janeiro 12, 2013

“O barquinho vai...
a tardinha cai...”

Dias tão azuis...
Depois de comemorar o centenário de nascimento do cronista/poeta, Rubem Braga, mergulhando em suas crônicas e sonhando com as belezas e a paz de Ipanema, nada melhor do que buscar no auge da “explosão” musical que foi a Bossa Nova, a beleza do mar, o entardecer poético e o barquinho que vai...
A “Tribuna da Imprensa” sempre trás um momento poético a amenizar as notícias ruins... Hoje, 12/01/2013, dia do nascimento do "poeta da prosa", Rubem Braga, nos proporciona momentos de sonhos, com a matéria abaixo. E para completar, vamos ouvir “O Barquinho” com a inesquecível Maysa:
Menescal e Bôscoli
sábado, 12 de janeiro de 2013 | 09:01

Um barquinho maravilhoso, de Bôscoli e Menescal

“O jornalista, produtor musical e compositor carioca Ronaldo Fernando Esquerdo e Bôscoli (1928-1994) foi um dos porta-vozes de uma tendência musical que surgiu no Rio de Janeiro no final da década de 50: a Bossa Nova.
A Bossa Nova nasceu na Rio de Janeiro, mas o episódio que motivou a composição de uma das músicas mais emblemáticas do movimento ocorreu no litoral fluminense, a aproximadamente, 150 quilômetros da capital.
No documentário Coisa Mais Linda – História e Casos da Bossa Nova, Roberto Menescal conta de onde veio a inspiração para compor a música “O Barquinho”, sua mais famosa canção, feita em parceria com Ronaldo Bôscoli.
Segundo o artista, durante um passeio no mar, próximo às cidades de Cabo Frio e Arraial do Cabo, um barco tripulado por ele, Bôscoli e outros amigos teve um problema e ficou à deriva no Oceano Atlântico. Após várias tentativas para religar embarcação, sem sucesso, Menescal começou a dedilhar uma melodia em seu violão, inspirado, justamente, pelo ruído feito pelo motor que não pegava.
Mais tarde, com o sol quase se pondo, felizmente apareceu um outro barco para rebocá-los até a costa. Satisfeitos, os tripulantes foram cantarolando: “O barquinho vai… A tardinha cai”. Na ocasião, a música ficou só nisso.
No dia seguinte, porém, Menescal e Bôscoli se encontraram novamente e começaram a recordar o fato. Para nossa sorte, eles conseguiram transformar aquele episódio quase trágico em um “dia de luz, festa do sol”. A música foi gravada por Maysa no Lp O Barquinho, em 1961, pela Columbia.”
O BARQUINHO
Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli
Dia de luz
Festa do sol
Um barquinho a deslizar
No macio azul do mar
Tudo é verão
Amor se faz
Num barquinho pelo mar
Que desliza sem parar
Sem intenção
Nossa canção
Vai saindo desse mar
E o sol
Vejo o barco e luz
Dias tão azuis
Volta do mar
Desmaia o sol
E o barquinho a deslizar
E a vontade de cantar
Céu tão azul
Ilhas do sul
E o barquinho coração
Deslizando na canção
Tudo isso é paz
Tudo isso traz
Uma calma de verão
E então
O barquinho vai
A tardinha cai
(Colaboração enviada pelo poeta Paulo Peres – site Poemas & Canções)

2 comentários:

Delmanto disse...

O barulho do motor do barco era “tararatatararata..tararatatararata... E Ronaldo Bôscoli e Roberto Menescal “viajaram” no “barquinho que ia...na tardinha que caia...”
Que bom... Ganhamos uma música que representa bem o espírito poético e descompromissado da Bossa Nova.
O mar, o por do sol, um violão, a inspiração e a música surge para encantar, fazer muito sucesso e ficar nos corações românticos...
É isso. Simples assim...
A vida é assim...
Tem vida em tudo até no “tararatatararata...tararatatararata...”, basta querer ouvir e sonhar...

Anônimo disse...

Que legal, Delmanto. E a Maysa é inesquecível. Que voz. Que sentimento. Eu também quero ir no barquinho...Hum!...dias tão azuis... Valeu.
(carla.bueno2011@bol.com.br)

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