fevereiro 10, 2020

O CAOS DAS ENCHENTES E O NOSSO HISTÓRICO URBANÍSTICO

O CAOS DAS ENCHENTES 
E O NOSSO HISTÓRICO URBANÍSTICO

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Todo ano as enchentes se repetem em Botucatu. Erros graves na gestão da cidade se agravam por não terem sido solucionados ao longo de tantos anos!

CAOS em Botucatu. Forte chuva causa estragos. Ponte da rua Dr. Raphael de Sampaio desaba. Muros e casas desabam. Desabrigados vão para o Ginásio Municipal. Enchentes anualmente se repetem, com maior gravidade nesta madrugada.

É preciso destacar os gravíssimos erros da prefeitura municipal, no passado, e que estão a causar, TODO ANO, estragos e prejuízos a Botucatu:

1 - CONSTRUÇÃO DAS AVENIDAS MARGINAIS E A CANALIZAÇÃO DO RIBEIRÃO LAVAPÉS. 
O então prefeito Luiz Aparecido da Silveira JÁ HAVIA CONSEGUIDO (1982) o financiamento federal para a construção das AVENIDAS MARGINAIS com o então Ministro Mário Andreazza ( ver recorte do JORNAL DE BOTUCATU). A nova gestão municipal cancelou tudo sob alegação que Mário Covas conseguiria um financiamento melhor...

2 - ESTAÇÃO RODOVIÁRIA (TERMINAL RODOVIÁRIO): 
O então prefeito Luiz Aparecido da Silveira JÁ ESTAVA CONSTRUINDO as instalações da futura ESTAÇÃO RODOVIÁRIA, em 1982, na entrada da cidade (recomendação técnica de planejamento municipal, eis que propiciaria o acesso de ônibus intermunicipais). As obras e a ampla área foram doadas pela nova gestão da prefeitura para o CORPO DE BOMBEIROS... 

RESUMO: A Prefeitura localizou e construiu a ESTAÇÃO RODOVIÁRIA na baixada, entre o centro da cidade e a Vila dos Lavradores, localização que contrariava a recomendação técnica de se construir a RODOVIÁRIA na entrada da cidade e, MUITO MAIS GRAVE, optando pela construção em área NÃO SANEADA e sempre sujeita a enchentes graves...

O NOSSO HISTÓRICO URBANÍSTICO:

PLANEJAMENTO URBANO MUNICIPAL

A cidade de Botucatu ganhou, na entrada de cada século, procedimentos técnicos na área urbana que lhe garantiram um desenvolvimento sustentável e modelar perante as demais cidades do Estado.

NO SÉCULO XX – O GRANDE PLANEJAMENTO:

Após a Proclamação da República (1889), a administração municipal passou a ser parlamentarista: os membros do Conselho da Intendência (Vereadores) eram eleitos pelo voto e elegiam o Intendente Municipal (Prefeito).


Já em 1890, o Intendente Municipal (Prefeito) era Raphael Ferraz de Sampaio que comandou o grande planejamento municipal: todo o arruamento da cidade, com as duas grandes artérias cortando toda a urbe (a atual Amando de Barros que continua na Floriano Peixoto e chega na Major Matheus e a atual Dom Lúcio continuando na Avenida Santana até encontrar também a Floriano Peixoto), sendo certo que as atuais paralelas João Passos, Cardoso de Almeida e General Telles, também estão ligadas à Floriano Peixoto...
 E no TOPO DA CUESTA a ACRÓPOLE CÍVICA, onde seriam construídos a Catedral, a Escola Normal, o Fórum, a Misericórdia Botucatuense, a Industrial, a Casa de Saúde Sul Paulista, etc.
E tem mais: o abastecimento de água e o tratamento de esgoto também foram objeto do planejamento municipal. Já em 1917, Botucatu tinha 100% de seu esgoto tratado em uma rede de 14 Km!!!

NO SÉCULO XXI – O CENTRO CÍVICO:

Nos anos 90, eu tive a honra de formar em um grupo que batalhava por um planejamento urbanístico moderno para Botucatu. Em cima da competência técnica dos estudos do arquiteto Eugênio Monteferrante Netto, lutávamos pela implantação do planejamento municipal racional e desenvolvimentista, preparando Botucatu para o novo século que chegava.


Monteferrante já tivera participação expressiva na localização da fábrica da CAIO, na construção de modernas avenidas (Vital Brasil e Rafael Laurindo) no traçado da atual Castelinho, no Plano Diretor do Lageado (com seu moderno traçado viário), no Plano Diretor de Botucatu e na implantação de modernos bairros residenciais como o Jardim Paraíso, enfim, já tivera uma participação técnica respeitável em Botucatu.
            Assim, a luta pela construção das Avenidas Marginais e a localização para o Centro Cívico (Fórum, Câmara Municipal e Prefeitura), foram as grandes bandeiras dos anos 90. A luta pelas construções do Anel Viário e da Avenidas Marginais continua...
            Nos primeiros anos do novo século (2000/2004), Monteferrante atuou no Planejamento da Prefeitura Municipal e CONSEGUIU localizar o CENTRO CÍVICO na Castelinho, em área doada pela Usina São Manuel...
Foi uma grande vitória de Botucatu!

Hoje, já temos o Fórum e a Câmara Municipal já está mobilizada para a construção de sua nova sede, sendo que a Prefeitura Municipal terá mais tempo, mas também deverá ser construída no CENTRO CÍVICO!
Para a região, a UNIMED já está inaugurando o seu Hospital, a HAVAN estará inaugurando a sua mega loja,  o Shopping de Botucatu já é uma ótima realidade... e a polarização do CENTRO CÍVICO deverá levar outras entidades para a região, além da construção de modernas avenidas ligando a Castelinho à Rubião Jr. e ao campus da UNESP !

É o caminho por onde crescerá a NOVA BOTUCATU!


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