ESCOLA
INDUSTRIAL: 80 ANOS DE SUCESSO!
A revista
PEABIRU é um dos mais importantes acervos da História de Botucatu. Em 1998, na
edição de novembro/dezembro, nº 12, publicou todo o histórico da luta pela
conquista da ESCOLA PROFISSIONAL, na segunda metade dos anos 30, ao depois
transformada em ESCOLA INDUSTRIAL “DR. ARMANDO DE SALLES OLIVEIRA” e,
atualmente, faz parte das ETCs do Governo Paulista.
Escola Industrial
"BOTUCATU :
Em busca de progresso e desenvolvimento, Botucatu consegue as suas primeiras escolas, suas primeiras indústrias ( 1º Ciclo Industrial), sua Diocese (1908), sua Escola Normal (1910/11), o Colégio dos Anjos - Santa Marcelina (1912), o Colégio Diocesano Nossa Senhora de Lourdes, ao depois Arquidiocesano, hoje La Salle (1913), Escola de Comércio (1919) e a Escola Profissional, posteriormente Escola Industrial (1936). Passa por uma grande crise (1929/30) que se arrasta pelos anos 30/40, passa por seu 2º Ciclo Industrial, consegue as Faculdades Oficiais (Medicina, Medicina Veterinária, Agronomia e Biologia), hoje destacado Campus da UNESP, em 1962, e, em meados dos anos 70 tem início o seu 3º Ciclo Industrial que traz uma perspectiva sólida para o seu futuro. Com uma população estimada em 140 mil habitantes, Botucatu começa a representar importante pólo de desenvolvimento industrial no Estado e são concretas as possibilidades de vir a sediar uma Universidade Regional Estadual, tendo como base o Campus local da UNESP.
Para o ano 2.000, graças a sua privilegiada posição geográfica, fica para Botucatu a esperança de vir a sediar a futura Capital do Estado de São Paulo, cuja mudança para o interior foi expressamente prevista pela Constituição Estadual, promulgada em 1989".
(do livro "Memórias de Botucatu 1", 2ª edição, págs. 19/20, 1995)
Nesse cenário está resumida a história das conquistas de Botucatu... A cada vitória, a cidade crescia, redobrava as suas forças, caminhava com firmeza para o futuro...
Esse era o espírito no longínquo ano de 1936 ! Após a Revolução Constitucionalista de 1932, passando pela Assembléia Constituinte Paulista de 1934, a cidade de Botucatu reunia suas forças e vislumbrava boas perspectivas para o seu futuro. A perda irreparável de seu grande chefe político, Dr. José (Juca) Cardoso de Almeida, que como líder político do Presidente Washington Luís, foi exilado com a Revolução de 30, vindo a falecer em 1931 em Paris, marcara tristemente a nossa cidade.
Governador Armando de Salles Oliveira
Assim, a presença do Dr. Cantídio de Moura Campos (primeiro botucatuense formado emMedicina) como Secretário Estadual da Educação e Saúde Pública, no Governo de Armando de Salles Oliveira, mais a representação oficial na Assembléia Legislativa, com o Deputado Estadual Constituinte, Dr. Dante Delmanto, e a representação oficial na Câmara dos Deputados, com o Deputado Federal , Dr. Antonio Carlos de Abreu Sodré, passaram a representar a esperança de um futuro mais promissor.
Com a Escola Normal, a nossa cidade já ostentava foro de primoroso centro irradiador de cultura... Era preciso uma atenção maior para o ensino técnico-profissionalizante. A busca de tecnologia a credenciar a cidade como pólo industrial privilegiado, passou a ser a grande aspiração dos botucatuenses.
O Governo de Armando de Salles Oliveira ficaria marcado pela modernidade: a implantação de Escolas Profissionais, a idealização e criação do IDORT e, principalmente e com destaque, com a implantação da Universidade de São Paulo - USP. São Paulo começava a assumir o seu perfil de locomotiva do Brasil...
Aí começou a surgir o sonho maior de Botucatu: ter a sua Escola Profissional !
De início todo o apoio do Prefeito Carlos César. Em seguida, todo apoio do PrefeitoNestor Seabra...
A "Folha de Botucatu", de 01/01/1936, trazia a manchete tão esperada: "A Nossa Escola Profissional", destacando em sub-título: "Foi apresentado o projeto de criação da Escola Profissional de Botucatu no Congresso Estadual - Telefonemas e Telegramas dos Srs. Dr. Cantídio de Moura Campos e Dr. Dante Delmanto." E prosseguia no texto: "Em nosso número 10, de 3 de maio do ano que ontem se findou, demos a primeira nota sobre a necessidade de ser criada aEscola Profissional de Botucatu, um velho desejo do nosso povo.
Cantídio de Moura Campos
Essa campanha iniciada em 3 de maio, continuamos até hoje, com uma insistência às vezes exagerada que chegou a desagradar os nossos amigos políticos locais e os nossos representantes no Legislativo e no Executivo.
São recentes os nossos artigos em que, aproveitando a vinda do Dr. Cantídio de Moura Campos à nossa cidade, relembravamos a promessa feita por S.Exa. , obtendo a reafirmação da sua promessa de 8 de Setembro.
Sábado último, quando já estava quase todo o jornal impresso, recebemos de parte do ilustre dr. Secretario da Educação e Saúde um telefonema em que nos era comunicado ter sido apresentado o projeto de criação da Escola Profissional de Botucatu pelo jovem e ilustre tribuno dr. Dante Delmanto que brilhantemente representa a nossa cidade no Legislativo Estadual.
Infelizmente não nos era mais possível dar a alviçareira notícia em primeira mão.
Dante Delmanto
Anteontem recebemos do dr. Dante Delmanto, o telegrama que abaixo publicamos:
Redação "Folha de Botucatu"
Tenho grande prazer comunicar essa ilustre redação que de acordo senhor Secretário da Educação já apresentei Assembléia projeto referente Escola Profissional Secundária de Botucatu, que será criada ainda este ano.
Cordiais Saudações,
Dante Delmanto
A notícia repercutiu em nossa cidade grandemente, tendo-se espalhado por todos os cantos e provocado vivas manifestações de alegria de todo o povo botucatuense.
É realidade a maior aspiração do nosso povo.
É preciso não esquecer que o Sr. Carlos Cesar, quando Prefeito da nossa cidade, teve oportunidade de referir-se à Escola Profissional, assunto de que já havia tratado com as autoridades do Estado.
ESCOLA PROFISSIONAL SECUNDÁRIA, em seu prédio de 1936, onde havia residido a escritora Maria José Duprè.
A "Folha de Botucatu" se rejubila com essa sua primeira e grande vitória.
Botucatu fica devendo ao Partido Constitucionalista nas pessoas dos seus representantes no Executivo e no Legislativo e o seu diretório local, essa contribuição de assinalado vulto que vem ser um novo e decisivo fator para o seu progresso, para a sua grandeza e para o seu desenvolvimento.
Redimen-se os políticos de Botucatu, com a criação da nossa Escola Profissional de quaisquer atos ou gestos que tenham de qualquer forma desagradado.
Cumpre ao povo botucatuense, agora, cerrar fileiras em torno dos seus expoentes políticos que fazem a pujança e a grandeza do P. Constitucionalista, prestigiando-os como merecem pelo bem que fizeram à nossa terra.
O Partido Constitucionalista nasceu em Botucatu, e é preciso que, aqui, agora e sempre, como demonstrou nas eleições de 14 de Outubro, ele se coloque na vanguarda, em torno da figura ímpar de estadista modêlo, - Dr. Armando de Salles Oliveira - o Governador de S. Paulo.
Do dr. Dante Delmanto, sobre o mesmo assunto, o Sr. Jayme de Almeida Pinto recebeu o telegrama abaixo:
Dr. Jayme Pinto - Botucatu
Comunico prezado colega e amigo já ter apresentado Assembléia projeto criando Escola Profissional Secundária em Botucatu que será uma realidade ainda este ano. Abraços e felicidades 1936.
Dante Delmanto
Ontem, às 21 horas, recebemos uma telefonada do dr. Dante Delmanto comunicando haver sido aprovado o projeto por ele apresentado ao Congresso Estadual.
Por esse motivo, em regosijo foram soltados foguetes na porta da redação."
A "Folha de Botucatu", sob o comando competente de Pedro Chiaradia firmava posição e apresentava, incontinenti, telegramas ao Governador Armando de Salles Oliveira, ao deputado botucatuense Dante Delmanto e ao Secretario da Educação Cantídio de Moura Campos apresentando os cumprimentos por tão importante conquista.
Botucatu sempre foi rica em termos de imprensa e sempre teve a positiva disputa entre seus órgãos de imprensa...
Se a "Folha" era posicionada politicamente a favor do Partido Constitucionalista, o decanodos jornais botucatuenses, o "Correio de Botucatu", sob o comando vigoroso de Manoel Deodoro Pinheiro Machado, alinhado ao famoso PRP, também apresentava o seu posicionamento:
"Do Ilustre Deputado Botucatuense à Assembléia Paulista, Dante Delmanto, recebemos expressivo telegrama sobre o Projeto de criação de uma escola Profissional:
Redação do "Correio de Botucatu"
Tenho grande prazer comunicar a essa ilustre redação que de acordo com o sr. Secretário da Educação já apresentei Assembléia projeto referente Escola Profissional Secundária de Botucatu que será criada ainda este ano.
Cordiais cumprimentos,
Dante Delmanto
Escola Industrial:
Acima, em 1948
Abaixo, atual fachada 50 anos depois...
Com a manchete acima, em sua edição de 31/12/35, o "Correio de Botucatu" iniciava o seu posicionamento sobre a conquista. Em seu Editorial, de autoria de Adolpho Pinheiro Machado, a posição oficial do jornal:
"...Acaba de chegar ao conhecimento que o Dr. Dante Delmanto, outro filho ilustre de Botucatu e que ocupa na parlamento paulista uma posição de grande destaque pelo fulgor de sua inteligência, apresentou de comum acordo com o Sr. Secretário da Educação, o projeto para criação da Escola Profissional Secundária nesta cidade, o qual já foi aprovado em segunda discussão.
Mais auspiciosa notícia não poderia haver, pois vemos que os nossos conterrâneos e representates junto ao Governo de S. Paulo, não esquecem da cidade que os viu nascer, procurando sempre dotá-la de tudo que lhes esteja ao alcance.
Com esse serviço prestado a Botucatu, os Drs. Cantídio de Moura Campos e Dante Delmanto deixam assinalado no cenário político de suas públicas funções, com um empreendimento de vulto, o elevado grau de estima e consideração em que tem a terra que os cercou na infância de grandes carinhos, e, hoje, elementos de destaque no governo paulista, redeia-os de forte simpatia e inesquecível gratidão."
Era uma só voz em Botucatu. A cidade unida comemorava a grande conquista...
O Sr. Jayme de Almeida Pinto, pelo diretório local do Partido Constitucionalista e o sr. Emílio Peduti, pela Associação Comercial também expressavam, através de telegramas, o entusiasmo pela grande conquista e os cumprimentos aos Srs. Governador Armando de Salles Oliveira, Secretário da Educação Cantídio de Moura Campos, Deputado Federal Antonio Carlos de Abreu Sodré e Deputado Estadual Dante Delmanto.
O Terreno e o Prédio
A paz entre os aguerridos órgãos de imprensa duraria até o posicionamento da "Folha"favorável a que se escolhesse logo o local para a construção do prédio e que se instalasse provisoriamente a escola em prédio provisório. O "Correio" alfinetava que o concorrente estava querendo ser mais realista que o Rei...
E Pedro Chiaradia apresentava em editorial a sua sugestão para a localização da Escola Profissional. Parecia premonição... Tão especial foi a sugestão dada na edição de 15/01/36, que a reproduziremos na íntegra:
"A Localização da Escola Profissional
"Cumprindo a promessa que fizemos em um dos nossos artigos passados de tratar da localização da nossa Escola Profissional Superior, aqui estamos hoje.
Estamos informados de que é pensamento dos políticos em evidência de nossa cidade envidar os seus esforços no sentido de ser localizado o novo estabelecimento de ensino nos altos da cidade, nas imediações da Escola Normal, Colégio dos Anjos, etc.
Completa-se assim a formação de uma zona escolar em Botucatu, no seu ponto mais distinto, próximo aos jardins da Praça Rubião Júnior, em lugar distante do movimento comercial, etc.
Somos inteiramente de acordo com esse pensamento, e não vemos, mesmo, melhor colocação.
Achamos que a escolha do terreno deve ser, de preferência na Avenida Sant´Anna: seja defronte a Casa de Saúde Sul Paulista, ou mais para cima, em ponto mais próximo dos velhos estabelecimentos locais, o que seria preferível, até.
A futura Avenida, que saindo do Bairro da Estação, quando for demolida a velha Catedral, que se prolongará até o cemitério, depois de toda calçada e arborizada, terá nela localizada os principais estabelecimentos públicos escolares, hospitalares, etc.
Aos forasteiros que nos visitarem poderemos oferecer um espetáculo soberbo levando-o pela referida Avenida, mostrando-lhe a Casa de Saúde Sul Paulista, a Escola Profissional, a Escola Normal, o Grupo Cardoso, o Ginásio Diocesano, o Orfanato Amando de Barros, a Misericórdia Botucatuense, a Cadeia Pública, a nova Catedral, etc.
E que vista magnifica, que impressão grandiosa causará um passeio desses pela nossa cidade?
Há, na zona escolar, e mesmo na Avenida Sant´Anna, terrenos que se prestam admiravelmente para a localização da Escola Profissional.
Citaremos, de momento, a chácara do Sr. Victoriano Villas-Boas, o terreno fronteiro a Casa de Saúde Sul Paulista e a Chácara do Sr. Emílio Garcia.
Fala-se , ou falou-se no antigo posto zootecnico, cujo terreno é de propriedade da municipalidade.
Não somos de acordo com esse pensamento por muitos motivos, dentre os quais se sobresaem a situação daquele próprio municipal em um bairro novo e relativamente pouco habitado, além de prejudicar o conjunto que se projeta nos altos da cidade.
Voltaremos ao assunto."
Não é fácil encontrar uma imprensa de tão alto nível como a nossa no distante ano de1936...
A "Folha", em editorial, mostrava uma visão de nossa Esplanada nos altos da cidade e acertava, em cheio, na localização da futura Escola Profissional na Chácara do Sr. Victoriano Villas-Boas, que grifamos acima.
Encerrando essa primeira etapa do histórico da criação da Escola Profissional de Botucatu, registramos a posição da "Folha" diante da promulgação do projeto que criou a nossa escola:
"Foi Promulgado o decreto criando a Escola Profissional Secundária em nossa cidade.
Não obstante o palpitoso "Correio de Botucatu"ter noticiado, logo após a aprovação pelo Congresso Estadual do projeto Delmanto, a sua promulgação pelo Sr. Governador do Estado, somente anteontem, 14, foi o decreto assinado:
É com satisfação que publicamos o referido decreto na íntegra.
Eí-lo:
"Lei nº 2587, de 14 de Janeiro de 1936.
Autoriza o Poder Executivo a criar, em Botucatu, uma Escola Profissional Secundária.
Art. 1º - Fica o Poder Executivo autorizado a criar, na sede do município de Botucatu, uma Escola Profissional Secundária.
Art. 2º - Fica o Poder Executivo igualmente autorizado a adquirir por doação, compra ou desapropriação, o terreno necessário à construção do edifício destinado a essa Escola Profissional.
Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.
Palácio do Governo, 14 de Janeiro de 1936.
Armando de Salles Oliveira
Cantídio de Moura Campos
Clóvis Ribeiro."
Já no mês de fevereiro, a mesma "Folha" trazia, na edição de 23/02/36, sob o título de Escola Profissional, a seguinte matéria:
"Com o fim de escolher o futuro terreno para o levantamento do prédio da nossa Escola Profissional, estiveram nesta cidade, ontem, o ilustre deputado botucatuense dr. Dante Delmanto e o engenheiro da Secretaria da Agricultura, Industria e Comércio, encarregado desse serviço..."
Na "Folha " de 21/10/36, temos a entrevista do Prefeito Municipal Nestor Seabra que, sobre a Escola Profissional, afirmou:
"...Quanto à Escola Profissional as novas são alvissareiras. Estive com o Secretário da Educação que enviará dentro em breve para a nossa cidade os técnicos que farão os estudos de adaptação e construção do novo prédio da Escola. Para o início desta obra já consta do orçamento da Secretaria a verba de trezentos contos de reis. As aulas serão iniciadas no próximo período letivo no prédio adquirido pela Prefeitura Municipal e que será em breve adaptado às exigências técnicas. Na parte de cima desse mesmo terreno , situado na Avenida Sant´Anna, será construido o grandioso prédio da Escola Profissional Regional."
Novamente na "Folha", de 01/11/36, outra notícia sobre a escola:
"Encontra-se nesta cidade, desde ontem, o Sr. Brasilides Godoy, superintendente do Estado, que veio inspecionar os terrenos para a construção do futuro prédio da Escola Profissional e as adaptações a serem feitas no prédio adquirido pela Prefeitura."
Como consequência, por decreto especial, o Estado aceita a doação de um terreno para a construção da escola. A Lei nº 30, da Câmara Municipal de Botucatu autoriza o Poder Executivo a adquirir, pela quantia de 76 contos, a Chácara do Cel. Victoriano Villas-Boas, situada à Avenida Sant´Anna nº 620, com boa casa e com uma área de 6.806 metros quadrados. A firma Dinucci & Filhos, ficou encarregada de fazer as reformas no prédio existente de acordo com o relatório apresentado pelo Sr. Brasilides Godoy. Essa mesma firma é quem ficou encarregada da construção do novo prédio.
A Direção da Escola Profissional
No dia 03 de agosto de 1937, foram feitas as primeiras nomeações:
Diretor: Diógenes de Almeida Marins; Português: Anísia de Almeida; Matemática: Mário Leite de Campos; Desenho: Adelina Lucas Evangelista; Ed. Doméstica: Lígia Mauro; Mestra de Confecção e Corte: Maria Renço Alegro; Mestra de Roupas Brancas e Bordados: Madalena Chedid; Ajudante de Confecção e Corte: Lina Bolognesi; Mestra de Flores: Wanda Coimbra Bertocci; Inspetora-Almoxarife: Maria da Conceição Camargo Alves; Guarda-Livros: Guido Albino Bissacot; Escriturário: Clybas Pinto Ferraz.
Devidamente autorizados pela Superintendência do Ensino Profissional é iniciada a fase de propaganda e divulgação da nova escola, através de anúncios em jornais, divulgação na rádio, nos cinemas, através de impressos avulsos, etc. São 223 candidatos para o exame de admissão. E o bom resultado não tarda: em 13/09/37, entram em aula, pela primeira vez, 69 alunas do Curso Vocacional e38 para Bordados e Roupas Brancas. No Curso Noturno, são 49 alunas. Sucesso !
O início das aulas foi divulgado com destaque pela "Folha de Botucatu", de 15/09/37:
"ESCOLA PROFISSIONAL SECUNDÁRIA DE BOTUCATU
Começou a funcionar segunda-feira a nossa Escola Profissional
Homenagem ao Governador Armando de Salles Oliveira no saguão de entrada do prédio da Avenida Santana
Às 8,30 hs., o Revmo Monsenhor Tojal, digníssimo Cura da Sé e Vigário Geral da Diocese, acompanhado dos funcionários da Escola, deu a benção ao prédio e em seguida saudou a Diretoria e Professores.
Às 12 hs. Entraram as primeiras meninas e que vão fazer o Curso Vocacional, curso esse que dá direito à carreira e às inúmeras vantagens do Curso Profissional.
Às 19 hs. Iniciaram-se também as aulas do Curso Noturno.
O Professor Diógenes de Almeida Marins passou os seguintes telegramas:
Exmo Sr Dr Cantídio de Moura Campos, dd secretario da educação e saúde pública - S. Paulo
Tenho a subida honra comunicar V.Exa início trabalhos Escola Profissional de Botucatu. Intenso jubilo e satisfação. Cordeais Saudações.
Ilmo Sr Professor Horácio Augusto da Silveira, dd Superintendente Educação Profissional e Doméstica. Rua Monsenhor Andrade, 142 - S. Paulo
Comunico V S início nesta data funcionamento em trabalhos Escola Profissional de Botucatu. Grande entusiasmo botucatuenses. Saudações.
Na mesma data, o sr. prof. Jurandy Trench, passou os seguintes telegramas:
Exmo Sr Dr Cardoso de Mello Neto, dd Governador do Estado - S. Paulo
Instalando-se hoje aulas Escola Profissional Secundária de Botucatu, congratulo-me V. Exa auspicioso acontecimento...
Com o mesmo texto, o Sr. Jurandy Trench enviava telegrama ao Sr. Cantídio de Moura Campos, dr. Antonio Carlos de Abreu Sodré e dr. Dante Delmanto.
As Professoras Mestras e Inspetora passaram ao Ilmo Sr Professor Horácio Augusto da Silveira, dd Superintendente da Educação Profissional e Doméstica, o seguinte telegrama:
"Suas alunas de ontem, diplomadas Instituto Profissional Feminino, hoje Inspetora, Mestras e auxiliares da Escola Profissional de Botucatu, ao iniciar seus trabalhos apresentam ilustre chefe e amigo congratulações e mais uma vez reafirmam inteira dedicação, entusiasmo nosso Ensino e inteira solidariedade. aa) Maria Conceição, Maria Renzo, Magdalena Chedid, Lygia Mauro, Lina Bolognesi, Adelina Lucas Evangelista e Olga Vasques.
Pelo Diretório do Partido Constitucionalista foram passados telegramas às autoridades e deputados da zona.
E com a notícia acima temos a certeza de que mais uma aspiração do povo de Botucatu acaba de ser concretizada, graças aos esforços dos nossos representantes no Congresso Estadual e Federal, graças a grande amizade e amor do ilustre filho desta terra, dr. Cantídio de Moura Campos, da Secretaria da Educação e Saúde Pública e, finalmente, graças a grande visão e patriotismo de S. Exa o sr. J.J. Cardoso de Mello Neto que tão bem interpreta o sentimento e aspirações dos paulistas."
Leitura Dinâmica:
1938: É concluído o prédio das oficinas da seção masculina, para a qual nesse ano se abrem matrículas;
1943: É determinada a imediata construção do novo prédio da escola pelo Secretário da Viação e Obras Públicas em visita à cidade;
1944: Lançamento da Pedra Fundamental da nova escola pelo Dr. Fernando Costa, Interventor Federal no Estado de São Paulo;
1946: Pelo Decreto nº 16159, de 30/09/46, foi dada a denominação à escola de Escola Industrial "Dr. Armando de Salles Oliveira", perpetuando-se o nome de seu criador;
1947: Pronto o prédio, iniciam-se as aulas no novo local;
1949: O Prof Arnaldo Laurindo, ocupando o Departamento de Ensino Industrial, encaminha ao Executivo proposta criando os Cursos de Mestria;
1952: Ex-alunos são nomeados para docentes da Escola: Elias José Ferrari, Elsa Perizzoto, Hermínio de Souza Gomes.
Nos anos 50, a Escola Industrial está sedimentada e prestigiada no meio educacional botucatuense. A Diretoria da Escola nesse período é a seguinte:
Diretor: Jorge Pinheiro Machado; Vice-Diretor: Gastão Dal Farra; Contadores: João de Oliveira Martins Filho e Ary Pescatori; Orientador Educacional: Waldemar Sartori; Técnico de Educação: Alberto Laurindo; Atendente: Lourdes da Silva; Auxiliares da Secretaria: Dirce de Campos P. Machado, Maria de Lourdes Amaral e Ema Monteferrante..
Nesse período era editado o periódico "O Técnico Aprendiz", sob a responsabilidade doorientador educacional. Os seguintes cursos eram mantidos pela escola: Industrial Básico, Mestria, Noturno Extraordinário e Avulsos de Alvenaria e revestimento, Alfaiataria, Corte e Costura e Arte Culinária. Nesse período tinha um total de 342 alunos: sendo 136 para a secção masculina e206 para a feminina, sendo 205 alunos para o curso diurno e o restante para o noturno. O corpo docente e administrativo compreendia 23 Mestres para mecânica, marcenaria, fundição, corte e costura e alvenaria e 19 Professores para Português, Matemática, Ciências Físicas e Naturais, Geografia e História do Brasil, Música, Ed. Doméstica, Desenho, Mecânica Geral, Organização do Trabalho e Contabilidade Industrial, Higiene Industrial, Educação Física, Mecânica de Automóveis e Alfaiataria.
Colégio Técnico Industrial
Era inevitável que a criação de um Colégio Técnico Industrial em nossa cidade passasse a ser o grande objetivo de Botucatu, prestes a entrar no seu 3º Ciclo Industrial. Seria a complementação lógica e ideal de nossa Escola Industrial.
No final dos anos 60 e início dos anos 70, governava o Estado de São Paulo, o dr. Roberto Costa de Abreu Sodré, irmão do saudoso Deputado Federal Constituinte por Botucatu, dr. Antonio Carlos de Abreu Sodré (que havia sido Promotor Público em nossa Comarca) e que tão bem representou a nossa cidade e garantiu tantas conquistas até 1937, quando a Ditadura Getulista fechou o Congresso Nacional e as Assembléias Legislativas. A presença de seu irmão no Governo do Estado constituiu-se em feliz coincidência e encheu de esperanças os botucatuenses.
Mas a coincidência aumentava ao encontrarmos em um dos mais expressivos cargos do Governo do Estado, o dr. Antonio Carlos de Abreu Sodré Filho, Engenheiro que dirigia o FECE - Fundo Estadual de Construções Escolares. Ainda no campo das coincidências felizes, participavamos daAssessoria do Governador Abreu Sodré, e tinhamos como a mais grata das "tarefas" complementar a obra iniciada por nosso tio Dante Delmanto, na conquista da Escola Industrial, em 1936. Essa “BANDEIRA
DE LUTA”, era o objetivo político maior de meu pai, Antônio Delmanto,
e meu. Foi a maior conquista de Botucatu depois da criação das
Faculdades Oficiais (FCMBB).
Antônio e Armando Delmanto na luta pela conquista do Colégio Industrial
De destaque a ajuda e apoio constantes do dr. José Henrique Turner -Chefe da casa civil do governo do Estado -
e do dr. Antonio Carlos de Abreu Sodré Filho (prematuramente falecido no último mês de outubro) que sempre facilitou e incentivou as nossas reivindicações, vividas em tantas viagens a São Paulo, com a presença constante dos Profs. Waldemar Sartori e Jonas Alves de Araújo.
O Chefe da Casa Civil do Governo Abreu Sodré, José Henrique Turner, foi muito importante na conquista do Colégio Industrial. Na foto, Turner e Armando Delmanto.
No tradicional jornal botucatuense "Correio de Botucatu", tendo como Diretor e ProprietárioPlínio Paganini e na sua redação o Neder Filho ( Rabib Neder, atual Chefe de Gabinete do Prefeito Municipal), tinhamos, na edição de 25/06/70, a notícia da movimentação pelo nosso Colégio Técnico Industrial:
"Esteve em S.Paulo a fim de tratar da instalação do Colégio Técnico em nossa cidade o Prof. Waldemar Sartori, diretor substituto do Ginásio Industrial Armando de Salles Oliveira. O novo Coordenador do Ensino Técnico de São Paulo, professor José Bonifácio Andrada Jardim, deixou bem claro na reunião realizada de que serão instaladas duas unidades em São Paulo e 5 no interior, estando incluída a cidade de Botucatu..."
No mês seguinte, novamente o decano de nossa imprensa, o "Correio de Botucatu", edição de 26/07/70, registrava a conquista tão batalhada:
"Concretizada Uma Velha Aspiração
O Governador Abreu Sodré assinou na última quinta-feira, decreto autorizando a instalação de 15 novos Colégios Técnicos Industriais na capital e no interior. Dentre as cidades do interior beneficiadas, encontra-se Botucatu.
Essa era uma velha aspiração da gente que toma conta do Ensino em nossa cidade, vindo a Unidade Escolar trazer muito mais grandeza ao já enorme Setor Educacional de Botucatu.
A instalação desse Colégio estava sendo aguardada há muito tempo, mas somente agora o Governador do Estado houve por bem assinar o decreto autorizando seu funcionamento de maneira definitiva.
No ato de assinatura estiveram presentes no Palácio dos Bandeirantes os professores botucatuenses: Waldemar Sartori - Diretor da Escola Industrial; Jonas Alves de Araújo, Elias Ferrari, Alfredo Tortorela e Amilcar Potiens -uma atividade altamente eficiente nesse setor.
Há a necessidade de se salientar o grande apoio conseguido junto ao sangue jovem de Armando Delmanto, um batalhador das causas botucatuenses junto aos poderes maiores que regem o Estado de São Paulo. Anexos a esses Colégios, funcionarão também cursos de Ensino Médio de Primeiro Ciclo, Pluricurriculares e de Aprendizagem Profissional, articulados entre si ou isolados.
Remodelação do Prédio
A comitiva de professores botucatuenses, em São Paulo, foi também ao FECE - Fundo Estadual de Construções Escolares - onde conseguiu a aprovação de medida determinativa para que o atual prédio onde funciona a Escola Industrial de Botucatu seja reformado. O estabelecimento atual, portanto, será ampliado, havendo maiores possibilidades de que as classes futuras sejam muito mais aparelhadas."
No jornal "Vanguarda de Botucatu", de 30/07/70, encontramos o registro da auspiciosa notícia para Botucatu da criação do Colégio:
"O Colégio Técnico Industrial de Botucatu funcionará no próximo ano. O trabalho desenvolvido pelo Armando Delmanto junto ao Governador Abreu Sodré e ao Dr. Antonio Carlos de Abreu Sodré Filho - Diretor do FECE, foi coroado de pleno êxito.
No dia 23 , no Palácio dos Bandeirantes, presentes o Prof. Waldemar Sartori, Diretor Substituto do Ginásio Industrial "Dr. Armando de Salles Oliveira", e vários professores do estabelecimento, foi assinado e determinado pelo Governador o funcionamento do Colégio Técnico, que constitui uma das maiores aquisições de nossa cidade universitária."
O jornal "A Gazeta de Botucatu", sob a Direção de Osmar Delmanto, em sua edição de18/09/70, registrava o grande evento para Botucatu:
"Colégio Técnico Já Vem
Visando a ampliação do prédio do Ginásio Industrial Dr. Armando de Salles Oliveira, para possibilitar o funcionamento já no próximo ano do Colégio Técnico que acaba de ser criado em nossa cidade, alguns professores daquele estabelecimento de ensino, acompanhados pelo Sr. Armando Moraes Delmanto, do gabinete do Governador do Estado, estiveram a semana passada no "FECE".
Pelos entendimentos mantidos, prevê-se, com toda a probabilidade, que o novo colégio oficial já possa no próximo ano estar ministrando aulas aos seus primeiros alunos.
Trata-se de um estabelecimento de ensino de extraordinária importância para o desenvolvimento nacional que, aliado ao ensino profissional de alta categoria que vem sendo ministrado há anos pela nossa escola industrial será, por certo, a semente da Faculdade de Tecnologia que virá enriquecer o ensino superior botucatuense.
A imprensa botucatuense destacou com entusiasmo a grande conquista do nosso Colégio Técnico Industrial.
E as providências para a reforma e ampliação do prédio para o Colégio Industrial quando começaram a ser tomadas, foram devidamente divulgadas, conforme o Diário Oficial do Estado, de15/09/1970:
"...Autorizou o governador concorrência urgente para a ampliação do prédio onde será instalado o recém-criado Colégio Industrial de Botucatu, antiga aspiração do povo daquela localidade.
A fim de acertar as providências para cumprir essas determinações governamentais, estiveram reunidos os srs. Armando Delmanto, de Botucatu, e Antonio Carlos de Abreu Sodré, diretor do FECE."
No ano de 1975 , acontecia a formatura da primeira turma do Colégio Técnico:
"1ª Turma de Técnicos em Mecânica e Eletrônica
A cidade de Botucatu esteve engalanada nos dias 14 e 15 de fevereiro quando ocorreu a formatura da 1ª Turma de Técnicos em Mecânica e Eletrônica do Colégio Técnico Industrial de Botucatu. A importância do acontecimento não poderia passar desapercebida. A nossa cidade, que já conta com o Ginásio Industrial "Dr Armando de Salles Oliveira", passou a contar com o Colégio Técnico Industrial para a formação de sua juventude.
É com prazer que registramos esse acontecimento. A belíssima solenidade teve a participação do Coral das Igrejas Evangélicas de Botucatu, sob a regência da Profa. Wilma de Souza Freire e, também, da organista, Profa. Márcia Furrier Guedelha. O paraninfo foi o Prof. Jorge Pinheiro Machado e o Orador foi o jovem Celso Romero."
( "Vanguarda de Botucatu", de 20/03/75).
Leitura Dinâmica:
1978- Pela Lei nº 1670, de 01/07/78, o Colégio Técnico de Botucatu passou a denominar-se Escola Estadual de 2º Grau "Dr. Domingos Minicucci Filho", sendo que o tradicional prédio da Avenida Santana passou a sediar essa escola, indo o antigo Ginásio Industrial "Dr. Armando de Salles Oliveira", para um novo prédio na Vila Mariana.
Domingos Minicucci Filho
Domingos Minicucci Filho, botucatuense nato, completou seus estudos secundários em Botucatu, diplomando-se Cirurgião Dentista pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto. Exerceu com muita dedicação suas atividades profissionais, especialmente como Dentista Escolar do DENPAO em algumas escolas estaduais de Botucatu. Atuou também no magistério, lecionando Física na EEPSG "Dr. Cardoso de Almeida". Contratado pelo Albergue Noturno, prestou serviços profissionais aos carentes e aos moradores dos bairros próximos do Albergue, inteiramente gratuítos.
1992 - A ETESG "Dr. Domingos Minicucci Filho" passou da rede oficial de ensino para a Secretaria de Ciência e Tecnologia, através do Decreto 34.032, de 22/10/91, integrando a DEET - Divisão Estadual de Ensino Tecnológico.
1993 - Decreto nº 37.735, de 27/10/93, transferiu as Escolas Técnicas Estaduais (as ETEs) para oCentro Estadual de Educação Tecnológica "Paula Souza" - CEETEPS - autarquia de regime especial vinculada e associada à UNESP.
1996 - A escola se denomina ETE "Dr. Domingos Minicucci Filho", integrando o quadro de 90 escolas técnicas em todo Estado, vinculadas ao CEETEPS
Jubileu de Prata
1971 - 1996
Apesar das constantes mudanças ocorridas no ensino técnico estadual, o nosso Colégio Técnico Industrial "Dr. Domingos Minicucci Filho" conseguiu prestar excelentes serviços à juventude botucatuense. A procura pelos técnicos formados em Botucatu ficou famosa. Tanto da Capital como do ABC, as industrias paulistas disputavam o concurso dos técnicos botucatuenses.
DIRETORES DO COLÉGIO TÉCNICO INDUSTRIAL :
No histórico do Colégio Industrial, desde 1971, já exerceram o cargo de Diretor, as seguintes pessoas:
-Prof. Jorge Pinheiro Machado;
-Prof. Jonas Alves de Araújo;
-Profa. Maria Magdalena de Carvalho Nunes;
-Profa. Lucy Losi;
-Prof. Reginaldo Piozzi;
-Profa. Carmen Sílvia Martin Guimarães;
-Prof. Haroldo Ramanzini (desde abril/98).
1998
No presente ano, o antigo Colégio Técnico Industrial, hoje ETE "Dr. Domingos Minicucci Filho" passou por profundas reformas. Pertencente ao CEETEPS - Centro Estadual de Educação Tecnológica "Paula Souza, da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, com cerca de 900 alunos e 62 Professores em 1998, terá para o próximo ano letivo as seguintes atividades escolares:
1- 2 Classes, no período da manhã, de Ensino Médio (antigo Colegial);
2- Cursos - Ensino Técnico: com duração de 1 ano e meio, devendo o interessado estar cursando o 2º grau ou já o ter concluído, nas seguintes especializações:
-Eletrônica -noite/tarde;
-Eletrotécnica - noite;
-Mecânica - noite/tarde;
-Nutrição e Dietética - noite
3- Auxiliar de Enfermagem, devendo o interessado ter 17 anos e ter concluído a 8ª série. Esse curso será no período da tarde e terá a duração de 1 ano. Para 1999, haverá a possibilidade do Curso de Técnico de Enfermagem.
Para registro histórico, apresentamos a estrutura administrativa e docente da escola:
Funcionários:
Diretor de Escola - Haroldo Ramanzini; Diretor de Serviço - Elisete Bestana Bentivenha; Assistente Técnico de Direção - Dirce Vivan; Agente Administrativo - Isabel Milanesi; Oficial Administrativo -Margarete Baptista da Silva Serafim; Oficial Administrativo- Fábio Espanha; Oficial Administrativo-Caroline Maria Tiosso; Atendente de Classe- Maria Lucia Camargo; Atendente de Classe- José Antonio Correa; Auxiliar de Serviços- Ertides Francisco; Auxiliar de Serviços- Rharlei Aparecido Pereira; Auxiliar de Serviços- João Arthur Travasio; Vigia- Leandro Rodrigues de Mello; Vigia- Edair Cantagallo.
Professores - Ademar Gonçalves Arruda, Alberto Rubens Delmanto Simões, Aluizio Gardenal, Angela Maria Arias Zeller de Souza, Antonio Carlos Romagnoli, Antonio dos Santos Fernandes, Antonio Tadeu Pellison, Antonio Vicente Salvador, Carlos Antonio dos Santos, Carlos Eduardo Torres Ramos, Claudio Francisco Laurenti, Claudio Hernandes Teixeira, Daniel Vasconcelos Gomes, Dionisyo Benedicto Rapelli Júnior, Edna Goya, Edson Ponick Pedroso, Eliana Alves Pinto, Emília Satiko Arakaki, Francelina de Oliveira, Gisele Sorroche Ferretti, Haroldo Ramanzini, Hélio Rodolfo, João Alberto Borges de Araújo, João Batista Oriente, João Roberto Diogo, José Fernando Presenço, Laís Lourenzi Barbosa, Ligia Terezinha Cordeiro Pauletti, Lilian Yukie Oji de Andrade, Luiz Carlos Bentivenha, Luiz Donizetti dos Santos, Luiz Eduardo da Costa Ferreira, Manoel Álvaro Guimarães, Manuel Carlos Gomes, Mara Fátima N.P. Correa, Marco Alexandre Aguiar, Mari Neusa Costa Fadel, Maria Aparecida Bom João Passaroni, Maria Aparecida Camignoto Geiser, Maria Cecília Massarelli Silva Lossurdo, Maria Elizabete Ricardo, Maria Heloisa M. Rossi, Maria José dos Reis Lima, Maria Roseli Monaro, Maria Therezinha Lopes Pilan,Marlene Cortez Mantovani, Marlene Viadanna Hama, Miyoko Inoe, Narcizo Minetto Junior, Neusa Bento Spera, Pedro Cesar Fortes, Pedro Fortes, Priscila Gusmão, Regiane de Campos N. Contin, Regina Célia Paschoalino de Campos, Roberta da Silva Sartor, Sandra Maria Butinholi Baptistão, Sergio Augusto Buchignani, Sergio Luiz Bertoncello, Silvana Pires de Campos Redini, Tarcisio Antonio Orsi, Vera Lúcia Romão Escábia.
Faculdade de Tecnologia
- FATEC -
Primeiramente, tivemos a Escola Industrial (Escola Profissional Secundária - 1936), após 34 anos conseguimos o Colégio Técnico Industrial - 1971 e, no ano de 1996, comemoramos o Jubileu de Prata da criação do Colégio Técnico Industrial e os 60 anos da criação da pioneira Escola Profissional...
Mas é preciso caminhar. É preciso que completemos o ciclo iniciado com idealismo em 1936: Botucatu quer a sua Faculdade de Tecnologia !
O assunto não é novo. Já em 1970, ao analisarmos a criação do Colégio Técnico Industrial, diziamos que..."com a complementação que o Colégio Técnico dará ao Ginásio Industrial, serão milhares de jovens botucatuenses que estarão aptos a enfrentar o problema da mão de obra especializada. Botucatu estará adaptando-se, através da mão de obra especializada, para transformar-se em celeiro da técnica, em verdadeiro chamariz de novas e grandes industrias.
Mas em termos de concorrência com as demais cidades do Interior do Estado é preciso completarmos o ciclo tecnológico que está vivendo a nossa cidade: no próximo ano, pleitearemos do Governo do Estado a instalação da Faculdade de Tecnologia, e a instalação do Distrito Industrialem nossa cidade será de inevitável certeza...."
("Vanguarda de Botucatu", nov./70)
A luta continua...Nada acontece sem muito trabalho, sem muito empenho. Vejam a Escola Profissional Secundária de Botucatu: criada em 1936, somente teve concluído seu majestoso prédio no ano de 1947 e, somente depois de 34 anos, conseguiu o seu Colégio Técnico Industrial em 1971 !
Nos anos de 1983/88 e de 1989/92, o Vereador Antonio Carlos Cesário batalhou pela criação da FATEC. À partir de 1993, o Vereador Arthur Sperandeo de Macedo, filho do então Reitor da UNESP, realizou intenso trabalho com grande possibilidade de exito, eis que a FATEC, através do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, tinha relação direta com aUNESP.
Neste ano de 1998, porta de entrada do novo século, a luta deve e precisa continuar. Os estudos técnicos realizados já concluiram pela viabilidade da criação de nossa Faculdade de Tecnologia - FATEC.
Com certeza, com o apoio da população, com a mobilização de nossas forças vivas e, principalmente, com o trabalho de nossas autoridades constituídas conseguiremos complementar ociclo tecnológico em nossa cidade com a criação da FATEC.
Registro Histórico :
A revista Peabiru, por oportuno, traz o perfil do Prof. Haroldo Ramanzini, que desde maio/98 dirige a escola. Botucatuense, o Prof Haroldo cursou o Ginásio Industrial "Dr. Armando de Salles Oliveira"(1962/65), no prédio da Avenida Santana. Posteriormente, cursou Letras naUniversidade de São Paulo - USP, concluído em 1972. Desde 1977, portanto há 22 anos, o Prof. Haroldo leciona Português na Escola Industrial.
Haroldo Ramanzini
Interessante destacar que dois saudosos botucatuenses, os Profs. José Pedretti Neto e Dr. Sebastião de Almeida Pinto, também percorreram o mesmo caminho que o Prof. Haroldo Ramanzini está percorrendo: estudaram em sua Escola, foram Professores nessa mesma Escola e chegaram a Diretor da Escola. O ocorrido foi na Escola Normal "Dr. Cardoso de Almeida", mas serve como estímulo ao novo Diretor da Industrial e representa os nossos sinceros votos de que ele, como esses dois renomados educadores botucatuenses, também saiba enaltecer a sua Escola e elevá-la no conceito educacional de nossa cidade. Além de sua atividade naIndustrial, o Prof. Haroldo leciona na UNIFAC. É autor da festejada obra, em 3 volumes, editada pela Editora do Brasil, "Literatura, Gramática e Criatividade", já em sua 3ª edição.
( revista Peabiru, nº 12, Ano II, de novembro/dezembro/1998)
Obs.: No ano de 2010, a FATEC é uma feliz realidade em nossa cidade. Como é de conhecimento de todos, por iniciativa do Deputado Milton Flávio, Botucatu conseguiu a sua Faculdade de Tecnologia, criada pelo Decreto Lei nº 39.695, de 16/12/1994, tendo sido instalada no ano de2002. A FATEC tem hoje em sua direção, o engenheiro botucatuense, Prof. Roberto Colenci.
16 comentários:
A ESCOLA INDUSTRIAL permanecia sem um trabalho de registro e pesquisa. A revista PEABIRU realizou esse trabalho com depoimentos, documentos oficiais, reprodução dos jornais da época, passo a passo, reconstruindo a história dessa importantíssima escola profissional. Criada em 1936, pelo Governador Armando de Salles Oliveira, sendo Secretário da Educação e Saúde, o Prof.Dr. Cantídio de Moura Campos (primeiro botucatuense a se formar em Medicina) e Deputado Estadual Constituinte, o Dr. Dante Delmanto (eleito com a maior votação do Estado de São Paulo). Vale uma visita ao Blog do Delmanto para uma leitura completa.
Ilza Maria Nicoletti Souza (Facebook):
Só agora acabei de ler seu post no blog . Muito bom conhecer a história de Botucatu , escrita com tanto carinho ! Há poucos dias perguntei a todos os meus primos , quem um dia teria lido um só artigo da "Folha" . Somente a mais velha tinha lido alguma coisa . Nem queira saber a satisfação que senti ao ler os artigos do jornal do Nono Pedro . O orgulho de ver a participação dele no engrandecimento de Botucatu é indescritível . Jornal e política eram assuntos proibidos pela minha avó.!! Muito obrigada !! Abraço
O saudoso mestre Pedro Chiaradia, à frente de uma boa equipe de jornalistas na "Folha de Botucatu", opinou, criticou e viu, a final, sua sugestão para a localização da "Escola Profissional Secundária" ser vitoriosa. Era o jornalismo opinativo que formava a opinião publica e ajudava a administração da cidade e do estado. Jornalismo que honra a História de Botucatu.
Ilza Maria Nicoletti Souza(Facebook):
Muito obrigada ! Foi emocionante ler seu post !!
Sonia Mereu (Facebook):
É linda a história da nossa querida Escola Industrial .Parabéns pela homenagem !
Antonina Mendonça (Facebook):
Grande Escola Industrial. Por lá passaram brilhantes mestres e foram formados inúmeros jovens que levaram o nome de Botucatu para todo o território brasileiro. Iniciei minha vida de professora justamente na Industrial, substituindo a profª Eunice M. de Oliveira , que se encontrava em licença prêmio. Orgulho-me de fazer parte dessa história. Abraços.
Maria Vitoria Simoes (Facebook):
Obrigada Antonina , pela lembrança e ter citado minha mãe!!! Bjs
Maria De Lourdes Fumis (Facebook):
Que Escola maravilhosa! Estudei lá desde o Preparatório para ingressar no Ginásio Industrial. O Diretor era o Sr. Jorge Pinheiro Machado e o Prof. Waldemar Sartori já trabalhava na Diretoria da Escola (antigo Ginásio Industrial Dr. Armando Salles Oliveira). Saudades de todos os Professores (Anos de 1963 até 1966).
Marilia Cintra (Facebook):
Parabéns!!!!!!! Botucatu!!!!!!!!
Maria Vitoria Simoes (Facebook):
Que coincidência Armando.... Minha mãe lecionou na Escola Industrial por 32 anos.... E vc publicou justo no dia do aniversário dela... Obrigada....
Leone Simonetti (Facebook):
Trabalho diariamente nas Faculdades Integradas de Botucatu/ UNIFAC, com o Prof. Waldemar Sartori de 88 anos, antigo diretor desta tão importante escola técnica botucatuense. Ele me conta muitas histórias e conquistas do nosso povo. Acho que o Prof. Waldemar é o único diretor vivo e ainda em exercício dos velhos tempos. Merecia uma homenagem com certeza.
O prof. Waldemar participou ativamente das conquistas do Colégio Industrial. É destaque na matéria acima. E é merecedor de uma homenagem por seu trabalho e dedicação à Educação, especialmente na sempre Escola Industrial. Boa lembrança
Ivanize Monção Pavani (Facebook):
Eu estudei lá, adorava as aulas de culinária, desenho, artes e ed física, era bem rígido, lembro q no pátio, tinha uma divisória no chão e meninos eram separados das meninas, n tinha classe mista, mas era muito bom !!!
Cida Merlin (Facebook):
EU ESTUDEI NESTA ESCOLA INDUSTRIAL....ERA TUDO DE BOM QUE SAUDADE ENTRAVA AS 7 HORAS DA MANHÃ E SAIA AS 5 HORAS DA TARDE , DE SEGUNDA A SEXTA .........???
Muito rica essa materia. Parabéns.
Faço parte dessa numerosa família também.
Emocionante!
Gostaria de saber o significado dos desenhos-símbolos da Escola estampados nos uniformes por volta da década 60-70
Obrigado
ijoreis@yahoo.com.br
Dionisio Reis
Estudei na Escola Industrial até julho de 1973, quando minha família e eu nos mudamos para o estado da Bahia. Sofri muito com esta mudança.
Hoje tenho quase sessenta anos. A escola continua viva em minha memória. Lembro com carinho dos excelentes professores que tive.
Ontem mesmo conversando com meu marido, lembrei-me de minha primeira professoara de português, Dona Emma Monteferrante Pedro. Ela despertou em mim o amor pela língua portuguesa.
Hoje sou funcionária do Ministério das Relações Exteriores,formada em Direito. Tenho andado por muitos países, aprendi línguas estrangeiras e me enriquecido com culturas tão diversas.
Estou segura de que a base de minha formação,da curiosidade intelectual, o amor à cultura, devo a essa querida escola, a seus mestres.
Sou imensamente grata a todos eles. Estão em minha memória para sempre.
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