novembro 20, 2012

Serás um homem, meu filho!

GUILHERME DE ALMEIDA
- PRÍNCIPE DOS POETAS BRASILEIROS!!! -

Ouça o poema “SE” / aqui
Momento Poético!
Buscando na poesia do sempre “Príncipe dos Poetas Brasileiros”, Guilherme de Almeida, o momento mais apropriado para a realidade dos paulistas. Buscamos, sempre, no poema da “Nossa Bandeira” um pouco de inspiração cidadã. E a bravura do guerreiro na tradução do poema “IF” de Rudyard Kipling (Joseph Rudyard Kipling – nasceu em Bombaim em 1865 e faleceu em Londres em 1936, foi um autor e poeta britânico dos mais populares), Guilherme de Almeida – na opinião dos críticos literários! – reescreveu a poesia de Kipling e construiu uma de suas mais belas páginas: “Se”!
RUDYARD KIPLING

Guilherme de Andrade de Almeida (1890-1969), considerado o “Príncipe dos Poetas Brasileiros”, nasceu em Campinas (SP), foi uma personalidade de destaque nos meios intelectuais e sociais como poeta, jornalista, advogado, cronista, tradutor, além de desenhista e profundo conhecedor de cinema.
Dominou amplamente o fazer poético, por ser grande conhecedor da ciência do verso e da língua, ajudando-o também a ser um excelente tradutor. Traduziu, também, os poetas Paul Géraldy ("Eu e Você"), Rabindranath Tagore ("O Jardineiro" e "O Gitanjali"), Charles Baudelaire ("Flores das Flores do Mal"), Sófocles ("Antígona") e Jean Paul Sartre ("Entre Quatro Paredes").
Com a publicação do livro de poesias "Nós" (1917) iniciou sua carreira literária. Em 1922, participou da Semana de Arte Moderna, seu escritório serviu de redação para os fundadores da revista "Klaxon". Percorreu o Brasil, difundindo as idéias da renovação artística e literária. Os livros "Meu" e "Raça" (1925) são fiéis à temática brasileira e ao sentimento nacional.

É muito importante destacar a opinião abalizada de um crítico literário sobre a arte da tradução. Pois Guilherme de Almeida, a cada tradução que fazia, construía a sua obra também. Marcelo Tápias, crítico literário e Diretor da Casa de Guilherme de Almeida é claro: “O objetivo que se impõe ao presente artigo é o de discutir o referencial da estrita equivalência na avaliação crítica de traduções, para concluir que ele não se mostra o mais adequado à tradução de poesia. A respeito da conceituação de tradução poética e do que seja “fidelidade” na ação tradutória, considere-se de início um pensamento como aquele elaborado por Haroldo de Campos (por meio de seus artigos sobre “transcriação”) que permite ver a tradução de um poema como uma criação de algo novo, com suas próprias “regras” internas, ainda que resulte de um processo de recriação e seja construído de modo a guardar relações de paramorfismo com o texto-fonte.”
Se
Se és capaz de manter a tua calma quando
Todo o mundo ao teu redor já a perdeu e te culpa;
De crer em ti quando estão todos duvidando,
E para esses no entanto achar uma desculpa;
Se és capaz de esperar sem te desesperares,
Ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
E não parecer bom demais, nem pretensioso;

Se és capaz de pensar --sem que a isso só te atires,
De sonhar --sem fazer dos sonhos teus senhores.
Se encontrando a desgraça e o triunfo conseguires
Tratar da mesma forma a esses dois impostores;
Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas
Em armadilhas as verdades que disseste,
E as coisas, por que deste a vida, estraçalhadas,
E refazê-las com o bem pouco que te reste;

Se és capaz de arriscar numa única parada
Tudo quanto ganhaste em toda a tua vida,
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
Resignado, tornar ao ponto de partida;
De forçar coração, nervos, músculos, tudo
A dar seja o que for que neles ainda existe,
E a persistir assim quando, exaustos, contudo
Resta a vontade em ti que ainda ordena: "Persiste!";

Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes
E, entre reis, não perder a naturalidade,
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
Se a todos podes ser de alguma utilidade,
E se és capaz de dar, segundo por segundo,
Ao minuto fatal todo o valor e brilho,
Tua é a terra com tudo o que existe no mundo
E o que mais --tu serás um homem, meu filho!

6 comentários:

Delmanto disse...



“Bandeira da minha terra,
Bandeira das treze listas:
São treze lanças de guerra
Cercando o chão dos paulistas!
..................................................

Bandeira que é nosso espelho!
Bandeira que é a nossa pista!
Que traz no topo vermelho,
O Coração do Paulista!”

É uma postura cívica do exercício da cidadania!
Vamos reagir e partir para a grande batalha política que serão as próximas eleições para o Governo do Estado.
PROCURA-SE UM ESTADISTA!
Que seja um cidadão prestante a recuperar a nossa honra e a posicionar São Paulo na liderança da construção da DEMOCRACIA no Brasil!

A poesia de GUILHERME DE ALMEIDA é tudo isso. O grande poeta da REVOLUÇÃO DE 1932 está imortalizada em suas obras.
Vamos à luta!
Você está convocado
...VOCÊ PAULISTA!!!

Anônimo disse...

Caro Delmanto, em seu livro "História da Vitória Política Paulista: 1934" está inserida a grande mensagem a convocar os paulistas para a tarefa de reconstrução da cidadania nacional. O livro é de 2010!
Em menos de 2 anos teremos a eleição para governador do Estado de São Paulo.
Será a grande oportunidade de escolhermos um ESTADISTA!
(haroldo.leao@hotmail.com)

Anônimo disse...

O ex-governador Mário Covas é que é o responsável por termos um governador como Geraldo Alckmin...O “sorvete de chuchu” foi escolhido exatamente por não representar perigo ao Covas, deputado inexpressivo, subserviente, não representava perigo e...deu no que deu. O Serra fez a mesmas coisa, inseguro, sempre procurou como vice pessoas do mesmo tipo, veja o Kassab e o Afif que ele “fez” o Alckmin engolir como vice...
Estamos cheios dessas tranqueiras!
É preciso “limpar” São Paulo desses pseudos homens públicos!
E a hora é AGORA!
(p.gomes@yahoo.com.br)

Delmanto disse...



Essa busca de um ESTADISTA não é sonho de uma noite de verão...
Com certeza, não!
É concreta a presença poética de Guilherme de Almeida no coração e na alma dos paulistas.
Assim como foi poderosa a força cívica da oratória de Ibrahim Nobre a convocar os paulistas para a defesa do Brasil!
Como consequência da REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE 1932, tivemos, EM São Paulo, um governo democrático e revolucionário na educação. Implantou-se o Ensino Técnico e houve uma expansão efetiva da educação por todo o estado. E a grande obra: a UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – USP!!!
Como conseqüência da REVOLUÇÃO DE 32, tivemos um ESTADISTA a governar democraticamente São Paulo: ARMANDO DE SALLES OLIVEIRA!

E nos últimos anos, a certeza de que precisamos de uma ESTADISTA a resgatar os valores paulistas, ficou consolidada!
Essa é uma postura política supra-partidária, mesmo porque os atuais partidos nada representam e só servem para o fisiologismo político inconseqüente e altamente prejudicial a São Paulo.

Queremos um ESTADISTA!
São Paulo PRECISA retomar sua caminhada progressista e democrática!

Anônimo disse...

Ana Maria Nogueira Pinto Quintanilha (Facebook): É linda mesmo!

Anônimo disse...









Joana Sant'Iago (Facebook): gostei demais da sua publicação que me possibilitou reler essa linda poesia

Postar um comentário