fevereiro 03, 2011

LIBERDADE DE IMPRENSA

“Eu sempre acreditei que até a democratização dos meios de comunicação seria uma luta política. Acabei descobrindo que se tornou uma conquista tecnológica. Hoje, todo mundo pode ser o seu próprio Roberto Marinho...” Fernando Morais – jornalista e escritor.

Todo cidadão que tem como ofício as letras, às vezes se pergunta, se questiona se vale a pena escrever e colocar para fora os sentimentos e mandar mensagens e comentar fatos... Será que vale a pena? Mas de imediato e em auto defesa contrapõe outras perguntas: vale a pena viver? Vale a pena amar? Vale a pena sonhar???

Sim, vale a pena. Sempre vale a pena. Tudo que se faz, vale a pena. Pois não estamos aqui para isso? Para viver, viver e viver? Como passageiros dessa vida, acredito, devemos fazer o que achamos que devemos fazer, sempre dentro do respeito ao direito dos outros: direito que começa onde, exatamente, termina ou se limita o nosso. São leis da convivência... É a lei da vida.

Então vale a pena escrevinhar em uma cidade do interior as coisas e os sentimentos que estão a nos dizer alguma coisa e a sua mensagem chegar a Brasília, em Portugal e nos Estados Unidos... Deixar que as palavras surjam, se combinem e se casem... É o milagre da revolução tecnológica que, mobilizando a população, implodiu politicamente a Tunísia, agora começa a agir no Egito e, amanhã, quem sabe...

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Os nossos artigos revelam a visão que temos da importância da comunicação, da ponte que o escritor, o cronista e o jornalista estabelecem com a população: a mágica de você escrever determinado assunto e, se for preciso, clamar por justiça! E, se for preciso, mudar o seu país! E, se for possível, acabar com mesmice política que vem – há anos! – amortecendo a participação popular em um país chamado BRASIL!

O verdadeiro profissional da imprensa livre nunca se descuida de sua missão e, se não fosse corajoso e não ousasse romper as amarras aveludadas do comodismo que estabiliza a vida das pessoas na mediana mediocridade de uma existência sem sustos, sem riscos e sem lutas, não cumpriria a sua missão cidadã...

O que é importante que se escreva?!?

Tudo é importante. Tudo o que cria, interfere e modifica na sociedade, tem a sua importância. De tudo se tira uma mensagem, um exemplo. E de tudo e em tudo o que vemos é a grandiosidade do universo e a insignificância de nossa presença e de nossa passagem por este mundo. O que vemos é que a futilidade, o comodismo, a malversação do dinheiro público, a arrogância dos poderosos, a corrupção dos pulhas terão o acerto de contas no final da linha... Meditação para todos e especialmente para os que ocupam postos de mando... Tudo é passageiro... E a riqueza, a prepotência e o poder tão efêmeros...

E não somos ingênuos de acreditar que no amplo GUARDA-CHUVA que protege a liberdade de imprensa, não estão acomodados muitos jornais e revistas que representam a LIBERDADE DA EMPRESA! Sim, muitos desses veículos se assumiram como representantes de partidos políticos da direita primata. Explico: aqueles que vêem o mundo sob a ótica distorcida da antiga e distante Guerra Fria...

Isso nos traz a importância da imprensa como fonte de informação e como garantia do pleno exercício da cidadania por parte da população. Nesta fase de globalização mundial, a democratização dos direitos do cidadão tem quer ser a bandeira elevada da nossa geração. E, entre os principais direitos do cidadão, está o direito à informação:

É a LIBERDADE DE IMPRENSA!

E essa liberdade, essa informação quando diz respeito à gestão pública NÃO pode ficar sob segredo de governo. O bom e sério jornalista ou comunicador é o que busca as informações que interessem à população e que lhe dizem respeito ou que estejam relacionadas ao exercício de cargo público. E sempre resguardando o informante. É um direito conquistado. É uma liberdade e é um DIREITO DA SOCIEDADE !

No Brasil, a construção da DEMOCRACIA vem contando com a colaboração de jornalistas que, desafiando o poder e os seus ocupantes temporários, levam à população a verdade dos fatos e, muitas vezes, as mazelas e os mal feitos dos despreparados para o poder.

Exemplo de postura tendenciosa que ocorre na imprensa é a que trata o presidente da Venezuela, Hugo Chaves, como o “sucessor de Fidel Castro” e, num oposto radical, há a que o trata como o fanfarrão, “o beiçola de Caracas...”

Hoje, a figura mundialmente conhecida de JULIAN ASSANGE (Wikileaks), exemplifica bem essa liberdade de imprensa.

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Ele, por suas fontes resguardadas, pôs a nu o poder de vários países, deixando claro a displicência , a irresponsabilidade, o juízo rápido e pequeno com que os poderosos de todo o mundo tem exercido as suas funções.
Isso tem um nome: LIBERDADE DE IMPRENSA!
Lição a meditar-se...

4 comentários:

Anônimo disse...

me comove, um texto exemplar, tratando de um tema exuberante. nossos bloggs bem escritos são os melhores e mais convincentes veículos sustentadores da livre imprensa.
intelectualmente, eu não seria quase nada sem meu rock'n roll, e sem a rede das redes, sem as informações da web, sem a web/internet.

é isso.

Anônimo disse...

“...Deitado eternamente em berço esplêndido...” – depois do que está acontecendo na Tunísia, no Egito, no Iêmem, na Argélia e até na Jordânia, eu não ficaria com a certeza de que não acontecerá por aqui...Por enquanto, essa onda justiceira está atingindo países onde não há nem caricatura de democracia, é ditadura disfarçada mas é ditadura. Agora, quando chegar nas “democracias/meia-solas”, como a nossa, eu quero ver! Berço esplêndido é o escambau!!!
(bastosgustavo32@yahoo.com.br)

Anônimo disse...

Não acredito na liberdade de imprensa aqui no Brasil. O que tem é a opinião da Globo, da Folha, do Estadão, dos grandes grupos, da revista Veja, cada um puxando a sardinha pro seu lado.Agora, quando eu ligo o meu PC, eu viajo. Vejo tudo pela Europa, principalmente Portugal e Espanha que é mais fácil de entender. Ele é meu e está pago. Não leio jornal mas estou sempre bem informada. Quem sabe a gente ainda faz uma corrente positiva pra mudar a bandalheira por aqui...
(ludmila.cunha@yahoo.com.br)

Anônimo disse...

Eu gostava daquele “boca-mole” do Paulo Francis, etâ cara arretado! Metia bronca no pessoal...Eu fiquei sabendo que ele tinha um monte de processo contra ele quando morreu. É duro enfrentar essa turma, até ele não agüentou...
(jair.castro66@yahoo.com.br)

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