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abril 18, 2025
janeiro 18, 2019
3º CICLO INDUSTRIAL de BOTUCATU
3º CICLO INDUSTRIAL
de BOTUCATU
Uma nova realidade sócio-econômica a nível nacional e uma outra cidade de Botucatu, progressista e universitária, representam o cenário do novo ciclo industrial que vivemos.
Com início praticamente nos anos 70, somente agora podemos sentir, em toda a sua plenitude, a grandiosidade deste novo período industrial.

("Memórias de Botucatu", 1995)
Alicerçado na presença de grandes complexos industriais, a cidade de Botucatu vive período de grande progresso. As grandes indústrias, de porte internacional, asseguram a estabilidade de nosso 3º Ciclo Industrial. A CAIO - Companhia Americana Industrial de Ônibus é uma das maiores empresas fabricantes de carrocerias de ônibus do mundo, perdendo somente para uma fábrica estatal da Hungria.Dedicada aos mercados interno e externo, a CAIO exporta 15% de sua produção (produção média de 16ônibus diários). A fábrica da DURATEX, pertence ao poderoso conglomerado do Banco Itaú, praticamente é voltada para a exportação, tendo conquistado e dominado o mercado europeu pela alta qualidade de seus produtos. A STAROUP, fábrica de jeans, após conquistar o mercado interno, ganhou o mercado externo e, hoje, está partindo para co-produção nos EUA, Portugal e URSS. A HIDROPLÁS E BRAS-HIDRO, atuando no ramo de fibra de vidro, gozam de grande prestígio a nível nacional e internacional. A NEIVA-EMBRAER dispensa comentários, sendo certo que a qualidade de suas aeronaves engrandecem o Brasil. E a MOLD-MIX garante segura posição no mercado, com a alta tecnologia de seus produtos.
Na verdade, as grandes industrias garantem às pequenas e médias indústrias a necessária estabilidade para o desenvolvimento de suas potencialidades, através de uma entidade representativa forte e prestigiada a nível estadual e nacional.
Cidade universitária, com boa estrutura de serviços, abrigou muitas indústrias, todas de especial importância para o município e região, mas com destaque para as grandes industrias, com ramificações e mercados a nível nacional e internacional.
Daí o destaque dado à CAIO, DURATEX, NEIVA-EMBRAER, STAROUP, HlDROPLÁS, BRAS-HIDRO e MOLD-MIX.

(revista Peabiru, nº 26 - 2008)
Mais de 10 mil trabalhadores na indústria botucatuense. Déficit de quase 8 mil casas. Um desafio.
Um desafio que encontra perspectivas no futuro.
Um desafio que encontra uma classe patronal consciente, dinâmica e moderna.
O futuro CONJUNTO EDUCACIONAL, ASSISTENCIAL E ESPORTIVO DO SESI e a futura sede regional da Delegacia do CIESP são prova disso.
A nova classe dirigente patronal de Botucatu está credenciada a enfrentar e vencer esses desafios.
No entanto, como bem mostrou matéria publicada na revista Peabiru, nº 26, de setembro/outubro/2008, é preciso ousadia e a participação positiva do Poder Público para que possamos vencer o alto déficit habitacional:
"...Com a construção da COHAB 1- Conjunto Habitacional "Humberto Popolo", o Prefeito Lico Silveira conseguia o grande feito de trazer para Botucatu um conjunto residencial popular MAIOR que muitos municípios vizinhos ( Bofete, Conchas, Itatinga, Pardinho). É de justiça destacar a colaboração efetiva da Câmara Municipal para o sucesso desse empreendimento, aprovando a destinação de 100 mil cruzeiros para toda a infra-estrutura desse conjunto habitacional. Depois disso, no gráfico técnicamente elaborado e abrangendo até o ano de 1996, será possível ver que de 1983 até o ano de 1996, muito pouco coisa foi feita em termos de diminuir o deficit habitacional de nosso município. Ao mesmo tempo, no ano de 1978, o esforço realizado pela Prefeitura de Botucatu, como um todo (e aqui é preciso destacar a atuação técnica do arquiteto Monteferrante e assessoria política e jurídica do Dr Vasco Bassoi) para concretizar a instalação da CAIO, obteve êxito: a doação de terreno, a concessão de incentivos fiscais e a gigantesca terraplenagem realizada na área onde hoje está situada a CAIO/INDUSCAR é uma mostra positiva desse esforço..."
A FOLHA DE BOTUCATU (2ª. fase) objetiva a que a nossa cidade encontre o seu lugar de destaque no mais desenvolvido Estado brasileiro e que os jovens empresários que comandam o seu presente possam lhe trazer o progresso, a justiça social e o prestígio que no passado, em seu 1º Ciclo Industrial, lhes foram assegurados pelos imigrantes pioneiros sob o comando do patriarca Petrarcha Bacchi (AMD).
Obs.: Como todo este trabalho está baseado em matérias publicadas em 1995, destacamos que, atualmente, mais duas grandes industrias estão instaladas no município: a EUCATEX e a IRIZAR.

março 29, 2014
PETRARCA BACCHI "O MATARAZZO DE BOTUCATU"
"O MATARAZZO DE BOTUCATU"
" Isso nos leva a pensar em Botucatu. A infância de nossa cidade foi marcada por um surto industrial, em primeiro lugar pelo pioneirismo da colônia italiana, ávida de grandes realizações e da conquista da nova pátria. Os oriundi, como os Bacchi, os Blasis, os Lunardis, os Milanesis e tantos outros, verdadeiros capitães de indústrias, trouxeram o know how da Itália e deixaram marcas em prédios que ainda hoje são símbolos de uma época áurea na efervescência da convivência de imigrantes e brasileiros.
Petrarca Bacchi marcou um ciclo na industria botucatuense levando-a a competir com a poderosa Companhia Paulista de Força e Luz - CPFL e a instalar uma usina hidroelétrica e outra termoelétrica, chegando à ousadia de fornecer energia à cidade. Produziu cerveja apreciada em todo o país. Introduziu o primeiro elevador em industria, em São Paulo distribuía de brinde um sifão fabricado na Alemanha.
O berço da Votorantim foi Botucatu e tivemos o início de um ciclo de calçados, com o dinâmico Delmanto. E nisso precedemos a cidade de Franca e a lembrança são os nossos curtumes". Agostinho Minicucci
A presença de PETRARCA BACCHI na história de Botucatu representa a participação dos pioneiros da industrialização - os italianos - na formação de nosso município, com sua projeção de destaque perante todo o Estado de São Paulo, no início do sécuIo XX.
O 1ºCiclo Industrial de Botucatu teve como seu maior expoente, o Sr. PETRARCA BACCHI, iniciando-se no último decênio do século passado (1890) e vindo até a crise econômica de 1930, que arruinou, em todo o Brasil, muitas indústrias e estragou muitas cidades. A cidade de Botucatu, particularmente, sentiu essa mudança em sua economia. Tanto é assim que após 1930 e até o final dessa década, o setor industrial e o comércio botucatuenses restaram praticamente paralisados. Essa crise custou a nossa liderança econômica na região, mas, também, a nossa liderança política. Com a implantação da Ditadura do Estado Novo e a conseqüente nomeação dos Prefeitos, Botucatu ficou sem expressão política e sofreu a discriminação por ter sido a base política do PRP, com a liderança do Deputado Federal José Cardoso de Almeida, que já exercera por tantas vezes o expressivo cargo de Secretário de Estado e, na Revolução de 1930, ocupava a liderança do Presidente Washington Luís. Com a revolução, o governo foi deposto e seus representantes exilados. Cardoso de Almeidafaleceu no exílio, em Paris, em 1931.
Grupo Industrial Petrarca Bacchi
Para completar a visão do quadro de então e da "visão" daquele dinâmico e ousado imigrante, basta dizer que construiu uma Usina Hidrelétrica para "tocar" as suas industrias, chegando a fornecer energia elétrica à cidade de Botucatu. Da mesma forma que a Matarazzo e a Votorantim, Petrarca Bacchi procurava ser autosuficiente em energia elétrica, o que mostra que era um empresário moderno e avançado para a sua época.
Usina Hidroelétrica Bacchi, localizada no distrito de Lobo e inaugurada em 1929.
A 1º de março de 1940 falecia, em São Paulo, o Sr. Petrarca Bacchi, onde se encontrava em tratamento no Sanatório "Esperança", consternando toda a cidade de Botucatu. Na ocasião, nas colunas do "CORREIO DE BOTUCATU", o Sr. Deodoro Pinheiro Machado dava o seu relato: "Ao chegar aí, de madrugada, quando o automóvel que me conduzia da gare fronteou o conjunto das Indústrias Bacchi, confrangeu-se-me o coração, meu pensamento evocou a figura amiga e dinâmica de Petrarca Bacchi, o vigoroso bandeirante da grande indústria botucatuense. Bacchi deixou um vácuo impreenchível. Viveu décadas voltado ao afã de construir a prosperidade de minha terra natal.. Os lucros que seu trabalho inteligentemente coordenado ia verificando, não estagnava num banco ou no "pé de meia", aplicava-os sempre sucessivamente no incremento de novas e promissoras industrias até culminar na invejável altitude que hoje ostentam as suas dinâmicas realizações acumuladas com pertinácia e visão esclarecida. Era o Matarazzo de Botucatu".
Também por ocasião dessa grande perda, a "FOLHA DE BOTUCATU", de 1ºde março de 1940, então sob a batuta segura de PEDRO CHIARADIA, relatava o infausto acontecimento através de pesquisa efetuada por seu redator-secretário PEDRETTl NETO: toda a movimentação ocorrida na cidade, as manifestações de pesar vindas de São Paulo, de todo o interior, e das famílias botucatuenses, culminando com a missa de corpo presente, rezada na Catedral por S.Exa. Revdma. Dom Frei Luís Maria de Sant´Ana, então Bispo Diocesano. Os dados biográficos compilados por Pedrettí Neto, na ocasião, dão bem um retrato de Petrarca Bacchi":
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"DADOS BIOGRÁFICOS
Em 1896, sob as ordens do general Baratieri fez a campanha da Abissínia. Em 1898 veio para o Brasil passando a residir na cidade de Sorocaba. Nesse mesmo ano transferiu-se para Botucatu.
Em 1901 contraiu núpcias com d. Maria Petry, já falecida. Desse consórcio teve os seguintes filhos: Domingos, casado com d. Onélia Dromani; Sidraco, casado com d. Teodomira Pampado; Hermínio, casado com d. Ida Milanesi; dr. Jacob, casado com d. Maria Dromani; dr Américo e Anita. Em segundas núpcias, casou-se com d. Elvira Grazini e deste casamento são suas filhas as menores Mariana e Marina.
O sr. Petrarca Bacchi iniciou suas industrias com um moinho de Fubá no local denominado hoje de Salgueiro, isto é, no começo da rua Amando de Barros; transferiu-se depois para o moinho do Russo hoje de propriedade do sr. Adriano Ribeiro. Em 1909, localizou-se na Avenida Floriano Peixoto, primeiramente com uma máquina de arroz. É esta a modesta origem do grande parque industrial. Da maquina de arroz o sr Petrarca Bacchi instala um pastifício, depois a serraria, máquina de algodão, a Usina Hidro-Elétrica e, finalmente, uma fábrica de chapéus. Cerca de 400 operários trabalhavam nas industrias Bacchi.
As origens da Família Bacchi remontam-se à Idade Média. De estirpe nobre, originária de Modena, os antepassados do sr. Petrarca Bacchi foram exclusivamente homens de armas. Vários deles participaram da Batalha de Beoca, contra os mouros, no dia de Santo André. No ano de 1022 passam a pertencer a Ordem dos Cavaleiros, instituída peIo rei Roberto, o Devoto. Foram defensores de fé cristã e o brasão heráldico, representa a batalha de Beoca.
O sr. Petraca Bacchi naturalizou-se brasileiro"
Essa é a homenagem que a FOLHA DE BOTUCATU (1ª. fase) procurou trazer a esse grande construtor do progresso e do desenvolvimento de Botucatu.
PETRARCA BACCHI representa, para nós, que estávamos vivenciando o dinamismo de nosso 3º Ciclo Industrial, a certeza de que existe um passado na história de Botucatu tão grande quanto o presente e que é preciso preservá-lo, trazendo às novas gerações o exemplo de nossos grandes vultos do passado como a mostrar que para a construção de um povo e de uma Nação é indispensável a presença de homens de fibra e de idealismo como PETRARCA BACCHI e os pioneiros da industrialização em Botucatu.(AMD).
Conde Francisco Matarazzo:
O Empreendedor do Século XX/ leia aqui
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