agosto 26, 2014

ANTONIO ERMÍRIO DE MORAES E O HISTÓRICO DO GRUPO VOTORANTIM



Antonio Ermírio de Moraes e 
o Histórico da Votorantim



O empresário Antônio Ermírio de Moraes, presidente de honra do Grupo Votorantim, morreu capital paulista (24/08/2014), aos 86 anos, por insuficiência cardíaca, segundo a assessoria de imprensa da empresa. O corpo foi velado no Salão Nobre do Hospital Beneficência Portuguesa, onde exerceu por mais de 40 anos, com muita competência, a presidência daquele que é o maior complexo hospitalar da América Latina. O enterro foi no Cemitério do Morumbi (25/08/2014).

Engenheiro metalúrgico formado pela Colorado School of Mines, nos Estados Unidos, Antônio Ermírio iniciou a carreira no Grupo Votorantim em 1949, sendo o responsável pela instalação da Companhia Brasileira de Alumínio, inaugurada em 1955. O grupo está presente em mais de 20 países, nos segmentos de metais, cimento, papel, química, eletricidade e sucos.

Em 1986, foi candidato ao governo do estado de São Paulo pela União Liberal Trabalhista Social ( PTB, PL e PSC ), mas perdeu para Orestes Quércia (PMDB). E São Paulo perdeu a oportunidade de ter um dos mais competentes e empreendedores no seu comando. Escreveu e produziu três peças teatrais, com foco nos problemas brasileiros, sendo membro da Academia Paulista de Letras.



Em nota, a Votorantim lamentou a morte do empresário:
“Com o falecimento do Dr. Antônio Ermírio de Moraes, o Grupo Votorantim perde um grande líder, que serviu de exemplo e inspiração para seus valores, como ética, respeito e empreendedorismo, e que defendia o papel social da iniciativa privada para a construção de um país melhor e mais justo, com saúde e educação de qualidade para todos. Dr. Antônio deixa a esposa, Dona Maria Regina Costa de Moraes, com quem teve nove filhos”.
O Blog do Delmanto, ao homenagear ANTONIO ERMÍRIO DE MORAES, publica o histórico do GRUPO VOTORANTIM  que foi, juntamente com o GRUPO MATARAZZO, os dois maiores grupos industriais brasileiros (revista PEABIRU, nº 18, de janeiro/fevereiro de 2000, elaborado por Gilberto Fernando Tenor)


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E no histórico do Grupo Votorantim temos a presença realizadora e ousada do COMENDADOR ANTONIO PEREIRA IGNÁCIO, um gigante empreendedor, que juntamente com o CONDE FRANCESCO MATARAZZO, ajudou a construir a grandeza industrial do Brasil.

HISTÓRICO DO GRUPO VOTORANTIM
Comendador Antonio Pereira Ignácio



O grande industrial português, nasceu em Baltar, distrito de Porto, em 29 de março de 1875, filho de João Pereira Ignácio e Maria Coelho Pereira.
Acompanhado dos pais, chegou em Sorocaba em meados de 1886, e logo começou a aprender as primeiras letras, sempre à noite, para não atrapalhar o trabalho junto ao pai e tio, ambos sapateiros. Menino esforçado chegava a trabalhar até 20 horas por dia. Neste ofício teve por mestre, Venâncio Lisboa, na antiga rua do Hospital, hoje Rua Dr. Álvaro Soares, gratidão esta pelo ensino da profissão, Pereira Ignácio soube agradecer quarenta anos depois quando levou-o para morar consigo em seu palacete de Santa Helena.
Em 1890, seus pais mudaram-se para Itapetininga. O jovem Antonio, passa três anos trabalhando por conta própria em São Manuel. Nova mudança, agora para Boituva.
Boituva, foi o início de seus negócios, aonde o algodão era o seu meio de vida. Muda-se para Botucatu, aonde encontra e casa-se com Dona Lucinda, e lá residem de 1900 a 1905. Volta novamente a Sorocaba, a Manchester Paulista, fundando logo após sua chegada a fábrica de óleo de algodão “Santa Helena”, na rua Álvaro Soares.
Sempre procurando novas tecnologias, viaja em 1906, aos Estados Unidos, precisamente em Birmighan, no Alabama, aonde adquire da Continental Gin Company, máquinas de última geração, para a ampliação da sua fábrica de óleo. E orgulhoso de ser o primeiro e único, a possuir esta instalação no Brasil, e o segundo, após o Egito, que se faz fora dos EUA. Retornando em 26 de março, é recebido na estação da Sorocabana, com grandes festejos patrocinados pelos amigos e sociedade sorocabana.
Demorou mais de um ano, para o perfeito funcionamento das novas máquinas, e a 29 de Junho de 1907, inaugura a seção de descaroçamento do algodão, com grande sucesso e curiosidade de muitos, pois o algodão em caroço entrava por um lado, e pelo outro já saiam os fardos de algodão prontos para embarque. As sementes, já separadas para a moagem eram automaticamente conduzidas.
Começa a formar-se um monopólio no ramo de produção de óleo, liderado pelo italiano Francesco Matarazzo, depois Conde, em que simplesmente comprou todas as fábricas de óleo do Estado e tomou conta do mercado lançando já em 1912, o óleo comestível “Sol Levante”. Pereira Ignácio também vendeu.
Os negócios de algodão prosperavam. E em 1915, adquiriu dos Lichtenfels, a então Companhia Telefônica Sul Paulista, que o ligava diretamente com Boituva, Tatui, Itapetininga e Guareí. Com sua experiência empresarial, trouxe a central da mesma para Sorocaba, à rua Padre Luiz, centro da cidade, formando assim a primeira rede telefônica da cidade.
Em 1915, traz para Votorantim, todo o algodão de Guareí, terceirizando assim seus serviços de beneficiamento, aguardando somente os fardos da felpa ou o algodão descaroçado.
No ano seguinte, envia representantes para os mais diversos lugares, para divulgação de seus produtos aonde a concorrência era maior.
Já a alguns anos arrendava do Banco União a seção de descaroçamento de algodão, quando em 16 de Julho de 1917, depois da maior greve geral até então havida em Sorocaba, que abrangeu todas as fábricas têxteis, a fábrica não reabriu. O comércio fechou suas portas. Vieram 60 praças da capital. Até o Tiro de Guerra interveio para auxiliar o policiamento. Os patrões reuniram-se e acharam justas as reivindicações, atendendo-os imediatamente. E já no dia seguinte, começava o retorno ao trabalho.
O Banco União não conseguiu atender as metas acordadas e não podendo pagar o aumento de salário e por outras dificuldades devido a 1ª Grande Guerra Mundial, acabou tendo sua falência decretada no mesmo mês, não mais reabrindo a fábrica. O caos estava formado. Houve miséria, operários esmolando.
Com a falência decretada, a massa falida ficou a cargo do liquidatário, Nicolau Scarpa, que autorizou a venda, através de leilão, da Fábrica Votorantim, incluíndo as obras hidráulicas, 440 casas de operários, linha férrea, Fazenda Itupararanga e fornos de cal, totalizando uma área territorial de 1.800.000 metros quadrados.
Formou-se então um grupo de investidores interessados na aquisição da massa falida, este grupo comandado por Pereira Ignácio e Francisco Scarpa, era composto por João Soares Hungria, Raphael de Cunto, João Cancio Pereira, Domingos Picirillo, José Ventura Fernandes da Silva, José de Cunto e Roque de Cunto.
Enfim o esperado leilão aconteceu em 09/01/1918, realizado pelo leiloeiro Albino de Moraes, aonde foram arrematadas as propriedades imóvel e móvel do Banco União, pela quantia de 2.142 contos de réis.
Feito o leilão, e sendo Pereira Ignácio e Scarpa, os sócios majoritários, foi respeitado o contrato de arrendamento da Fábrica Votorantim - seção de beneficiamento de algodão, feito entre o Banco União e a firma Pereira Ignácio & Cia. Foi acertado o pagamento anual de 1.100 contos de réis, pelo prazo de 5 anos.
Infelizmente, a fatalidade encontrou Francisco Scarpa em seu caminho. Em 21 de Abril de 1918, indo com seu filho Nicolau à Itupararanga, num auto de linha ( espécie de trem de inspeção), foi vítima de um encontro com outro auto de linha, sendo este carregado com dormentes.
Na colisão, os dormentes quebraram o vidro protetor do auto em que viajavam os Scarpa. Ambos machucaram-se muito, e o mais prejudicado foi Francisco Scarpa, que perdeu o olho direito devido aos estilhaços de vidro. Seu filho, Nicolau sofreu pancadas no abdômem, estômago e peito.
Hospitalizados, infelizmente Francisco Scarpa veio a falecer, no dia 05 de maio próximo, 15 dias após o fatídico acidente, em razão de seu grave estado.
Após a morte de Scarpa, que era um dos esteios da fábrica e da nova Sociedade Anônima Votorantim, ficam por fim donos do maior número de debêntures da sociedade formada, o Sr. Nicolau Scarpa e Antonio Pereira Ignácio, que aos poucos foram adquirindo as outras partes menores.
Mal começaram os trabalhos, quando ambos compreenderam que juntos não iam. Conta-se que Nicolau, duvidando que Pereira Ignácio arranjasse o capital, ofereceu comprar ou vender, para assim ficar só.
Pereira Ignácio preferiu comprar. Fê-lo assinar escritura de compromisso de venda por 2 mil contos de réis e correu ao Rio de Janeiro, onde seus patrícios que sempre investiram em seu progresso, novamente o ajudaram. Teve como financiador do novo negócio, seu patrício Souto Maior.
Pereira Ignácio queria plantar, colher, descaroçar, fiar, tecer, tudo junto. Nesta euforia, vê-se em abril de 1918, pela [primeira vez o título de Sociedade Anônima Votorantim num curioso anúncio jornalístico, aonde promete-se 2.500 alqueires de terras “aos lavradores que quiserem enriquecer”.
Sempre querendo agilizar a produção e facilitar o transbordo de vagões da Estrada de Ferro Sorocabana para a Fábrica Votorantim, Pereira Ignácio envia ao Ministro da Viação, em 1921, as plantas para as obras de mudança da bitola para 1 metro e eletrificar toda a rede, da então via férrea a vapor, com bitola de 60 cm., com ligação entre a fábrica e Sorocaba, usada diariamente para transporte de empregados e carga.
Tudo aprovado, foi posta em operação a nova linha, que com grandes festividades foi inaugurada pelo Exmo. Dr. Washington Luiz, presidente do Estado de São Paulo, a 04 de fevereiro de 1922, e foi dado o nome de Estrada de Ferro Elétrica Votorantim. Os bondes de transporte de passageiros circularam até 1966 e os trens de carga até 1998.
Em 1925, casou sua filha Helena com o jovem José Ermírio de Moraes, genro e sócio que todo pai procura. Do enlace nasceram os filhos: José Ermírio, Antonio Ermírio, Maria Helena e Ermírio.

No ano seguinte, José Ermírioassume a diretoria dos negócios e juntamente com o sogro, transforma a tecelagem num conglomerado de empresas com tentáculos em vários segmentos do mercado, fundando a fábrica de cimento, cuja produção inicial foi destinada à construção do Viaduto do Chá, em São Paulo.



Na década de 30, a Fábrica Votorantim, tinha como seu maior patrimônio, os seus funcionários e para atendê-los mantinha: 1.100 casas, ligadas com água, luz e esgoto; teatro; cinema; campo de futebol; piscina; creche; escola maternal; grupo escolar; açougue frigorífico e um grande armazém fornecendo todos os gêneros alimentícios a preço de custo. Seu apego aos funcionários era tanto que em todos os dias 1º de Maio, Dia do Trabalho fazia questão de compartilhar com eles esta tão tradicional data.
Faziam parte de seu patrimônio: máquinas de descaroçar algodão em Boituva; Fábricas de Tecidos: Lucinda em São Bernardo do Campo, Luzitana e Paulistana em São Paulo e a Votorantim, que era a maior fábrica de tecidos da América do Sul; vastas glebas de terras desde Pantojo, Rodovalho, Piragibú, Inhaiba até Votorantim; a grande e extinta fábrica de cimento em Rodovalho, hoje em franca construção de grandes pavilhões de cimento armado; Fornos de cal, em Inhaíba; Fábrica de cimento Santa Helena-Votoran; 8 Km da via férrea com a Estrada de Ferro Elétrica Votorantim; Fábrica de papel - Votocel; Fábrica de Alumínio; Usina Elétrica da Cachoeira da Fumaça; Companhia Nitroquímica e a Usina Siderúrgica Barra Mansa.



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Benfeitor convicto, sempre colaborou com sociedades e casas de caridade, como o Hospital Santo Antônio, Hospital Santa Lucinda e a Faculdade de Medicina, entre outras.
Reconhecido seu valor, foi condecorado pelo Governo Português com o título de Comendador. Mas logo em seguida, em 1936, o Presidente Getúlio Vargas conferiu-lhe a mais alta distinção civil do Brasil, a Comenda da Ordem do Cruzeiro do Sul.
Humildade sempre à prova, conservou a visitação dos curiosos em sua fábrica, e expôs na inauguração do novo mercado municipal de Sorocaba, em 1938, a sua banca de sapateiro. E nunca escondendo seu passado pobre, sempre dizia orgulhoso: “Eu fui sapateiro...trabalhei muito...e fui sempre comedido e sóbrio”. Chegou ao cume, graças a este gênio, tanto maior quanto mais humilde as suas origens.
O gigante do algodão adormeceu para enfim descansar, às 21 horas, de 14 de Fevereiro de 1951, em sua residência à rua Guadalupe, 67, na capital paulista, aos 75 anos de idade.
Muitas homenagens póstumas foram feitas em Sorocaba, a Câmara Municipal deu o nome de “AVENIDA PEREIRA IGNÁCIO”, ao antigo caminho para Votorantim, próximo ao Hospital Santa Lucinda e a Faculdade de Medicina, ambos que ele ajudou a construir.
Também em 24 deAbril de 1951, o deputado estadual por Sorocaba, Dr. Gualberto Moreira, apresentou à Assembléia Legislativa Estadual, o projeto de mudança do nome da Estação Alumínio, ex-Rodovalho, para “ESTAÇÃO Antonio Pereira Ignácio”. Unanimemente aprovado, mas infelizmente nunca cumprido.
O lema do Conde Matarazzo, FIDES-HONOR-LABOR (Fé-Honra-Trabalho), encaixa-se perfeitamente ao Comemdador Pereira Ignácio, devemos este resgate de sua história, sempre estará ao lado e cuidando de seu maior tesouro: seus fiéis funcionários.

Bibliografia:
* Acervo do Museu Histórico Sorocabano
* Acervo Particular de Aparício Tarcitani
* Almeida, Aluísio de; Biografias Sorocabanas; Ver. Arquivo Municipal; CLII; 1952
* Almeida, Aluísio de; História de Sorocaba; 1969
* Almeida, Aluísio de; Jornal Cruzeiro do Sul; 08/10/1978
* Folha popular; 29/03/1952
* Gaspar, Antonio Francisco; Cruzeiro do Sul; 01/08/1967
* Gaspar, Antonio Francisco; Sorocaba de Ontem; 1954
* Isto é; Especial 10; Empreendedores do Século; 1999
* Vieira, Rogich; Um dia como hoje; Jornal Cruzeiro do Sul; 26/03/1991
* Vieira, Rogich; Um dia como hoje; Jornal Cruzeiro do Sul; 22/03/1992.
Gilberto Fernando Tenor - Presidente de Honra do Club Philatélico Sorocabano, Membro da Academia de Letras de Sorocaba e Secretário da Federação das Entidades Filatélicas do Estado de São Paulo.

Registro Histórico - O Comendador Antonio Pereira Ignácio iniciou, de fato, sua atividade profissional em Botucatu. Aqui chegando em 1900, instalou-se na Vila dos Lavradores (Major Matheus), com uma sapataria. Tornou-se muito ligado a Pedro Delmanto que tinha sua loja de calçados, sua fábrica de calçados e o Cortume Bella Vista, no Bairro Alto. Atuando no mesmo ramo, tornaram-se amigos. Posteriormente, Pereira Ignácio montou armazém e continuou a atuar no comércio do algodão. Aqui em Botucatu, casou-se com Lucinda Rodrigues Viana. Tiveram 3 filhos: João, Paulo e Helena
De Botucatu, Pereira Ignácio voltou a Sorocaba onde acabou por estrutrar essa potência que é o conglomerado Votorantim.Veio a ser seu genro, o engenheiro José Ermirio de Moraes, que o sucedeu em suas empresas, tornando-se, anos mais tarde, Senador da República.
Para Botucatu, o Comendador Antonio Pereira Ignácio sempre mostrou sua gratidão. A sua casa própria, doou-a à Misericórdia Botucatuense, sendo que o seu retrato e de Dona Lucinda se destacam na galeria dos benfeitores do Hospital. Anos depois de sua partida, Pereira Ignácio voltou a ajudar a Misericórdia Botucatuense. Quem faz o relato é o Dr. Antônio Delmanto (filho de Pedro Delmanto) que foi Diretor Clínico do Hospital e responsável pela modernização da Misericórdia, consolidando, assim, essa grande obra do Dr. Costa Leite:
“...Outro problema a resolver era o aprelho de Raio X, cuja aquisição era dificílima, quase impossível, dado o preço do mesmo, absolutamente fora do alcance da Misericórdia.
Lembrei-me do Comendador Pereira Ignácio, amigo e colega de meu pai na mocidade, quando trabalhava na Vila dos Lavradores com comércio de calçados. Depois foi para Sorocaba onde fundou esse império que é a Votorantim ( é avô do empresário Antonio Ermírio de Moraes). Apelei para o Comendador Pereira Ignácio, expondo as nossas dificuldades e a impossibilidade financeira de adquirirmos tão caro equipamento. Pedi que el abrisse a campanha para a aquisição do Raio X.
Qual não foi a nossa grande surpresa quando Pereira Ignácio enviou, de presente, um novo e moderníssimo Aparelho de Raio X para a Misericórdia Botucatuense...”
( do livro “Memórias de Botucatu II”, pág. 30, 1993).




Conde Francesco Matarazzo: o Empreendedor do Século XX!/leia aqui

15 comentários:

Delmanto disse...

Essa lembrança do Império Matarazzo,lembra outras estórias. Na industrialização do Brasil, dois grupos industriais preponderaram: o Grupo Matarazzo e o Grupo Votorantin. Agora, a coincidência: os dois estabelecidos na mesma rua, na então considerada “Manchester Paulista”, que era Sorocaba. Primeiro, Francesco Matarazzo, Francesco Grandino iniciavam, em Sorocaba a construção do Império. Já em Botucatu, para onde foram os trilhos da EFS – Estrada de Ferro Sorocabana, levando o progresso, estava instalado Pedro Delmanto, também imigrante de Castellabate e tinha, como colega e amigo na profissão de comercio de calçados, o imigrante português Antonio Pereira Ignácio. Após alguns anos, já casado, Pereira Ignácio vai para Sorocaba, instalando-se na mesma rua do comércio de Matarazzo e instala seu comércio de caroço de algodão. Em pouco tempo, começaria a construir o império da Votorantim... De Sorocaba, Francisco Matarazzo leva seu império para a Capital paulista: são as IRFM – a maior potência Industrial da América Latina e, ele, o italiano mais rico do mundo.
Com o fim das Industrias Matarazzo, já na terceira geração, o Brasil passa a admirar o, agora, maior Império Industrial Brasileiro: a Votorantim. O Comendador Antonio Pereira Ignácio casa sua filha Helena com o engenheiro José Ermírio de Moraes (pai do empresário Antonio Ermírio de Moraes), que viria a comandar, consolidar e expandir o grupo industrial da Votorantim. É registro Histórico.

Anônimo disse...

Denise Delmanto Prado (Facebook):
Faltam homens como este no país...

Anônimo disse...

O império Matarazzo e a Votorantim foram contruídos sem que houvesse a “ajuda” de nenhum Palocci e de nenhum Zé Dirceu. Foi a mobilização poderosa da economia privada paulista que construiu seu caminho e montou uma super estrutura industrial para ninguém botar defeito. O valor absoluto da iniciativa privada na busca dos caminhos e, com coragem, própria dos homens que querem construir o fututro. Hoje, parece história de um passado idealizado. Pois não foi não! É história verdadeira de homens de fibra que construíram e dignificaram a nova Pátria. Nada de estrangeirismo! Era o novo país que estava sendo contruído. E foi bem construído, porque nada e ninguém consegue criar barreiras entre classes neste povo mestiço abençoado por Deus! A Matarazzo e a Votorantim servem para mostrar que é possível, sim, construir um sonho e viabilizá-lo dentro da lei e da capacidade de organização da comunidade a que serve. A Matarazzo com o empreendedor imigrante italiano, Francesco Matarazzo e a Votorantim com o empreendedor imigrante português, Antonio Pereira Ignácio!
Viva o Empreendedor! Viva o Estado de São Paulo! Viva o Brasil!!!
(ludmila.cunha@yahoo.com.br)

Anônimo disse...

Sonia Maria Cabral Simoes(Facebook):
Compactuo com vc ,Denise.

Anônimo disse...

Sonia Maria Cabral Simoes (Facebook) compartilhou sua foto.
"A política é a arte de pedir votos aos pobres,pedir recursos financeiros aos ricos e mentir para ambos.”
Nunca li uma definição tão verdadeira para a "arte" da política...

Unknown disse...

Era para ter sido nosso governador. Era o candidato preferido por Franco Montoro, mas os componentes do então PMDB preferiram o Orestes Quércia, já famoso por suas “ações” na gestão pública...
Antonio Ermirio de Moraes: o grande comandante da indústria brasileira!

Anônimo disse...


Jo Sant'Iago (Facebook) compartilhou sua foto.
histórico da familia

Anônimo disse...

Irene Rodrigues (Facebook):
Este homem deveria ter sido presidente do Brasil. Em 86

Anônimo disse...

Jalmira Rossito Pagnozzi (Facebook):
Que Ele descanse em PAZ ....Nao sei lhe dizer se e " Um homem grande .... ou .... Um grande homem... "

Anônimo disse...

Nilsa Pauletti (Facebook):
Que inteligência. Um homem admirado por todos!

Anônimo disse...


Carminha Marin (Faceboo)compartilhou sua foto.

Grande homem!

Anônimo disse...

Edison Tiorem Oshiro Oshiro (Facebook):
Minha baixinha foi salvo, graças ao Hospital Benificiencia Portuguesa mantida por este grande empresário sem fins lucrativos

Anônimo disse...

Maria De Lourdes Moraes CostaMaria De Lourdes Moraes Costa · Amigo(a) de Manfredo Costa Neto
O Brasil ficou mais pobre de grandes brasileiros!ebook):
· Amigo(a) de Manfredo Costa Neto
O Brasil ficou mais pobre de grandes brasileiros!

Anônimo disse...

Rosana Melissa (Facebook)compartilhou sua foto.

CONCORDO !!!!!!!!!!!!

Anônimo disse...

Olá, Delmanto.

Eder Fonseca (Dihitt) comentou a notícia Antonio Ermírio de Moraes e o Histórico da Votorantim.

Comentário:
Um grande empresário, um grande homem, um grande brasileiro!

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