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agosto 14, 2013

A Voz das Ruas Acabou?!?
Ou o 7 de Setembro vem aí ???

A Voz das Ruas Acabou?!? Ou o 7 de Setembro vem aí ???

O Brasil se redescobriu com a emoção e o orgulho brotados da VOZ DAS RUAS! Parecia que o país estava imune a essa mobilização mundial a favor da democracia e das boas causas de cada comunidade. Parecia... A movimentação ocorrida, a repercussão obtida, o enquadramento imediato da classe política...tudo leva à certeza que o melhor ainda está por vir. 

Amadurecendo e incorporando essa democracia direta é que conseguiremos a RECONSTRUÇÃO DA DEMOCRACIA entre nós. A REPRESENTATIVIDADE (vereadores,deputados e senadores) precisa mudar adaptada a essa realidade das redes sociais. O MANDATO dos políticos do EXECUTIVO e do LEGISLATIVO precisam estar “ligados” aos eleitores e a “retomada” desses mesmos MANDATOS, pelos eleitores, precisa ter uma norma clara e precisa.

Ah, e a CORRUPÇÃO terá um combate cívico! Chega de IMPUNIDADE! 

CHEGA DE POLÍTICOS OPORTUNISTAS!!! Enfim, temos a plena convicção de que a VOZ DAS RUAS não terminou a sua missão cidadã! E o 7 de SETEMBRO deverá ser um novo recomeço, já com metas mais definidas para o NOVO BRASIL!

O Blog do Cesar Maia,como sempre, trás matéria relacionada com essa expectativa. Vale uma leitura tenta:


“ESTARIAM SE ESVAZIANDO AS MANIFESTAÇÕES/REDES SOCIAIS? CASTELS DIZ QUE NÃO!

A. (Ex-Blog) Nos últimos dias, as avaliações, em geral, da mídia brasileira, falam em um esvaziamento das manifestações de rua via redes sociais. Comparam com o auge, quase 500 mil pessoas, pouco mais de um mês atrás. Manuel Castels –o principal pesquisador na matéria- ensina que há duas ruas para as redes sociais: a rua real e a rua virtual (que são as próprias redes na internet). E que a oscilação entre as duas é da natureza das redes sociais ativas, em qualquer lugar do mundo.

B. (Parte da longa entrevista de Manuel Castels, num café de Buenos Aires, na Revista Ñ do Clarín, 11). 1. São movimentos absolutamente diversos que crescem em culturas e contextos diferentes. Mas tem três características comuns. Primeiro, começam pela Internet, vivem sempre na rede e desde aí vão e vem ao espaço urbano. São rizomáticos.

2. Segundo, partem de uma indignação espontânea, e preliminarmente defendem a sua dignidade. E terceiro: em questão de objetivos programáticos, tem tantos programas que não tem nenhum. Não há um objetivo nem uma ideologia comum, mas em todos os casos o tema central é a democracia.

3. Na Espanha começou com o movimento ‘Democracia Real Já’, e fizeram o primeiro manifesto. Propugnam a construção de um novo sistema de representação das vozes dos cidadãos. São movimentos pró-democracia, mas de uma democracia em cuja busca estão. Não tem um modelo definido, mas buscam formas que não são as atuais. Os movimentos sociais desconhecem o sistema político.

C. (Ex-Blog) Essa heterogeneidade citada por Castels exige, para aglomerar nas ruas, fatos ou eventos nos quais caibam todas elas. Nesse sentido, um “cronograma” delas no Brasil tem datas prováveis: 7 de setembro, blocos carnavalescos (máscara de Guy Fawkes deve vender tudo), Copa do Mundo e Eleições 2014. E, nos intervalos, ações específicas que, por isso mesmo, não aglomeram e destacam pequenos grupos para-anarquistas.
(ex-blog do Cesar Maia, 14/08/2013)


julho 16, 2013

“Redes Sociais
e a Nova Democracia Direta!”

REDES SOCIAIS - NOVA DEMOCRACIA DIRETA!!!
(foto de Rodolfo Preto Jr.)

Os Sindicatos, os Parlamentos, as Associações, enfim, tudo o que diga respeito à representatividade, PRECISA URGENTEMENTE DE MUDANÇAS EFETIVAS! Vamos apoiar os INDIGNADOS BRASILEIROS em seus justos PROTESTOS, em suas MANIFESTAÇÕES A FAVOR DE MUDANÇAS, no entanto, PRECISAMOS ENCONTRAR O NOVO CAMINHO. O Brasil PRECISA que novas formas de representatividade sejam instituídas em substituição ao que está superado, estagnado...

As REDES SOCIAIS estão trazendo TEMPOS REVOLUCIONÁRIOS... O nosso MUNDO transformou-se realmente em uma ALDEIA GLOBAL. É URGENTE que se tenha a adaptação NECESSÁRIA a essa nova realidade. Temos dito que precisa ser convocada a “INTELLIGENTZIA BRASILEIRA”, com seus NÚCLEOS PENSANTES, para que sejam apresentadas, com URGÊNCIA, novas formas e novos modelos de participação popular para a NOVA DEMOCRACIA DIRETA e de limites e adequações a um NOVO CAPITALISMO CIDADÃO.

Um desses pensadores tem sido o ex-prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia. Tem pesquisado e procurado entre pensadores (sociólogos e economistas) brasileiros e estrangeiros, novos rumos para essa realidade que a REVOLUÇÃO DA INFORMAÇÃO nos trouxe. A entrevista que concedeu a seu ex-Blog é um começo. Vejam:

“REDES SOCIAIS, DEMOCRACIA REPRESENTATIVA E A NOVA DEMOCRACIA DIRETA!

Ex-Blog entrevista Cesar Maia:

1. Ex-Blog: As redes sociais significam a morte da democracia representativa?
Cesar Maia: Certamente não. Paradoxalmente significam a morte da democracia direta da forma que as organizações de esquerda pensavam e atuavam e ainda acreditam. A democracia direta, para elas, eram plenários de sindicatos, associações de moradores, conselhos deliberativos dentro dos governos, etc. Essa democracia direta, sonhada pela esquerda, está desaparecendo. Agora a dialética entre democracias, representativa e direta, se dará com a nova democracia direta das redes sociais ao lado da democracia representativa. O vetor resultante não será o mesmo.

2. Ex-Blog: Por quê?
CM: As redes sociais são horizontais, empoderam o indivíduo, desierarquizam, não convivem com um plenário onde quase todos ficam no auditório aplaudindo ou vaiando e uma meia dúzia no palco, discursando, decidindo, comandando.

3. Ex-Blog: As ruas mostraram que a mobilização pelas redes sociais é de classe média.
CM: Esse é um olhar de retrovisor. Essa é uma afirmação tautológica. Explico. As redes sociais têm como instrumento e veículo a internet. Seu acesso natural e cotidiano ainda está concentrado na classe média, por seus custos. Mas está menos hoje do que estava ontem. Na medida em que os usuários espontâneos ainda são principalmente de classe média, as redes sociais a mobilizam muito mais hoje. Mas não será assim amanhã. E o perfil dos mobilizados irá correspondendo ao perfil da sociedade.

4. Ex-Blog: Mobilizados?
CM: Sim. Estamos passando do que os sociólogos chamavam e chamam de sociedade civil organizada para outro momento: sociedade civil mobilizada.

5. Ex-Blog: O que mobiliza as pessoas via redes sociais? Quais as demandas?
CM: Essas respostas que os sociólogos e politólogos entrevistados pela imprensa procuram dar (contra a corrupção, por melhores e mais baratos serviços, contra os partidos, contra os políticos) partem da mesma lógica da sociedade civil organizada, racional e reivindicatória. Eles deveriam introduzir em suas análises alguns elementos da pós-modernidade.

6. Ex-Blog: Quais?
CM: A mobilização como um fim. A mobilização como entretenimento. E as demandas vão entrando pela facilidade de mobilizarem. E esse não é um processo racional, mas uma espécie de web-darwinismo, onde sobrevivem na rede as ideias que produzem maior interação e que mobilizam. Que destaques são dados pela imprensa? Claro, aquelas postagens, vídeos..., que têm o maior número de acessos.

7. Ex-Blog: Como os políticos podem participar das redes sociais?
CM: De duas maneiras. Horizontalmente como cidadãos-indivíduos empoderados como todos e, –atenção- atentos diariamente ao web-darwinismo e buscando jogar nas redes sociais suas ideias com a linguagem das redes sociais e, assim, entrando no jogo do multiplicador, com humildade.

8. Ex-Blog: Que livros recomendaria aos que nos acompanham?
CM: Um autor do final do século XIX. O fundador da microssociologia, da micropolítica. O francês Gabriel Tarde, que antecipa tudo isso em seu genial “As leis da imitação” (Les Lois de L’Imitation), publicado em 1890. E, infelizmente, não traduzido para o português. Em português temos um livro que ajuda muito (tese de doutoramento de 1994), de Eduardo Viana Vargas, publicado em 2000: “Antes Tarde do que Nunca: Gabriel Tarde e a Emergência das Ciências Sociais”, Contracapa Editora”.
(Ex-Blog do Cesar Maia, 16/07/2011)