fevereiro 11, 2011

Sarney = Príncipe Salina

É a mesma estória, sem tirar nem por...
Será que o homem do bigode que “ganhou” a presidência, decretou a moratória, prejudicou o país, bateu o recorde da inflação e adora o “puder” absorveu o espírito CONSERVADOR do Príncipe Salina ?!?

Será ?!?

A obra literária “O LEOPARDO” tornou-se um clássico da sociologia que estuda as mudanças ocorridas na civilização ocidental, no caso, da mudança ocorrida na Europa Medieval com a decadência da nobreza e o surgimento de uma nova realidade.

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Transformada em filme por Luchino Visconti, fez sucesso mundial, com Burt Lancaster, Alain Delon e a bela Claudia Cardinali:
“...o fantasma do Conde de Lampedusa se projeta sobre nós, alertando-nos com o pensamento magistral do Príncipe Salina manifestado a seu jovem sobrinho Tancredi, que tinha espírito “revolucionário” e queria mudanças:
“—É preciso mudar alguma coisa para que tudo permaneça como está...”

A realidade do mundo atual é de “...desconstrução de certezas...”, como escreveu com maestria Arnaldo Jabor. O avanço da tecnologia da informação, via internet, nos tem mostrado uma realidade para a qual a humanidade, como um todo, e cada um de nós, em particular, não fomos educados. Então, o desajuste, o desequilíbrio, no campo moral, no campo das inter-relações sociais e especialmente no campo político. Toda uma doutrina sobre segurança pública está desmoronando diante dessa nova realidade... A dinâmica dos meios de comunicação e divulgação e a interação da sociedade estão criando um mundo tão inesperado, que os mais otimistas só esperavam para daqui a muitas décadas!

É verdade que a sociologia nos mostra que as comunidades vão construindo o seu perfil e construindo as suas lideranças. E vão construindo e vão experimentando e vão se enriquecendo com o aporte de novas técnicas que impulsionam e mobilizam a comunicação e a formação de novas lideranças em uma nova e surpreendente realidade...

E, hoje, a “farsa” do Príncipe Salina está se repetindo incorporada na figura folclórica do presidente do Senado Federal, José Sarney. A tão esperada Reforma Política corre um sério risco de ser transformada na “reforma política do PT”, sob os auspícios daquele fiel “companheiro” que acompanhou Lula até São Bernardo!!!

NÃO ! Não é por aí... Pode até acontecer, mas será tão somente mais uma pantomina a empobrecer a classe política brasileira e a deixar a população, como sempre, descrente do civismo e, a longo prazo, fazendo a sua cobrança cidadã!

E a solução esta na convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte!

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Em toda Nação, em toda comunidade politicamente organizada, desde os tempos medievais, há uma força suprema – O Soberano – cujas regras, normas e diretrizes, determinadas direta ou indiretamente, estabelecem a Lei e o Soberano está acima da própria Lei. Hoje, é o que acontece. Hoje, o fundamento é o mesmo.

O que difere é que no Estado Moderno, o Soberano é o Povo. E como o Povo exerce a sua soberania?

O povo exerce a sua soberania através do Poder Constituinte. Assim, o Poder Constituinte é um Poder Supremo, um verdadeiro monopólio, um poder que não sofre contraste de nenhum outro; um poder de emitir ordens, executadas através da força organizada da comunidade.

Exatamente isso: a comunidade organizada exercendo, através do Poder Constituinte, a Soberania em toda a sua plenitude e com o poder de fazer e mudar a lei fundamental do Estado – a Constituição. E será através da Assembléia Nacional Constituinte que faremos as mudanças NECESSÁRIAS para que a Nação Brasileira caminhe com segurança e firmeza para um destino melhor, com mais democracia e justiça social.

O atual Congresso Nacional NÃO tem o Poder Constituinte para fazer a
Reforma Política
que a Nação almeja.
Repetimos: será apenas a “reforma política do PT”...

6 comentários:

Anônimo disse...

A estória de Sarney é antiga. Na época de Juscelino, quando o partido dele era oposição (UDN), ele criou o grupo “Bossa Nova”, votava contra o partido e apoiava o governo. Na época que o Jânio queria ser candidato, ele bombardeou o candidato da UDN e apoiou o Jânio. No Regime Militar grudou nos milicos e conseguiu ser até governador e presidente da Arena/PDS; com a campanha das “Diretas Já”, abandonou os militares e, em troca, foi ser vice do Tancredo. O Tancredo morreu e Sarney entrou na maior “mamata”. Engolia tudo o que o Ulisses Guimarães mandava, só não queria deixar a presidência...Foi o período mais sem rumo que o Brasil teve. Agora é o “maior amigo de infância” do Lula. Urgh! Sai pra lá! Chega dessa esperteza marota do “venha a nó$ o vosso reino”...Isso tem que acabar!
(luisroberto-souza@yahoo.com.br)

Anônimo disse...

especialmente maravilhoso. diga sobre cinema, e eu me abalo. tudo muito bem encaixado. vc tá me sainda melhor que a encomenda.

Anônimo disse...

“...Quando estiverem cauterizadas as feridas morais abertas pela Era da Mediocridade, escrevi em junho de 2009, o Brasil contemplará com desconsolo e desconcerto a paisagem deste começo de século. Como foi possível suportar sem revides as bofetadas desferidas por um José Sarney ─ político sem luz, orador bisonho, poeta menor e escritor medíocre? Como explicar a mansidão da maioria dos insultados pelo coro dos cúmplices contentes?” Este texto é do jornalista Augusto Nunes em seu Blog sobre José Sarney. Mostra bem como ele é e a cara de pau que tem. O Brasil merecia coisa melhor! (haroldo-leao@hotmail.com)

Anônimo disse...

Com esse Congresso, Não! Esse é um grande golpe articulado por José Dirceu (aquele que apanhou de bengala!) que está usando o “serve-todos” Sarney para fazer essa Reforma Política Fajuta que só vai servir para o PT ficar 20 anos mandando. Já falei, já comentei no artigo “Liberdade de Imprensa” que a nossa é uma “democracia-meia-sola”. Remendão vai ficar o Estatuto da Nação, a nossa retalhada Constituição! (bastosgustavo32@yahoo.com.br)

Anônimo disse...

Li seu artigo - Principe Salina - excelente!!! Não faz muito tempo, retirei o filme "O Leopardo" na locadora. O enfoque que você usou serviu como uma luva. O filme é muito bonito. Mostra toda aquela "transição" que a Itália sofreu durante a guerra da unificação. O reinado continuou, por muitos anos ainda, e o principal personagem da revolução - Garibaldi - foi relegado à história. O rei não o convidou para compôr o novo exército.
Tudo aquela história aconteceu, também, no Brasil. Lembra dos "Coronéis" que dirigiam com mão de ferro as pequenas comunidades? O jogo de interesses continua através dos partidos politicos. Isso explica a permanencia do Sarney, Maluf e uma enormidade de "coronéis" do resto do Brasil, principalmente norte-nordeste.
Na verdade não existe patriotismo politico. Existe jogo de interesses.
Grande abraço, Olavo Pinheiro Godoy
olavogodoy@yahoo.com.br

Anônimo disse...

Boa tarde, amigo Delmanto! Quero parabenizá-lo pelo seu blog, principalmente por sua visão profunda da situação egipcia e mundial, e seu artigo sobre o Sarney. Não sei se leu meu pequeno artigo no Diário, na quinta-feira passada, mas mencionei "uma ponta de inveja" ao ver a garra daquela juventude a lutar nas ruas por uma liberdade democrática, quando por aqui faziam arruaça por causa de...futebol! Quando veremos de novo os "cara-pintadas" (reedição piorada da juventude de 60 e 70) sairem às ruas com a mesma garra para exigir uma VERDADEIRA varredura no país? Emblemática é a cena que você mencionou, dos cidadãos limpando monumentos e exibindo cartazes "estamos reconstruindo o Egito" ! Quando é que vamos expelir o lixo acumulado debaixo do tapete? Melhor dizendo, quando vamos abolir os tapetes que só servem para isso?
E ficamos por aqui, como você mencionou, no protesto cidadão de longo prazo, no mínimo solidários com os corajosos Arnaldos Jabores, Carlos Alexandres, Boris Casoys e etc. que acabam sendo pregadores num deserto de incapacidades e incompetências intelectuais e políticas. É claro que temos gente boa. Mas porque são tão covardes? E nós? Dentro de nosso mísero nicho, como poderíamos tentar sequer mudar as coisas?
Abraços, e desculpe o desabafo.Sebastião.
jspmendes@hotmail.com

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