BLOGUEIRA TEM 4 MILHÕES DE ACESSOS

“Seriado produzido pelo governo cubano sataniza o uso de novas tecnologias.” Yoani Sanchez (blogueira cubana)

Aos 31 anos, filóloga, sendo uma cubana jovem e desconhecida, resolveu utilizar a internet que era praticamente o único meio de comunicação ainda não regulamentado (excluído e desconhecido do sistema de censura). Passou a usar (em 2007) a internet para relatar o dia a dia cubano pela visão livre e ousada de uma componente da geração pós-revolução cubana.

Seu nome: Yoani Sanchez.
Seu Blog: Generación Y
Acessos: 4 milhões de visitas em 1 mês
Coments: mais de 6 mil coments em um post !!!
É preciso repetir - com destaque!: SÃO 4 MILHÕES DE ACESSOS E MAIS DE 6 MIL COMENTS EM UM SÓ POST !!!!!!!!!!!!!!!!!

Yoani Sanchez passou a ser a janela aberta por onde entrava o ar e os cubanos podiam respirar livremente e começar a construção da democracia, mesmo que virtual, naquela bela ilha caribenha.

Três mentiras sobre Cuba/Yoani Sanchez/aqui

Ela passou a desmontar, peça por peça, o quebra-cabeças falso que colocava Cuba num paraíso idealizado, dirigido por “gigantes revolucionários”...Em contrapartida, “os especialistas do governo explicam, pela TV, as novas ameaças que se infiltram na ilha e oficiais da inteligência que procuram desqualificar o Twiter, o Facebook e a Web 2.0. Os ecos do Egito e da Tunísia fazem com que a nossa polícia política procure estigmatizar a tecnologia, associando-a ao inimigo.”

Vídeo de Yoani Sanchez/veja aqui

O Blog Generación Y virou um Fórum de Debates, com participação de cubanos da ilha e dos que moram nos Estados Unidos e na Europa, mas, também, da participação de cidadãos de todas as nacionalidades interessados no restabelecimento da verdade cívica em Cuba. Como conseqüência, Yoani Sanchez foi eleita recentemente pela revista Time como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo.

Ditador KADAFI X Ditador FIDEL CASTRO

Com perspicácia jornalística e vibrante entusiasmo pela liberdade, Yoani desde muito cedo começou a fazer as comparações entre o Ditador da Ilha e outros Ditadores. Como eles se pareciam na postura autoritária e na forma prepotente com que tratavam os cidadãos de seus respectivos países e a grande impostura “revolucionária” que sempre procuraram “vender” ao mundo, como a justificar as suas eternas permanências no Poder Político.

No artigo “Nosso Homem em Trípoli”, Yoani lembra: “Eu era apenas um bebê nos braços de minha mãe militante, um pedaço de gente ainda em formação, quando, naquela primavera de 1977, Fidel Castro viajou à Líbia. O Coronel Muamar Kadafi o recebeu com todas as honras e lhe concedeu a Condecoração pelo Valor, distinção que conferiu pela primeira vez a uma personalidade estrangeira. Diante das câmeras, o comandante-chefe cubano agradeceu com um aperto de mãos...Os dois se olharam e se reconheceram em suas semelhanças.”

E depois, completava: “...com 23 anos de idade, vi o carinhoso aperto de mãos que os dois caudilhos novamente se deram. Diferentemente daquele dia de março de 1977, minha mãe, desta vez, nem queria ouvir falar do seu uniforme de militante e era difícil reconhecer o líder líbio sob a maquiagem, as roupas e os óculos de sol. Em 1998, quando Fidel participou da Conferência do Movimento dos Países Não Alinhados, foi agraciado com o Prêmio Muamar Kadafi de Direitos Humanos (!!!), que incluía a bagatela de US$ 250 mil...”

É o relato corajoso de Yoani mostrando a cumplicidade entre duas Ditaduras cruéis e que perduram, a Cubana há mais de 50 anos e a da Líbia por mais de 40 anos!!!

BRASIL X CUBA – O REGISTRO HISTÓRICO:

Apenas para desmistificar a imagem do grande comandante, trazemos o registro do encontro entre ambos (Fidel e Che Guevara) com o então ousado Presidente Jânio Quadros que tinha inovado na política externa, com o brilhantismo do Chanceler Afonso Arinos. Era a terceira via diplomática, independente dos EUA, descobrindo as novas Nações Independentes da África e com um olhar mais próximo para a América Latina e para os países do bloco socialista. Foi o “modelito” brasileiro que motivou, em grande parte, essas novas lideranças. Isso, sem falar na velha estória de Fidel Castro ser brasileiro...


Vídeo de Jânio em Cuba/veja aqui
Fidel Castro seria brasileiro?/leia aqui

Durante sua breve gestão, Jânio Quadros fazia a política mais à esquerda e independente para o exterior e, no Brasil, a sua gestão pautou pelo conservadorismo. Como copiaram, anos depois, FHC e Lula, com as suas gestões neo-liberais e com a política externa festiva e independente...
(“Jornal da Cuesta”, de 1º de abril de 2004).

Já vimos esse filme várias vezes...

Obs.: ler em “Textos Anteriores”, os artigos “Liberdade de Imprensa”, de 03/02/2011; “A Revolução da Informação”, de 27/02/2011 e “Japão: Wikileaks desmascarou crime nuclear”, de 17/03/2011.