março 03, 2016

As lembranças ficam: Agostinho Minicucci - O GUARDIÃO DA CULTURA DE BOTUCATU!

Agostinho Minicucci, o MESTRE!

Ele foi o maior  botucatuense na EDUCAÇÃO e na CULTURA. Na cidade, formou gerações.Educador e Orientador Vocacional. Lecionou na Escola Normal (EECA), por onde se formou, no Colégio La Salle, no Colégio Santa Marcelina, em Colégios Estaduais e foi o idealizador, fundador e Diretor da FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE BOTUCATU (ITE, hoje UNIFAC).

Em Botucatu participou da vida comunitária com muita dedicação e criatividade: fundou oConsórcio Intermunicipal da Região de Botucatu; fundou a Guarda Mirim; foiSecretário Municipal da Educação; organizou o Curso de Jornalismo da “Folha de São Paulo” e da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Botucatu.
Com seus estudos, foi o idealizador daOrientação Vocacional, que foi implantada em todo o Estado e que, em Botucatu, o teve como o primeiro Orientador Vocacional da nossaEscola Normal
Na ESCOLA NORMAL, idealizou e criou a “EMBAIXADA LÍTERO-MUSICAL”, que posteriormente recebeu seu nome, levando a cultura e a literatura nas escolas e lugares públicos, como teatros e cinemas, quando da comemoração de datas cívicas ou de aniversário de algum estabelecimento de ensino. Essa especialização do Professor Minicucci pode ser aproveitada em todas Escolas nas quais lecionou.Mestre em Língua Portuguesa, Minicucci já estava a caminhar para sua vitoriosa carreira deEducador e Psicólogo.


No Estado de São Paulo e no Brasil, Agostinho Minicucci realizaria verdadeira revolução educacional com a aplicação da Psicologia. Sendo Mestre em Português e Doutor em Psicologia, além de Fundador da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Botucatu, foi Diretor Geral da FMU – Faculdades Metropolitanas Unidas, onde realizou importante reorganização educacional transformando-a em destacada instituição educacional, tendo realizado importante trabalho nas Faculdades de Guarulhos, dirigidas peloMestre Alceu Maynard Araújo. E percorreu o Brasil todo realizando palestras e formação de professores.



No final desta matéria, reproduziremos matéria que fizemos em sua homenagem na revista botucatuense de cultura – PEABIRU, nº 15, de maio/junho de 1999: “O GUARDIÃO DA CULTURA DE BOTUCATU”. 


E no ALMANAQUE CULTURAL DE BOTUCATU – 2000, publicamos reportagem sobre o recebimento do título de“BOTUCATUENSE EMÉRITO”, que lhe foi outorgado pela Câmara Municipal de Botucatu, que teve muito apoio da“intelligentzia botucatuense”, inclusive com uma exposição de motivos feita pelo então presidente do Centro Cultural de Botucatu, o escritor Olavo Pinheiro Godoy:

HOMENAGEM & CIDADANIA

Vereador Monteferrante entregando o título ao Professor Agostinho Minicucci

Câmara Municipal de Botucatu, por unanimidade de votos, concedeu ao Prof. Agostinho Minicucci a sua mais alta hornaria: o título de Botucatuense Emérito !
Por seus relevantes serviços prestados à cidade de Botucatu, o Prof. Agostinho Minicuccifez por merecer essa homenagem do nosso Poder Legislativo, em uma iniciativa do Vereador Eugênio Monteferrante Netto. Aliás, há que se destacar, essa iniciativa do ilustre vereador.  O Vereador Monteferrante elevou alto a imagem cívica de nossa Câmara ao prestar essas homenagens que resgatam a cidadania e servem de exemplo.
Em seu pronunciamento, o Vereador Monteferrante soube destacar com sucesso o perfil de educador e de cidadão prestante do homenageado.  Analisou a sua obra, destacou seus livros, iluminou a trajetória do homenageado com invulgar felicidade.  Em belíssima peça oratória,Monteferrante soube adjetivar com maestria o grande Mestre botucatuense. Durante a sessão, houve a apresentação musical de Oswalda Maria Pacheco ao piano, apresentando clássicos de nossa música popular. O discurso do homenageado foi surpresa feliz, por sua criatividade e envolvimento familiar: dividido em três partes teve, na primeira parte, a primeira herança, a presença de seu filho Agostinho Minicucci Júnior, na segunda fase, a segunda herança, a presença de seu neto Danilo  e, na terceira fase, dos irmãos e amigos, a terceira herança, a presença do Prof. Benedito Vinício Aloise, companheiro de tantas caminhadas que ilustrou, ao vivo, e à frente do plenário, os discursos escritos pelo Prof. Agostinho e lidos respectivamente por seu filhoAgostinho Júnior e pelo neto Danilo, estudante de publicidade.   Nesta matéria reproduziremos os discursos proferidos pelo filho e neto do homenageado..
Revista Peabiru publicou em sua edição nº 15, de maio/junho de 1999, extensa matéria relativa à atuação do Prof. Agostinho Minicucci.  No artigo “Guardião da Cultura de Botucatu”,fizemos um histórico da atuação desse estimado Mestre.  Em certo trecho, destacavamos:

“...O Prof. Agostinho Minicucci percorreu as principais escolas botucatuenses.  Quantas gerações formou!  Fundou, implantou e dirigiu a nossa Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, da Instituição Toledo de Ensino, hoje UNIFAC.  Indo para São Paulo, foi dirigir a FMU - Faculdades Metropolitans Unidas, expandindo e consolidando esse importante centro universitário.  Atuou em outras Faculdades da Capital e da Grande São Paulo.
Sempre procurando evoluir, o Prof. Agostinho Minicucci tornou-se Doutor em Educação e Livre Docente em Psicologia.  Sempre registrando seus estudos, conseguiu a proeza de possuir, hoje, a maior obra literária entre todos os botucatuenses, natos ou por adoção!  São 73 livroseditados, a maior parte didática, mas a sua incursão pela ficção nos deu obras magníficas como “As Boiadas Passam... As Lembranças Ficam...”  e “Os Bruxos do Morro Maldito e os Filhos de Sumé”, ambos com ilustrações de Benedicto Vinicio Aloise.
Desde 1940, com ativa militância literária, passando pelos anos 50, 60, 70, 80 e 90!  É toda uma vida dedicada à educação e à cultura!  Subindo degrau a degrau: Professor, Doutor e Mestre!
Hoje, a Câmara Municipal de Botucatu está preparando uma homenagem merecida a esseMestre botucatuense: a outorga do honroso título de “Cidadão Emérito de Botucatu”!  A iniciativa é do Centro Cultural de Botucatu, que através de seu Presidente Olavo Pinheiro Godoy,apresentou a seguinte justificativa, encaminhada ao Vereador Eugênio Monteferrante Neto:
“A Diretoria do Centro Cultural de Botucatu, embasada no reconhecimento dos valores morais e intelectuais de nosso município e, considerando a atividade desenvolvida pelo Prof. Agostinho Minicucci na área cultural;
• Considerando que o Prof. Agostinho Minicucci, Mestre em Psicologia, sempre procurou divulgar a cultura botucatuense;
• Considerando que o estimado mestre possui, em sua vasta bagagem literária, mais de 70 títulos publicados, ao longo de sua trajetória como Doutor em Educação;
• Considerando que o Prof. Agostinho Minicucci, nasceu em Botucatu, aqui estudou e formou-se pela tradicional Escola Normal “Dr. Cardoso de Almeida”; aqui possui residência, procurando, sempre, enaltecer sua origem botucatuense;
• Considerando que o Prof. Agostinho Minicucci, foi Diretor-Fundador da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras “Emílio Pedutti” de Botucatu, hoje a conhecida UNIFAC;
• Considerando que o Prof. Agostinho Minicucci foi o Fundador da Guarda-Mirim de Botucatu, entidade que honra nossa terra, prestando bons serviços à coletividade;
Solicita, de Vossa Excelência, empenho, junto à Egrégia Câmara Municipal de Botucatu, no sentido de que seja outorgado, ao ilustre Professor Agostinho Minicucci, o Título de“Botucatuense Emérito”.
Cordiais  Saudações,
Olavo Pinheiro Godoy
Presidente”

Com muito orgulho o tenho como amigo.  Profissionalmente, agradeço-lhe a orientação positiva.  Nas letras,  tenho-o como guia que orienta sem tolher, muito pelo contrário, é a luz que sempre ilumina os caminhos nas horas mais difíceis, incentivando, apoiando, participando...

Esse é o Guardião da Cultura de Botucatu!

Seu nome: Agostinho Minicucci!

DISCURSO NA
CÂMARA MUNICIPAL

Eu sou Agostinho Minicucci Júnior, filho do casal Dilce/Agostinho.  Constitui a herança primeira do casal, que são os filhos.  Amigos e parentes resolvemos também participar desta homenagem, numa integração de afetos.
A mim coube transmitir o prólogo da mensagem de agradecimento a vereadores, familiares e amigos.
A mensagem, escrita pelo nosso professor Agostinho , diz, no seu enredo inicial:
“Chamo esta mensagem de CASA.
Ela me reporta a um livro muito querido dos muitos que escrevi: chama-se “Eu sou a casa”.  “Eu sou a casa” é um livro sobre a psicologia da arquitetura.  Dedico-o, neste momento, ao meu patrono e amigo, Dr. Eugênio Monteferrante, que me ligaà minha terra natal, por vínculos afetivos.
Chamo a minha mensagem de CASA , por uma razão de encanto e afeto natal e como acróstico das letras C, A, S, A, definindo minha comunicação em:
C = de concisa
A = de afeto
S = de simples
A = de amigo
Abro, assim, as portas de nossa casa na simplicidade do comportamento afetivo que se expressa pela sonoridade do amor.
A nossa casa de Dilce e minha, de amplas portas e janelas abertas, traz a herança primeira, os filhos, a herança segunda, os netos e a herança terceira, os amigos.
A eles, fi-los arautos de minha mensagem, representando a herança terceira pelos amigos - irmãos.
Pediu-me o nobre vereador e amigo, Eugênio Monteferante, que proferisse uma mensagem singular e criativa, nesta reunião, já que eu, Agostinho Minicucci, tenho escrito um livro sobre criatividade e diversos testes acerca do assunto, publicados pela Vetor Editora.
Não poderia deixar de atender a um nobre pedido e para tal programamos o seguinte:
Como já disse a mensagem consta de etapas, divididas por heranças de família e de amizade.
Nós, família e amizades,  concluímos que deveríamos criar um provérbio para justificar nossa participação.  Ei-lo:
“A família que pensa em conjunto é mais unida, feliz e participativa, pois a família unida em mente se torna mais inteligente”.
Primeira herança, lida por mim Agostinho  Minicucci Júnior, é o prólogo da mensagem, em que esclareço o seu início, meio e fim.
O meio, o conteúdo, o diálogo, as idéias principais cabem à segunda herança, Alessandra Minicucci, neta do homenageado.
O clímax coube a terceira herança, que é representada pelos amigos.
Convém lembrar que amigos são diferentes dos parentes apenas porque temos liberdade de escolhê-los.
Para representar a amizade, escolhemos o amigo irmão, Vinício Aloíse, que irá concretizando em desenhos e figurações que representam objetivamente as idéias e conceitos emitidos na mensagem.
É o figurativo artístico e poético da mensagem verbal.
O desenho fala pela imagem na inteligência espacial-figurativa.
Cremos assim tê-lo atendido, nobre vreador, amigo Eugênio, na arquitetura de nossa mensagem.
Agora, Alessandra, a segunda herança, a neta.

Introdução

Eu sou Danilo Minicucci, herança segunda do casal e neto do casal Dilce e Agostinho.
A mim coube, como estudante de publicidade passar o texto da mensagem, escrita peloprof. Agostinho Minicucci.
Eu não vou dizer obrigado, vou murmurar, sim, meu muito acorado.
Excelentíssimos senhores vereadores, caros amigos, não somos obrigados a agradecer.  O agradecimento parte do coração e é natural, espontâneo e sussurrado em arrufos de amor.
Na minha qualidade de professor de língua portuguesa na Escola Normal de Botucatu, noGinásio Diocesano, na Escola Superior de Comércio, no Instituto Santa Marcelina, na minha qualidade de professor de Português, repito, eu me permiti criar um neologismo: o acorado.
O agradecimento é afetivo e emana do coração ( cor, coris, em latim).  Ninguém tem obrigação de agradecer ou é obrigado a expressá-lo.
O momento exige que eu crie um termo acorado para agradecer de coração.  Espero que esse termo ganhe a acolhida do vernáculo e corra o Brasil expressando o sentir da pátria do amor - Botucatu, e que eu possa dizer “Eu criei acorado, porque nasci em Botucatu, bons ares e bons amores”.
Lembro-me de um texto de um dos livros que adotava em minhas aulas; Antologia Brasileira, e de um poeta que, em prosa tentava explicar o amor da pátria pela seguinte imagem, delicada e bela:
“Um célebre poeta polaco descrevendo em magníficos versos a floresta encantada de seu país imaginou que os animais e as aves ali nascidos quando sentiam o cansaço da vida, corriam ou voavam e vinham repousar à sombra das árvores do bosque imenso onde tinham nascido”.
Eu nasci ali, na antiga Vila dos Lavradores, na rua Floriano Simões, coincidentemente ao lado de uma igreja, em frente a um jardim.  A igreja me deu a fé pelas pessoas e o jardim a serenidade do verde-natureza de crédito à sociedade onde nsaci.  E essa é a razão do acorado, pois moro em Sào Paulo, mas vivo em Botucatu.
Os meus agradecimentos ou acorados se alinham nos nomes de familiares e amigos que englobam todas as letras do alfabeto de A a Z.
Seria A, de Agostinho Júnior, A de Alessandra, minha neta, de Armando DelmantoB deBenedito Aloise, C de Cristina, minha filha, de Dilce, esposa e Danilo neto, de Emília, filha,de Eugênio Monteferrante, F de Fernando, neto, de Guimarães Godói, M de Marcelo, neto.  Acrescento agora de vereadores de Botucatu e às letras na multiplicidade da equação matemática do infinito, que é a meta numérica da coleção de amigos com os quais pretendo resolver a minha equação de estima e amizade.
O meu alfabeto onomástico e afetivo se alonga no volume de uma enciclopédia, pois sou milionário de amigos, a mais rica fortuna que consegui acumular em toda a minha vida.  É o meu Banco de afetos, com apenas créditos, tem o seu maior depósito em Botucatu.
Gostaria de terminar com um fato que me lembra bem a minha terra natal.
Numa exposição de quadros, realizada em Londres, um pintor expunha, entre outros quadros, sua obra prima que mostrava Jesus abrindo a porta de uma casa.
Um crítico de artes, desses que nunca pintaram nada mas sempre foram azedos na crítica, olhou bem o quadro e disse em tom vitorioso e ferino:
* Ora, meu caro pinto, seu quadro tem um defeito, essa porta não tem fechadura e, por isso não poderia ser aberta.
* Calmo, o pintor retrucou: - É a porta do coração que se abre de dentro para fora, ela não tem fechaduras.
Botucatu é uma cidade de portas sem fechaduras e, neste momento feliz de minha vida, eu entro em Botucatu pela porta do coração.
Meus acorados a todos que, neste momento, entram em meu alfabeto, pela porta do coração.”

Para que se possa ter a dimensão de sua atuação profissional e de sua obra literário-educacional, o“DICIONÁRIO DOS ESCRITORES BOTUCATUENSES”, publicado em 1999, pelo escritor Olavo Pinheiro Godoy, nos traz importantes dados:

“MINICUCCI, AGOSTINHO (*1918 )

Nasceu em Botucatu a 25 de agosto de 1918.  Filho de Domingos Minicucci e Emília Molini Minicucci. Diplomou-se pela Escola Normal de Botucatu, onde lecionou português e história da literatura.  Organizador da Embaixada Lítero-Musical da Escola Normal de Botucatu.  Fundador e sócio honorário da Liga Estudantina Botucatuense.  Presidente honorário do Centro Cívico “Rui Barbosa”; quando estudante colaborou nos seguintes jornais da terra: “Correio de Botucatu”, “Botucatu Jornal”, “Folha de Botucatu”, posteriormente no “Diário da Serra” e revista “Peabiru”. Foi professor do Colégio Arquidiocesano La Salle; Diretor do Ginásio Estadual de Birigui; Membro da Sociedade Paulista de Escritores.  Educador: Formação Acadêmica - Licenciado em Letras Neolatinas; Licenciado em Pedagogia; Psicólogo CRP 06/217; Doutor em Educação - Registro Mec. 310/75; Pós- Doutorado em Psicilogia - (Livre  Docente) Registro Mec 311/75.  Cargos ocupados e funções desempenhadas: Pós-Graduação na Universidade de Mogi das Cruzes, Fundação Santo André, Polícia Militar de São Paulo - CSP, Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP, Supervisor Escolar da Secretária de Educação de São Paulo; Membro da Banca de Seleção de Orientadores Educacionais da Secretária da Educação de São Paulo; Membro da Sociedade de estudos do idioma Esperanto; Criador e organizador do curso de Circoterapia, em Mogi das Cruzes; Criador do teste palográfico utilizado em empresas de todo o Brasil, na seleção de pessoal; Responsável e orientador da Mini-Operação Rondon, em Vitoriana, sob o patrocínio do comando militar de São Paulo e a Faculdade de Filosofia de Botucatu; Diretor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras - Botucatu/SP; Diretor da Faculdade de Educação - Metropolitanas Unidas; Diretor Geral das Faculdade Metropolitanas Unidas - FMU; Orientador Educacional da Escola Normal de Botucatu; Membro da Academia Paulista de Psicologia; Superior Pedagógico e Psicólogo - Instituto Luwel de Ensino; Assessor de Recursos Humanos junto a empresas: Cummings do Brasil, CBPO, Cofap, Eluma, Vila Nova, Rolamentos Fag; Professor e Supervisor dos Cursos da Cades (Ministério da Educação) em Botucatu, Niterói, Pouso Alegre, Porto Alegre, Brasília, Curitiba, Passo Fundo; Diretor-Fundador da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Botucatu; Presidente-Fundador do Consórcio Intermunicipal da Região de Botucatu; Fundador da Guarda Mirim; Secretário Municipal de Educação.  Programou e organizou o curso de Jornalismo com a “Folha de São Paulo” e a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Botucatu; Fundador e editor do jornal “O Imparcial”. Títulos: Comendador da Ordem do Mérito Cultural do Ministério da Educação; Professor do Ano de 1972 no município de Guarulhos; Membro do Conselho Científico do Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte; Membre Adherent du Societé de Graphologie, Paris/France; Teacher member e clinical member do Istituto de Análise Transacional/EUA.  Eventos e Cursos: Cursos de Dinâmica de Grupo: Indústria Aratu/Vitória/ES; Universidade Federal de Natal, RN; Centro de Comunicação Social-Brasília; Instituto de Psicologia-Goiânia/GO; Instituto de Previdência - Rio de Janeiro/RJ; Noite de Autógrafos em Fernandópolis/SP; Lançamento do livro “Redação Vivenciada”, segundo a técnica Freinet - Natal/RN. Bibliografia: “Vamos Aprender Ortografia”, Ed. Casa Carlos; “Emprego do S , Z”; “As Boiadas Passam.. As lembranças Ficam...”, 1992-Gráfica Tipomic, 159 p.,(Desenho do Prof. Benedicto Vinicio Aloise); “A Nova Nomenclatura Gramatical”, Ed. Do autor; “Guia de Redação”, Ed. Cades; “João e Maria - Adolescência”, Ed. Pinus; “Correção dos Trabalhos de Linguagem”, Ed. Mori. Editora Melhoramentos: Relações Humanas na Escola; Relações Humanas na Família; Dinâmica de Grupo na Escola.  Editora Atlas: Educação para o Trabalho; Psicologia Aplicada à Administração; Dinâmica de Grupo - Teorias e Sistemas; Técnicas de Trabalho de Grupo - Relações Humanas, Grafoanálise, Teorias e Sistemas; Psicologia para o 2º Grau, Educação para o Trabalho. Editora Cortez e Moraes: Orientador Vocacional; Análise Transacional pela Imagem. Editora Moraes: Estudar é Fácil, Pensar é Difícil; Redação, Criação ou Diversão; Os Bruxos do Morro Maldito e os Filhos de Sumé; Quiroanálise - Psicologia da Linguagem das Mãos; Os Jogos da Vida na Vida da Gente. Editora Dimensão (Goiânia): Dos Psicólogos Soviéticos à Psicologia Freinet; Jung e a Grafoanálise; Eu sou a Casa.  Editora Stimulus: Os Hábitos de estudos e a formação do Estudante Brasileiro.  Tese de Doutorado: Reforma do Ensino - Uma reformulação de Comportamento.  Tese de pós-doutorado: Criar para Aprender, Aprender a Criar; Comunicação de Grupo, Treinamento em Dinâmica de Grupo. Editora Vetor: Teste Palográfico; Teste de Liderança Situacional; Teste SSO de Liderança; Teste de Estrutura Vocacional; Teste Caracterológico; Cinetopsicologia; Elaboração de Testes Psicológicos - 3 volumes; Liderança e Poder; Conversando com Piaget; Manual de Orientação e Avaliação da Habilidade de Dirigir Veículos; Dinâmica de Grupo em Seleção de Pessoal; Dicionário Analógico do Teste Palográfico; Novas abordagens do Teste Palográfico; Educando pelo Rabisco; Perfil do Estilo de Aprendizagem; Desenvolvendo a Liderança; Curso Completo de Grafoanálise; Introdução ao Estudo da Grafoanálise; Seleção de Pessoal através da Grafoanálise; Grafoterapia; A Tipologia Junguiana e a Grafoanálise; Psicanálise da Escrita; Psicografoanálise; A Caracterologia à Luz da Grafoanálise; Os Idiotismos, as Palavras Reflexas e a Grafoanálise; Diagnóstico Psicopatológico pela Grafoanálise; A Orientação Vocacional através da Grafoanálise; O Teste Grafoestrutural de Honroth; O Teste Grafe de Malespine; O Teste Polígrafo de Agostinho Minicucci; A grafologia de Crepieux - Jamin; A Grafoanálise na Terapia de Casais; Elaboração de Laudos em Grafoanálise; O Estado da Delinquência pela Grafoanálise; Estudo da Escrita de Políticos, Artistas e Personagens Públicas; Estudo da Escrita dos Brasileiros, por Regiões; A Medicina e a Grafoanálise; O Casamento e a Grafoanálise; No prelo: “Educando a criança pelo rabisco”, “Psicoastrologia - a nova abordagem da astrologia”, “Análise sintática sob a ótica da filosofia Freinet”, “Teste Perfil do Estilo de Aprendizagem, visando à economia globalizada”.



Como escritor, Agostinho Minicucci marcou a presença da colônia italiana, que foi muito grande e expressiva em nossa cidade, com um trecho publicado em seu livro, em parceria com oprof. Vinicio Aloise, “AS BOIADAS PASSAM...AS LEMBRANÇAS FICAM...”, 1992. Esse trecho foi usado em várias publicações e trabalhos sobre a Imigração Italiana. É emblemático e...poético:

clique na imagem para ampliá-la


Ainda sobre a atuação do Prof. Agostinho Minicucci como estudioso e conhecedor dasciências ocultas, repercutiu seu trabalho sobre os poderes das “TRÊS PEDRAS”, em seu livro“OS BRUXOS DO MORRO MALDITO E OS FILHOS DE SUMÉ”, que fez parte principal no post que fizemos sobre o assunto “OS BRUXOS, O TEMPLO FÁLICO & O MORRO MALDITO”, que pode ser lido no link abaixo:


OS BRUXOS, O TEMPLO FÁLICO & O MORRO MALDITO/LEIA AQUI

A matéria “O Guardião da Cultura de Botucatu” mostra bem a sua interação, comoeducador, com os estudantes de Botucatu, inclusive sob o aspecto da orientação vocacional:

O Guardião da Cultura de Botucatu

Artigo-homenagem ao educador e escritor botucatuense,Prof.Agostinho Minicucci, que faleceu no dia 15/07/2006, na capital. Por cerca de 60 anos (de 1940 a 2000) teve efetiva participação na formação dos jovens botucatuenses.


O início dos anos 60 foram decisivos para a definição de meu futuro profissional...
Em 1963, após a conclusão do então Curso Ginasial, eu partia para fazer o Curso Científico.  Naquela época, o Colegial era dividido entre os Cursos Científico e Clássico.  O primeiro para os que desejassem cursar Engenharia, Medicina, Odontologia, enfim, um curso superior ligado às Ciências Exatas.  O segundo, o Clássico, era para quem desejasse fazer um curso ligado às Ciências Humanas.  Como eu desejava ser médico,  fui para o Curso Científico no Colégio Arquidiocesano La Salle...
No primeiro ano, eu já começava a despertar para as letras... Embora gostando de Química e, especialmente, de Biologia, eu começava a ter uma maior participação cívica, digamos assim.  No entanto, a verdade é que em termos de Física e Matemática eu conti-nuava com a mesma postura da época do ginasial: total incompatibilidade...
Durante o ano de 1963, já para o seu final (novembro), consegui autorização da Direção do La Salle e com a participação de muitos colegas do Científico e do Técnico de Contabilidade, relançamos o jornal do Colégio, com novo nome e novo formato: “Tribuna do Estudante”.
Aí começa a ter destaque a presença positiva do Prof. Agostinho Minicucci. Mestre em Português e Literatura, o Prof. Agostinho lecionava para o Científico, para o Clássico e para o Técnico de Contabilidade.  Em sua carreira profissional, o Prof. Agostinho Minicucci já atuara com destaque nas escolas botucatuenses, principalmente na Escola Normal de Botucatu, onde orientou gerações de botucatuenses.
Pois bem, em 1963, nós do Científico estavamos começando o curso e o pessoal do Técnico de Contabilidade que colaborou com o jornalzinho já estava no 3º Ano, festejando a formatura que se aproximava. Reali-zaram uma excursão para Foz do Iguaçu, na qual foram acompanhados pelo Prof. Agostinho Minicucci.  No artigo “Foi assim que nasceu a saudade”, elaborado para o jornal pelos contadorandos Odir Lima e Benato, o registro da presença do Mestre:
“...O terceiro Técnico foi o curso que mais realizou em prol-formatura, conheceu Foz do Iguaçu, Argentina e Paraguai, em modesta excursão com avião da FAB, sendo acompanhados pelo Dr. Em português, o Agostinho, sempre sereno e conselheiro...”
Nós,  do Científico, pedimos ao Prof. Agostinho uma apresentação para o“Tribuna do Estudante”.  O jornal foi impresso em papel jornal (novidade em termos de jornal estudantil) na antiga gráfica do Monitor Diocesano.  E o Prof. Agostinho nos brindou com uma excelente apresentação, onde ele trazia todo seu conhecimento da moderna Psicologia:

“...e o Delmanto exigiu uma apresentação.
E estava eu lendo Criatividade Profissional, um livro novo, diferente, de Eugene Von Fange...
- Professor, eu queria um artigo para o nosso jornal - “Tribuna do Estudante...”
Para quem estava mastigando criatividade, pensando no pensamento criador, na ânsia do novo, uma apresentação seria muito prosaico...
- Delmanto...
Bem, deixe-me, de início, apresentá-lo.  É o Delmanto do 1º científico do Colégio Arquidiocesano... Um rapaz que brotou (o têrmo é criativo) no 2º ciclo, lendo e lendo, escrevendo às vezes e iniciando-se na arte literária.  Percebe-se quando alguém começa a sentir os comichões literários que coçam mais que varíola agonizante.
- Delmanto, usemos a criatividade.  Tenho lápis e papel na mão para uma apresentação.  Quais são as idéias:
- Jornal, estudante, artigos, humo-rismo, esporte, palavras cruzadas, charadas, poesias, notícias, tesourando, andar de bicicleta pode, mas fumar talo de chuchu não pode, index indiscreto dos namorados, filmes da semana, quem namora quem, as mais célebres piadas do Turcão, as calçadas rolantes, a chuva que aduba, vende-se o riso do Furquim...
Que idéia eu poderei aproveitar para a apresentação do jornal que se enquadra dentro dos princípios da criati-vidade que fizeram a GE criar um departamento especializado no assunto.
E se não houvesse apresentação, seria uma idéia original, diferente.  Não falaríamos nada sobre esse assunto, como se costuma, augurando vida longa e repetição em série de outros números.  Seria mais original, caro Delmanto e teria você um jornalsui-generis.
Está criada a idéia.  Não há apresentação.
“Prof.  Agostinho Minicucci”

clique na imagem para ampliá-la


Muito bem, além da atividade no jornal, eu continuava a participar dos debates que oProfessor Agostinho promovia e da discussão dos temas que ele propunha para as redações da classe...
No ano de 1964, apesar do bom desempenho no Curso Científico, procurei o Prof. Agostinho para fazer um teste vocacional, já que ele era reconhecidamente competente nessa área.  O resultado deu zebra: vocacionado para as áreas de Sociologia e Política.  O quê fazer?  Parar tudo?  Mudar já?
Segui a minha intuição e, em 1965, segui para São Paulo para poder fazer o 3º Ano juntamente com o Cursinho Preparatório e fiz a minha transferência para o Curso Clássico...  Em 1966, ingressei na Escola de Sociologia e Política (agregada à USP) e, em 1967, ingressei na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (USP).  E o Prof. Agostinho estava certo...

De lá para cá, contei sempre com a orientação e amizade do Professor Agostinho Minicucci.  No jornal “Vanguarda de Botucatu” (1970-1980), tive a sua colaboração através de artigo especialmente escrito.  O mesmo ocorreu no “Jornal de Botucatu” (que fundamos para dar continuidade ao Vanguarda, em 1980, dirigindo-o até 1982).  Posteriormente, na “Folha de Botucatu” (1988/89) e na Revista Peabiru(1997/98/99/2004 a 2012), também a presença importante do Prof. Agostinho.  NaRevista Peabiru, essa colaboração marcou o próprio perfil da revista, tornando-a o veículo da caminhada peabiruana na busca das nossas raízes “botucudas” e na definição do futuro da Pátria-Botucatu!  Era o Prof. Agostinho Minicucci - como Guardião da Cultura de Botucatu! - a participar, com ânimo redobrado de todas as edições da Revista Peabiru.

Prof. Agostinho Minicucci percorreu as principais escolas botucatuenses.  Quantas gerações formou!  Fundou, implantou e dirigiu a nossa Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, da Instituição Toledo de Ensino, hoje UNIFAC.  Indo para São Paulo, foi dirigir a FMU - Faculdades Metropolitans Unidas, expandindo e consolidando esse importante centro universitário.  Atuou em outras Faculdades da Capital e da Grande São Paulo.

Foto Histórica: Botucatu ganhava duas importantes Faculdades que funcionariam em 1963: a FCMBB e a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Instituição Toledo de Ensino.. Na foto, vemos o Reitor da USP(futuro Secretário Estadual da Educação), 

Prof. Ulhôa Cintra conversando com o Prof. Montenegro, observados pelo Prefeito Emílio Peduti e, à esquerda, o Prof. Agostinho Minicucci que seria o Diretor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras e o Prof. João Alves Meira que seria o primeiro Diretor da FCMBB. A foto é de 1962.

Sempre procurando evoluir, o Prof. Agostinho Minicucci tornou-se Doutor em Educação e Livre Docente em Psicologia.  Sempre registrando seus estudos, conseguiu a proeza de possuir, hoje, a maior obra literária entre todos os botucatuenses, natos ou por adoção!  São 73 livros editados, a maior parte didática, mas a sua incursão pela ficção nos deu obras magníficas como “As Boiadas Passam... As Lembranças Ficam...”  e “Os Bruxos do Morro Maldito e os Filhos de Sumé”, ambos com ilustrações de Benedicto Vinicio Aloise.

Desde 1940, com ativa militância literária, passando pelos anos 50, 60, 70, 80 e 90!  É toda uma vida dedicada à educação e à cultura!  Subindo degrau a degrau: Professor, Doutor e Mestre!

A Câmara Municipal de Botucatu preparou uma homenagem merecida a esseMestre botucatuense, com a outorga do honroso título de “Cidadão Emérito de Botucatu”!  A iniciativa foi do Centro Cultural de Botucatu, que através de seu então Presidente, Olavo Pinheiro Godoy, apresentou substanciosa justificativa, encaminhada ao Vereador Eugênio Monteferrante Neto, autor da homenagem. O jornal "A GAZETA DE BOTUCATU", fez importante matéria, "Botucatu: Berço da Cultura", onde o mestre Vinicio fez uma expressiva ilustração, colocando com o devido destaque oProf. Minicucci:



   Com muito orgulho o tenho como amigo.  Profissionalmente, agradeço- lhe a orientação positiva.  Nas letras,  tenho-o como guia que orienta sem tolher, muito pelo contrário, é a luz que sempre ilumina os caminhos nas horas mais difíceis, incentivando, apoiando, participando...

Esse é o Guardião da Cultura de Botucatu!

Seu nome: AGOSTINHO MINICUCCI!


3 comentários:

Delmanto disse...

A revista cultural PEABIRU tem o maior acervo da História de Botucatu. E esse acervo estamos postando no Blog do Delmanto. É preciso preservar a História de Botucatu e seus Cidadãos Prestantes.
E o Professor Agostinho Minicucci estava a merecer essa justa homenagem. Tanto na revista PEABIRU (1999) e no ALMANAQUE CULTURAL DE BOTUCATU (2000), fizemos matéria sobre sua trajetória política e sobre a concessão pela Câmara Municipal do título de BOTUCATUENSE EMÉRITO.
Agora, já está no blog: “Agostinho Minicucci, o MESTRE!”.
Ufa!
Valeu!
Agostinho Minicucci: GRANDE MESTRE!

Anônimo disse...

Grande homenagem. Grande botucatuense. Educador emérito. Psicólogo pioneiro. O professor Agostinho Minicucci deveria ter sido da Academia Paulista de Letras, pois até o ex-deputado Israel Dias Novaes conseguiu entrar e ser presidente. E hoje o Gabriel Chalita é o presidente da APL...kkk
Botucatuenses cultos e escritores valorizados pela comunidade de Botucatu, como José Pedretti Neto, Sebastião de Almeida Pinto, Trajano Pupo Jr. , Antonio Pires de Campos e Elda Moscogliato, Lelah Assumpção e Alcides Nogueira também não encontraram “portas abertas” na APL... É uma pena...E é bom não esquecer que José Sarney é da Academia Brasileira de Letras...kkk
(haroldo.leao@hotmail.com)

Anônimo disse...

Nina Peduti Pedroso (Facebook):
Armando, como vai ! esse seu artigo sobre o Minicucci, me fez lembrar que por um pelézimo(como diz meu marido em engenharia) eu seria filha dele, meu professor de Portugues..O professor foi noivo de minha mãe.Cancelaram faltando um mês para o casamento.Ele foi meu professor de português no Santa.Era uma pessoa ótima.Foi uma pena, pois, dizem que a filha PUXA o pai.Abraço

Postar um comentário