25 de Agosto: a Renúncia de
Jânio Quadros à Presidência da República!!!
RESUMO DA ÓPERA: 25 de Agosto: a Renúncia de Jânio Quadros à Presidência da República!!!
A “GOVERNABILIDADE”pressupõe
a leniência (conivência) do governante com os malfeitos
(corrupção) da classe política. E o ex-presidente Jânio
Quadros, à época, deixara claro que era IMPOSSÍVEL governar
com aquele Congresso/ como hoje: é IMPOSSÍVEL governar, ter
governabilidade SEM abrir mão de princípios
republicanos, ou seja, abrir mão da honestidade para com a Nação
Brasileira!
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PRIMEIRO
ERRO: a grande imprensa
da época, comprometida com a classe dominante (repetida por parte da grande
imprensa atual) culpava Jânio pela queda do
ex-presidente João Goulart e pela implantação do Regime
Militar.
Pela madrugada!
Jânio renunciou à presidência em 1961. O ex-presidente João Goulart fugiu do país em 1964, não resistindo como queria Leonel Brizola e como aconselhava o quadro militar-político da época. E o Regime Militar foi implantado em 1964!
Porquê seria Jânio responsável?!?
Não teria sido responsável o suicídio de Getúlio Vargas?!? Ou a
causa seria a implantação da Ditadura do Estado Novo em 1937?
A Renúncia virou mania
nacional e Jânio era tido como culpado pelo
surgimento da Revolução de 1964, como se o livre arbítrio
das pessoas, dos parlamentares e dos governantes NÃO existisse e o tempo NÃO
passasse de 1961 a 1964!!!
RESUMINDO: Jânio foi eleito Prefeito de São Paulo, Governador de São Paulo e Presidente da República com as maiores votações da nossa história.
RESUMINDO: Jânio foi eleito Prefeito de São Paulo, Governador de São Paulo e Presidente da República com as maiores votações da nossa história.
Durante o Regime Militar,
conseguiu eleger o Brigadeiro Faria Lima como Prefeito de São Paulo.
Inesquecível sua participação na eleição vitoriosa de Faria Lima: com
esparadrapo na boca e mãos para trás fazia furor a sua presença silenciosa nos
palanques. Amordaçado, elegeu Faria Lima.
Como conseqüência foi o
único político punido de forma pública: foi CONFINADO em Corumbá/Mato
Grosso. Marcado e discriminado pela grande imprensa, não obtinha espaço e
suas declarações eram deturpadas.
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SEGUNDO ERRO:
Jânio foi Vereador na
Capital paulista; foi Deputado Estadual, Deputado Federal, Prefeito de
São Paulo, Governador de São Paulo, Presidente da República e, anos
depois, voltou a ser Prefeito de São Paulo. Foi seu último cargo
público. E, em NENHUM cargo foi acusado de malfeitos (palavra
usada atualmente para a corrupção).
Foi DESTERRADO
(confinado em CORUMBÁ/MATO GROSSO) por ser uma ameaça política à Revolução
de 64.
NADA existe a macular a sua
honra e a sua imagem de político eleito sempre pelo voto popular, querido pelo
povo e HONESTO!!! A grande imprensa da época, repetida pela
grande imprensa de agora, procura macular a sua imagem taxando-o de louco, de
demagogo, de imprevisível!
Que falta que faz
para o Brasil homens como JÂNIO DA SILVA QUADROS!!!
Registro Histórico: na disputa pela Prefeitura de São Paulo, em 1985, todos os institutos de pesquisa davam a vitória a Fernando Henrique Cardoso que, sem cautela e bom senso, tirou fotos sentado na cadeira de Prefeito na véspera da eleição, Mário Covas era o Prefeito nomeado da capital. Eleito, Jânio chamou a imprensa e DESINFETOU a cadeira de Prefeito, com a frase que ficaria famosa: "Nádegas indevidas sentaram nesta cadeira!"
TERCEIRO ERRO: A grande imprensa da época NÃO perdoava a mudança genial que Jânio Quadros implantou em nossa política externa. Com a ajuda do Chanceler Afonso Arinos de Melo Franco, sustentava os princípios de autodeterminação, não-intervenção e não-alinhamento do Brasil nas disputas entre os blocos hegemônicos internacionais. Foi a famosa Política Externa Brasileira Independente!
E a grande imprensa da época, sempre aliada aos interesses norte-americanos nunca perdoou essa posição independente e revolucionária de Jânio Quadros.
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É
bom relembrar que o então Presidente Jânio Quadros, no início
dos anos 60 - portanto há mais de 50 anos! -
tinha inovado na política externa, com o brilhantismo do seu Chanceler
Afonso Arinos. Era a terceira via diplomática, independente
dos EUA, descobrindo as novas Nações Independentes da África e com
um olhar mais próximo para a América Latina e para os países do Bloco
Socialista. Foi o “modelito” de Jânio que motivou, em
grande parte, essas lideranças da “esquerda brasileira”... Como
copiaram, anos depois, FHC e Lula, com as suas gestões
neo-liberais na administração do país e com a política externa festiva e
independente...
RESUMO GERAL: Jânio Quadros MARCOU as suas administrações, especialmente em São Paulo, pela valorização do serviço público, especialmente a valorização da educação e dos professores, dotou o Estado das grandes hidroelétricas, idealizou a criação das Faculdades de Medicina de Botucatu e Campinas, em 1958, instaladas por Carvalho Pinto em 1962. PROVOU que é , SIM, possível governar SEM ROUBAR e SEM DEIXAR ROUBAR!
RESUMO GERAL: Jânio Quadros MARCOU as suas administrações, especialmente em São Paulo, pela valorização do serviço público, especialmente a valorização da educação e dos professores, dotou o Estado das grandes hidroelétricas, idealizou a criação das Faculdades de Medicina de Botucatu e Campinas, em 1958, instaladas por Carvalho Pinto em 1962. PROVOU que é , SIM, possível governar SEM ROUBAR e SEM DEIXAR ROUBAR!
Fazia verdadeira apologia da honestidade (“a mulher de Cesár não basta ser honesta,
tem que parecer honesta!”). Nunca admitiu ou empregou parentes.
Nepotismo NUNCA existiu com Jânio!
Em 1985 elegeu-se, por si e seu carisma, Prefeito de São Paulo. Quase 30 anos depois o mito voltava, triunfante. Deixou exemplar modelo de administrador honesto e trabalhador. Em sua última gestão, novamente como Prefeito da Capital (com mais de 80 anos, marcou seu desempenho idealizando túneis modernos, transportes sobre trilhos aéreos, boulevards idealizados por Oscar Niemeyer (que idealizou o Ibirapuera na primeira gestão de Jânio), restauração de monumentos históricos e para facilitar o trânsito, os ônibus de 2 andares, investimentos maciços no metrô, novas e modernas avenidas...), ao ter seu Secretário do Planejamento casando-se com sua filha, Tutu, exigiu a sua demissão e afastamento imediato da Prefeitura. Exemplar. Poderia ser demagogia...
Em 1985 elegeu-se, por si e seu carisma, Prefeito de São Paulo. Quase 30 anos depois o mito voltava, triunfante. Deixou exemplar modelo de administrador honesto e trabalhador. Em sua última gestão, novamente como Prefeito da Capital (com mais de 80 anos, marcou seu desempenho idealizando túneis modernos, transportes sobre trilhos aéreos, boulevards idealizados por Oscar Niemeyer (que idealizou o Ibirapuera na primeira gestão de Jânio), restauração de monumentos históricos e para facilitar o trânsito, os ônibus de 2 andares, investimentos maciços no metrô, novas e modernas avenidas...), ao ter seu Secretário do Planejamento casando-se com sua filha, Tutu, exigiu a sua demissão e afastamento imediato da Prefeitura. Exemplar. Poderia ser demagogia...
Será?
Único ex-presidente da República (repetindo: ÚNICO!) vivo a recusar a pensão oferecida pela União aos ex-Presidentes da República!
TESTEMUNHO PESSOAL: Em 1981/1982, mantive vários contatos com Jânio. Sugeri que seus encontros com Che Guevarra, Fidel Castro, Nasser e que seu confinamento em Corumbá e sua atuação, amordaçado, na campanha vitoriosa de Faria Lima à Prefeitura de São Paulo, fossem divulgados em jornal de campanha para conhecimento da juventude. Gostou da idéia. Esse projeto ainda merece ser feito!!!
Duas de suas cartas, divulgo para registro histórico e, para completar esta homenagem que lhe faço, ficam suas palavras sobre a renúncia:
“Foi o maior erro que cometi. Ao renunciar, eu quis pedir um voto de confiança à minha permanência no poder. Imaginei que o povo iria às ruas, seguido dos militares, e que eu seria chamado de volta. Fiquei com a faixa presidencial até o dia 26. Deu tudo errado.” (confissão que Jânio teria feito a seu neto, segundo reportagem da revista VEJA (24/08/2011). A verdade é que NÃO havia governabilidade com aquele Congresso e Jânio Quadros se recusava, como se recusou, a fazer o jogo político condenável dos “mensalões” e das “bolhas podres” do poder...
Um comentário:
É importante o estudo e o debate sobre a renúncia do ex-presidente Jânio Quadros da Presidência da República em 25 de Agosto de 1961.
Ele se recusou a fazer o jogo político e a ter esse relacionamento condenável entre o Poder Executivo e Poder Legislativo.
Ele se recusou a GOVERNAR como governaram José Sarney, Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique e Lula,Dilma e Temer!
IMPOSSÍVEL realizar uma BOA GESTÃO com essa LENIÊNCIA com a CORRUPÇÃO que se alastra pelo país!
A VOZ DAS RUAS, da mesma forma, NÃO ACEITA essa política viciada e CONTRARIA AOS INTERESSES NACIONAIS.
JÂNIO QUADROS PODE SER UM EXEMPLO PARA QUE POSSAMOS FAZER A reforma política NO PAÍS!
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