PEABIRU HOTEL –
NOSSO PRIMEIRO EDIFÍCIO!
A par disso, a construção de "arranha-céus" na capital mineira deram uma nova cara para Belo Horizonte. Tudo isso culminando no grande centro de lazer que passou a ser a Pampulha, com jardins de Burle Marx e projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer: era Brasília se desenhando durante os anos 50 em Belo Horizonte. Com a posse de Juscelino na Presidência, em 1956, o astral mineiro "voou" para Brasília que acabou sendo inaugurada em abril de 1960.
Uma nova música, o rock-and-roll mudando os costumes e abalando as estruturas, Elvis Presley, os Beatles, James Dean e a juventude transviada... Eram os novos tempos...
A cidade dos Bons Ares e das Boas Escolas não poderia ficar ausente dessa mudança que estava ocorrendo a nível mundial e nacional.
Na mesma época em que Juscelino governava Minas Gerais, a sua campanha já estava sendo feita, através da notícia bem elaborada de que havia uma nova opção, uma opção pelo crescimento, pelo desenvolvimento, pelo progresso.
São Paulo não poderia ficar à margem dessa nova postura governamental: o Parque do Ibirapuera (inaugurado em 1954, durante as comemorações do IV Centenário, tendo como Prefeito Municipal, Jânio Quadros, projeto dos dois ousados idealizadores da nova Pampulha (Niemeyer e Burle Marx), serviu para divulgar ainda mais essa nova "onda" de modernidade. O Brasil todo estava acompanhando esse "boom" imobiliário e desenvolvimentista.
Essa era a melhor propaganda: divulgar a nova postura administrativa que trazia esperança e otimismo à população.
Em Botucatu, exatamente no dia 19 de janeiro de 1957 seria inaugurado o nosso primeiro "Arranha-Céu". Isso há + de 50 anos atrás! Nesse dia, Botucatu estava engalanada para as festanças da inauguração de seu maior e mais imponente edifício: o PEABIRU. O Edifício "Pedro Amando de Barros" e "Peabiru Hotel". Foi um acontecimento inesquecível. Botucatu inserida no desenvolvimento que acontecia em todo o Brasil.
Este é um importante REGISTRO HISTÓRICO !
Quando Botucatu vive, hoje (2015), um “boom” imobiliário que está mudando radicalmente o visual da cidade e os mais pessimistas deslumbram uma “bolha imobiliária botucuda”, será?!?
Nós acreditamos que Botucatu até que demorou para essa “explosão” imobiliária. Cidades vizinhas, do mesmo porte, já tinham os seus conjuntos residenciais e novos edifícios...
Aliás, Botucatu tem projetos inéditos e ousados na construção civil, comparáveis às cidades mais avançadas e maiores do Estado.
Exatamente, por isso, é preciso REGISTRAR a PRIMEIRA E OUSADA iniciativa empresarial na construção do PRIMEIRO EDIFÍCIO (ARRANHA-CÉU) da cidade.
Uma feliz iniciativa do empresário JOAQUIM AMARAL AMANDO DE BARROS, surgia o “PEABIRU HOTEL”, nos anos 50. Foi uma conquista muito festejada!
Hoje, o prédio “Pedro Amando de Barros”, do antigo “HOTEL PEABIRU”, já está completamente reformado, em sua fachada, laterais e fundos. Praticamente é outro prédio.
Não guarda nenhum resquício daquele prédio estiloso, moderno até para os nossos dias...
A revista cultural PEABIRU, nº 02, de marçoqabril de 1997,
trazia o artigo "Nosso Primeiro Arranha-Céu".
Daí a importância deste post para que seja resguarda a memória histórica de nossa cidade.
PEABIRU HOTEL, sucesso nos anos 50, acompanhando a onda de desenvolvimento otimista que tomou conta do Brasil!!!
NOSSO PRIMEIRO
ARRANHA-CÉU
ARRANHA-CÉU
Na segunda metade dos anos 50, o mundo e o Brasil estavam experimentando uma série de novidades... O rock estava surgindo e abalava as estruturas conservadoras da sociedade, com mudança de costumes, principalmente entre a juventude. No Brasil, até a música tradicional - o samba! - sofria uma mudança significativa: uma batida diferente estava vindo para ficar... Era diferente. Parecia jazz ou blues... Era a Bossa Nova.
Na sociedade do após guerra, a palavra era a reconstrução, a modernidade, a ousadia nos empreendimentos. Novas concepções de espaço, novas posturas arquitetônicas.
A capital de Minas Gerais, Belo Horizonte, se destaca como uma das mais modernas e criativas capitais brasileiras. Era o Governo de Juscelino Kubitschek (1950/1954) e Minas entrou em acelerado desenvolvimento. A expansão da cidade de Belo Horizonte, nos anos 50, era vertical e horizontal. Bairros modernos e residenciais para a alta classe média foram uma constante.
A par disso, a construção de "arranha-céus" na capital mineira deram uma nova cara para Belo Horizonte. Tudo isso culminando no grande centro de lazer que passou a ser a Pampulha, com jardins de Burle Marx e projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer: era Brasília se desenhando durante os anos 50 em Belo Horizonte. Com a posse de Juscelino na Presidência, em 1956, o astral mineiro "voou" para Brasília que acabou sendo inaugurada em abril de 1960.
Uma nova música, o rock-and-roll mudando os costumes e abalando as estruturas, Elvis Presley, os Beatles, James Dean e a juventude transviada... Eram os novos tempos...
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Botucatu se manifesta
A cidade dos Bons Ares e das Boas Escolas não poderia ficar ausente dessa mudança que estava ocorrendo a nível mundial e nacional.
Na mesma época em que Juscelino governava Minas Gerais, a sua campanha já estava sendo feita, através da notícia bem elaborada de que havia uma nova opção, uma opção pelo crescimento, pelo desenvolvimento, pelo progresso. São Paulo não poderia ficar à margem dessa nova postura governamental: o parque do Ibirapuera (inaugurado em 1954, durante as comemorações do IV Centenário, tendo como Prefeito Municipal, Jânio Quadros), projeto dos dois ousados idealizadores da nova Pampulha (Niemeyer e Burle Marx), serviu para divulgar ainda mais essa nova "onda" de modernidade. O Brasil todo estava acompanhando esse "boom" imobiliário e desenvolvimentista.
Essa era a melhor propaganda: divulgar a nova postura administrativa que trazia esperança e otimismo à população.
Em Botucatu, exatamente no dia 19 de janeiro de 1957 seria inaugurado o nosso primeiro "Arranha-Céu". Isso há + de 50 anos atrás! Nesse dia, Botucatu estava engalanada para as festanças da inauguração de seu maior e mais imponente edifício: o PEABIRU. O Edifício "Pedro Amando de Barros" e "Peabiru Hotel". Foi um acontecimento inesquecível. Botucatu inserida no desenvolvimento que acontecia em todo o Brasil.
A "FOLHA DE BOTUCATU", de 19 de janeiro de 1957, mesmo dia da inauguração de nosso "arranha-céu", trazia um retrospecto desse "boom" imobiliário que estava acontecendo em nossa cidade, mudando o aspecto de sua principal rua de comércio:
"... Depois do prédio "Arthur Serpa Pinto", de 3 pavimentos, em cujo andar térreo se acha instalada a Caixa Econômica Estadual, situada em frente à praça João Mendes (atual Comendador Emílio Peduti), foi construído o prédio Stefanini, igualmente de 3 pavimentos, próximo à praça Cel. Moura. Outro prédio situado no centro comercial da rua Amando de Barros, será dentro em breve inaugurado. Referimo-nos ao prédio "João e Martha Rafael", de dois simples, mas amplos andares, de propriedade da firma João Rafael e Irmãos, cujas prósperas atividades nesta praça datam de mais de meio século. No andar térreo, que ocupa uma área de 600 metros quadrados , será instalada a loja da "Casa Royal", da mesma firma. Dois outros prédios importantes estão em via de construção na mesma rua Amando. Um já com sua construção bem adiantada, situado na esquina da rua Monsenhor Ferrari, no local da antiga residência do saudoso Dr. Costa Leite, é de propriedade da firma Romani, Mori S/A, e abrigará exclusivamente o estabelecimento comercial e industrial da mesma firma (hoje, abriga a Simape). O outro prédio, que está com seus alicerces concluídos, é de propriedade do Sr. Albertino Martins, e fica situado na mesma rua Amando, esquina da rua Velho Cardoso, onde era antigamente instalado o Bar Seleta (hoje, abriga o Posto da Telesp). Terá esse prédio 3 andares na rua Amando e 4 na rua Velho Cardoso. Esses dois últimos prédios estão sendo construídos pela Engitec Ltda., engenharia civil, mecânica e eletrotécnica, há um ano fundada nesta cidade. Como se pode constatar com grande satisfação para nós, os botucatuenses, a nossa principal artéria comercial , vai radicalmente transformando e melhorando o velho e acanhado aspecto..."
A FOLHA foi feliz ao traçar esse cenário da principal artéria comercial de Botucatu. Era fácil constatar : Botucatu estava se desenvolvendo com rapidez - até hoje não igualado o ritmo de renovação arquitetônica em nossa cidade - única e exclusivamente graças à iniciativa dos empresários locais. Quer dizer, a iniciativa privada foi a responsável pelo ciclo desenvolvimentista por que passou a cidade de Botucatu.
O ARRANHA-CÉU
Na mesma edição em que traçou o panorama acima descrito,o jornal "Folha de Botucatu", de19/01/57, trazia com orgulhoso destaque a notícia da inauguração do nosso arranha-céu. Tomando toda a 1a. página,o jornal trazia foto do prédio, foto do Patrono do prédio, o Sr. Pedro Amando de Barros, genitor do proprietário, foto de Dona Nicota, genitora do proprietário e Paraninfa da solenidade, foto de Dom Henrique Golland Trindade, então Bispo Diocesano e Paraninfo da solenidade e, com destaque, a foto do proprietário J. Amaral Amando de Barros. No texto, os principais dados a respeito do novo edifício: "A construção do Edifício "Pedro Amando de Barros" foi iniciada em 1º de Agosto de 1953, pela firma Azevedo & Travassos S/A, sob a direção direta e pessoal do Engº Dr. Antonio Araujo Azevedo. O projeto do edifício é de autoria do arquiteto Gustavo Gama Monteiro. A sua decoração esteve a cargo do sr. Salvador Monteiro.
O nome do edifício foi dado em homenagem à memória do saudoso pai do proprietário.
O nome Peabiru dado ao hotel é ligado à história da cidade e se refere à antiga e famosa via de penetração bandeirante escalando a Serra de Botucatu.
O prédio será ocupado : Andar Térreo, Sobre-Loja e Sub-Solo : na Ala norte: pelo Banco do Brasil ; na ala sul: pelo saguão do Peabiru Hotel. 1º Andar: pelas firmas Omareal, Mecatral e Neiva.
Do 2º até o 7º Andar : pelo Peabiru Hotel e respectivos restaurante e bar.
O Peabiru Hotel, possuirá 42 quartos e 12 apartamentos de 2 quartos cada um, com instalações sanitárias as mais modernas e perfeitas, e lavanderia automática.
Os legumes, frutas, carne suína,etc., serão fornecidos pela Fazenda Boa Esperança (do proprietário do edifício).
A firma que explorará o hotel é a SOCIEDADE PEABIRU LTDA.
Rede telefônica interna (PBX) com cinco troncos e oitenta ramais, em via de instalação."
O relato foi minucioso por parte da Folha. A inauguração estava tendo a necessária e indispensável cobertura da imprensa botucatuense. O relato continuava : "...o edifício consta de 2 blocos, de linhas modernas e sóbrias; com 7 pavimentos... sendo que o primeiro andar é ocupado pelos escritórios das firmas pertencentes ao Grupo Azevedo: Neiva, Omareal e Mecatral..." E mais: "... no último andar estão instalados o Restaurante Panorâmico e o original Bar "Vista-Vision" donde se descortina toda a cidade de Botucatu.
Servido por espaçoso e moderno elevador, o Peabiru Hotel se classifica, mercê do conforto que oferece, do bom gosto e de sua decoração e de sua magnífica localização, podendo-se afirmar que é, no momento, o melhor do interior do Estado de São Paulo. Os móveis e as cortinas foram especialmente desenhados para oPeabiru, o mesmo acontecendo com os quadros que ornamentam seus quartos e salas, todos eles pintados por artistas de renome, o que dá ao hotel um tom de originalidade e ineditismo dificilmente superados"
"VISTA-VISION"
O chamado Bar "Vista-Vision" na verdade era um espaço destinado para uma sofisticada Boate. De finíssima decoração e com uma vista surpreendente e bela, o Bar"Vista-Vision" teria sido vetado pelas forças conservadoras da cidade, especialmente pela Igreja. Isso era o que sempre se comentou à "boca pequena" por toda a sociedade botucatuense... A verdade é que nunca funcionou o bar ou a pretensa boate e, mais verdade ainda, é que nunca houve, por parte do proprietário, qualquer reclamação ou comentário à respeito... A verdadeira versão desse fato está perdida na imaginação popular e nas várias versões levantadas...
O Empresário Pioneiro
Já dissemos que todo o "boom" imobiliário que renovou e modernizou Botucatu foi fruto da iniciativa privada. Era a visão dos empresários "empurrando" Botucatu para o progresso e o desenvolvimento.
Nesse contexto é que vemos a figura do empreendedor Joaquim Amaral Amando de Barros. De todos os prédios, o Edifício "Pedro Amando de Barros" era o mais arrojado, o maior, era o nosso primeiro arranha-céu...
Comerciante bem sucedido no ramo de materiais de construção, o Sr.Amaral de Barros estava a demonstrar o seu tino empreendedor, a sua visão do futuro e a sua sensibilidade política. Tanto é assim que anos mais tarde (1963), ele chegaria à Prefeitura Municipal de Botucatu, tendo como Vice-Prefeito o grande líder popular José da Silva Coelho.
O empreendimento foi tão positivo, que o Sr. Amaral de Barros obteve grande prestígio político junto à comunidade botucatuense e revelou-se um empresário de visão, pois a empreitada só obteve sucesso e proporcionou lucro. Botucatu registrou o nome desse empreendedor : J. Amaral Amando de Barros.
INAUGURAÇÃO
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Ato Inaugural. No saguão do "Peabiru Hotel" vemos a presença do Pref. Municipal João Reis, dos Srs. Rafael João Rafael, Adolpho Dinucci, João Passos, Lincoln Vaz, Rubens da Silva Cardoso, Pedro Chiaradia, do então bispo Dom Henrique Golland Trindade, do Monsenhor Melhado, de Dª Nicota (ao lado de Dom Henrique - ambos Paraninfos), do Dr. Amando de Barros Sobrinho, do orador pela Câmara Municipal, Dr. Antonio Delmanto, do Sr. Plínio Paganini e do casal - anfitrião Joaquim Amaral Amando de Barros e Dª Celina.
A inauguração de nosso primeiro "arranha-céu" mobilizou toda a cidade e a imprensa botucatuense destacou o fato. A Folha de Botucatu, de 23/01/57, sob o título "Acontecimento Auspicioso", trazia com minúcias a solenidade de inauguração :
"Acontecimento social de grande significação, constituiu a inauguração do suntuoso edifício "Pedro Amando de Barros" e do "Peabiru Hotel", realizada sábado último, à noite.
Ao ato inaugural, no saguão do hotel, estiveram presentes, as mais destacadas e representativas figuras do nosso mundo social, político, religioso, econômico e financeiro.
Falou, inicialmente, o sr. J. Amaral Amando de Barros, proprietário daqueles empreendimentos, dizendo da sua satisfação por entregar a Botucatu, aquele edifício, que tomara o nome de seu saudoso pai, em um hotel à altura do nosso progresso. Agradeceu a presença de todos, e fez uma saudação toda especial à sua mãe, a veneranda senhora d. Nicota de Barros, e à S.Exa.Revma. Dom Henrique Golland Trindade, paraninfos do ato inaugural.
O Bispo Diocesano, após abençoar o prédio e o hotel pronunciou uma oração na qual manifestou seu contentamento por paraninfar uma obra que tanto veio contribuir para nosso desenvolvimento arquitetônico. Lembrou s.exa.revma. o alto espírito altruístico do sr. Amaral de Barros, demonstrado através da sopa aos andarilhos, que vem patrocinando por intermédio da "Sociedade de São Vicente de Paula".
O orador seguinte foi o sr. João Passos que, em nome da Associação Comercial, também se congratulou com os realizadores de tão notáveis empreendimentos.
Pela Câmara Municipal, discursou o dr. Antonio Delmanto, dizendo da nova etapa de progresso que se iniciará em nossa cidade com o edifício "Pedro Amando de Barros".
Por último, usou da palavra o sr. Rubens da Silva Cardoso que, num belo improviso, concitou os homens de grandes recursos financeiros botucatuenses a seguirem o exemplo do sr. Amaral de Barros, empregando aqui os seus capitais, pois só assim Botucatu ganhará o lugar que merece no concerto das cidades do hinterland.
Ato contínuo, os convidados se encaminharam ao último andar do imponente edifício, onde se localiza o restaurante do hotel e o originalíssimo bar "Vista-Vision". Aí, foram-lhes oferecidas lautas mesas de doces e salgadinhos, regadas à champanha, cerveja, guaraná e delicioso "ponche".
Foi uma festa magnífica, digna do edifício e do hotel que estavam sendo inaugurados e se prolongou até todos se fartarem.
Todas as dependências do confortável hotel foram mostradas aos visitantes , que manifestaram a sua admiração."
De 1957 para cá, Botucatu conquistou outros edifícios, outros "arranha-céus", maiores do que o nosso pioneiro Peabiru... No entanto, o pioneirismo deixa, sempre, a sua marca, o seu registro. Como, ao depois, na construção dos edifícios residenciais, o pioneirismo ficou com a empresária D. Sofia Toledo Zanoto.
Esta reportagem da Revista Peabiru tem por objetivo o registro histórico desse magnífico empreendimento, como forma de se resgatar a memória de Botucatu e, ao mesmo tempo, concitar, neste final e início de século, os empresários botucatuenses para que eles sejam, como o foram os empresários dos anos 50, audazes, vencedores e propulsores do progresso e do desenvolvimento de Botucatu (AMD).
obs. : o logotipo apresentado no início deste artigo é cópia fiel do decalque original do lançamento do hotel em 1957, que nos foi fornecido pelo sr.Luiz Caramelo, então gerente do Peabiru Hotel. As fotos que ilustram a matéria foram cedidas, ainda em vida, pelo Sr. J. Amaral Amando de Barros.
(Revista Peabiru, nº 02, Ano I, março/abril de 1997/Livro "Memórias de Botucatu III", 2000)
Registro Histórico:Correspondência do escritor e dramaturgo botucatuense Alcides Nogueira quando do lançamento do livro"Memórias de Botucatu III", no ano 2000, publicada no "Almanaque Cultural de Botucatu/2000", nos mostra, com destaque, a importância que a inauguração desse "arranha-céu" teve para a sociedade botucatuense nos anos 50:
"SP, 19/01/2000
Caríssimo Armando,
Mal recebi e já mergulhei na leitura das "Memórias de Botucatu III". Como sempre, você consegue aliar à pesquisa uma linguagem coloquial, o que torna a visão de nossa história ainda mais agradável e atraente. Fiquei emocionado com os detalhes da construção do nosso primeiro arranha-serra (bela expressão). As memórias do menino botucatuense misturam-se aos dados fornecidos pelo historiador. Como uma personagem do "Armacord", também eu sempre imaginei a boate do Peabiru como palco de festas suntuosas e de encontros fortuitos. E, em minha cabeça, padres furibundos barravam o meu sonho felliniano.
O "Lawrence" é material para novela! Que história mais fantástica. E fiquei comovido ao ver a foto da casa da Sra. Leandro Dupré. Quero saborear cada página, pois sei que aprenderei muito com essa leitura. Mais uma vez você contribui, de forma incisiva, para que Botucatu não perca sua identidade, e para que nós tenhamos muito orgulho da cuesta.
Obrigado pela dedicatória tão gentil, parabéns pelo belíssimo trabalho, e um abraço a todos de sua família.
Alcides Nogueira"
5 comentários:
Meu primeiro emprego foi no Peabiru Hotel e também nas horas vagas ajudava no apartamento dos patrões D. Elisa e Sr Armando, eles eram maravilhoso fui tratada como filha. Foram eles que me incentivavam nos estudos , minha família era humilde meu pai era ferroviário e minha mãe costureira, éramos em 10 irmãos e morava na Rua Dr costa Leite e estudei E.E Dr Cardoso de Almeida e depois indo para o ginásio na Vl dos Lavradores. E dizia para os patrões que um dia eu ia fazer faculdade em Hotelaria e eles sempre me apoiando em tudo.
Mas fomos ficando mais velhos e vimos a necessidade de ir embora para SP onde veio eu e mais 2 irmãs ficando na casa de parente até estabelecer. tudo correu muito bem foi quando foi feito a permuta do meu pai para a grande cidade de SP em 1968.Todos os 10 filhos estudaram e fizeram faculdade e se formaram e eu sou Bacharel em Hotelaria e Turismo,conforme comentei. Estou casada e aposentada e bem estruturada comercialmente. Para quem não conhece Botucatu eu indico á conhece-los, é uma cidade maravilhosa de Bons Ares e Turismo, Hoteis de primeira.
sempre que posso vou a passeio pois deixei parente e grandes amigos e ficaram foram ótimas lembranças da Cidade e todos.
Parabéns Botucatu pelo Aniversário!
Mandei o comentário o qual trabalhei no Peabiru hotel.
Meu Facebook tem minha foto com a Cidade de Botucatu onde participava, a trabalho, na Feira do Turismo no Anhembi SP.
Face e e-mail -- isolinaoliveiralima@yahoo.com.br
Em São Paulo, a atuação do CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico - está interligada ao trabalho desenvolvido pela Unidade de Preservação do Patrimônio Histórico (UPPH), uma das Unidades da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo. As cidades do interior de porte médio e grande PRECISAM também dar a atenção necessária para que seja preservada a memória da sua respectiva cidade. É muita falta de responsabilidade e de compromisso social. É preciso acabar com essa mentalidade provinciana, própria dos pequenos municípios.... Atenção, srs. Prefeitos! (haroldo.leao@hotmail.com)
Antonio De Oliveira Moruzzi Facebook):
Fui hospede ...o padrão era idêntico aos de São Paulo e Rio de janeiro.... se não me engano eu ainda era estudante , por ocasião da posse do arcebispo D.Zioni ... Armando Moraes Delmanto. pode confirmar ou corrigir ?
Todo o pessoal que veio de São Paulo ficou hospedado no PEABIRU HOTEL. Isso foi em 1969. Você devia estar em seu último ano da Faculdade de Direito da PUC. Bons tempos. E que disposição!
Valeu. Boa lembrança.
grande abraço.
Armando, essa é uma triste constatação: Botucatu não tem uma política cultural que resguarde os nossos prédios históricos através do tombamento. Era só recorrer ao Condephat, órgão estadual, e haveria uma atuação positiva através do tombamento que impedisse, pelo menos, a “destruição” da bela fachada do edifício do antigo PEABIRU. Da mesma forma, outros prédios e monumentos históricos estão completamente abandonados em Botucatu.
Que os senhores vereadores tomem uma atitude firme nesse assunto. E também e principalmente a Prefeitura Municipal. (mariceiaoliveira@yahoo.com.br)
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