abril 28, 2017

Vade Retro Belzebu! Chacará em Botucatu, NÃO!!!

Vade Retro Belzebu!
Chacará em Botucatu, NÃO!!!


 Na nova produção da rede Globo, “VADE RETRO”, Tony Ramos (Bel Zebu) e Monica Iozzi (Celeste) vivem o próprio demo e, ela, uma advogado de nome apropriado para a trama, CELESTE. E o belzebu repete, a toda hora, que tem uma chacará em Botucatu...PQP...
EM BOTUCATU, NÃO!!!

Aqui mesmo fizemos um trabalho minucioso das desfeitas sacadas contra Botucatu por personalidades de nossa vida nacional sendo algumas dessas personalidades, botucatuenses.
Foi um trabalho de pesquisa que garimpou as publicações brasileiras - jornais e revistas - mais destacadas desde os anos sessenta...
Ítalo Rossi, Luthero Maynard e outros de menor expressão e até o "príncipe" dos jornalistas brasileiros: Paulo Francis. Nesses casos todos, em artigos e entrevistas o nome de Botucatu não era tratado com o devido respeito sendo que, às vezes, até com certo desrespeito.

Na nova produção da rede Globo, “VADE RETRO”, Tony Ramos (Bel Zebu) e Monica Iozzi (Celeste) vivem o próprio demo e, ela, uma advogado de nome apropriado para a trama, CELESTE. E o belzebu repete, a toda hora, que tem uma chacará em Botucatu...PQP...

EM BOTUCATU, NÃO!!!
VALE A RELEITURA DE "BOCATATU É A VÓ!"

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"Bocatatu é a vó !"
Aqui mesmo fizemos um trabalho minucioso das desfeitas sacadas contra Botucatu por personalidades de nossa vida nacional sendo algumas dessas personalidades, botucatuenses.
Foi um trabalho de pesquisa que garimpou as publicações brasileiras - jornais e revistas - mais destacadas desde os anos sessenta...
Ítalo Rossi, Luthero Maynard e outros de menor expressão e até o "príncipe" dos jornalistas brasileiros: Paulo Francis. Nesses casos todos, em artigos e entrevistas o nome de Botucatu não era tratado com o devido respeito sendo que, às vezes, até com certo desrespeito.
Luthero Maynard, jornalista de grande projeção, cérebro comandante nas campanhas de Montoro e principalmente de Quércia ao Governo de São Paulo, nos deu simpática resposta em sua coluna na "Folha da Tarde". Luthero Maynard apresentou suas desculpas à cidade e ficou claro que não houvera o "animus injuriandi". E mais, ficou claro também que o nome de Botucatu, por sua própria sonorização era passível de interpretação diversa. Luthero Maynard é sobrinho do saudoso professor e folclorista Alceu Maynard de Araújo que tanto enalteceu e divulgou a cidade de Botucatu e que hoje é Patrono da Academia Botucatuense de Letras.
Na ocasião, através de nossa coluna RECADO URGENTE, expressávamos a nossa indignação com a forma como certas personalidades tratavam e tratam Botucatu. E, hoje, reiteramos a crônica que fizemos e que tanta repercussão alcançou.
Hoje , o incidente é diferente.

"Bocatatu é a vó !", serviria se o erro fosse proposital e cometido por pessoa de conhecida má-fé. Não é o caso. A então primeira-dama do país, Dona Rosane Collor de Mello mandou um abraço para a população de Botucatu e, desacostumada, pronunciou "Bocatatu". Lembro-me de uma solenidade no Palácio dos Bandeirantes na qual, o então Governador Franco Montoro, em final de discurso, com o homenageado presente, prestou suas homenagens à postura democrática de Dante Alighieri (referia-se ao autor da emenda das eleições diretas, Deputado Dante de Oliveira).
Botucatuenses!"- desarmem os espíritos e tentem buscar o lado bom. Não houve o "animus injuriandi" e isso é certeza de absolvição em nossos tribunais...
Com milhares de municípios em todo o Brasil, a verdade é que a nossa jovem e bonita primeira-dama mandou seu abraço sincero para o povo de Botucatu.
Com a pronúncia certa - BOTUCATU - vamos também enviar o nosso abraço à primeira-dama. E, de quebra, o convite para nos visitar mais uma vez. E que traga o Presidente e, se possível, nos garanta um CIAC (centro educacional e esportivo, inspirado nos CIEPs que o Governador Brizola construiu de forma pioneira no Rio de Janeiro)." (Jornal de Botucatu – 17/01/1992)
A imprensa de todo o Brasil deu cobertura ao fato. Tornou-se folclórica a "gafe" da primeira-dama.
Entre as muitas manifestações, registramos a do consagrado escritor mineiro Otto Lara Resende. O Brasil tem orgulho de seus intelectuais que vieram dasMinas Gerais para enriquecer a cultura nacional. O quarteto mineiro é nacionalmente conhecido :Hélio Pelegrino, Otto Lara Resende, Paulo Mendes Campos e Fernando Sabino. A consagração e registro definitivo dessa "confraria literária" veio no livro "Os 4 Mineiros", editado em 1980.
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Otto Lara Resende, com sua "prosa" envolvente nos trouxe, em artigo publicado em 14/01/92, na Folha de São Paulo, página 2, com o título de "Boca, tatu e siri", este artigo :
“Sem querer bancar o enxerido, acho que não se pode ser tão rigoroso com a primeira-dama porque errou o nome de Botucatu. Deu um viva a "Bocatatu". Uma vergonha, disse um. Falta de consideração e de cultura, disse outro. Devia ir capinar em Canapi, disse, trocadilhesco, um terceiro. Só o bravo militante do PRN se mostrou compreensivo. E normal, muitos erram, disse ele. Nada como o bálsamo de um correligionário. Botucatu significa "bons ares".
Otto Lara Resende
Consta que é também cidade de bom coração. Cá entre nós, esses nomes indígenas são mesmo complicados. Imaginem se fosse Pindamonhangaba. Na entrega do Prêmio Nobel a Garcia Marquez, ninguém sabia dizer o nome de sua cidade natal: Aracaíaca. Até o rei da Suécia ficou encalacrado. Não se tratando de palavra familiar, esses lapsos são muito freqüentes.
Qualquer um de nós já passou por isto. Outro dia eu queria dizer que uma amiga apareceu viva em sonho e disse acordada. É o desejo inconsciente de eliminar essa intrusa, a morte. Em certas circunstâncias, pode ser uma gafe. Em gafe o melhor é não tentar consertar. Senão piora. Se a dona Rosane não sabia pronunciar Botucatu, ficasse calada, disse um botucatuense. Ora, podia saber e errar. O erro acontece por antecipação ou contaminação e é sempre uma cilada. Um "lapsus linguae". Freud estudou o tema a partir dos seus próprios equívocos. E era o Freud l
Marechal e candidato, o presidente Dutra foi em 1945 ao Paraná. Saudou lá a terra das "araucárias ". Discurso de "ghost writer ", cometeu uma cacoépia ou silabada de amargar. Nem por isto perdeu a eleição. No caso da dona Rosane, a simples dificuldade de articulação pode explicar o deslize. Mas logo se pergunta o que é que está por trás da distração. E as interpretações mergulham fundo na busca de motivos inconscientes.
Desdentado dasipodídeo de hábitos notívagos, o tatu encantou Kipling quando esteve no Brasil. Até pediu um e levou com ele. Ao dizer "Botu", que se pronuncia "boto", a primeira-dama juntou dois bichos brasileiríssimos. O boto e o tatu. Tímido, o tatu só quer a intimidade da sua toca. Detesta aparecer. Quem sabe há no lapso de dona Rosane um símbolo inconsciente contra o excesso de exposição. Boca e tatu, puxa, quanto pano para manga ! O melhor é fazer boca de siri. Mas Botucatu que me desculpe, dona Rosane a meu ver está absolvida. "
Este é o registro do fato. Corremos todo o noticiário nacional e ganhamos uma bem humorada crônica de Otto Lara Resende... (AMD).

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