julho 19, 2016

VEREADOR: cargo virou emprego, vamos MUDAR ISSO!


É pacífica a opinião pública de que o VEREADORnão tem função relevante, mas poderia ter...Esvaziaram as suas funções legislativase, hoje, o vereador, principalmente dospequenos e médios municípios, precisam viver como “agregados” do Prefeito Municipal que tudo manda e tudo faz... 

Mas poderia ser diferente...

remuneração dos vereadores dos pequenos e médios municípios é o PRINCIPAL fator adescaracterizar as funções da vereança.Municípios de até 200 mil habitantes, comsessões semanais de rápida duração, NÃOpoderiam remunerar seus vereadores. Virou emprego. E os vocacionados são atropelados pelos “profissionais”.
Vejam bem: nos pequenos e médios municípios, são realizadas, em média, 1 (uma!) sessão por semana que raramente ultrapassa 2 (duas) horas de duração. Ora, 4 sessões mensais, em média, de 2 (duas) horas de duração CORRESPONDEM a 1 (um!) DIA DE TRABALHO!!! Sim, esses privilegiados vereadores RECEBEM o salário que é, também em média, de 5 vezes o salário mínimo!Proporcionalmente, é o maior salário do país!!!E cada um continua com sua profissão anterior a eleição...

E como os “profissionais” inibem e superam os“vocacionados”, a suas respectivas atuações são insípidas e medíocres, completamente“controlados e usados” pelo Poder ExecutivoMunicipal. É isso.

Sem essa “polpuda” remuneração, SOMENTEos vocacionados seriam candidatos, os chamados “profissionais” fugiriam rapidinho dessa”fria”...

O artigo, sempre preciso de Carlos Newton, daTribuna da Imprensa, precisa ser lido. Mas como a legislação não vai mudar, exatamente porque não interessa aos políticos a melhoria de nada, vamos, pelo menos, procurar fazer umatriagem melhor na busca dos cidadãos prestantes:

Carlos Newton
São quase 69 mil vereadores, espalhados pelos 5.568 municípios. Mas o que faz um vereador. Na verdade, praticamente nada. Sua tarefa principal é fiscalizar as prefeituras municipais, mas isso os vereadores nunca fazem, esta é a realidade, não se consegue modificá-la.
A outra atividade dos chamados edis é criar leis restritas às cidades. Mas acontece que essas leis já existem. E a principal legislação do município, que é o chamado Plano Diretor de Ocupação Urbana da cidade, também já existe.
Trocando em miúdos, caberia ao vereador somente fiscalizar com o máximo rigor a aplicação dos recursos públicos pela prefeitura, o que ele decididamente não faz. Quase sempre, a primeira iniciativa do vereador é se acertar com o prefeito, se é que vocês me entendem, como dizia meu genial amigo Maneco Muller, criador da crônica social no Brasil.
As prefeituras cooptam os vereadores de duas formas: por meio da distribuição de cargos na administração local e do uso do dinheiro público. E tudo segue normalmente, devido à falta de cultura política do eleitorado, que não acompanha o trabalho dos vereadores depois de empossados.
“A função das câmaras de Vereadores foi esvaziada. Os vereadores não cumprem seu papel, não fiscalizam. Quem legisla, de fato, é o Executivo. As prefeituras não têm importância nenhuma para o eleitor”, critica Cláudio Abramo, do site Transparência Brasil, em entrevista à Agência Brasil.
O cientista político Fábio Wanderley dos Reis, professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais tende a concordar com Abramo. “Não tem nada que aconteça de relevante nas câmaras de Vereadores. O poder foi posto de lado e depois jogado fora”, disse Wanderley, ao comentar que vereadores “se ocupam mais em mudar nome de rua” ou escolher pessoas para prestar homenagem em sessões especiais.
MAS QUANTO CUSTA?
Cada brasileiro tem de desembolsar, por ano, uma quantia considerável para sustentar os vereadores. De acordo com o site Transparência Brasil, o custo de funcionamento do Poder Legislativo no Brasil (Câmaras de Vereadores, Assembleias Legislativas, Câmara dos Deputados e Senado Federal) é, em média, R$ 115,27 por ano para cada um dos brasileiros que moram nas capitais. O valor varia de cidade em cidade.
No Rio de Janeiro, por exemplo, a Câmara de Vereadores tem um número tal de funcionários que não cabem no prédio. Se todos fossem trabalhar ao mesmo tempo, o edifício poderia desabar por excesso de peso. O mesmo fenômeno ocorre na grande maioria das cidades.
“A Câmara de Vereadores mais cara por habitante é a de Palmas, capital do Tocantins, que custa anualmente R$ 83,10 para cada morador da cidade. A mais barata é a da capital paraense, Belém, com R$ 21,09 por ano”, descreve o site, que traz informações importantes, desconhecidas pelos eleitores, que precisam aprender a valorizar o voto. Caso contrário, para que manter as Câmara de Vereadores. Sinceramente. (Tribuna da Imprensa – 19/07/2012)

Um comentário:

Anônimo disse...

Gostei. Os pequenos e médios municípios precisam contar na Câmara Municipal com seus melhores elementos. Assim, o médico participante, o advogado interessado na comunidade, o engenheiro com visão social, o simples trabalhador participante e entusiasta de seu bairro ou de sua associação, enfim, o cidadão prestante é que precisa ajudar a administrar a sua cidade. E, como não são políticos, precisam ser “convocados” pela comunidade e, para isso, não podem concorrer com os famosos “picaretas” da política. E isso é importante: os homens de bem NUNCA farão uma campanha “suja” como os “profissionais” da política, prometendo tudo, comprando o voto do eleitor... Então, só há uma solução, a sociedade organizada e o Partidos Políticos, BEM ESTRUTURADOS, prepararem a convocação dos seus melhores elementos e descartarem os que são meros interessados na remuneração. Já é um bom começo... (carla.bueno2011@bol.com.br)

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