A presidenta Dilma Rousseff acaba de dar uma diretriz para a gestão de seu governo: vai privatizar rodovias, ferrovias, aeroportos e portos. Quebra-se, assim, a maior crítica do PT ao governo (8 anos) de FHC. Fernando Henrique realizou o maior programa de privatizações de nossa história, no que concerne aos governos federal e estadual em “dobradinha” com Mário Covas, então governador de São Paulo. Foi um desastre na maioria das privatizações: sem controle de qualidade, sem cláusulas que resguardassem o patrimônio público entregue à iniciativa privada (Ex.: Privatização das nossas Ferrovias).
Já que é uma decisão de governo, nos cabe, apenas, o alerta. O alerta para o RESGUARDO do patrimônio público. E a presidenta Dilma é uma executiva experiente e saberá, esperamos, realizar as privatizações necessárias com o RESGUARDO necessário, tanto para o controle de qualidade das prestações de serviços, quanto à preservação do patrimônio público a ser entregue à iniciativa privada.
E que fique claro: no que diz respeito à política, o PT já não é o “bicho papão” contra a corrupção e defensor da ética na política (vide o MENSALÃO); e no que se refere a governo, a sua política é a NEO-LIBERAL, igual aos 8 anos de FHC e aos 8 anos de Lula. E a PRIVATIZAÇÃO passa a ser a caracterização do governo da presidenta Dilma.
Reafirmando minha crença na “boa gestão” do setor público, vou acompanhar, com pensamento positivo, essa iniciativa governamental. E REAFIRMO minha crença de que tudo é uma questão de “boa gestão”, tanto o setor público pode ser bom gestor, como a iniciativa privada por ser péssima gestora... Só como exemplo: a administração do setor elétrico privatizado continua sem INVESTIMENTOS e a gestão privada de nossas FERROVIAS foi um desastre, levando ao sucateamento da malha ferroviária (ALL – América Latina Logística, fundada em 1997, exatamente para assumir a Rede Ferroviária Federal).
O jornalista e comentarista do jornal e da TV Globo, Merval Pereira, escreveu em seu blog, interessante artigo:
“Trauma
Merval Pereira16.8.201210h14m
O governador tucano de São Paulo Geraldo Alckmin não superou seu trauma com as privatizações, que já o levara a uma atitude ridícula quando foi candidato à Presidência da República em 2006.
Acusado por Lula, então candidato à reeleição, de ser um entreguista que só pensava em privatizar, Alckmin apareceu em seu programa de propaganda eleitoral com um colete em que se viam os nomes das principais estatais brasileiras, com destaque para a Petrobrás, como garantia de que não as privatizaria se vencesse a eleição.
Teve menos votos no segundo que no primeiro turno.
Agora, vem o governador paulista em socorro da presidente Dilma, endossando a tese de que o pacote anunciado ontem não seria uma “privatização envergonhada”.
A privatização é a venda de ativos, disse Alckmin, enquanto na concessão o governo traz a iniciativa privada por um tempo determinado.
Essa inútil discussão semântica só mostra as dificuldades que o PT e parte também do PSDB têm com relação às privatizações.
Concessão tem a ver com o tipo de serviço que o Estado vende. Serviços públicos como rodovias, ferrovias e distribuição de energia elétrica só podem ser vendidos via concessão.
As privatizações desses setores têm de ser feitas, em qualquer governo, por concessão por prazo determinado, de acordo com o artigo 175 da Constituição que define: "serviços públicos são concedidos ou explorados diretamente pela União".
O que define se é privatização ou não é o controle, e os consórcios que vencerem o leilão das rodovias e ferrovias, e os que venceram os leilões dos aeroportos já concedidos e dos que serão concedidos, terão o controle das operações.
Quando fizeram as primeiras concessões de rodovias, com Dilma ainda à frente da Casa Civil, os petistas festejaram a "mudança de critérios".
Exigiram tarifas mais baixas, para supostamente beneficiar o usuário, e hoje se sabe que as vencedoras só investiram até agora 10% do que estava previsto, pois o pedágio não cobre os custos e mais os investimentos.
Espera-se que a lição tenha sido aprendida.”
“Trauma
Merval Pereira16.8.201210h14m
O governador tucano de São Paulo Geraldo Alckmin não superou seu trauma com as privatizações, que já o levara a uma atitude ridícula quando foi candidato à Presidência da República em 2006.
Acusado por Lula, então candidato à reeleição, de ser um entreguista que só pensava em privatizar, Alckmin apareceu em seu programa de propaganda eleitoral com um colete em que se viam os nomes das principais estatais brasileiras, com destaque para a Petrobrás, como garantia de que não as privatizaria se vencesse a eleição.
Teve menos votos no segundo que no primeiro turno.
Agora, vem o governador paulista em socorro da presidente Dilma, endossando a tese de que o pacote anunciado ontem não seria uma “privatização envergonhada”.
A privatização é a venda de ativos, disse Alckmin, enquanto na concessão o governo traz a iniciativa privada por um tempo determinado.
Essa inútil discussão semântica só mostra as dificuldades que o PT e parte também do PSDB têm com relação às privatizações.
Concessão tem a ver com o tipo de serviço que o Estado vende. Serviços públicos como rodovias, ferrovias e distribuição de energia elétrica só podem ser vendidos via concessão.
As privatizações desses setores têm de ser feitas, em qualquer governo, por concessão por prazo determinado, de acordo com o artigo 175 da Constituição que define: "serviços públicos são concedidos ou explorados diretamente pela União".
O que define se é privatização ou não é o controle, e os consórcios que vencerem o leilão das rodovias e ferrovias, e os que venceram os leilões dos aeroportos já concedidos e dos que serão concedidos, terão o controle das operações.
Quando fizeram as primeiras concessões de rodovias, com Dilma ainda à frente da Casa Civil, os petistas festejaram a "mudança de critérios".
Exigiram tarifas mais baixas, para supostamente beneficiar o usuário, e hoje se sabe que as vencedoras só investiram até agora 10% do que estava previsto, pois o pedágio não cobre os custos e mais os investimentos.
Espera-se que a lição tenha sido aprendida.”
5 comentários:
Hihihi....Tudo a mesma coisa. Não existe mais diferenças. Agora, todos os partidos políticos do Brasil são iguais. Igualzinhos!!! É preciso escolher as pessoas, porque tem gente boa em todos os partidos e, também, tem muita tranqueira... É escolha suprapartidária. E o Brasil continua o paraíso do capital especulativo e com os juros mais altos do mundo. Nunca os Bancos ganharam tanto dinheiro,,,rsrsrs Hihihi...a máscara caiu... (haroldo.leao@hotmail.com)
Agora temos o livro “A Privataria Tucana”, que tem que ser Volume I. O Volume II, será: “A Privataria Petista”...rsrsrs E agora, Marco Aurélio Garcia?!?
(p.gomes@yahoo.com.br)
Argh! Vai ter muito “esquerdista” enricando por aí... Ou melhor, vai ter muitos da “tchurma” que vão enricar...”mas é em cima da burguesia, só estão “desapropriando” os ricos do Brasil”...rsrsrs
Essa “conversa mole” não pega mais...Estão é enfiando a mão na bufunfa...
O PT não é mais aquele.....................dele....rsrsrs
(bastosgustavo@yahoo.com.br)
eu prefiro fazer uso de uma frase inventada por um poeta q faz parte da minha seara, o rock:
eu prefiro ser
essa metamorfose ambulante
do que ter aquela velha opinião
formada sobre tudo
...
a partir da canção de raul seixas, parei de me obrigar a manter a mesma opinião sobre o que quer q seja ...
a vida é movimento, minhas opiníões não precisam ser perenes ... e em política este conceito tb pode ser considerado.
é isso.
Saiu na “Tribuna da Imprensa”. É o retrato do PT e das Privatizações. O artigo é de Carlos Chagas, 16/08, e mostra a “mudança histórica” do PT, do socialismo diretamente para o Neoliberalismo:
“Entre outros objetivos, o PT formou-se para sustentar a defesa do poder público, a prevalência da sociedade sobre minorias egoístas. O tempo passou e os companheiros cederam à tentação de valer-se da estratégia que os beneficiaria e transformaria em comensais do elitismo.
Que um sociólogo tivesse traído ideais antes apregoados por ele, tratou-se de uma individualidade fraca. Mas admitir essa mudança numa vanguarda que um dia pretendeu a reconquista do coletivo e a prevalência do social, deve ter doído muito em quem neles acreditou. Talvez por isso boa parte debandou. Os que ficaram, transfigurando-se, aliaram-se à cartilha dos adversários do passado. Hoje, são cultores do neoliberalismo. Servem-se dele para exercer e preservar o poder que não merecem mais, cegos diante da maré que logo os asfixiará, como vai acontecendo lá fora.”
Dá para acreditar que a esquerda é séria?!? (jair.castro66@yahoo.com.br)
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