outubro 21, 2011

O “Cachorro Louco” morreu!


Manchete da Folha de São Paulo (21/10/2011):
Muammar Gaddafi, 69, ditador da Líbia por mais de 42 anos, foi morto no cerco a Sirte, sua terra natal. Desaparecido desde agosto, quando os rebeldes tomaram Trípoli, em um conflito que se arrastava desde fevereiro, Gaddafi era o mais longevo dos ditadores no poder em todo o mundo. Sua morte é um marco da Primavera Árabe, que derrubou os ditadores da Tunísia e do Egito.



A morte do ex-ditador da Líbia, Muammar Kadafi repercutiu no mundo todo. O mais sangrento dos Ditadores teve um fim trágico: capturado em um cano de esgoto não resistiu à prisão, mas foi executado e linchado no confronto entre seus aliados e os rebeldes líbios. Teria pedido que não atirassem... O sociólogo Demétrio Magnoni, em vídeo, nos dá o perfil do Ditador Kadafi e sua importância na tentativa de se criar o pan-arabismo e lembra a famosa frase com que o ex-presidente Ronald Reagan definia Kadafi: “O CACHORRO LOUCO!”



Demétrio Magnoni traça o perfil de Kadaffi/GloboNews/veja vídeo aqui

O ideal para a Justiça e para a História, era a prisão e julgamento de Muammar Kadafi pelo Tribunal Internacional de Haia. O mundo poderia ficar sabendo dos atentados terrorristas que ele patrocinou; detalhes da explosão de um avião sobre a Inglaterra com mais de 200 mortos, patrocinado por ele; a ajuda financeira e militar que deu para inúmeros movimentos terroristas pelo mundo, inclusive, o da Irlanda.


Insurgentes picham a inscrição "este é o lugar de Gaddafi, o rato"
(Phelippe Desmazes/France Presse)

Roberto Nascimento fez uma análise perfeita da morte da Kadafi, na “Tribuna da Imprensa”, de 20/10/2011):
“O fim (morte) de Kaddafi é uma magistral lição de vida, com toda a contradição que a tragédia encerra. Trata-se do exemplo de que quem com o ferro fere com o ferro será ferido.
Podem durar 40 anos ou 40 meses, não importa o tempo, um dia o raio cai na cabeça daquele que usou a espada, de quem torturou e matou sem dó nem piedade.
O ocaso de ditadores e opressores de seus povos segue o mesmo rito que atingiu hoje o coronel Kaddafi. Só para lembrar tempos passados, Hitler, Mussolini, o rei Luiz XVI, Maria Antonieta, Danton, Robespierre, Marat, Nero, Saddan Hussen foram para o espaço e seus exemplos foram solenemente ignorados, porque os ditadores de plantão pensam que serão eternos. Talvez seja uma questão de inteligência. Ou não, como diz o poeta Caetano. E a vida segue seu curso inexoravelmente”.


TV Estadão/O Fim da Era Kadaffi/veja vídeo aqui

"AJOELHOU, TEM QUE REZAR!!!"


RESUMINDO:


É verdade: "ajoelhou, tem que rezar!!!" Muammar Kadafi morreu como viveu, em meio ao terrorismo e a violência. Morreu com igual violência com que subjugou o povo da líbia e como espalhou o terrorismo pelo mundo. No vídeo da TV Estadão, temos as imagens do fim de Kadafi. Nos links, abaixo, toda a abordagem que fizemos, começando pelo Egito, abordando a queda de Kadafi e uma matéria especial sobre a importância de Lawrence da Arábia na unificação das tribos árabes e de como, após a 1ª Grande Guerra, as grandes potências mundiais se compuseram com o Rei Faiçal para uma “independência relativa” dos povos árabes e – especialmente! – para a divisão, entre as grandes potências, do valioso petróleo da região.

7 comentários:

Anônimo disse...

Delmanto, na coluna do Gabeira, no Estadão, está uma análise bem objetiva da situação do Brasil perante a Revolução Líbia. Ele acha que o Ministro Patriota, que segue a política externa do “Trapalhão” Celso Amorim, seu padrinho, uma tremenda “subida no muro”, mas que não convenceu ninguém. O Brasil saiu perdedor com Kadafi. Veja:
“Teremos de trabalhar com as nuances para recuperar a simpatia para o Brasil na Líbia. Pelo menos, esta seria uma posição a discutir. O Itamaraty acha que foi bem. Não considera um problema ter voltado às costas à rebelião.
O conjunto das entrevistas de Patriota revela que não ficou satisfeito com o desfecho da crise na Líbia. Mas o faz de forma bem mais diplomática que a Venezuela.
Nem tudo está perdido. Mas Kadafi perdeu. Os que sonhavam com sua continuidade, delirando sobre o seu papel progressista, se equivocaram.”
É uma pena para o país, pois isso vai representar prejuízo nas relações comerciais dos empresários brasileiros na Líbia. A presidente Dilma precisa ficar atenta, principalmente nas ações político-institucionais onde tem o “dedo” do assessor Marco Aurélio Garcia. O homem é um equivocado. É o contrário do famoso Rei Midas: onde ele põe o dedo, ao invés de ouro, vira “caca”... (pinto.rodolfo28@yahoo.com.br)

Delmanto disse...

É verdadeiramente a Revolução da Informação. O povo passa a tomar conhecimento de que a miséria em que vive não é uma coisa natural, mas uma cruel injustiça. E aquele que se dizia líder, guia do povo, não passava de um impostor a se locupletar do poder, com contas milionárias no exterior e com a família vivem como uma família real!
O povo venceu! Foi a vitória dessa Onda Democrática que está a “sacudir” até as Democracias Estáticas da Europa com o movimento dos Indignados. São os novos tempo...
Foi uma revolução? Uma insurreição armada? Potências estrangeiras insuflando e mobilizando a população? O Exército queria mais poderes?
NÃO. Nada disso...
O povo conectado através de suas lideranças naturais, a juventude motivada, famílias nas ruas, multidão crescendo, o repúdio à violência, o acerto de contas e o prazo expirado de um Ditador e de um Regime que há 42 anos oprimiam e calavam um povo de tradições de lutas e de exemplos de heroísmos. Foi o fim de uma era de opressão! Caiu o Ditador. Renunciou ao poder que tivera. Fugiu...
Simples assim?!?
Sim, simples assim e surpreendente! Mágico! Vozes que chegavam aos lugarejos, às aldeias e que vibravam pelo país. A arma mortal era aparentemente inofensiva. Ela conectava pessoas, levava rapidamente notícias, relatava online a espectativa de um mundo todo acompanhando as esperanças de uma Nação inteira. A Aldeia Global se corporificava no avanço tecnológico da comunicação via internet... As armas tradicionais dos exercitos tradicionais não foram suficientes para calar a multidão revoltada...
Era um mundo de injustiças. Havia a pobreza, o descontentamento dos oprimidos, a oposição dos cidadãos prestantes, havia a exploração dos governantes, havia a corrupção dos pulhas, sim, os ingredientes da opressão que são os mesmos de inúmeros povos do planeta terra. Mas aqui havia essa nova chama da liberdade de imprensa , da liberdade de expressão que constroe a Democracia, dá voz aos mais fracos e castiga os malfeitores do serviço público...
O povo venceu. Viva o povo líbio!!!
comentário feito em 24 de agosto de 2011)

Anônimo disse...

É absolutamente condenável o assassinato ou linchamento de qualquer pessoa, por pior que ela seja. O linchamento do ditador Kadafi – exibido pela TV – foi uma coisa repugnante: mostra o ditador se defendendo e todo ensangüentado. Mas a verdade é que essa guerra também foi uma coisa absurda. De um lado, os aviões de Kadafi metralhando e matando centenas de civis e, de outro lado, um “exército” de rebeldes, sem hierarquia nenhuma, eram os civis desafetos de um regime ditatorial e sanguinário. Não havia chefia, nem comandantes, eram rebeldes ensandecidos numa guerra louca, onde o comandante do país matava seu próprio povo.
É condenável o linchamento cruel e fanático de Kadafi, mas tudo isso era previsível para um povo que, depois de 42 anos, despertou para a sua realidade. Kadafi - como todos os Ditadores – é que não soube ver essa realidade e deixar rapidamente o poder.
Agora, os Ditadores da Siria e do Iêmen que sejam rápidos. Não queiram enfrentar o inevitável!
(luisroberto-souza@yahoo.com.br)

Delmanto disse...

“Lawrence atuou no Departamento Árabe, eis que era um estudioso e entusiasta da causa árabe. Sua atuação no “front” da guerra, ajudando os árabes contra os turcos, começou discreta, ainda como Tenente, foi promovido a Major, encerrando-a como Coronel.
Lawrence da Arábia conseguiu unificar as tribos árabes. Liderou-os pessoalmente, vestiu-se como eles, viveu como eles, foi seviciado barbaramente pelos turcos, enfrentou desafios inimagináveis e os venceu. Virou Herói Mundial. Seu ideal para a Nação Árabe, no entanto, não conseguiu motivar as grandes Nações vitoriosas.
Nem os Estados Unidos, nem a Inglaterra estavam tão preocupados com a independência árabe a ponto de esquecerem o mar subterrâneo de petróleo que existia nas terras a serem entregues aos árabes. Nem o futuro Rei Faiçal queria uma independência maior do que a formal dependência das grandes Nações...
Os dirigentes das grandes Nações e os líderes árabes se compuseram facilmente e o descarte milionário daquele que conseguira a unificação e a vitória árabe era conveniente a todos...”

Esse trecho da matéria sobre o histórico da vida de LAWRENCE DA ARÁBIA mostra que todo o esforço que esse grande herói da 1ª. Grande Guerra Mundial foi perdido. As grandes potências foram responsáveis pela “independência relativa” dos povos árabes. E tudo com a “conivência” (ou leniência) do Rei Faiçal, que defendia os interesses dos povos árabes. Nesse “conluio” é que sobrou espaço para serem implatados tantos regimes ditatoriais, violentos e que mantiveram, por décadas, a população árabe em estágio civilizatório quase primitivo.
Somente com a REVOLUÇÃO DA INFORMAÇÃO é que esses povos árabes passaram a ter idéia do que era o mundo fora de suas fronteiras e que os cidadãos tinham DIREITOS e CULTURA e EDUCAÇÃO!
Esse final trágico da Líbia com o LINCHAMENTO CRUEL de seu DITADOR, mostra a gravidade da realidade árabe e de como os países ocidentais foram omissos e até coniventes com esses Ditadores em troca do valioso petróleo.
É REGISTRO HISTÓRICO!

Anônimo disse...

Aristides Monteiro (aristides-monteiro.blogspot.com)
comentou 2 horas atrás

Delmanto, põe louco nisso..! hahaha Tá mais pra lobo selvagem sanguinário, do que para cachorro! O inferno já tem um novo "hóspede"! Antes tarde do que nunca...! Que todos os déspotas desse mundo tenham esse fim! Abraços e bom fim de semana

requeri disse...

fala sério!!! aquele povo daquelas bandas sabe fazer um reboliço, sabe se manifestar, sabe criar um clima dos bons, sabe causar ... que inveja!!!!

Anônimo disse...

Essa não pode passar sem comentário. Fidel Castro mostrou a cara...de pau! Todos sabemos que o Lula (Kadafi é meu irmão), o Hugo Chávez (estou com Kadafi, ele é o único líder) e o Fidel Castro formam o Grupo Jurássico da política latino-america e terceiro-mundista. Mas “El comandante” que implantou uma Ditadura Há mais de 50 anos em Cuba, tinha que comentar o assunto “Kadafi”. Vamos lá:
“Vejo-me por isso obrigado a uma síntese das ideias essenciais que expus, e dos fatos que foram ocorrendo tal como foram previstos, agora que um personagem central de tal história, Muamar Kadafi, foi ferido gravemente pelos mais modernos caças-bombardeiros da OTAN que interceptaram e inutilizaram seu veículo, capturado ainda vivo e assassinado pelos homens que essa organização militar armou.
Seu cadáver foi sequestrado e exibido como troféu de guerra, uma conduta que viola os mais elementares princípios das normas muçulmanas e outras crenças religiosas prevalecentes no mundo. Anuncia-se que muito breve a Líbia será declarada “Estado democrático e defensor dos direitos humanos”.
É duro ter que ler essa “papagaiada”! Cara de paú! Ele, Fidel, Ditador por mais de 50 anos e Kadafi por mais de 42 anos!!!
Cuidado, irmãos Castro, a vingança do povo cubano será maligna...rsrsrs(haroldo-leao@hotmail.com)

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