março 21, 2014

ESCOLA NORMAL: 100 ANOS DE GLÓRIAS!


ESCOLA NORMAL: 100 ANOS DE GLÓRIAS!


 No ano de 1910, a cidade de Botucatu conseguia a criação de sua Escola Complementar, através de emenda à lei orçamentária do Estado, votada a 31 de dezembro de 1910, sob número 1245. Era uma antiga aspiração dos políticos botucatuenses que o Coronel Amando de Barros conseguiu junto ao Deputado Freitas Valle com expressiva atuação a favor da educação e da cultura no Estado.

        Grande entusiasmo na cidade. Havia efetiva mobilização da população por essa conquista. Já a 29 de março de 1911, antes de sua instalação, a Escola Complementar teve sua denominação alterada para Escola Normal Primária...   
       
        No livro “Centenário da Escola Normal – Memórias da EECA”, o registro dos primórdios:”...a Escola Normal tornou-se à época, entre as cinco então criadas para todo o Estado de São Paulo, a de maior influência, atingindo, outros estados vizinhos, principalmente Mato Grosso e Paraná.



        “Assim instalou-se a Escola Normal Primária de Botucatu. Uma classe para cada sexo. A secção masculina acolheu-se ao edifício tantas vezes providencial, da Caridade Portuguesa. A feminina foi para o Seminário Diocesano. Em 16 de maio de 1911 houve a aula inaugural. Mas era preciso construir o edifício sede.

        “Só a 20 de maio de 1913, a ata da Câmara notícia a lavratura do contrato de construção, logo repassado pela Municipalidade, à firma local: Dinucci & Pardini. O edifício atual foi concluído em fins de 1915 e inaugurado em 24 de maio de 1916.

Na linha do tempo, diferentes nomenclaturas:
- Escola Normal Primária de Botucatu
- Escola Normal Oficial de Botucatu
- Instituto de Educação “Cardoso de Almeida”
- Escola Estadual de 1º e 2º Grau “Cardoso de Almeida”
- Escola Estadual Cardoso de Almeida – EECA, atual...”

PUBLICAÇÃO DA REVISTA PEABIRU 
Nº 29 –MARÇO/ABRIL DE 2010:


        Inaugurada a 16 de maio de 1911, sendo seu primeiro Diretor, o Prof. Martinho Nogueira.
        A revista Peabiru, em seu nº 03, de maio/junho de 1997, publicou reportagem completa sobre o histórico da ESCOLA NORMAL. Complementando a matéria, trazemos reportagem do jornal "Folha de Botucatu", de 15 de setembro de 1988, referente às comemorações dos Formandos de 1950 da Escola NormalÉ registro histórico:

"MEIGA ESCOLA ...


       A Revista "PEABIRU" tem reservado parte de sua programação para o resgate de fatos da nossa história. A pedidos, muitos pedidos, é com satisfação que trazemos este trabalho referente à ESCOLA NORMAL DE BOTUCATU.  A nossa MEIGA ESCOLA...
          Botucatu tem registradas algumas datas referentes às conquistas que marcaram o seu crescimento e desenvolvimento.  Assim, temos a criação da Diocese (1908), da Escola Normal (1910/11),o Colégio dos Anjos/Santa Marcelina (1912), o Colégio Diocesano Nossa Senhora de Lourdes, ao depoisArquidiocesano, hoje La Salle (1913),Escola de Comércio (1919), Escola Profissional, posteriormenteEscola Industrial (1936) e a criação da FCMBB (Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu),em 1962, hoje destacado e importante Campus da UNESP (Universidade Paulista "Dr. Júlio de Mesquita Filho").
          Todos esses acontecimentos, todas essas conquistas marcaram Botucatu como centro educacional de alto nível.  Nesse cenário é que queremos situar a criação da nossa Escola Normal, posteriormente denominada"INSTITUTO DE EDUCAÇÃO "DR. CARDOSO DE ALMEIDA" que acabou recebendo nova designação: "Escola Estadual de 1º e 2º Grau "Dr. Cardoso de Almeida"(EECA).
          O primeiro registro referente à criação da nossa Escola Normal fomos buscar no "ALMANACK DE BOTUCATU - 1920" :




  "Escola Normal de Botucatu

         Foi inaugurada a 16 de Maio de 1911, estando no Governo o Conselheiro Francisco de Paula Rodrigues Alves.
          Coube a primeira Directoria ao Sr. Martinho Nogueira, passando por ela, com o decorrer do tempo, osSrs. Gastão Strang, Lindolpho Machado, Guilherme Kumann (em comissão), Duilio Ramos, Armando Bayeux da Silva e Justino Marcondes Rangel, o atual Diretor (1920).
          Os primeiros auxiliares foram : os Srs. Romeu Marques de Oliveira, Geraldo Alves Correia; e ,presentemente, o Sr. Romulo Pero.
          Três cursos funcionam regularmente: Normal, Complementar e Grupo Modelo.
          De 1911, data da instalação da Escola, ao presente, já houve 5 formaturas.
          A Escola Normal conta hoje 595 alunos, sendo 241 masculinos e 354 femininos.
          Possue uma muito bem montada biblioteca, rigorosamente conservada, com mil e quinhentos volumes, aproximadamente.
          Na Escola Normal  10 professores, a saber : Joaquim Vieira de Campos, lente de Português; João Ventura Fornos, lente de Francês; Amaro Egydio de Oliveira, lente de Matemática; Amaro Alves de Almeida, lente de Geografia e História; Francisco Pedro de Canto Junior, lente de Física, Química e História Natural; Deocleciano de Toledo Pontes, lente de Pedagogia e Educação Física; Azor Carlos Ferreira de Araujo, prof. de Ginástica; Raphael Laurindo, prof. de Trabalhos; Alfredo Franklin de Mattos, prof. de Música e uma professora-inspetora, D. Isabel Alves da Cruz Maffei.
          No Curso Complementar  quatro professores : D. Durvalina Ferraz; D. Dikia Ribeiro; Ottoni Pompeu Piza e Euclydes de Carvalho Campos.
          No Grupo Modelo  13 professores : Astrogildo Arruda ; D. Alayde Franco Meirelles; D. Elisena Banducci; D. Hermínia Morato; D. Seraphina Juliano; D. Cacilia de Azevedo Trigo; D. Marieta Ferraz; D. Hermínia de Barros; D. Eulalina do Amaral Campos; D. Maria Adalgisa Rebouças; D. Candida Fortes; D. Angélica Amorim Rodrigues e D. Julieta Correia Conceição.
          Funcionários : 1 porteiro, 2 continuos e 5 serventes (2 do sexo feminino)."
          Fizemos a transcrição exata dos nomes dos pioneiros como forma de homenagear a todos que tenham, através dos tempos, prestado a sua colaboração a esse modelar estabelecimento educacional.  Impossível, ou pelo menos muito arriscado, seria a tentativa de nomearmos todos quanto tenham prestado sua colaboração à nossa Escola Normal.
          O Dr. Sebastião de Almeida Pinto, médico, professor e historiador botucatuense, em seu livro "No Velho Botucatu", 2ª edição, 1994, nos traz um relato da importância da criação da nossa Escola Normal :




Sebastião de Almeida Pinto

          "A criação de uma Escola Normal, uma escola para formar professores primários, foi sempre um sonho da nossa gente, foi sempre uma idéia dos homens bons do passado.  Foi sempre um objetivo dos políticos do velho Botucatu.  Eles viam o progresso de Itapetininga e de Piracicaba, dotadas de escolas complementares, que também formavam professores e almejavam o mesmo para a cidade dos bons ares.  E trabalharam e lutaram.
          Pelo artigo 55, da lei estadual nº 1.245, de 30/12/1910, foi criada uma escola complementar em Botucatu.  Antes de ser instalada, o decreto estadual nº 2.025, de 29/03/1911, transformou-a em Escola Normal Primária de Botucatu.  O citado decreto foi aprovado pela Lei nº 1.311, de 02/01/1912.  A organização da Escola era a seguinte: 1 curso normal, de 4 anos, para formação de professores de cursos preliminares; um grupo escolar modêlo, destinado à prática do ensino dos alunos normalistas.
          A notícia da criação da Escola Normal, foi um estouro na praça.  A cidade quase veio abaixo, tal o barulho, o foguetório, o  entusiasmo do povo.  Passeatas, discurseiras, manifestações aos políticos da terra, cervejada, etc., como era costume da época, as festas duraram uma semana.  Grande conquista, merecia grande repercussão.
          Não havia prédio próprio para a instalação da Escola Normal.  E havia necessidade de fazer funcionar logo o estabelecimento.  O corpo docente e o pessoal administrativo já estavam nomeados.  Os exames de admissão já estavam marcados.  Como fazer ?
          O problema foi resolvido com a cooperação do Bispado.  A secção masculina foi localizada no edifício daCaridade Portuguesa Maria Pia, onde hoje funciona a Câmara Municipal.  A secção feminina começou a funcionar no prédio da Conferência Vicentina, que existiu ali onde está o ESTUDO do Seminário.  Era um prédio velho, mais tarde demolido.  Solução boa, no momento.
          Realizados os exames de admissão, com a presença de muitos candidatos de fora, entrou em funcionamento a Escola Normal Primária de Botucatu.  A primeira aula foi dada no dia 16 de maio de 1911.  Por isso é que o antigo grêmio estudantino tinha o nome de Grêmio Normalista "16 de maio".
          O primeiro diretor, organizador e orientador da Escola Normal de Botucatu foi Martinho Nogueira.  Grande educador.  Ótimo administrador.  Figura de relêvo no Magistério Paulista.  Deixou nome, pela sua austeridade, capacidade de trabalho,e , sobre tudo, amor ao Ensino.  Botucatu, reconhecido às suas excelsas qualidades de mestre, deu seu nome a uma das praças da cidade e a um dos Grupos Escolares, o do Bairro Alto.
          Era secretário-arquivista do estabelecimento, o velho Francisco Braz da Cunha.  Porteiro era José de Arruda Campos, o velho Juca Mono.  Como contínuos, aperreavam os alunos, o Virgílio de Oliveira (Virgilião), e Paulo Pinheiro Machado.  Os serventes eram Lélia do Amaral, e o Noé de Moura Campos.  Como se vê, pequeno era o pessoal administrativo..."
                            
Coronel Amando de Barros

        

  Deputado Cardoso de Almeida

         Mais adiante, Tião Pinto nos traz a relação completa dos 28 professores componentes da primeira turma da nossa Escola Normal (1914):
          "...Abílio Baptista Abranches Fontes, Othoniel de Almeida Moraes, Romeu do Amaral, Sebastião Pedroso Junior, Adelaide Paes de Almeida, Anália de Camargo Souza, Arminda Pellegrini, Augusta de Moraes Fleury, Benedicta Fuzzaro, Benedicta Pinheiro da Silva, Blanca Zwicker, Edth Dias, Eliza de Barros, Etelvina  Santos, Eugênia de Camargo Souza, Floriza Fontes, Gabriela Pinheiro Machado, Hermínia de Barros, Izolina Teixeira, Josephina Pinheiro Machado, Lucinda de Barros, Margarida Monteiro de Campos, Maria Eliza Alves, Maria de Lourdes Sampaio, Olga Ferraz, Rosina Alves, Sebastiana Rodrigues e Sylvia Alves.
          Foi de espavento a festa de formatura da primeira turma.  Uma coisa louca.  Ali no velho casino, comprimia-se a nata da terra, gente de fora, altas autoridades com o Exmo. Sr. Secretário do Interior à frente, o mui ilustre Dr. Altino Arantes, que depois foi Presidente do Estado de São Paulo.  A banda de música da Fôrça Pública, no saguão, abrilhantava a solenidade.
          Depois da entrega dos diplomas, solenidade puxada à fraque e sobre-casaca, vestidos de cauda, etc., teve lugar o bailão de formatura.  Foi cantado até em moda de viola.
          A velha Escola Normal foi instalada em prédios alugados, no dia 27 de abril de 1911, somente passou a funcionar no seu prédio próprio no dia 24 de maio de 1916.  Nesse dia, com uma grande festa popular, que repercutiu na zona toda, foi inaugurado o monumental prédio próprio, que ainda é, apesar de envelhecido, o prédio mais bonito da cidade.  Depois, a escola foi crescendo, foi ficando afamada, grangeando renome até tornar-se nessa formidável instituição que é o INSTITUTO DE EDUCAÇÃO "DR. CARDOSO DE ALMEIDA" , legítimo orgulho de todos os botucatuenses.



          Milhares de professores já foram diplomados pela nossa querida Escola Normal.  Professores de renome em todos os setores educacionais, passaram pelos bancos da Escola do alto da colina.  A civilização brasileira muito deve ao grande educandário botucatuense, sem favor, uma das glórias do magistério paulista, onde forjaram os bandeirantes da luz e saber.
          Botucatu é o que é, pode-se  dizer, em virtude da sua Escola Normal.  Com a instalação no longínquo1911, dessa Escola Normal, a cidadezinha boca de sertão, poeirenta e turbulenta, com hábitos caboclos e aspectos rudes, tornou-se a cidade civilizada, bonita, educada, a princesa da serra, com nível cultural que causa assombro as pessoas que a visitam pela primeira vez Botucatu deve muito à sua Escola Normal.  Devemos honrar a memória daqueles homens bons, que tudo fizeram para criá-la em nossa cidade.  No salão nobre do estabelecimento estão os retratos de alguns desses cidadãos, dignos do nosso respeito e admiração.  Foram eles,Cardoso de Almeida, Amando de Barros, Rafael de Moura Campos, Rubião Junior, Altino Arantes, Oscar Rodrigues Alves e Paulo Moraes Barros
          De minha parte, na qualidade de antigo aluno da velha Escola Normal, onde depois fui professor e diretor, quero externar minhas homenagens e minha gratidão aos velhos mestres e aos homens bons do velho Botucatu.  A eles e à Escola, devo muito do que sou e do que consegui na vida".
          O Dr. Sebastião de Almeida Pinto, em sua crônica, fez essa sincera declaração de amor à Escola Normal de Botucatu.  Como ex-aluno, ex-professor e ex-diretor, soube captar o magnetismo envolvente dameiga Escola...
          Hernâni Donato, em seu "Achegas para  a História de Botucatu", págs.  163 e 164, 3ª edição,1985, nos relata os esforços pela conquista da Escola Complementar :


Hernâni Donato

          "Povo e camaristas de 1895 tinham bem precisa a importância das escolas e da projeção que as mesmas dariam à cidade "boca de sertão", "capital do sudoeste".  Porém o máximo a que ela poderia ambicionar, observado o sistema de ensino da época, era uma Escola Modelo.  Quiseram-na.
          A 16 de abril, Rafael Ferraz Sampaio, na presidência da Câmara, indica "que a Intendência Municipal ofereça ao Governo do Estado um terreno para que nele se estabeleça a expensas do Governo uma escola modelo e que seja votada uma verba de 5:000$000 (cinco contos de réis) para auxílio dessa empresa, cuja importância sairá da verba de obras públicas, e que uma vez aprovada a indicação se oficiasse ao Doutor Secretário dos Negócios do Interior..."
          A Câmara Municipal acabou por aprovar a iniciativa de Rafael Ferraz Sampaio:
          "...Miguel Alvarenga, vereador, um dos que se opuseram ao Liceu de Artes e Ofícios por entendê-lo confessional, diz a seus pares que "quanto menor for a inferioridade intelectual de um povo, tanto maior será o crescimento da felicidade individual e coletiva".  E indica a criação de uma Escola Complementar.  Concordaram com ele, assinando a ata, Rafael Moura Campos, Augusto Machado, Antônio do Amaral César, Antonio Inácio de Oliveira e Rafael Ferraz Sampaio.
          Indicação aprovada, medidas tomadas, entusiasmo na cidade.  Silêncio no Governo do Estado.  Falta de verba.
          A escola permaneceu no desejo até 1910.  Ano em que o coronel Amando de Barros obteve dodeputado Freitas Valle, notório amigo da cultura e da educação, emenda à lei orçamentária do Estado.  Votada a 31 de dezembro, sob número 1245, reza no artigo 55 :
"Ficam criadas duas escolas complementares, sendo a primeira em Botucatu e a segunda em Pirassununga, instalando-as o governo quando entender oportuno, para o que abrirá os necessários créditos, sendo na instalação auxiliado pelas municipalidades interessadas."
          Na cidade, reunião pública de regozijo, na Rua do Comércio, diante da Casa do coronel Amando.  Onze discursos.  O mais eloqüente, o de Alcides Ferrari.
          Antes mesmo de instalada, foi reformada.  O decreto 2025, de 29 de março de 1911, transformava asEscolas Complementares em Escolas Normais Primárias..."
          A seguir, Hernâni Donato relata a luta pela construção do prédio próprio da Escola Normal:
          "Mas era preciso construir o edifício sede.  Embora houvesse oferecimentos como o do coronel Moura Campos, que punha sua casa por um ano à disposição, a Câmara aprovou projeto do vereador Araujo Azevedo, doando vinte contos de réis ao Estado, mais um terreno, para a instalação definitiva.  ..
          Em l912, a 7 de fevereiro, Altino Arantes, presidindo o Estado, comunica a aprovação da planta e a inclusão do custo da construção no orçamento.  Só a 20 de maio de 1913, a ata da Câmara noticia a lavratura do contrato de construção, logo repassado pela Municipalidade, à firma local Dinucci & Pardini.  A 13 de agosto, lançamento da pedra fundamental, com grande festa.  Ao custo de setecentos contos de réis, o edifício foi concluído em fins de 1915, inaugurado em 24 de maio de 1916.  Solenidades, banquete, baile de gala..."
          Hoje, tudo está mudado...
          Para que possamos compreender o cenário de nossa Escola Normal é indispensável que busquemos reconstituir o clima então existente.  Assim, "descobrimos" um artigo especial, uma raridade, um artigo do Dr. Sebastião de Almeida Pinto, escrito no distante ano de 1929.  Sob o título de "Verdades Indiscretas", págs. 12 e 13, da Revista "A CRUZADA", nº 05, de 11/06/1929.   Tião Pinto nos traz o retrato de uma Botucatu bucólica e sua modelar Escola Normal :
          "Botucatu, Cidade que promete.  800 metros de altitude.  Clima de primeira ordem.  Está a 300 quilometros da Capital.  Casario esparramado pelas encostas, a crescer continuadamente.  Quase uma casa por dia.  Progresso igual o da Paulicéia, proporcionalmente.
          É a capital da zona : Sede de distritos eleitoral, ferroviário e do ensino.  Bispado.  Administração dos Correios.  Delegacias Regionais de Polícia e de Saúde.  Comarca de 3ª entrância.  Boas lavouras.  Melhor comércio.  Industria desenvolvida.
          Além disso, é a metrópole da instrução, nesta zona paulista.  Escolas a granel.  Grupos escolares,.  Cursos preparatórios.  Escolas de comércio e ginásios.  Internatos para meninas.  Seminário.  Escola Normal Oficial.  Uma escola de Farmácia e Odontologia, em organização.
          Luzes, faróis, para clarear o negrume do analfabetismo, de todos os lados e de todos os tamanhos.  Como fóco maior, mais intenso, de maior raio de ação, avulta a Escola Normal  e estabelecimentos anexos.
          Naquele edifício bonito, majestoso e imponente, situado no alto da cidade, funciona a maior oficina de trabalho que até hoje me foi dado conhecer.  Talvez, nem mesmo os botucatuenses saibam avaliar que grande usina ali está, e os grandes serviços que continuadamente, num labor silencioso e profícuo, ali são realizados com gerais aproveitamentos para a Cidade, para o Estado e para o País..."
          A seguir, o Mestre Tião Pinto nos relata, em detalhes, sobre os cursos oferecidos : Escola Normal, Escola Complementar e Escola Modêlo.  E conclui :
          "Eis em rápidas linhas o que são a Escola Normal e estabelecimentos anexos.  Um  verdadeiro regimento. 1.200 alunos, no todo, aproximadamente.  Para essa tropa, uma oficialidade de 70 pessoas, entre diretores, funcionários administrativos, catedráticos, professores e adjuntos.  Uma bela oficialidade.
          Um zum-zum continuo, de grande colméia, das 7 às 17 horas, anima aquela enorme casa do alto da cidade.  Trabalho continuo, metódico.  Nenhum atrito, nenhum choque.  Nenhum incidente sequer na casa de ensino dirigida pelo professor Amaral Wagner.  Para o andamento dos trabalhos todos que ali mourejam tem a maior compreensão dos deveres e direitos e responsabilidades, sem exclusão das boas normas da camaradagem e do respeito mútuo.
          Ainda uma cousa que chama a atenção de todos.  Naquela casa formadora de professores, a preocupação constante da Diretoria é o RESPEITO AO MESTRE."
         Nomes permanecem na lembrança: Franklin Mattos, Jair Conti, Agostinho Minicucci, Moacir e Pedro Godinho, Cid Guelli, Aécio de Souza Salvador, José do Amaral Wagner, Sebastião de Almeida Pinto, Eunice de Almeida Pinto Chaves, Silvio Galvão, Gastão Pupo, José Pedretti Neto, Waldy Danziato, Carmem Barbosa Garcia, Marisa Pires de Campos Buchignani, Adeb Gabriel, Paulo Vieira, João Ventura Fornos, Raimundo Marcolino da Luz Cintra, Milton de Oliveira, Antonio Barbosa, Adolpho Pinheiro Machado, João Queiroz Marques, Cida Rocha  Câmara, Luiz Pinho, Benedito Vinício Aloise, Flávio Lobo, Edmundo de Oliveira Carvalho...
         Há uma expressão portuguesa que expressa bem como se encontra o ensino, como se encontra a educação no Brasil : "rés-do-chão".
          Rés-do-chão quer dizer "andar térreo".  Tanto é assim que no tradicional Edifício da Eletropaulo(antiga Light), na Praça Ramos de Azevedo, na Capital , o elevador não tem marcado o andar térreo e, sim, o"rés-do-chão".
          Quando algo atinge o limite do razoável; quando a decadência de algo ou alguma coisa atinge o "fundo do poço", ela atinge o "rés-do-chão".
          Pois bem, a educação em nosso país atingiu o "rés-do-chão"
          A nossa Escola Normal marcou uma época.  Formou gerações.  Fincou raízes...
          É a nossa Escola Normal só passado ?!?
          Acreditamos que não !
          Tanto é assim que estamos resgatando a memória gloriosa deste estabelecimento de ensino.
          A Escola Normal vive em cada um dos que receberam educação, cultura e civismo de seus Mestres.
          Os tempos mudaram...A estrutura da Escola, infelizmente, também...
          Quando a educação está à deriva em um país em desenvolvimento como o Brasil; quando os Mestresestão com seus salários no "rés-do-chão"; quando parece que as Escolas Normais são passado longínquo, É PRECISO REAGIR...
          Que este artigo propicie o debate...
          Que este artigo propicie novos caminhos...
          Que o histórico da tradicional Escola Normal de Botucatu seja a certeza de que o lugar da educação, no Brasil, NÃO É o "rés-do-chão" ! (AMD).


HINO DA ESCOLA NORMAL DE BOTUCATU
 MÚSICA : Prof. Alfredo Franklin de Mattos
LETRA      : Prof. Aluísio de Azevedo Marques


 Meiga Escola na grande Via-Látea
Que ilumina o caminho do Bem,        (Bis)
És estrela tão viva que penso
Outra igual este Estado não tem !
                  Côro
Salve, Salve ! Oh ! Templo sagrado
Foco imenso de vida e razão !             (Bis)
Pois que mesmo uma rocha insensível
Tu transformas em bom coração !
"Caçador de Esmeraldas" tu fazes
Quem disposto em ti vem aprender      (Bis)
Pois preparas ao ´seculo vinte
Bandeirantes da Luz e Saber !
               Côro
Salve, Salve ! Oh ! Templo sagrado
Foco imenso de vida e razão                (Bis)
Pois que mesmo uma rocha insensível
Tu transformas em bom coração !
Esta Escola é um jardim verdejante
Onde cresce da Pátria o amor              (Bis)
Ao viandante sequioso de luzes
Sobram raios de ardente fulgor !
                Côro
Salve, Salve ! Oh ! Templo sagrado
Foco imenso de vida e razão               (Bis)
Pois que mesmo uma rocha insensível
Tu transformas em bom coração !
Obs. - O desenho da Escola Normal é de autoria do Prof. Vinício, que nos autorizou a reproduzí-lo.  As fotos do Patrono da Escola - Dr. José Cardoso de Almeida - e dos dois primeiros Diretores foram publicadas noALMANCK DE BOTUCATU - 1920. O Hino da Escola Normal, nos foi fornecido pela Profa. Elda Moscoglito. A foto da Escola Normal é de Progresso Garcia (1955).

REGISTRO HISTÓRICO 1:


HERNÂNI DONATO  
     
"S.P. 20.04.2010.
Grande Armando Moraes Delmanto,
Urge encontrarmos termos e formas novas para elogiá-lo à altura do merecimento. Pois, este, mostra-se continuamente em crescimento. Esse número, por exemplo, da "Peabiru", dedicado à Normal é simplesmente um monumento. Tudo, nele, é bom. Merece, além de ser lido, ser guardado. Haja adjetivos! Haverá outros exemplares de alguém com a pertinácia, a dedicação, o saber fazer iguais aos dotes do editor da Peabiru?Duvido. Sou dos que vibraram - até choraram - quando o orfeão da velha Escola, obediente à batuta do Regente Professor Matos sacudia os alicerces na execução do Hino da Escola. Reivindico que, não havendo mais Escola Normal esse hino dotado do brilho, da marcialidade, das qualidades da Marselhesa, Estrelas e Lutas, Cavalaria Vermelha, etc, bem poderia ser o Hino de Botucatu. O que temos agora (que me perdoe o Angelino) é prá baixo. O da Normal, para além do infinito. Com alterações no texto, é claro. Que você bem poderia fazer. Já estou à espera do próximo Peabiru (enquanto continuo escrevendo sobre o mesmo).
Grato, abraço.
Hernâni Donato."
Nota da Redação: o consagrado e saudoso escritor botucatuense, Hernâni Donato, foi Patrono da Academia Botucatuense de Letras, Membro Efetivo da Academia Paulista de Letras e Presidente Emérito do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo.
______________________________________________________________________________
REGISTRO HISTÓRICO 2:


CARLOS ANTÔNIO
BARROS DE MOURA


















"São Paulo, 19 de abril de 2010
Caro Armando,
Acabo de receber o exemplar da Peabiru nº 29 e fiquei muito feliz.
Muito obrigado.
Na matéria "ESCOLA NORMAL: 100 ANOS DE GLÓRIAS!", encontrei uma tia entre os 13 professores doGRUPO MODELO (D. Hermínia de Barros). Mas, ao folhear e ler a revista é uma alegria, porque fica claro a maneira positiva como vocês se dedicam a cultuar a História de Botucatu.
Parabéns e um forte abraço,
Carlos Barros de Moura."
 Nota da Redação: o missivista, empresário e Diretor da Associação Comercial de São Paulo, é descendente do ex-Prefeito Tonico de Barros (Antonio José de Carvalho Barros), que foi Vereador e porduas vezes exerceu o cargo de Prefeito/Intendente de Botucatu (de 1908/1910 e de 1914/1916) e sua esposa, Dona Nhazinha de Barros (Maria José Conceição de Barros), destinou a verba necessária para construção de um pavilhão do hospital (Misericórdia Botucatuense), com elevado número de quartos, centro cirúrgico, etc. A doação para essa construção deu origem ao pavilhão que recebeu, à época, o nome deMATERNIDADE "NHAZINHA DE BARROS". Quando faleceu, deixou todos os seus bens (imóveis na Capital) para a Misericórdia.

 REGISTRO HISTÓRICO 3:

 Nos anos 50 e 60, a ESCOLA NORMAL atingia o auge do prestígio educacional. Mesmo com seu nome alterado para INSTITUTO DE EDUCAÇÃO "DR. CARDOSO DE ALMEIDA". E o prestígio da nossa Escola Normal  transformava a cidade de Botucatu em palco privilegiado do mundo político nacional.
Assim, em 1963, as professorandas tiveram como paraninfo o Sr. Laudo Natel, Vice-Governador do Estado de São Paulo. E, em 1964, as formandas escolheram o Governador do Estado da Guanabara, Carlos Lacerda. Era simplesmente o político mais polêmico do país e candidato a Presidente da República nas eleições de 1966 (que seriam adiadas e transformadas em eleições indiretas pelo Regime Militar).
Por aí dá para se ter uma idéia da importância nacional da tradicional Escola Normal de Botucatu! Em todas as solenidades nos anos anteriores, sempre o Paraninfo escolhido era um cidadão das mais altas qualificações, quer fosse da cidade ou da capital ou de outro estado.
Carlos Lacerda durante sua vida, por duas vezes esteve em Botucatu. A primeira vez, nos idos de 1935, quando procurado pela polícia, após sua participação no grande evento que foi o lançamento do Manifesto Comunista por Luís Carlos Prestes, quando Lacerda fora o Orador Oficial. Nessa ocasião, Lacerda abrigou-se por uns dias na Fazenda do Sr. José Augusto Rodrigues, conforme depoimento do mesmo. Na segunda vez, em 1964, já então Governador do Estado da Guanabara (Rio de Janeiro), Lacerda veio paraninfar asProfessorandas do Instituto de Educação "Dr. Cardoso de Almeida". A notícia da solenidade, publicada no jornal "O ESTADO DE S. PAULO", de 22/12/1964, nos dá uma idéia de sua presença entre nós, ciceroneado por Antonio Delmanto (presidente municipal da UDN) e pelo Deputado Estadual Roberto de Abreu Sodré(presidente regional da UDN):
"...O Governador dirigiu-se juntamente com sua comitiva à casa do Sr. Lourenço Ferrari, para se preparar para a cerimônia de formatura dos professorandos do Instituto de Educação "Dr. Cardoso de Almeida", e às 20 e 15 chegou ao Tênis Clube onde se realizaria a cerimônia. Além do governador Lacerda, fizeram parte da mesa Dom Henrique Golland Trindade, Arcebispo de Botucatu; dep. Herbert Levy; cap. Armando Siciliano, da junta de Recrutamento local; José Pedretti Neto, patrono da turma; Benedito Mendes de Almeida, inspetor regional; Octacílio Paganini, presidente da Câmara; Joaquim Amaral Amando de Barros, prefeito de Botucatu; Waldir Danziato, diretor do Instituto de Educação e Roberto de Abreu Sodré, presidente da UDN Regional."


"Na ocasião, Lacerda discursou sob rara inspiração, tanto que no final, encerrando, dom Henrique lembrou "...que aquele ginásio, palco de tantas lutas físicas, recebia agora o campeão da palavra, o governador da Guanabara."
 Além da solenidade de formatura, Lacerda tivera encontro, à tarde, com lideranças sindicais e políticas, noCírculo Operário, onde o debate foi aberto aos presentes.




Visita Histórica: Em dezembro de 1964, o Governador do Estado da Guanabara, Carlos Lacerda, veio aBotucatu paraninfar as professorandos do Instituto de Educação "Dr. Cardoso de Almeida" (ESCOLA NORMAL). Na oportunidade, proferiu palestra no Círculo Operário. Presente, a alta cúpula da UDN: à partir da esquerda, deputado federal Herbert Levy, governador Lacerda, deputado estadual Abreu Sodré e vereador Antônio Delmanto.


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A seguir, algumas opiniões de botucatuenses a respeito do grande político brasileiro, relembrando, já após seu falecimento, a visita que fizera a Botucatu:

Ex-Prefeito Amaral de Barros:"Eu era Prefeito de Botucatu quando o então Governador do Estado da Guanabara, Carlos Lacerda, aqui veio paraninfar as formandas de nossa Escola Normal, em 1964. Juntamente com Antonio Delmanto, proporcionei-lhe uma magnífica recepção. Mais de 140 carros foram esperá-lo no Aeroporto. Quando o avião chegou, dele desceu o alto comando da UDN: Carlos Lacerda, Abreu Sodré, Herbert Levy e Padre Godinho. E eu um político do PSP. A verdade é que como Prefeito de Botucatu, como sua autoridade maior só poderia ter esse procedimento. E o fiz com prazer. Nunca confundi posições político-partidárias com o desempenho da função pública. Na ocasião, Carlos Lacerda brindou-nos com uma magnífica palestra cívica".

 Ex-Presidente do Diretório da UDN, Dr. Antonio Delmanto: "Pude conhecer de perto esse grande líder. Carlos Lacerda representa, tanto quanto Ruy Barbosa e Armando de Salles Oliveira, a inteligência, a cultura e a política brasileira. Ele foi o grande líder nacional após a queda da Ditadura de Getúlio Vargas. Era um homem boníssimo. Fiz várias campanhas com ele, juntamente com Sodré, o Herbert e o Padre Godinho. Com ele participei do Diretório Nacional da UDN. Como ele, comecei na UDN e nela continuei até a extinção dos partidos políticos. Eu como Delegado da UDN de Botucatu, e o meu filho Armando, como Delegado da UDN de Pardinho, em 1965, votamos na Convenção Nacional do partido, em Carlos Lacerda como candidato oficial da UDN à Presidência da República (1966). Lacerda teria sido o maior Presidente do Brasil de todos os tempos. É uma perda irreparável".

 José Augusto Rodrigues (produtor agro-pecuário):"De Carlos Lacerda eu fui amigo. Politicamente sempre segui a UDN. Mas eu não sou político, por isso sempre tive mais relações de amizade do que contatos políticos com ele. Tínhamos amigos comuns. Uma vez preparei a Fazenda Monte Alegre para hospedá-lo. Ele sempre me enviava seus livros e seus discos autografados. Foi um grande brasileiro. Eu o admirava muito."

 Lourenço Ferrari (produtor agro-pecuário): "Quando Carlos Lacerda esteve em Botucatu, oficialmente como Governador da Guanabara, em 1964, eu tive a honra de hospedá-lo em minha casa. A ele e a sua comitiva. Nessa época, o Antoninho Delmanto era meu vizinho. Correligionário de Carlos Lacerda e seu admirador, lembro com saudades os momentos que ele proporcionou a mim e a minha família."
(do livro "Memórias de Botucatu 2", de 1993).

ESCOLA NORMAL, Meiga Escola, Centenário EECA, Celeiro Cultural

11 comentários:

Delmanto disse...

Na matéria “O TRIPÉ EDUCACIONAL DE BOTUCATU”, o primeiro é o da NORMAL, o segundo do SANTA MARCELINA e o terceiro é o do Ginásio Diocesano (La Salle).
Hoje, todos já comemoraram os seus respectivos CENTENÁRIOS!
Foi extraordinária a influência educacional e cultural da nossa ESCOLA NORMAL. Abrangendo a maior parte do Estado de São Paulo, era o destino certo das candidatas e dos candidatos à serem professores – profissão muito valorizada à época! – dos Estados do Mato Grosso e do Paraná.
A ESCOLA NORMAL formou turmas e turmas de jovens que partiram para o exercício da profissão em todo o estado, inclusive e com destaque, na ocupação de cargos de direção do magistério paulista.
Justíssima as publicações referentes ao CENTENÁRIO DA ESCOLA NORMAL. Na internet, desde 2010, está postada no site www.armandomoraesdelmanto.com.br .
Agora, com orgulho, a incluímos no BLOG DO DELMANTO que tem se dedicado à divulgação da HISTÓRIA DE BOTUCATU.
Salve Meiga Escola!
ESCOLA NORMAL DE BOTUCATU!

Anônimo disse...

Ana Maria Tancler Stipp (Facebook):
Me sinto muito honrada em fazer parte da história da Escola Normal, e hoje cheio de siglas, mas tradicionalmente lembrada de IECA. Nela fiz desde o Jardim da Infância com a Dona Nazaré até o Curso Normal, foram dezoito anos dentro da "Meiga Escola". Quando conto aos meus filhos e sobrinhos que sempre estudei em escola pública e não fiz faculdade porque estudei em escola pública, portanto, não precisei fazer parte de cota, eles ficam assustados. Daí digo que a escola pública era a boa escola, onde os professores eram valorizados e nos valorizava, a educação e o aprendizado andavam de mãos dadas e o respeito era mútuo. Parabéns IECA e companheiros dessa jornada. Parabéns pelo seu aniversário que, salvo engano, é comemorado em maio, cuja data dá ou dava nome ao Centro Cívico do qual participei algumas vezes

Anônimo disse...

Vivi, vivi e vivi... Foi a melhor época da minha vida de jovem sonhadora. Queria ser uma boa professora e encontrar o meu grande amor. Consegui.
Escola Normal dos grandes Mestres e das Grandes Mestras, com especial destaque para a Professora Jair Conti. Que cultura e que oratória envolvente.
Minhas amigas inesquecíveis. Saudades...
Viva minha MEIGA ESCOLA! (mariceiaoliveira@yahoo.com.br)

Anônimo disse...

• Eunice Lima (Facebook):
Eu também! Lembranças, muitas lembranças.

Anônimo disse...

Maria De Lourdes Fumis (Facebook):
Escola adorável! Quanta saudades!

Anônimo disse...

Carlos Teixeira Pinto (Facebook):
Saudade enorme : cursei o primário na E . Normal ( GRUPO MODELO NA ÉPOCA ) ; GINÁSIO E COLEGIAL no DIOCESANO LA SALLE .

Anônimo disse...

Carlos Teixeira Pinto (Facebook):
Armando , o DÉCIO DELMANTO foi meu colega de classe .

Anônimo disse...

Oscar Francisco Balarin (Facebook): PARABÉNS

Anônimo disse...

Congratulações, Armando!

Eu não fui aluna lá, mas foi a primeira escola em que dei aula ,para o antigo Ginasial, em substituição ao prof. Guedelha,1967.
Minhas tias Esther e Terezinha estudaram lá.

Quando passo pela frente e vejo a "aquele barracão horroroso que chamam de ginásio ou quadra de esporte", ou ainda quando vejo que os restos de construção ainda estão por ali e que ninguém toma alguma atitude,fico indignada...
Quando vejo o estado lastimável das cortinas enfiadas nas janelas e, muitas vezes, luzes acesas à toa, fico revoltada....
Quando vejo aqueles moleques de skate detonando as calçadas e as escadarias, penso:será que não tem ninguém para lhes chamar a atenção? Será que a Guarda Municipal não pode agir e defender um patrimônio histórico?
Quando vejo as calçadas todas esburacadas para que as tendas e palcos das tão barulhentas festas da cidade sejam instaladas , perco as palavras...
É isso.O que fazer?A quem recorrer?
SE a Pinacoteca conseguiu 11 milhões( é verdade?) para reformar o Fórum, como conseguir uma restauração digna da Meiga Escola?
Sabe, sinceramente, acho que ela deveria ser incorporada à Comunidade Marcelina, tenho certeza de que voltaria a ser bela como era!
Abraço revoltado,
Carmen Sílvia Martin Guimarães - da ABL - Academia Botucatuense de Letras/ Facebook)

Anônimo disse...

Maria Cristina Vieira Santos (Facebook):
Lembra o hino da escola? "Meiga escola da grande Via Láctea.. ."

Anônimo disse...

Anthemo Roberto Feliciano (Facebook):compartilhou sua foto.
Fiz o primário ai...

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