida Pinto como Deputado Estadual e, depois, Secretário de Estado da Agricultura, havia a necessidade de a família ser representada a nível municipal. Sairam candidatos a vereador o Tião e o Maneco. Maneco e o Dr. Jayme obrigaram o Tião a sair candidato. Tião foi o vereador mais votado. Foi presidente da Câmara Municipal, mas nunca gostou de política, ou melhor, nunca gostou de ser político.

Finalmente, Tião como exemplar pai de família. Ele e sua companheira e esposa fiel, Dª Lali, educaram democraticamente a grande prole. A liberdade imperava nas decisões familiares. Belo exemplo de homem íntegro e de pai de família estimado.

Essa é uma visão rápida da vida de Sebastião de Almeida Pinto.

Do saudoso Dr. Sebastião. Do saudoso Tião.

Hoje, esposa, filhos, filhas, noras, genros, netos e netas continuam a levar por todos os cantos um pouco do Tião.

Eu o substituo nesta Academia, sem o seu mérito e sem o seu brilho.

Novamente repito na dúvida:

A bondosa indicação do Dr. Sebastião ou de como um escriba panfletário chegou à Academia.

No entanto, deixo uma certeza a honrar meu patrono e meu antecessor:

“Se me cortam um verso, escrevo outro;
Se me prendem vivo, escapo morto;
E, de repente, eis eu aí de novo,
Exigindo a paz e exigindo o troco”.




No tradicional jornal “A GAZETA DE BOTUCATU”, de 26 de agosto de 1983, a acadêmica Elda Moscogliato – a maior cronista de Botucatu! – descrevia o evento lítero-musical com o seu proverbial estilo:

Crônica
                                 Elda Mosgogliato



“O Dr. Armando Moraes Delmanto defendeu em 20 de agosto último, sua tese acadêmica, perante uma estrita e qualitativamente seleta assistência, aquela que já se tornou parte integrante da ABL.

***

Presente, uma representação oficial que sempre nos orgulha: S.Exa. Revma. Acadêmico D. Vicente Marchetti Zioni, dd. Arcebispo Metropolitano; Vereador Progresso Garcia, dd. Presidente da Câmara Municipal; Capitão José Darcy Andreuzza, dd. Delegado da 12ª Delegacia de Serviço Militar; Dr. Francisco Marins, que traz com sua pessoa amiga, a representação altamente honrosa da Academia Paulista de Letras; Mário José Romagnoli, Membro da Academia de Letras de Londrina; Dr. José Antonio Pinheiro Aranha, que retorna a Botucatu depois de enaltece-lo em muito, na Capital; Dr. Minoru Satake eSr. José Toyaki Tamura, da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e Prof. Vereador Antonio Carlos Cesário.
Honrosas presenças.
***
 O novo acadêmico discorreu sobre os dois vultos que enriqueceram a Cadeira nº 2 de que é o novo e mais jovem ocupante: Alceu Maunard de Araújo Sebastião de Almeida Pinto, o sempre querido Tião. O primeiro, seu antigo mestre na Escola de Sociologia e Política da USP e o grande pioneiro do folclorismo nacional. O segundo, de cultura polimorfa. O orador foi muito feliz. Pode condensar nos previstos minutos de um discurso acadêmico, a complexa personalidade de Tião: enraizado numa família histórica, não se esqueceu do Dr. Jayme, que ocupou no Governo do Estado, a Pasta da Agricultura, vulto que a desmemória botucatuense nunca jamais premiou. Mestre de uma geração sem fim de alunos, jornalista, turista inveterado por estes Brasis a fora; combatente heroico de 1932; político e homem público em várias vereanças, presidente da Câmara Municipal; escritor, conferencista.
***
Mas sobretudo, o vulto humanitário, exemplo admirável de nobreza, de compromisso leal a Hipócrates, de dedicação extremada à Medicina e à causa da saúde pública. Organizador de campanhas meritórias, incentivador do mais alto e dignificante civismo, o Dr. Sebastião foi uma das colunas mestras da Misericórdia Botucatuense.
***
Antes de mais nada, o memorialista. Abeberou-se ainda jovem, da memória dos velhos pais e assim sedimentado, tornou-se uma autoridade na história e na crônica botucatuense. Amou esta terra como poucos. E sua gente. Que o diga “No Velho Botucatu”; “Gente d’antanho, gente de sempre”. E outras mais, inéditas, que enriqueceram suas memoráveis conferências.
O querido Tião amigo de todos, o De La Cierva humorista, o companheirismo, a fidalguia, a nobreza feita gente.
Que saudade!
***
Sessão lítero-musical. E por isso, a presença do Coral da Sociedade Botucatuense de Cultura Japonesa, sob a competente direção da maestrina Yoshiko Yanagizawa.
Cerca de trinta vozes cristalinas, neste mês de agosto – do folclore e das tradições nacionais, com toda a graciosa tradição do Oriente. “A rãzinha”, música imitativa cheia de colorido; “Sob a laranjeira” evocação romântica e sentimental; “Esperança” meditação profunda e bela mensagem e por fim, “O Ursinho”, história patética de um ursinho galanteador.
Com a presença amiga da colônia japonesa botucatuense, toda a milenária tradição do País do Sol Nascente.
***
Mas toda sessão acadêmica finaliza transformando-se numa agradabilíssima tertúlia. Progresso Garcia recordou a influência italiana na vida citadina. O Dr. Francisco Marins que sempre nos obsequia com sua palavra, corroborando o acadêmico Armando que pediu, dos poderes municipais, a edição das muitas obras botucatuenses à espera do prelo.
***
Mas, surpresa maior e agradabilíssima, a palavra do poeta de Londrina, acadêmico Mario José Romagnoli, recitando-nos, de sua lavra, o poema clássico: “Penso em Deus”.
Foi a nota máxima, da noite acadêmica.”

Quando eu ingressei na Academia Botucatuense de Letras, na Cadeira nº 02, cujo Patrono é exatamente Alceu Maynard Araújo e tendo como Fundador o Dr. Sebastião de Almeida Pinto, no distante ano de 1983, recebi de meu sempre Mestre, o Professor Agostinho Minicucci, correspondência à respeito de minha posse e de meu Patrono. Por oportuno, transcrevo seu inteiro teor:

"São Paulo, 12/08/83.

Prezado Armando:

Acabo de receber a faustosa notícia de que você se torna imortal em a nossa Academia.

Quem o conhece desde estudante, quem tem acompanhado os seus sucessos, a sua ânsia de vencer, a sua determinação por acompanhar a via clara e prestigiosa dos Delmantos, o seu acendrado amor pela terra-mãe...pode avaliar inteiramente a sua escolha como acadêmico. Parabéns.

Nós acompanhamos Maynard em São Paulo durante largos anos, quando fomos Diretor da Metropolitanas (FMU) e ele foi nosso Vice e nas Faculdades de Guarulhos, quando ele foi Diretor e nós fomos Professor.
Há muitas facetas de rara riqueza na personalidade desse educador-escritor que só quem conviveu com ele, teve a felicidade de sentir.

Quando tanto se fala em folclore, é necessário reviver a obra de Maynard, divulgá-la nas escolas, nas academias, na imprensa.

Tenho a certeza de que você irá fazer isso.
Estou vibrando por isso tudo. Abraços”.

                                            Prof. Agostinho Minicucci."






Academia Botucatuense de Letras & Os GRANDES MARCOS HISTÓRICO-CULTURAIS DE BOTUCATU 

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Blog do Delmanto traz para a intelligentzia botucatuense uma matéria dedicada aos 44 Anos  da ABL – Academia Botucatuense de Letras, através do destaque dos GRANDES MARCOS HISTÓRICO-CULTURAIS DE BOTUCATU. Essa matéria de grande importância para a História de Botucatu, foi divulgada por ocasião da Sessão Magna realizada em 2001, no Teatro Municipal “Camillo Fernandes Dinucci”, pelas Academias Paulista e Botucatuense de Letras (revista PEABIRU nº 27).








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No registro dos eventos histórico-culturais de Botucatu - os maiores! - tivemos a presença da ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS - APL. primeiro foi o da criação e instalação da ACADEMIA BOTUCATUENSE DE LETRAS -ABL.

Como sabemos, tivemos duas tentativas frustradas de instalação de Academia de Letras na cidade: a 1ª.tentativa aconteceu no ano de 1936, quando no dia 07 de agosto, intelectuais botucatuenses fizeram movimento nesse sentido. Houve reunião e até a diretoria havia sido escolhida, tendo como presidente o Sr. Homero Vaz do Amaral. Essa primeira tentativa não completou 2 anos, mas ficou a semente... Já a 2ª.tentativa foi 22 anos após, em 1958. Com um apoio maior da comunidade e do atuante Centro Cultural de Botucatu (fundado em 1942), tivemos o lançamento da segunda versão da Academia Botucatuense de Letras. Como presidente, o Dr. Trajano Pupo Júnior. Também dessa vez não teve vida longa a tentativa, restando, no entanto, precioso legado: o lema “NON OMNIS MORIAR”- (NÃO MORREREI DE TODO).

Finalmente a 3ª.tentativa: A idéia já estava madura e contava, agora, com maior apoio da “intelligentzia botucatuense” e com o apoio e prestígio de 3 membros efetivos da APL – Academia Paulista de Letras: Alceu Maynard de Araújo, Francisco Marins e Hernâni Donato! E de forma inédita, os viriam a ser patronos da nova academia... Sim, exatamente 36 anos após a primeira tentativa e 14 anos após a segunda tentativa, a cidade de Botucatu ganhava a sua ACADEMIA DE LETRAS!


No ano de 1972 (no dia 09 de Julho, em homenagem à Revolução Constitucionalista de 1932), um grupo liderado por Arnaldo Reis, Sebastião da Rocha Lima, Dr. Marão, Prof. Oswaldo Minicucci, Olavo Godoi, e José Antonio Sartori entre tantos outros, muitos dos quais já haviam tido atuante participação na segunda tentativa, fundaram solenemente ABL – Academia Botucatuense de Letras!

 Desde o início e até a sua plena consolidação, a ABL foi presidida pelo Dr. Antonio Gabriel Marão, juiz de direito aposentado e secretariada pela Profa. Elda Moscogliato. A instalação solene da ABL deu-se a 17 de março de 1973, no recinto da Câmara Municipal de Botucatu. A solenidade foi apadrinhada pelo prof. João Chiarini, presidente da Academia Piracicabana de Letras e a APL – Academia Paulista de Letras fez-se representar pelo Acadêmico César Salgado e por 3 de seus Membros Efetivos: Alceu Maynard de Araújo, Francisco Marins e Hernâni Donato. As Academias de Letras de Campinas, Taquaritinga e São João da Boa Vista também se fizeram representar na sessão solene.

A nova academia surgiu moderna: antecedeu em alguns anos a ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS na iniciativa de ter como membro efetivo as mulheres. As Acadêmicas Elda Moscogliato e Dinorah Silva Alvarez. Além do fato inédito de contar com 3 Patronos Vivos!



São os seguintes o fundadores e membros efetivos da ABL no ano de 1973: Luiz Peres, Sebastião de Almeida Pinto, Raymundo Marcolino da Luz Cintra, Olavo Pinheiro Godoy, Aleixo Delmanto, Oswaldo Minicucci, Antonio Gabriel Marão, Arnaldo Reis, Dinorah Silva Alvarez, Antonio Pires de Campos, Elda Moscogliato, Osmar Delmanto, Bahige Fadel, Sebastião da Rocha Lima, José Antonio Sartori, Francisco Guedelha, Ignácio Loyola Vieira Novelli, Domingos Alves Meira e Trajano Pupo Júnior (A.M.D.).



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SESSÃO MAGNA CONJUNTA DA APL -ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS E DA ABL - ACADEMIA BOTUCATUENSE DE LETRAS. (29/03/2001).

    A programação das festividades de comemoração dos 146 anos de Botucatu começou com a SESSÃO MAGNA CONJUNTA DA APL E DA ABL, realizada no Teatro Municipal “Camillo Fernandes Dinucci”. Sucesso total. Pela primeira vez, a tradicional Academia Paulista de Letras fazia sua reunião fora da capital. Certamente, uma vitória do escritor botucatuense , membro da APL e patrono da ABLFRANCISCO MARINS!





(Diário da Serra, sábado/domingo, 31 de março/1º de abril de 2001 – A Gazeta de Botucatu, 06/04/2001))
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    Na quinta-feira, dia 29/03/2001, as duas Academias realizaram memorável Sessão Magna, quando foi entregue o troféu “A Flor Roxa de Taquara-Póca”.  Com a presença de 16 acadêmicos da APL: Miguel Reale, Erwin Theodor Rosenthal – Secretário Geral representando o Presidente Israel Dias Novaes, Célio Debes, Benedito Ferri de Barros, Sólon Borges dos Reis, Anna Maria Martins, Crodowaldo Pavan, Cyro Pimentel, Fábio Lucas, Geraldo Pinto Rodrigues, Hernâni Donato, João de Scantimburgo, Lygia Fagundes Telles, Nilo Scalco, Paulo José da Costa Júnior, Francisco Marins e a bibliotecária Maria Luiza.









    A Sessão Magna durou cerca de 3 horas, sendo dirigida pelo presidente da ABL, prof. José Celso Soares Vieira. Como destaque, tivemos a leitura, pelo acadêmico Hernâni Donato, de uma poesia do príncipe dos poetas brasileiros e membro da APL, Paulo Bomfim, intitulada “EU VOU PRA BOTUCATU”.


A entrega do troféu “A Flor Roxa de Taquara-Póca” homenagem do “Convivium – Espaço Cultural Francisco Marins” aos botucatuenses merecedores desse reconhecimento: prof. Pedreti Neto (in memorian) e acadêmico Hernâni Donato. A entrega do troféu e a saudação aos homenageados coube, respectivamente, aos Drs. Adolpho Dinucci Venditto e Armando Moraes Delmanto.




OS 90 ANOS DE MIGUEL REALE

O discurso proferido pelo então Decano dos Acadêmicos da APL, o festejado Professor Miguel Reale, repercutiu muito bem entre a seleta platéia. Com uma brilhante e vibrante oratória, Reale homenageou os acadêmicos botucatuenses, Francisco Marins e Hernâni Donato e relembrou as suas passagens pela cidade de Botucatu. Professor Catedrático da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, ex-Secretário da Justiça e da Educação do Estado, ex-Reitor da USP, Membro Efetivo das Academias Paulista e Brasileira de Letras, o Professor Miguel Reale, nas palavras do acadêmico João de Scantimburgo “é uma das principais figuras da inteligência brasileira”. Botucatu, com certeza, recebeu um grande presente com a visita da APL – Academia Paulista de Letras e a presença e manifestação de seus membros na festejada Sessão Magna.

SAUDAÇÃO

Saudação feita pelo Acadêmico ARMANDO MORAES DELMANTO ao escritor e historiador botucatuense HERNÂNI DONATO, em 29/03/2001, durante a SESSÃO MAGNA conjunta das ACADEMIAS PAULISTA E BOTUCATUENSE DE LETRAS, por ocasião da entrega do troféu "FLOR ROXA DE TAQUARA-PÓCA", por sua atuação positiva a favor da História de Botucatu.

-"Excelentíssimos Senhores Membros Efetivos das Academias Brasileira, Paulista e Botucatuense de Letras,
-Autoridades Civis, Militares e Eclesiásticas,
-Casal Anfitrião, Dr. Francisco Marins e Dona Elvira,
-Familiares do saudoso Prof. Pedreti Neto,
-Familiares do Acadêmico Hernâni Donato,
-Senhoras e Senhores.

No final do ano passado, Hernâni Donato proferiu palestra no prestigioso Conselho de Economia, Sociologia e Política da Federação do Comércio do Estado de São Paulo. Foi um sucesso. A revista Problemas Brasileiros, de janeiro/fevereiro deste ano trouxe, como encarte, a sua palestra: "No Brasil, o Paraíso - Um mito do descobrimento". Hernâni teve a gentileza de enviar-me o texto. Pois bem, li de um só fôlego o trabalho. E, ao agradecer por carta, conclui dizendo que o trabalho era fabuloso. E destaquei com letras maiúsculas e exclamações !!! (FABULOSO!!!!!)
Pois é com esse espírito e entusiasmo que faço, hoje, a saudação a Hernâni Donato.

Caríssimos Presidentes Erwin Theodor Rosenthal e Celso VieiraSEM EXAGERO, podemos afirmar que o trabalho intelectual de Hernâni Donato é fabuloso. FABULOSO!!!!!

Os livros de Hernâni Donato são conhecidos de todos nós.

Aliás, Hernâni Donato é uma das raríssimas UNANIMIDADES DE BOTUCATU!!!!

Começou jovem, na pré-adolescência. Juntamente com o amigo Francisco Marins teve seu primeiro trabalho publicado no suplemento juvenil do "DIÁRIO DE S.PAULO", da capital: a novela "O TESOURO". Na 5ª. Série da ESCOLA NORMAL, juntamente com Francisco Marins e com o Prof. José Sartori, que pertenceu à nossa Academia, recentemente falecido, dirigiu o jornal "O ESTUDANTE".

Aluno da ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO, agregada à USP, interrompeu os estudos para comandar um grupo que se propôs a retraçar o percurso do caminho pré-cabralino do PEABIRU, entre São Vicente e Cuzco, no Peru. O PEABIRU foi a grande paixão intelectual de Hernâni Donato. Em 1997, Hernâni publicou "SUMÉ E PEABIRU: mistérios maiores do século da descoberta", fruto de "mais de sessenta anos de pesquisa. No campo e nos textos". É, com certeza, obra única!

Na Capital, sempre atuou como homem de propaganda, de criação, de relações públicas. Presidiu a Editora Propaganda, atuou com destaque na Cia Melhoramentos, na Abril Cultural e foi um dos pioneiros da nossa televisão, produzindo um dos primeiros programas a ser campeão de audiência: "DO ZERO AO INFINITO".

Hernâni também foi um dos expoentes do jovem cinema nacional. Recebeu os prêmios SACI e GOVERNADOR DO ESTADO (1959) pela transposição para o cinema do seu romance "CHÃO BRUTO". Outro romance de Hernâni, "SELVA TRÁGICA", também cinematografado, foi exibido no Festival de Veneza.

Hernâni é botucatuense, filho de Antonio Donato e de Dona Adélia Leão Donato. É casado como Dona Nelly Martha e tem 3 filhos: Maria Cláudia, Maria Flávia e Antonio André. Hoje, é avô coruja de Bruno, Rodrigo, Fernanda e Natália.

Membro Efetivo do INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE SÃO PAULO e da ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS, Hernâni Donato pertence a inúmeras outras Academias do Brasil e do Exterior sendo, com muita honra, PATRONO da ACADEMIA BOTUCATUENSE DE LETRAS. Como uma unanimidade municipal, por seu trabalho sobre a história de Botucatu, Hernâni tem o seu "ACHEGAS", como o livro oficial de nossa historiografia.

Todos os que estudam e pesquisam a história da cidade dos bons ares e das boas escolas temos, no "ACHEGAS" de Hernâni Donato o nosso norte, o nosso rumo! É o referencial histórico de Botucatu!

Mas eu gostaria de, ao homenagear Hernâni Donato por seu trabalho intelectual e, especialmente, por seu trabalho para a historiografia de Botucatu, citar dois fatos:

1) o primeiro, referente à primeira edição do "ACHEGAS" (1954), quando o então vereador Dr. SEBASTIÃO DE ALMEIDA PINTO (médico, escritor e historiador) propôs e prontamente foi atendido pelo Prefeito Municipal de Botucatu, EMÍLIO PEDUTI, dando o necessário numerário para que saísse a 1ª. Edição do livro de Hernâni. Logo após, também graças à sensibilidade desse prefeito, Hernâni Donato recebeu a incumbência para que fizesse o BRASÃO DO CENTENÁRIO!
Hernâni fez toda a criação intelectual imortalizada pela competência técnica do Prof. GASTÃO DAL FARRA. No BRASÃO DO CENTENÁRIO está tudo: desde o caminho do PEABIRU, a primeira capela, até os rios Pardo e Tietê. É uma beleza! É o retrato de Botucatu! O nosso 1º Símbolo Municipal até hoje é o preferido da população que espera seja oficializado pela municipalidade como o BRASÃO HISTÓRICO DE BOTUCATU!!

2) o segundo fato é referente à nossa história. Um dos mais importantes fatos da história de Botucatu: a criação da FACULDADE DE MEDICINA!

Esse fato, com certeza, mudou o destino de nossa cidade! Raramente não encontraremos a devida citação dos fatos de nossa história no "ACHEGAS". É Verdade! Sobre a história da conquista da FACULDADE DE MEDICINA, Hernâni começa por afirmar:

"...Por que não levar ao governo a sugestão de instalar ali (Rubião Jr) uma faculdade de medicina?A muitos, a idéia pareceu demasiada. Chegou a assustar o núcleo dirigente local. Receavam desencadear campanha que dificilmente chegaria a bom termo. Se fosse Direito... Mas a juventude adotou a ousadia. Na capital constituiu-se comissão de botucatuenses ligados à imprensa e à política para agitar o assunto, independente ou até contra o poder municipal..."
Nessa parte eu interrompo a leitura porque o texto de Hernâni, embora citando os pioneiros dessa luta, é por demais modesto...

E logo vocês compreenderão o porquê...

Busco no "MEMÓRIAS DE BOTUCATU", também fruto de muitas pesquisas e depoimentos, o final do relato:

"...Se havia o receio inicial das autoridade temerosas de uma empreitada impossível, o mesmo não ocorria com a juventude "botucuda". Nos jovens, o destaque para JOSÉ FARALDO que era jornalista dos então poderosos DIÁRIOS ASSOCIADOS, lotado no Setor de Imprensa do Palácio dos Campos Elísios, e para HERNÂNI DONATO, jornalista e escritor em ascensão que comandaram o Grupo de Ação inicial, "balançando" as estruturas, convocando as autoridades, mobilizando a população e realizando um trabalho de relações públicas (especialidade de Hernâni) junto à imprensa botucatuense e paulista...

O que aconteceu depois todos nós já sabemos...

O que aconteceu depois faz parte da história de nossa gloriosa FACULDADE DE MEDICINA, hoje pertencente à UNESP. E a história oficial da grande conquista é o exemplo e motivo para atual luta pela conquista da REITORIA da UNESP para Botucatu.

ESSE É O CENÁRIO!!!

O sempre Mestre, AGOSTINHO MINICUCCI, criou uma expressão de sucesso: CAMINHADA PEABIRUANA, que representa a caminhada de todos os botucatuenses dedicados a estudar a nossa história, valorizando-a, destacando seus principais feitos, divulgando seus heróis municipais, enfim, vivenciando a nossa cidadania.
Essa expressão é própria para o trabalho intelectual de Hernâni Donato!

CAMINHADA PEABIRUANA de Hernâni Donato foi e continua sendo um SUCESSO!

Um sucesso fabuloso!

FABULOSO!!!!

Obrigado, Hernâni!

Parabéns! Avante!"

REGISTRO HISTÓRICO:

S.P. 01.04.2001
Caro Armando Delmanto:
Você mesmo terá provado o quanto é difícil o ser "profeta na sua terra", qualquer manifestação em contrário a esse afirmar retira do orgulho o selo do pecado. Isto entra no considerar tudo o que me tem sucedido em Botucatu, especialmente no 29.03.
Muito mais fico devendo quando a ode é cantada por um solista da sua qualidade. Não mereço tanto. Bem por isso, por favor, aceite o meu agradecimento. Pelo que fez e disse. Só por isso terá valido a festa.
Abraço. Grato.

HERNÂNI.

2 comentários:

Delmanto disse...

Era necessário que se fizesse o registro histórico da comemoração do 44º Aniversário da ABL - Academia Botucatuense de Letras, realizado no dia 09 de JULHO. Durante toda a semana, no BLOG DO DELMANTO, postamos matérias relativas à ABL e seus membros, bem com à suas comemorações cívicas e literárias. Com este post “LIVRO HISTÓRICO VIRTUAL DA ACADEMIA BOTUCATUENSE DE LETRAS”, divulgamos todas as matérias publicadas. É uma vitória. É REGISTRO HISTÓRICO!

Anônimo disse...

PREZADO ACADÊMICO ARMANDO DELMANTO.

SAUDAÇÕES CORDIAIS.

OBRIGADO PELO SEU EMPENHO E DEDICAÇÃO PARA COM A NOSSA ABL. REALMENTE REUNIÃO DE TEXTOS E ARTIGOS REPRESENTAM A NOSSA HISTÓRIA, RETRATADA DE UMA FORMA QUE TODOS POSSAM TER PLENO CONHECIMENTO DO QUE REPRESENTA A ACADEMIA BOTUCATUENSE DE LETRAS AO LONGO DESSES QUARENTA E QUATRO ANOS DE EXISTÊNCIA.
VAMOS VER A POSSIBILIDADE DE ELABORAMOS O LIVRO DOS QUARENTA E CINCO ANOS DE FUNDAÇÃO DA ABL, QUE ESTAREMOS COMEMORANDO NO PRÓXIMO DIA NOVE DE JULHO DE 2017.

ABRAÇOS CORDIAIS,

NEWTON COLENCI - Presidente da ABL

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