Manifestantes sobem em caminhões no porto de Oakland durante protesto; local reabre
Essa foi a definição correta dada pelo ex-primeiro ministro da Espanha, Felipe Gonzáles. Quer dizer que não é o caso de mero reajuste do sistema financeiro. É uma Mudança de Modelo Civilizatório, ou seja, a atuação dos governos envolvidos deve seguir essa orientação de mudança: sair desse modelo desgastado do capitalismo, para um modelo que atenda prioritariamente o setor produtivo, com a atenção voltada para a ampliação das frentes de trabalho para os jovens que anualmente ingressam no mercado de trabalho. O Regime Capitalista tem que estar priorizado para o que é importante para a sociedade que ele representa e deveria servir.
A verdade é que o Capitalismo está doente! Já dissemos outras vezes e vamos repetir, ou os principais países do mundo – o chamado G20 – convocam COM URGÊNCIA as jovens inteligências de Havard, Stanford, Oxford, Cambridge e outras instituições de excelência cultural em finanças e economia ou teremos as crises que virão, tal pedras de dominó, a sufocar o Mundo Ocidental.
Repetimos: não é o caso de acabar com o CAPITALISMO e, sim, adaptá-lo à realidade do momento. O próprio presidente Obama já declarou que não é possível o Sistema Financeiro continuar sob a tutela ditatorial de Wall Street, onde o norte é sempre o lucro – através de oscilações espontâneas ou de oscilações artificiais do mercado – pouco importando para o principal: a sociedade onde está inserido e para a qual deveria servir prioritariamente.
E o movimento “Vamos Ocupar Wall Street” (anti-Wall Street) que já está atingindo quase 100 países,cada um com suas particularidades, fundamentalmente busca um CAPITALISMO que possa ser REGULAMENTADO DEMOCRATICAMENTE, buscando nivelar as injustiças do setor econômico para que todos os cidadãos possam ter perspectivas para o futuro. Nos EUA, um professor levava um cartaz no qual se lia: “Salvem as Escolas e os Serviços, NÃO os Bancos”. E justificava: “nossa salas de aula estão saturadas e os Bancos estão sendo resgatados, mas não as escolas!”
AFP
Em Seul, na Coreia do Sul, cerca de trinta grupos de ativistas sul-coreanos ocuparam hoje, sob o lema Ocupa Seul, as ruas do centro eo distrito financeiro da capital para protestarem contra o ambiente financeiro "tóxico" do país, apesar da chuva
O CAPITALISMO da ESPECULAÇÃO FINANCEIRA e do APORTE DE DINHEIRO SUJO em paraísos fiscais precisa terminar!
OS PROTESTOS QUE OCORREM EM TODO O MUNDO CONTRA A GANÂNCIA CORPORATIVA (NO Brasil, os Bancos NUNCA ganharam tanto quanto nestes últimos 16 anos, sob o governos chamados de “esquerda”, de FHC e LULA) e do SISTEMA FINANCEIRO que está arruinando a Economia do Mundo Capitalista, obrigando os governos a cortes orçamentários que estão sufocando a população, levando ao desemprego e que NÃO serão a solução da atual crise financeira mundial.
Na manifestação dos 200 mil na Itália, houve a infiltração de cerca de 500 encapuzados que quebraram vitrines e incendiaram carros, prédios e veículos da polícia. A mesma coisa ocorreu na Califórnia: houve infiltração entre os 5 mil e ocorreram depredações e atritos com a polícia. É a explosão da bolha. Sempre haverá a presença dos extremistas, dos terroristas. Então, que fique o alerta para o mundo e, para nós brasileiros. Do exemplo do que não deve ser feito.
O ex-presidente dos Estados Unidos e líder ambientalista (ganhador do prêmio Nobel da Paz/2007), AL GORE, declarou que compreende e apóia o movimento anti-Wall Street . Al Gore escreveu em seu blog: “com uma democracia em crise, um verdadeiro movimento vindo das bases, marca o primeiro passo na direção certa. Podem contar comigo entre aqueles que apóiam o movimento de ocupação de Wall Street”.
Os líderes mundiais precisam atentar para esse diferencial: com a Revolução da Informação o planeta está se transformando, realmente, em uma Aldeia Global. E essa comunicação imediata, o vigor da comunicação virtual, vem transformando realidades que estavam paradas no tempo, assim, pudemos ver a Primavera Árabe, desmontando Ditaduras que aparentemente eram sólidas; pudemos ver, também, o movimento dos Indignados da Espanha, dos Indignados Londrinos e, agora, o movimento “Anti-Wall Street” representando o descontentamento de diversos povos e Nações com o aprisionamento do CAPITALISMO por um SISTEMA FINANCEIRO PRIMATA E AUTOFÁGICO!
- Al Gore apóia movimento anti-Wall Street/ leia aqui
- Manifestações anti-WallStreet chegam a Washington/ leia aqui
- Cinco mil manifestantes anti-Wall Street protestam na Califórnia/ leia aqui
- Após protesto anti-Wall Street, porto de Oakland é liberado/ leia aqui
- Revolução da Informação/ Mário Vargas Llosa / leia aqui
4 comentários:
O Brasil já passou pelo “tacão” do FMI. Na época do Regime Militar, quando a Economia era dominada pelo Delfim Neto. As exigências do FMI imobilizam qualquer economia. Trancam o desenvolvimento e condenam gerações a um futuro sem perspectivas. Hoje, o Brasil nada deve ao FMI, mas fica todo “saltitante” em poder “emprestar” dinheiro para as ações do FMI. Na verdade, pela experiência que já tivemos e pelo que se vê no mundo todo e em todas as Nações que são submetidas às rígidas e castradoras normas do FMI, era para o Brasil lutar por uma mudança radical no ordenamento econômico-financeiro que rege o FMI e na forma de socorrer países com a economia em situação ruim. A Grécia pode ser um exemplo e se não bastar, pode-se, também, citar Portugal, Espanha, Irlanda, Itália e por vai... A presidente Dilma Rousseff não deveria ficar só nos discursos. Deveria propor mudanças concretas na política institucional do FMI. A hora é de mudanças. Sem medidas corajosas e concretas a viagem da presidente Dilma ficará como as infindáveis viagens de FHC e Lula. (jair.castro66@yahoo.com.br)
Alô, alô! Atenção! O mundo está mudando. Alô, Palácio do Planalto, o movimento “anti-Wall Street” vai acabar ocupando a Avenida Paulista, em São Paulo, que hoje é o coração financeiro do Brasil. Acordem! O “cavalo está passando arreado”, quem bobear vai ficar para trás e ser atropelado! (carla.bueno2011@bol.com.br)
Delmanto, aqui no Brasil a proteção “aberta” aos bancos, começou com o PROER, no governo do Fernando Henrique. Antes, sempre houve proteção, mas nunca oficial. E tudo continuou no governo do PT, com o Lula. O Banco da Votorantim foi vergonhosamente ajudado e o Banco PanAmericano, do Silvio Santos, foi escandalosamente ajudado. Então, eu fico me perguntando que tipo de governantes, que raça de parlamentares e que povo mais “banana” que temos aqui no Brasil. Acho até que é castigo merecido. Ninguém esperneia, ninguém briga pelo o que é certo. PQP! E o Cazuza estava certo: “Que país é este?!?” luisroberto-souza@yahoo.com.br)
No “Estadão” de hoje (05/11), há um artigo interessante: “Políticos fartos de Democracia, Polícia contra todos”, de Naomi Wof, destaca que “as forças de segurança vem reprimindo com violência alguns protestos nos EUA, como no restante do mundo”. Esse alerta nos vem graças ao movimento “Anti-Wall Street”, que se espalha por quase uma centena de cidades norte-americanas. Esse artigo nos dá um alerta: “Os Estados Uidos estão acordando para o que foi criado enquanto dormiam: empresas privadas contrataram sua polícia (a JP Morgan doou US$ 4,6 milhões para a Fundação da Polícia da Cidade de Nova York) e o Departamento Federal de Segurança Interna forneceu às forças policiais municipais armas de padrão militar. Os direitos à liberdade de expressão e de reunião do cidadão foram prejudicados sorrateiramente por critérios opacos para obter as autorizações”. E isso é extremamente grave. É o controle policial fugindo do controle do Governo Federal.
O artigo destaca que a “Democracia é desordeira, como afirmou Martin Luther King”, ou seja, “ a desordem pacífica é saudável, pois expõe a injustiça sepultada, que pode, então, ser restaurada. O ideal é que os manifestantes se dediquem a uma desordem disciplinada, não violenta, com esse espírito – especialmente a desordem do trânsito, que serve para manter os provocadores à distância e ao mesmo tempo deixar clara a militarização injusta da resposta policial.”
Pelos trechos citados dá para sentir que a situação toda requer muita esperteza e atenção dos manifestantes. Primeiro, que sempre haverá, infiltrados, os provocadores e até terroristas querendo tumultuar o movimento, radicalizando as ações de protestos. Segundo, que há um esquema policial (visto com clareza nos EUA e na Europa) reprimindo com extrema violência movimentos pacíficos, embora aparentemente desorganizados e um pouco assustadores. Mas isso é o povo nas ruas. A multidão avança no entusiasmo sem que isso represente uma violência eminente.
Vamos ter atenção. A causa é boa e não pode ser descaracterizada. Atenção!
(haroldo-leao@hotmail.com)
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