NA TERRA DO PEABIRU:
MEMÓRIAS DE BOTUCATU III
MEMÓRIAS DE BOTUCATU III
(ilustração de Vinicio Aloise)
A repercussão do lançamento do livro "Memórias de Botucatu III", completando a "TRILOGIA DAS MEMÓRIAS DE BOTUCATU", foi muito positiva para a cultura botucatuense. A imprensa destacou esse lançamento literário.
Neste 3º volume das "Memórias", ficam registrados os principais aspectos ligados à história de Botucatu, como o histórico das tradicionais escolas Normal e Industrial, do nosso primeiro Arranha-Céu, o Aquífero de Botucatu, Turismo Rural/Turismo Raiz,Balneário e Termas de Piapara, Lageado: o Futuro é Possível e O Legendário Lawrence da Arábia: um brasileiro nascido na Serra (Cuesta) de Botucatu.
Abrindo as atividades culturais do Ano 2.000, do Novo Milênio !
Do Novo Milênio?!?
Simples final de ano ou final de século e de milênio?!?
É uma discussão superada, afinal o mundo já elegeu o 2.000, com todo o seu magnetismo, como o marco do novo século e do novo milênio.
E as comemorações ocorridas comprovam essa escolha. No entanto, todos sabemos que o Calendário Gregoriano começa no ano 1 e não no ano 0. O nosso primeiro século também teve início no ano 1, indo até o ano 100... Os séculos subsequentes, idem.
Quer dizer o primeiro milênio foi do ano 1 ao ano 1000, da mesma forma, o segundo milênio irá do ano 1001 até o ano 2,000 (completo). Assim, o terceiro milênio somente teria início em 2.001.
Teria... Já se disse que mais vale a versão do fato do que o fato propriamente dito... Será?!? A verdade é que o mundo, a mídia, os governos, a população de todos os povos, a Igreja, elgeram o ANO 2.000 como marco divisório entre os milênios.
Todavia, fica aqui o registro.
E em nosso terceiro milênio, abrindo o século XXI, temos o lançamento do "Memórias de Botucatu III" - Na Terra do Peabiru! - marcando e completando as TRILOGIAS DAS MEMÓRIAS DE BOTUCATU.
A seguir, algumas considerações:
S.Paulo,
25/01/2000.
Caríssimo
Delmanto,
Retornei
hoje a São Paulo depois de um descanso necessário. Cheguei no aniversário de
São Paulo, com muita saudade de Botucatu.
Na
correspondência encontrei o presente de uma jóia – “Memórias de
Botucatu III”. Corri os olhos, ansioso e pude notar numa vista rápida
que o livro deveria chamar-se “A Bíblia de Botucatu”. Ele é um
misto de alta literatura, científica, histórica, modelo de pesquisa, calendário
de projetos, antologia de vultos históricos, sociologia psicológica de um povo,
poema de uma cidade, geografia comunitária, um projeto de História da Educação
de Botucatu, enciclopédia de vultos históricos e, sem dúvida, o roteiro
político da continuidade do progresso de uma cidade que nasceu com
perfil de gigante para não ficar eternamente deitado.
Você
teve o dom de reunir séculos com estórias e histórias.
Volto
a dizer que Delmanto é Botucatu, ou melhor,“Botucatu é Delmanto”
Preciso
ler o Memórias III com mais vagar e sentimentos e essa leitura
só pode ser feita na terra do Peabiru, isto é, a pátria do
Delmanto.
Agradeço-lhe
como sempre, as suas referências ao meu nome.
Um
abraço AMIGO do,
Agostinho
Minicucci.”
S.P.,
20/01/2000.
Caro
Armando M. Delmanto,
Começo
melhor para o ano 2.000 no campo histórico-cultural-editorial não poderíamos
ter em Botucatu. Obrigado pelas “Memórias III”. Modo original de
fazer História juntando o documento e a sua análise. Li-o, apenas retirado do
envelope.
Continue.
Parece-me
que mudaram o nome do aquífero paraAquífero Mercosul. É isso? Não se
adiantou na pesquisa? O Paulo Henrique Cardoso conseguiu algo?
Na Inglaterra é que está a solução do enigma.
Há
décadas cheguei a esboçar um romance “A Fazenda” que não
sendo a do Conde seria aquela. O antigo editor Diaulas
Riedel, menino-jovem passou ali férias de verão e com entusiasmo e
minúcias, descreve-a. A Condessa, idosa, mantinha quiosque no Boi
de Bologne no qual, no inverno, oferecia café brasileiro. De certo, da
fazenda. Imagine escravos abrindo picada, do Porto Martins à
fazenda e transportando ardósias francesas, veludos italianos, mudas de pinho
de Riga, piano alemão para a casa sede. Boa tarefa será um volume – elaborado
sem pressa – para tal casa, a mais importante da região.
Abraço,
obrigado.
Hernâni
Donato”
S.P.,
19/01/2000.
Caríssimo
Armando,
Mal recebi e já mergulhei na leitura das “Memórias
de Botucatu III”. Como sempre, você consegue aliar à pesquisa uma linguagem
coloquial, o que torna a visão de nossa história ainda mais agradável e
atraente. Fiquei emocionado com os detalhes da construção do nosso primeiro
arranha-serra (bela expressão). As memórias do menino botucatuense
misturam-se aos dados fornecidos pelo historiador. Como uma personagem do“Amacord”,
também eu sempre imaginei a boate doPeabiru como palco de festas
suntuosas e de encontros fortuitos. E, em minha cabeça, padres furibundos
barravam o meu sonho felliniano.
O “Lawrence” é
material para novela! Que história mais fantástica. E fiquei
comovido ao ver a foto da casa da Sra. Leandro Dupré. Quero
saborear cada página, pois sei que aprenderei muito com essa leitura. Mais uma
vez você contribui, de forma incisiva, para que Botucatu não perca sua
identidade, e para que nós tenhamos muito orgulho da cuesta.
Obrigado
pela dedicatória tão gentil, parabéns pelo belíssimo trabalho, e um abraço a
todos de sua família,
Alcides
Nogueira.”
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